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ThiersRimbaud
abocanha rua
onde o frio corta
como navalha
treme sem perder a pose
mostra bunda
sente-se provocante
um peito se expõe e
tenta arrecadar
o jantar da noite,
a fralda da criança,
o aluguel...
mercadoria
foda apressada
tempo contado.
o próximo,
onde está o próximo?
peito caído enxertado de silicone
tempo passado
frio cortado
rua esvaziada
trabalho escasseado
quantas fodas
contabilizo nesta noite de lua esquálida?
inverno dos infernos
deixa um troco pra mim...
hora marcada
relógio contado
carro parado
alcoólica
gasolina
puta hora
esvaída
maquiagem cansada
porra fedendo
o troco, deixa o troco aí!
miserável nota desbotada
noite engolida
me fode
Setembro2007
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Comentários
Graci > Thiers Rimbaud
Olá, poeta!
Belos versos ao ar, soltos... quando lidos parece uma canção!
Abraço gracioso,
Graciele.
Visita-me! http://www.poemas-de-amor.net/blogues/graciele_gessner
Graciele Gessner.
Uma canção de dor
É Graci é a canção dolorida da puta de 13, 14 anos que circula aqui pelo mercado tentando arranjar uns trocados. Eu coloquei de forma mais adulta, como uma mulher mais velha, mas no real com 13 já tem menina circulando. é de doer. bjo
Pegando na rua
Olá
Thiers!
Palavras que mostram a realidade nua e crua, nesse teu poema, "Pegando na rua" e, onde a expressão dominante, «...me fode», passa a acção dominadora.
Parabéns.
Abraço, de
JoaninhaVoa
Joaninhavoa
> Olá moça
Obg pelo comment, é bom saber se a proposta do poema em si foi entendida. É isso tem muita gente se prostituindo por um prato de comida
para Thiers
Gostei muito do teu poema, que reflecte uma preocupação social.
Realmente quantas mulheres se prostituem para arranjar comida, faldas e seja o que fôr...
Beijo
Vera Silva
Vera Silva
http://www.poemas-de-amor.net/blogues/vera_silva