Paixão
Com pés na cabeça,
Corro por buracos no mundo,
Vejo luzes na cortina,
Apago o cigarro da mesa,
Afundo-me na raiz dos
Segundos.
O quarto sugere presença,
A cama suplica um beijo,
Do lado de fora,
O tapete que o chinelo decora,
Enfeita as sombras que não vejo.
A taça quebrada,
Ainda tem vestígios de vinho,
Almofadas tocam o chão,
Pegadas na tabua,
Mancham o caminho.
A televisão ainda ligada,
Assobia o fim da programação,
O perfume no quarto ainda sinto,
O vento entra pela janela
Seu calor pressinto.
Acordo do paraíso,
Caio do sonho,
Despenco da ilusão,
O frio da madrugada,
Congela meu riso,
Lágrimas caem-me ao dormir,
Perdi mais uma vez a ilusão,
O travesseiro volta a sustentar,
Delírios de minha paixão.
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Ao Rodrigo obelar
Este cenário ficou em minha mente ao ler-te, e tive a sensação de já ter passado por isso...
Sempre passamos...
Perfeita criação...
Amei,
~;-)
Sra. Morrison
Sra. Morrison
Obrigado
Acho que o amor e solidão, sempre nos proporcionam essas esperiências, de sorrir e chorar. e assim é o sentimento quando brota essa essência de amar, não tem jeito o senário é igual em qualquer vida.
agradeço o sincero comentário, espero sempre agradar as pessoas que percorrem minhas poesias.
Rodrigo Obelar
Prezado amigo Rodrigo
A ilusão é o abismo da ficção.
Se teu sonho é real, então tens mais é que alimentar a tua paixão, pra ela não cair na erosão.
Ela vai ser tua ... Aguarde...
Um abraço