Pai Joaquim
Na úmida senzala Pai Joaquim
Padeceu grandes dores, triste e sofrido
Viveu separado de sua mulher e filhos,
De sua gente e do seu lar foi arrancado
Pelos mercadores, carregado como carga
Em negreiros, foi trazido para o Brasil.
Pai Joaquim, viveu em fazendas dos Araxás
E debaixo de chibata trabalhava com o gado
Do Senhor,
Sentiu no lombo dor aguda, jamais chorou
E altivo olhava seu dono,
Era rei em sua terra e como rei deu-se
O respeito.
Sonhou com a volta a Pátria,
Sonhou encontrar os filhos e esposa,
Chorou sozinho e escondido sofreu,
Padeceu!
Ele era grande, grande,
Mereceu toda grandeza pela sua vida
Sem contudo realizar o sonho.
Sua alma ecoa em brados pelo Brasil!
Três séculos são passados,
Nosso bravo guerreiro permanece,
Sofreu, foi altaneiro na labuta do trabalho
Deixou ensinamentos de amor,
Porém, cativo após a morte deixou de ser!
Marta Peres
Salve o Dia da Consciência Negra!
Comentários
Goreti/Marta Peres
Belíssima e justa homenagem ao homem negro!
Parabéns!
Beijos.
Resposta:
Poeta, realmente eles merecem!
A maioria de nós somos descendentes.
Beijos.
P/ Marta Peres
A cor da pele será diferente... mas as lágrimas são sempre iguais!
Um abraço carinhoso Marta!
(Albino Santos)
http://www.poemas-de-amor.net/blogues/albino_santos
A.S.