o espírito de paz
que o (a)mar me trás
aquieta a solidão
navegada em mim...
a pureza tenaz
que o (a)mar me trás
amarela a saudade
sentida de ti...
a correnteza do (a)mar voraz
aviva uma coragem
de lutar por ti...
a imensidão do (a)mar fugaz
poda a vastidão de paz
naufragada dentro em mim...
Copyright 2007 by Enise
Todos os direitos reservados a autora
Comentários
Poulit para Enise
Que belo foi encontrar tua poesia.
Assim como os floretes da França, do rei-sol e de todas as artes, os versos curtos são corajosos. Exigem aproximação do alvo. No seu caso contundentes, afiados, com tonicidade na última sílaba, quase sempre.
Os mestres de então usavam uma metáfora muito apropriada à poesia, ao se versejar em clareiras sentimentais: "Segurar uma esgrima é como pegar um passarinho na mão... Frouxa demais, ele escapará para o ramo mais alto. Mas em se apertando em demasia, ele morrerá na sua mão e talvez se suicide o esgrimista".
Tens uma boa medida, Pássara, rica de imagens líricas. Seu canto intimista, sóbrio e refletido, valoriza nosso Poemas. Parabéns!
Beijos e pius, do seu novo adimirador, Passarinho.
Lou Poulit
Oi Lou Pouliy
Agradeço o seu carinho e seu comentário que enriqueceu meu poema muito mais do que ele é...
um abraço...
enise