MEU PRIMEIRO AMOR
MEU PRIMEIRO AMOR.
De repente, distante de tudo eu me senti,
Foi-se a luz que me sustentava e reluzia
Toda a minha vida e, com isso, ela se apagou,
Pela dor que a sua ausência me causou ...
O meu mundo caiu em doídos pedaços
Arrastando ao chão todos os meus passos,
De lágrimas se fez o meu jardim
E a minha alma em tristezas sem fim.
Você era um caudaloso rio que passava
E deslizava, lá, e nem sequer me notava,
Que eu houvera nascido dentre as amoreiras,
Que continuamente, lindas e rasteiras,
Banhavam também as suas longas mágoas
Na pureza das suas corredeiras e frescas águas.
Com o estio, escasseava o sugar em seu leito,
Mas nas chuvas, saciávamos, e tudo era perfeito.
Verdejantemente, rebrotávamos na primavera,
Estação dos amores, flores e mil quimeras.
Assim fora por meses e muitas estações
Todos em um só tom, no mesmos diapasões,
Afinados na melodia da vida, amando e amando
Para hoje estar sozinha, aqui, de tristezas falando.
Ninguém conseguirá trazer o amor à minha alma,
Sou uma casa vazia, habitada apenas por uma ribalta.
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Olá Ana Botelho
Querida poetisa
O primeiro amor nunca se esquece mesmo
ainda mais com tanta saudade e tristeza
no coração...A alma fica vazia como um
jardim sem flores...Tristemente belo!
beijinhos no coração
ângela lugo