Voltas

Foto de Paulo Gondim

Num sonho

NUM SONHO
Paulo Gondim
02/05/2009

Como num sonho, eu corria prados
Campos verdes de flores frescas
E num cavalo branco, eu subia colinas,
Transpunha montes, pulava riachos
Sentindo a brisa fresca do campo

E me vi nesse mesmo cavalo branco
Com você, correndo novos prados
Novos cmapos verdejantes em busca do sonho
E uma nuvem nos envolveu num baile
E dançamos, em voltas excitantes

Seus cabelos esvoaçavam entre os casais
Seu perfume inebriava a noite
E eu cada vez mais apaixonado
Sentia seu rosto colado
E o vento num açoite
Que me transportava ao sonho
De estar com você

E o baile seguia, nos salões do castelo
Nos jardins de verde abundante
No lago cristalino, com cisnes brancos
Tudo conspirando a favor

E no mesmo sonho, senti seus doces beijos
Toda volúpia e todo desejo
Como conveniênica do encontro
No aconchego de seu peito como acalanto
No viver intenso desta aventura
Que me vem na sua lembrança
Sempre que penso com muita ternura.

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

ÁGUA BARRENTA

ÁGUA BARRENTA

Lavadeira menina, na beira do rio...
Trouxa e sabão parecem tua sina
Logo pela manhã te aqueces do frio
Das rotinas esfregadas, lavadeira menina;

De sorte que o sertão de Pernambuco
Mais judia o sol que fascina
Volta os trapos quase enxuto
No balaio na cabeça da menina;

São dez irmãos e muita peça feminina
Na trilha que desconfia teus pés
A caminho do rio, lavadeira menina;

E voltas do trabalho árduo, como aguenta!
São muitas as tuas lavadas
Por causa desta água barrenta.

(soneto)

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Dezembro de 2008 no dia 23
Village Itaquá

Foto de killas

A TERRA QUE TE VIU NASCER

As cores desta fresca terra,
Da terra que te viu nascer,
A beleza que ela encerra,
Será a tua até morrer.

Só me apetece beijar,
Este solo que é sagrado,
Aqui eu consigo respirar,
E voar sempre a teu lado.

Ainda bem que nas viagens,
Eu te consegui encontrar,
Por entre tantas passagens,
Logo ao pé de ti fui chegar.

As voltas que o destino pode dar,
São sempre algo de surpreendente,
Nunca pode ser de admirar,
Quando nos toca a sua mão quente.

Foi ele com a sua longa mão,
Que até a ti me foi conduzir,
E criou em mim uma grande paixão,
Sem eu nada ter de pedir.

A nossa maior felicidade,
Vai estar à nossa espera,
Para ser uma realidade,
Basta acreditarmos nela.

A rainha eu quis procurar,
Onde quer que estivesse,
Nem que tivesse de viajar,
Até ao dia em que morresse.

Esta terra por Deus criada,
E lá um dos seus anjos deixou,
Foi ela a minha grande amada,
Que na minha luz eterna se tornou.

Foto de RHANI

As nuvens

Puro branco desenho.
Feito pelo dedo de DEUS.
Aos quais lindos lembram-me os olhos teus.
Pela calma e paciência nesse céu.

As nuvens,em voltas e voltas em torno dessa terra.
Procurando em seus olhos a beleza que se espera.
Como se cada forma,fosse um coração.
Deliberadamente em cada forma,em cada emoção.

As nuvens quando param e se botam entre o sol.
Como as rochas em um farol.
Cada sentimentos em meus sonhos.
Como cada vez que digo TE AMO.

TE AMO não vivo sem você.
As nuvens podem te dizer.
Como passam ligeramente nesse céu azul.
Mostrando meus sentimentos a todos de norte a sul.

As nuvens tão calmas e serenas.
Nesse universo,tão imenso,as nuvens são tão pequenas.
Mesmo assim grande,mesmo assim sincero.
É o tanto que TE AMO,o tanto que te quero........

Foto de ultima.romantica

amores proibidos

Vim aqui pra dizer-te que deverias ter insistido
teres acreditado, teres seduzido...
Não faças assim...antes de virar-te, ouças:
vim pra dizer-te que deverias fazer sentido, haver mais gemidos...
Então não me deixes ir de cabeça baixa, responda-me mesmo dentro deste teu silêncio que mata. O que achas? Responda-me e isto basta!

Por que me empurraste porta à fora, por que me fechaste os olhos, por quê? E todas essas palavras que derramo em ti enquanto te escrevo...Será possível que não lês? Se tanto amor dei-te desde o início, desde quando te encontrei..Um sentimento profundo vivido por nós...foi tanto amor que eu nem sei!
Só sei que não enxugas mais aquelas lágrimas, que desciam tão sagradas, ao ouvir a tua voz!
Mesmo que já tenhas me esquecido...Sim eu sei...
Vim... e não voltarei antes de sussurar-te já sem os lábios colados ao ouvido,
que amor algum deveria ser proibido. Muito menos pelo o quanto que te amei.

Voltas urgente para o meu peito, para o meu colo, para a minha grande forma em te amar demais! Voltas!

Estou sofrendo, tu sabes...me acompanhas, mesmo distante num fingir que tanto faz...
Venhas depressa, voltes para minha vida e resgates meus sorrisos...
E já sem formalidades, em nossa plena intimidade: volta... e devolva a minha paz!...

Volta.

Foto de POETAREMOS

A bóia

*
*
*

A entrega dos fatos
Ao capricho da mente
Cria uma ciranda de voltas
Dentro da real chance
De abrir as portas
E fugir desta armadilha
Que criamos ao ´pensar
Na fixa idéia de propriedade
Do que mais queremos
Que não corresponde
A uma virgula da vida
Só o banho da chuva
Pode indicar o caminho
Que todo rio segue
Em profundo silêncio
Até sem o querer
Ele chega ao mar.

Manoel Freitas de Oliveira

Foto de Depitty

Você não sairá da minha mente

Sei que você é indiferente aos meus sentimentos
Mas eu sei esperar,
E quem sabe nessas voltas que o mundo dá, podemos nos reencontrar
E apenas em um olhar, a brilhar...
Como um toque mágico que nunca se acabará...
Mesmo que com outro alguem esteja, você não sairá da minha mente
Pois você surgiu assim de repente
Dominando meu corpo e minha mente
Sempre distante, mas em meus pensamentos presente
E por mais que esse amor me atormente
Te esperarei eternamente.

Denise C. Prado.

Foto de Paulo Gondim

Voltas

VOLTAS
Paulo Gondim
24/11/2008

Voltas para mim como a brisa leve
Acordando aos poucos essa paixão
Que ficou ali, num canto da alma
Depois de ter fugido de minha mão

Voltas e reacende tudo, se faz chama
Aquece meu peito e me faz ver
O que ficou vivo na lembrança
Que ao tempo conseguiu sobrviver

Voltas como se fosse o amanhecer
Que se faz sonhos, desperta desejos
Quando me abraças e me envolve
Na ternura e no encanto de teus beijos

Voltas para um novo tempo
Para reviveres um amor adolescente
Que deu voltas por trilhas incertas
Que andou perdido como estrela cadente

Voltas porque acreditas no amor
E não descartas a possibilidade
De enxugar o pranto, de um novo encanto
E ter de volta tua felicidade

Foto de Enise

Quantas vezes...

.
.
.
.
Quantas vezes fui expulsa pela minha agonia
Quando não dei a resposta que eu mais queria...

Quantas vezes a minha noite
Não me deu a luz do dia

Quantas vezes as tristezas jorraram
Em meus gestos de alegria ...

Quantas vezes esperei que o meu hoje
Fosse o doce antes de ontem...

Quantas vezes o vento deu voltas em mim
E eu nem via o começo do seu fim...

Quantas vezes expliquei tim tim por tim tim.
E não era bem assim...

Quantas vezes engoli um sonho
Ruminei um dia tristonho
E nele nem sequer sobrevivi...

Quantas vezes for necessário
Escreverei em meu diário
Todas as vezes que morri...

Enise

Foto de Darsham

O Amor...Incómodos à parte

Tenho um problema com o amor, um grave problema! Ouço dizer por aí, pelas bocas do mundo, pelas letras soltas que vejo e revejo em papéis perdidos em cada canto de vida que o amor é a coisa mais bela que existe…
Chega a cansar os meus ouvidos de tanto ouvir a palavra AMOR!!!
Enaltece-se de uma forma sublime…em filmes…em palavras…em livros…em poesia…na música…Vê-se e ouve-se amor em todo lado (para os ouvidos e corações atentos, claro está) que chego a sentir-me profundamente enjoada.
Não, ao contrário do que possam pensar, eu não sou uma pessoa insensível, pragmática, vazia, distraída…Eu escrevo poesia, sou a voz do amor para quem não pode ouvir… Eu ouço Beethoven, Chopin, fado…choro ao ver uma peça de ópera, comovo-me com filmes românticos, voo para longe enquanto leio cada linha que Nicholas Sparks escreve…e tenho em mim todos os sonhos do mundo…
O que me incomoda não é a existência do amor, ou até é, não sei…é tudo muito dúbio…
Incomoda-me a banalização, o dizer por dizer, o falar por falar…e o coração? Será que ainda alguém sabe o que é amor? Amor sem razão, daquele que nos atraca o coração e nos despe a alma? Daquele que nos sacode os bolsos da sensatez…daquele que nos amarra sem cordas, nos cala a voz…daquele que nos tira a respiração e nos faz acreditar que vamos morrer por não termos espaço em nós para estacionar este avião que invadiu o nosso coração…
Será que entre a pausa para o café, e os pagamentos do mês ainda se tem tempo para reflectir sobre o amor? Será que todas as bocas que expressam a palavra amo-te atribuem o verdadeiro valor a este sentimento tão sublime e majestoso?
Incomoda-me, claro que me incomoda ver almas vazias e desprovidas de sensibilidade, que faria revirar na sepultura grandes poetas que a historia não esquece, verbalizar, assim, como se fosse uma pancadinha nas costas a palavras amo-te…amar não é só falar, é praticar, é encher-se de vida e gritar ao mundo que no peito nada cabe mais…
Incomoda-me também que não existam teses sobre o amor, em que expliquem tudo o que há a ser explicado sobre ele, para que o possamos conhecer e reconhecer, para que saibamos quando encontramos o nosso amor, o verdadeiro, a outra metade de nós, que nos completa…podemos viver toda uma vida com a pessoa errada, sem sabermos onde está a certa, ou sabermos, mas nada podermos fazer, porque o tempo já é outro e construíram-se outras histórias, das quais não fizemos parte, por termos construídos outras, paralelamente…
O amor rege a nossa existência; determina quem somos; representa-se nas nossas convicções, princípios, crenças e atitudes e descreve a sua rota nas linhas do nosso rosto, no brilho do nosso olhar, abrigando-se no nosso sorriso…à espera da noite…ou do dia…
A dualidade do amor… isto também me incomoda, de verdade, esta sombra dúbia que me chicoteia por dentro, que me finta o discernimento e me espanca a razão…tanto nos pode elevar às estrelas, como nos faz cair e bater em cheio com a cara no chão…sussurra ou grita-nos, queima-nos ou gela-nos, dá-nos o sorriso ou a lágrima, protege-nos ou abandona-nos…e aquilo que é contrário do bom, não é bom e dói…
Quando temos amor por alguém a vida fica tão mais fácil, não temos medo de nada, somos capazes de atravessar o mundo se for preciso e sorrimos muito, muito mais …se o amor parte, uma parte de nós também vai com ele e tentamos dia após dia, encontrar razões que nos façam sorrir, procurando formas de conviver com a solidão, para que não doa tanto…o coração fica apertado e lentamente vamos encontrando o nosso caminho, descobrindo novos horizontes, navegando para outras margens…renascemos numa nova vida e colocamos mais uma pedra no castelo da nossa identidade e unicidade. Encontraremos outro amor, que nos devolverá o sorriso, de uma forma espontânea e tudo faremos para que os erros que sejam cometidos nesta nova história (sim, porque os erros fazem parte de nós) tentem ser compreendidos e ultrapassados, tentando edificar estruturas sólidas em termos relacionais…
Porventura, voltará a suceder-se o mesmo e o ciclo recomeça, ou poderá realmente dar certo naquela vez, mas por mais voltas que a vida dê, por mais labirintos que percorramos, haverá sempre uma porta aberta para o amor.
O amor transporta-nos em viagens alucinantes por caminhos desconhecidos no nosso interior…já procurei mil e uma maneiras de descrever este sentimento tão…tão…indecifrável e transparente ao mesmo tempo e nunca consegui passar para as letras a magnitude, a cor, o som, a temperatura, a textura, o odor, a mistura, a mescla de coisas unas e simples que nos invadem a alma e nos descabelam a lucidez que se apossa de nós quando experimentamos o amor…
Porém, encontrei uma “definição” que até hoje me pareceu a mais perfeita e a mais simples. É uma pequena parte de uma passagem da Bíblia, que integra «1Cor.13», e é assim:
“…O amor é paciente, o amor é prestável, Não é invejoso, não é arrogante, nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê. Tudo espera, tudo suporta…”

Digo que para mim esta é a definição mais perfeita do amor que já li, pela sua simplicidade e no entanto faz-me questionar e pensar tantas coisas…ou o amor entrou em vias de extinção, e as únicas espécies sobreviventes que o encarnam vivem no outro lado do globo, ou então esta pequena passagem sobre o amor, que tanto gosto, não passa de uma utopia, um discurso naif…publicidade enganosa?
O certo é que, aparte as utopias, a publicidade enganosa e os incómodos de que me queixo, o amor é o pão-nosso de cada dia, é o nosso alento, a nossa motivação, muitas vezes o perdão…sem ele, o amor, a vida é a preto e branco, o mar é só uma enorme porção de água, os dias não têm propósito, a música é só mais um barulho que chega aos nossos ouvidos, somos gelo…somos parasitas...
Incomodam-me muitas coisas no amor, mas o que me incomoda de verdade, é não amar, muito mais do que não ser amada…ao não amarmos não reconhecemos nem valorizamos o sentimento do outro, não sentimos, não somos, não se é! Porque o amor é o milagre, é o sentido, é a matéria de que somos feitos, é como que um culto a seguir…
Porque o amor é querer ser muito mais do que ter! É a harmonia entre histórias, atitudes, pessoas, credos, cores, partidos, clubes…a vassoura da diferença e indiferença, é a medida certa…qb (quanto baste) …
Prefiro amar, e só amar, ainda que nunca amada, pois de contrário não serei abençoada…
Beberei eternamente pelo cálice do amor, mesmo que sede não tenha e darei a beber de quem da secura padeça…

Depois de dar nós ao cérebro para tentar tirar o itálico do resto do texto, acabei por desistir, antes que o computador ficasse com ferimentos graves (risos). Se alguém me puder ajudar agradeço!

Beijinho
Darsham

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