Acordo...
Começa o dia...
O mesmo refrão:
“Que horas são?”
Apresso-me...
Abro o portão,
Afago meu cão,
De novo, no ponto...
Atraso do ônibus...
Que situação!
Corro à avenida
E a carona da amiga...
Que satisfação!
Chego ao meu destino,
Total desatino:
Sorrio pro cão do patrão!
E ao ler o aviso:
(o mesmo de sempre)
“Seja operário-padrão!”
Eu fico contente...
A mesma impressão...
De novo a pressão:
E a documentação?
Papéis,falatórios,
Listas e relatórios,
Salas de escritórios,
A digitação...
Organização!!!
E o chefe...sem hora!
Sem preocupação!
Trabalho sem pressa,
Faço hora-extra...
Cumpro a minha função.
Salário?...Demora!
Que importa,agora?
Sou operária-padrão!
Rotina
Data de publicação:
Quarta-feira, 5 Setembro, 2007 - 16:44
- Blog de Carmen Lúcia
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Comentários
Carmem
Querida poetisa
Que poema do cotidiano
tão realista, existem
muitas pessoas que
passam todos os dias
ipor sso....Muito bom!
Beijinhos no coração
ângela lugo
P/Carmen Lúcia por JoaninhaVoa
Olá
Carmen!
Sua forma de poetar é bem real!
Mais de metade da população é o que faz todos os dias, sempre a mesma rotina!
E para ser operária-padrão ainda tem de ser mais robot, cumpridora
do horário, fazer todo trabalhinho certinho, fazer extra e sair àquela hora!
Puxa Vida é demais!
Quotidiano malvado, mesmo!
Grande abraço, de
JoaninhaVoa
Joaninhavoa