O passarinho branco

Avistei um passarinho branco que de graça me encantou,
Já se foi embora mais seu canto, no meu coração ficou.
De lindo seu canto escala as cordas do violino, esplêndido ressoava como o som do meu tamborim; ás vezes me pegava parada e de longe ouvia o canto que soava, preciso, expressava palavras que na mão se escoava.
Logo me vinha a lembrança, do encantador passarinho branco, que de longe me agradava o seu belo canto;
Corri a janela pra vê-lo pousar no meu jardim, muitas horas esperando e eu não o vi;
Fiquei triste e fui dormir e esqueci a janela do quarto aberta, quando acordei de manhãzinha; adivinha quem me espera?
Sobre a cabeceira da cama com um brilho encantador, meu passarinho branco pra mim cantou.
Encheram-se meus olhos de lágrimas da emoção que vive, como já andava enferma, naquele instante faleci.
Minha alma levantou-se do corpo, ainda quente sobre a cama, logo se abriram de mim duas asas, tão puras e brancas.
Meu passarinho estendeu suas asas e eu estendi as minhas e ao som do seu canto para parságada seguíamos.
Meus pais não fiquem tristes, pois estou muito feliz, enfim encontrei o passarinho branco que eu tanto sonhei pra mim.