ENTREGUE À SORTE
Paulo Gondim
09/12/2008
Viverei até quando for possível
Embora fraco, me pareça forte
Mesmo que o tempo algo me prive
Do muito que da vida contive
Nada será por mim desprezado
Faz parte do grande aprendizado
Renovar conceitos, reviver lições
Reaprender, reciclar, reviver
O que se pode ser aproveitado
O que ainda falta ser semeado
Para que se torne fruto
E possa ser guardado
Recordar álbuns de fotografias
Separar frases, juntar figuras
E, de retalho em retalho, um a um,
Coser a colcha que será calor
Para aquecer o que resta do amor
Que por vezes foi negado
Que em breve nem será lembrado
Um ciclo começa a se fechar
E que talvez se apague
Se nada serve para ser lembrado
Nova batalha surda se avizinha
No silêncio de min’alma sozinha
Desnuda, exposta na linha de corte
Não me acovarde e me entregue à sorte.
Comentários
deusaii P/Paulo Gondim
simplesmente maravilhoso...
meu voto e minha admiração
Oi, DeusaII
Obrigado pelo incentivo e pelo apoio. Vou precisar mesmo!
Paulo Gondim
Darsham/ Paulo Gondim
Uauuuuu...Nem sei o que dizer, as palavras fugiram-me, e qualquer coisa que lhe pudesse dizer não chegaria aos pés do seu poema.
Não arranjo palavras que me sejam fiéis ao que senti ao ler estas suas belas palavras.
Deixo apenas o meu carinho e a minha eterna e grande admiração...
Um Feliz Natal repleto de momentos especiais e de pessoas especiais, é o que lhe desejo, majestoso poeta.
Beijinho
Darsham
Olá, Darsham!
Obrigado pelo seu simpático comentário! Que seu natal seja repleto de alegrias e realizções no ano novo!
Paulo Gondim
Paulo Gondim