Visão

Foto de Joao R.Costa

ELISA LUCINDA

ELISA LUCINDA

Elisa Lucinda, você me alucina,
alucinda,
a minha sina é amar você.
Eu já te amo,
mas quero amar mais ainda.
Gosto da sua coragem,
libidinagem,
vadiagem,
da sua ¨entregação¨,
da sua ilusão,
da sua visão.
Em mulheres apaixonadas,
tornei-me um homem apaixonado.

Quero o seu amor,
quero desejá-la,
ser todo seu.
porque você já é metade minha.

Quero amá-la não só nas estréias,
mas durante todas as temporadas.

Foto de Graciele Gessner

Timbó e Suas Belezas. (Graciele_Gessner)


Inicialmente, estou mudando o foco dos meus escritos e dando vazão à história e a cultura de uma cidade conhecida como a “Pérola do Vale”, a cidade de Timbó que fica no estado de Santa Catarina.


Timbó é uma cidade em pleno desenvolvimento, também escassa em mão de obra qualificada. Em muitos casos necessita urgentemente de profissionais de outras cidades/estados. Sem falar da vida no campo, em que corresponde 15% da população. A cidade tem mais de 30.000 habitantes em seus 15 bairros distribuídos, são eles: Araponguinhas, dos Estados, Padre Martinho Stein, Fritz Lorenz, Industrial, Quintino, Vila Germer, Centro, Pomeranos, Imigrantes, Dona Clara, Tiroleses, das Capitais, das Nações e São Roque.


A cidade de Timbó esconde valiosas fontes, riachos e campos. A população é ainda regada de tradições do passado, rica de culturas e costumes. Porém, a população da área rural anda optando em dividir suas atividades entre a indústria e agricultura. E para que todos saibam o transporte mais utilizado por aqui é a bicicleta; eu faço parte desta estatística “ecologicamente correta”. Contudo, hoje apresento um pouco da cidade que moro, alguns pontos turísticos deste verde vale cercado de montanhas.


Começo pelo Jardim Botânico, um lugar perfeito para andar de bicicleta, caminhar, ler, ou simplesmente fazer um piquenique. Local de grande área verde, com lagos “chocolates” por causa da cor; tem quiosques com churrasqueiras que permite momento família ou entre amigos, e as trilhas para atividade física. Eu particularmente, gosto do lugar!


Outro local com atrações é o Morro Azul, além de ter um caminho com curvas sinuosas, podemos ver casas típicas e centenárias em seu estilo enxaimel. Dizem que o local é o ponto mais alto de Timbó, com seus 758 metros de altitude. É um local que permite uma vista espetacular.


Falando em altitude, não posso deixar de mencionar o Morro Arapongas com seus 470 metros de altitude, onde também podemos ter a visão completa da cidade de Timbó e concluir como a cidade está evoluindo. Apenas um detalhe, é um tanto restrito o acesso, é uma subida íngreme, exigindo uma caminhada de 45 minutos a 1 hora. Ou então, se você for um motorista aventureiro e sortudo consegue subir com automóvel ou moto.


Bem, quanto a museus é o que não falta por aqui. Temos o Museu da Música onde estão expostos mais de 200 instrumentos. Para o orgulho de muitos timboenses (eu penso), tem também o Museu Casa do Poeta Lindolf Bell preservando obras de arte, um completo acervo deste poeta timboense.


No entanto, falar de Timbó exige mencionar o ponto referencial da cidade. Estou falando da Thapyoka que é restaurante, choperia e danceteria. Lugar certo para encontrar amigos! Além disto, ao redor tem a represa do Rio Benedito, construída por imigrantes alemães e tem a ponte que liga as margens do rio. Para completar, tem uma figueira enorme na praça, a conhecida “Figueira Centenária”. Querendo mais informações é só ir ao Museu Casa do Imigrante que fica ao lado da Thapyoka. Vale à pena conhecer...



26.01.2010

Escrito por Graciele Gessner.


*Se copiar, favor mencionar a devida autoria, Obrigada!


  • Fonte: Baseado no guia turístico de março/2006.

  • Foto de Graciele Gessner

    Vizinho Espião. (Graciele_Gessner)

    ... Num dia de sol, deparei-me com a minha vizinha debruçada pelo quintal de sua casa, justamente deitada, tomando banho de sol, apenas em trajes de praia. Não me contive, e fiquei espionando-a enquanto pude, pois a minha esposa não estava em casa.

    Aquele monumento de mulher repetia o banho de sol todos os dias, chamei meus amigos para compartilhar da visão única em que eu estava privilegiado. Pode acreditar, a muvuca estava feita aqui em casa. Digamos que teve uma movimentação, que poderia facilmente chamar a atenção do mais desatento da rua. Não medimos esforços para apreciar a mais bela vizinha que eu poderia ter, e compartilhar com os amigos é algo quase impossível de acontecer.

    Toda manhã, meus amigos ligavam aqui em casa para se certificar que a área estava limpa e se a tal vizinha estava debruçada no quintal. Não demorava muito, a turma chegava em bando e pegavam o melhor ângulo, de preferência bem visível e ao mesmo tempo escondido.

    Como homens bem-intencionados, começamos a palpitar o que a minha vizinha nos ofereceria por descuido, nos permitiria ver sem saber que estava sendo observada. Pois bem! A vizinha tudo em cima era de fato um mulherão, tinha um corpão de causar inveja em muitas mulheres, sua pele dourada pelo sol só fazia raiar a sua beleza. Até que uma manhã de quarta-feira, o inusitado acontece. Tivemos a sorte de ter uma amostra atrapalhada de seus lindos seios. Ela havia desfeito os nós das cordas do biquíni que passavam pelo pescoço, para evitar aquela marquinha frontal. Como eu e nem meus amigos esperávamos por isso, quase nos revelamos com a nossa expressão uníssona “uauuu!!!”.

    No outro dia, meus amigos vieram diretos aqui em casa, já não ligavam mais, simplesmente vinham sem precisar convidar. Mas aquele dia estava realmente infernal, fazia um sol de lascar com qualquer ideia picante. Não desanimamos, pelo contrário, começamos a palpitar as possibilidades que existiam e que pudessem ocorrer. Deparamo-nos com a vizinha se mostrando vulnerável aos nossos olhos cobiçadores. Só que algo estava estranho, diferente dos outros dias. A vizinha se aproximou do muro, ela não se deitou, estava próxima da janela em que espionávamos. Para o nosso espanto ela disse:

    - Oh, vizinho espião! Tenho esta marquinha... Aqui!... Será que tiro?!

    Ficamos paralisados, atônitos. Digamos que perdemos a fala e sem saber onde nos esconder. Mas a pergunta que não quer calar, desde quando ela sabia da nossa espionagem? A cena que não sai das nossas mentes é o momento que ela pergunta e abaixa uma parte do biquíni de baixo, foi de ficar boquiabertos. É óbvio que adoraríamos ver, mas a minha vizinha gostosona nos privou de nossa diversão. Nunca mais tomou banho de sol ao lado da minha janela, mudou-se para o outro lado do quintal.

    Restou-me uma última esperança, negociar com o meu vizinho sortudo daquele lado para vê-la... É o jeito!

    25.01.2010

    Escrito por Graciele Gessner.

    *Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!*

    Foto de Carlos Henrique Costa

    Sentidos

    Pétalas de rosas numa formosa dimensão!
    Feito tua pele, que me expele teu perfume,
    Ação de todo coração, num raio de lume,
    Que acende a chama ardente do meu tesão.

    Estímulo da mente, alvo de uma direção!
    Que repele a mágoa da tristeza ao cume,
    Que se transforma e em tudo se resume!
    Para se refletir no ego o amor e a razão.

    Atenção de quem por si entende a paixão!
    E a modifica em um verdadeiro e doce amor,
    Num sentimento eloqüente trazido ao coração.

    Mãos dadas em mesmos passos, real valor!
    Que só quem ama sente em forte pulsação,
    No olfato, no tato, na visão, este doce sabor.

    Foto de Carlos Henrique Costa

    Anáfora

    Qual o maior desejo que atiça o coração?
    Qual o sabor do beijo quando se ama?
    Qual é o primeiro pensamento na cama?
    Qual é o maior anseio de uma nação?

    O que você sente vendo povos na lama?
    O que mais se canta em uma canção?
    O que mais encanta os olhos na visão?
    O que é melhor, a imaginação ou a trama?

    Por que não pedem a solução para a vida?
    Por que existem várias religiões no mundo?
    Por que o homem, ainda anda tão imundo?

    De que vale tal vida sem amor e guarida?
    De que vale tudo isso se ela for fingida?
    E de viver, se não houver amor profundo?

    Foto de jessebarbosadeoliveira27

    ANABIOSE DA PAIXÃO

    Enquanto ergue-se em mim
    Um monólito de bem-querência á solidão,
    Lá fora a rua é quase calmaria
    Pois o rádio ---- ainda que
    Ligado ---
    Ajuda a compor o quadro
    Do augusto mutismo altruísta, sereno,
    Sábia atmosfera de reflexão recrudescendo.

    Após tantas e tantas esperas
    Pela ignescente e fulgurosa
    Aurora boreal, sem
    Que houvesse uma sequer
    Negativa ou positiva resposta,
    Apaguei a chama da esperança:
    Cerrei-lhe a porta!
    Preferi o porto seguro do vácuo
    A prosseguir contumaz
    Em minhas andanças
    De exitoso náufrago.

    Porém a voz da minha consciência
    Diz que é cedo demais
    Para eu relaxar,
    Me deixar entregar ao embalo
    Dos hartos e meigos braços
    Do réquiem do apaziguamento
    No mar da expansão engolfado.

    A bem da verdade,
    Ela me alerta:
    Diz a mim que o náufrago
    Não se dirigiu ás estâncias
    Do reino do Morfeu perpétuo.
    Não,
    Ela me diz que ele escapou
    Das garras do limbo da letargia eterna
    No momento em que minha visão-caminho
    Singrou o caminho da jóia
    Divagativamente
    Ametista-Névoa
    Que no meu jardim aflorou áquela hora.

    Sim, um copo-de-leite roxo
    Libertou-me, de novo,
    Do cárcere da benfazeja embriaguez voluntária.
    Sim, um copo-de-leite roxo foi o suficiente
    Para revelar que o crepúsculo
    Definitivo da chama, na verdade,
    Era o ouropel da morte:
    O coma, o coma!

    Ah, mais que dolente engodo:
    Agora é que descubro
    Que meu monólito de bem-querência á solidão
    É um dantesco absurdo!

    JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
    http://www.myspace.com/nirvanapoetico
    • http://twitter.com/jessebarbosa27

    Foto de Angela Fersi

    Defeitos e Virtudes.

    Sou uma mulher com qualidades e defeitos.
    Sou alguém que sofre.
    Sou alguém que sorri.
    Sou alguém que empresta o ombro sempre que preciso e se preocupa.
    Sou alguém que conhece e usa as entrelinhas àqueles que conseguem brincar
    do jogo de verdades escondidas.
    Sou alguém que gosta das metáforas da vida, porquê a própria vida é uma metáfora.
    Tenho meus defeitos, é fato. Mas qual ser humano é perfeito?
    Sou tudo o que pensas.
    Sou má, sou desprezível.
    Sou burra, dentro da inteligência que me cabe.
    Sou cega, dentro da visão do que se mostra diante dos meus olhos.
    Sou insensível, dentro do que eu sinto na mais intensa demonstração.
    Sou intensa, dentro do que eu acredito ser prá mim
    Sou incompreensiva, dentro das razões do que se faz aparente.
    É sua visão diante daquilo que vê.
    Dentre tantas qualidades aparentes, eu sei que o que mais sou é ser eu mesma do início ao fim, mesmo contrariando,
    sendo amada ou até mesmo, sendo odiada
    Eu sei que sou tudo e mais um pouco.
    Porque de todos que passaram por aqui, uma coisa teve que se calar na voz:
    Dentro do respeito dispensado, eu sempre fui e sempre serei
    a mesma pessoa, não por ser humana apenas, mas por não querer ser o que não se encaixa em mim.

    Vê...
    Vera...
    Angela...
    Anjinha...
    Verangela...
    Sra. Coerente.

    Não importa a maneira como eu seja chamada ou lembrada.
    Eu passo, eu aconteço na vida de alguém, seja na interpretação
    de um terremoto, um pesadelo ou até mesmo, um "divisor de águas".
    Não importa.
    Todas refletem a mesma personalidade.
    De todas as formas, mesmo que seja condenada por atitudes,
    Eu sei que a semente já está plantada e o dever... cumprido.
    Cuide da sua colheita, plante suas sementes, as regue todos os dias,
    Cuide do seu jardim, deixe-o o mais colorido possível.
    Retire as pragas, as ervas daninhas.
    É a sua vida,
    É única.
    E ela, só se vive uma vez.
    É o seu diamante, seu bem precioso.
    E é tão frágil.
    Não a desperdice.
    Viva!!
    Ame!!
    E SEJA FELIZ !!

    Foto de GEOVANEpe

    DEDICÃO

    AS VEZES TODA NOSSA DEDICAÇÃO E POUCA PARA A VISÃO DE CERTAS PESSOAS

    Foto de Marsoalex

    ENCONTRO-ME EM TI

    ENCONTRO-ME EM TI

    Quando me procuro,
    Sempre me encontro em ti.
    Em tua tristeza, em tua alegria,
    Em tua solidão, em tua companhia...

    Estou em teu olhar absorto,perdido, distante...
    Nas recordações do passado,
    No vazio do presente, na incerteza do futuro...
    Estou em teu sorriso enigmático,
    Na lágrima retida,
    Na insônia cheia de presença...

    Estou na música que ouves, no livro que lês,
    No carinho que expressas,
    No que externas, no que escondes...
    Estou em teu desejo, em teu medo,
    Em tua lucidez, em tua loucura,
    Fora dos teus limites,
    Além de tua imaginação...

    Estou reduzida ao teu ontem,
    Esgueirada no teu hoje,
    Projetada em teu amanhã...
    Estou em tua emoção mais sincera,
    Em tua tristeza mais profunda,
    Em tuas recordações mais felizes...

    Estou em teus sonhos sem fantasias,
    Em tuas ilusões inconstantes,
    Na saudade que finges não sentir...
    Estou em teus devaneios passageiros,
    Nas tuas buscas inconscientes,
    Na memória de tua pele,
    No desejo de tua boca,
    Que ainda guarda o sabor
    E a avidez dos meus beijos...

    Estou perdida em tua descrença,
    Esmagada pelo teu desamor,
    Distorcida em teus conflitos,
    Escondida nas tuas dissimulações...
    Estou inteira em teus pedaços,
    Cravada em teus espinhos,
    Espedaçada em tua complexidade...

    Estou concreta em tua verdade,
    Diluída nas tuas mentiras,
    Real em tua abstração...
    Estou em algum lugar de ti
    Onde ninguém nunca esteve,
    Em caminhos por onde ninguém andou,
    Em estradas que ninguém se atreveu a percorrer...

    Estou em teu sim, no teu não,
    No teu ir, no teu vir, no voltar...
    Estou intácta em tua pureza,
    Pura em tua inocência,
    Iluminada pela visão mágica do amor do menino,
    Refletida na maturidade, na racionalidade,
    Na lógica do homem...

    Estou nas tuas perdas, nos teus ganhos,
    Fóra de tua vida, dentro de teu viver,
    Desmentida pelas tuas palavras,
    Reafirmada pelos sentimentos...
    Estou como quem nunca deixou de ser
    Ou como quem sempre esteve
    Apesar de nunca ter estado...

    Estou no teu tudo, no teu nada, no sempre...
    Estou apagada de teu programa mental
    Mas refeita em holograma
    Que vives a deletar e os neurónios
    Continuam a refazer a imagem
    Arquivada no profundo da mente
    Onde o pensamento não alcança
    Para a razão desfazer definitivamente...

    Quando me procuro em ti
    Sempre me encontro,
    Mesmo que me negues, que finjas,
    Que mintas, o amor faz de cada negação
    Uma afirmação, e eu me vejo em ti
    Cada vez que me procuro...

    O destino me riscou de tua vida
    Para me escrever na tua história
    E me fez poeta,
    Para que eu fizesse dessa história
    O mais belo poema de amor
    Que alguém já escreveu...

    MARSOALEX

    Foto de Marsoalex

    ESTORINHA BESTA

    ESTORINHA BESTA

    Há muito tempo, num reino bem distante, havia uma menina muito só, mas muito feliz.Ela sabia que era muito diferente da maioria dos habitantes do reino, e até achava engraçado, embora estranho, alguns de seus costumes. Um deles era o uso de máscaras. A menina compreendia que a visão que ela tinha do reino, não era alcançada pela maioria de seus habitantes, porque as máscaras impediam que eles enxergassem o reino tal qual era: um paraíso. Por mais que a menina tentasse mostrar-lhes essa verdade, eles não entendiam, não acreditavam, e se ela insistia era chamada de louca por todos.
    O reino, como todo reino, tinha suas lendas, seus deuses, seus mitos. Havia, no entanto, um deus e um demônio muito cultuados e temidos mais do que todos os outros:o deus "Dinheiro" e o demônio "Sexo".
    A menina não compreendia porque ninguém percebia que um não era um deus nem o outro era um demônio, tudo era apenas uma visão distorcida pela máscara, pensava. Ela, como não usava máscara, podia vê-los tal qual eram, anjos bons, necessário à vida de todos, sem que fosse preciso cultuá-los, temê-los, amá-los ou odiá-los, bastando apenas conviver com eles de uma forma simples e natural.
    Não era difícil para a menina aceitar e conviver com os habitantes do reino, mesmo não os compreendendo, sabia que eles não eram maus, apenas estavam tão acostumados ao uso da máscara, que mesmo tendo condição de tirá-la na hora que quisessem, eles não sabiam como fazê-lo. Isto tirava-lhes o direito de trilhar a estrada coração, uma das mais bonitas e importantes que havia no reino. Esta estrada era a única que dava total liberdade, levando qualquer um que a trilhasse a outros mundos, outras dimensões infinitas. Poucos habitantes tinham acesso a essa estrada, por isso, a menina sentia-se muito só. Mas ela sabia que um dia encontraria alguém que teria a visão tão ampliada quanto a sua, a quem ela se aliaria e seguiria a estrada coração acompanhada por seu eleito.
    Um dia, ela encontrou um menino muito só e muito triste. Apesar de toda tristeza que ela viu em seus olhos, ele não usava máscara, portanto, podia, com ela, trilhar a estrada coração, indo além dos limites do reino, em direção à liberdade de mundos infinitos.E eles se deram as mãos e caminharam como se levitassem. Sabiam que o que estava lhes acontecendo não era simplesmente um encontro entre duas pessoas. Era como se um fosse a parte do outro que estava faltando. E, apesar das diferenças, eles se completavam, pois, falavam a mesma linguagem.
    Ele foi contagiado pela alegria que dela emanava, que adormeceu a tristeza que havia em sua alma, e juntos, através da estrada coração, atingiram o mundo mais distante do reino. Um mundo mágico que tinha a palavra "amor" como senha. Aquele que conseguia adentrar nesse mundo, era contagiado pelo sentimento imprimido na palavra da senha, permanecendo puro, livre e criança enquanto vivesse.Eles foram contagiados pelo sentimento e viveram juntos o tempo curto, mais longo de suas vidas.
    Não se sabe porque o destino resolveu interferir na estória separando aqueles dois que, pareciam ter nascido um para o outro.Ninguém no reino conhecia as leis do destino, e por mais que a menina perguntasse "por que?", sua pergunta ecoava no vazio dela mesmo.
    A menina mais só do que antes, e muito triste, resolveu colocar a máscara e tentar esquecer como tirá-la, para não saber como trilhar a estrada coração, pois, sem a companhia do menino, outros mundos, reinos e dimensões, tinham perdido toda a importância para ela. Com o uso da máscara, ela ficou igual a maioria dos habitantes do reino, aparentemente feliz.
    Assim, ela limitou-se e dividiu sua vida com outro habitante do reino, que nunca havia tirado a máscara, por isso, não sabia nada sobre outros mundos nem tampouco sobre o menino.
    O tempo passou e na rotina dos dias que se transformaram em anos, a menina se habituara à vida limitada do reino, mas era extremamente infeliz. Sabia que o uso da máscara lhe vetara o acesso a estrada coração, e ela tinha muito medo do desejo que gritava dentro dela. Desejo de tirar a máscara, pois vidas estavam em sua depedência. Se ela tirasse a máscara e enveredasse à estrada coração, iria em busca do menino esquecendo deveres e obrigações que a nova condição trouxera para sua vida.Continuou infeliz, mas consciente da responsabilidade assumida seguiu o seu destino resignada, sem revolta.
    Mas, como o destino tem suas ciladas, suas artimanhas, de repente, um dia, ela se viu diante do menino. A emoção que ela tentou conter, irrompeu através da máscara, tomando conta de seus olhos, de suas mãos, de sua voz...
    Ele estava ali, diante dela, sem máscara. E ela pode ver ver nos olhos dele a mesma emoção que estava sentindo e a mesma pureza do sentimento que eles haviam trazido do mundo mágico, único, capaz de remover a máscara que ela estava usando. A chama que irradiava dos olhos de ambos, deu-lhes a certeza que nada havia mudado. O amor brilhava com a mesma intensidade, com a mesma força e a mesma pureza. Nem o tempo nem a distãncia conseguira desmanchar a magia do sentimento que existia entre eles.
    A menina estava presa a uma situação muito comum, mas muito respeitada por ser parte dos costumes do reino. Além desta situação, muitas vidas estavam envolvidas com a sua vida. Vidas que não compreenderiam nada, que não sabiam sequer da existência de outros mundos, e ela precisava ensinar aos pequenos, como evitar o uso da máscara, para que pudessem ter acesso a tudo que a visão ampliada podia lhes oferecer, e isto, exigia tempo, muito tempo...
    O menino era livre, não estava preso a nenhuma situação nem tinha vidas em sua depedência. E como ele nunca tinha usado máscara, teve como mostrar a menina que, se a chama continuasse acesa, ela seria livre sempre. Falou, ainda, que ela poderia trilhar a estrada coração quando quisesse estar com ele, mesmo ele não estando junto, estaria com ela, pois nada nem ninguém poderia separá-los, já que eram parte um do outro. E a menina voltou a ser feliz, abulindo definitivamente o uso da máscara de sua vida.
    Foram muitas idas e vindas do menino.E quando ele voltava, na chama de amor que havia em seus olhos, a menina encontrava razão de viver e força para continuar presa a situação do reino, mas livre através do que sentia, e que, a cada dia aumentava mais e mais. Quando ele estava perto, bastava se olharem e tinham um mundo só deles, mesmo que não pronunciassem uma única palavra, diziam tudo e se compreendiam mutuamente.
    Enquanto isso, as coisas no reino haviam mudado.O demônio "Sexo", se transformara em um deus e estava em pé de igualdade com o deus "Dinheiro". Os dois eram cultuados por quase todos os habitantes do reino de uma forma obsessiva.Com as mudanças no reino, mudaram algumas regras e padrões, costumes e valores. Quanto mais as coisas mudavam, mais os habitantes ficavam desnorteados, confusos, porque continuavam a usar a máscara e as mudanças não se ajustavam a ela. Isso gerava uma confusão tão grande no reino, que ninguém sabia mais o que era certo nem o que era errado. Dinheiro e Sexo eram os únicos objetivos dos habitantes. A menina ficava triste por ver anjos tãop bons transformados em deuses sanguinários. Acompanhava as mudanças sem aderir a nenhuma delas, já que, crescera dentro do reino, mas sempre vivera além dele, e qualquer mudança que houvesse, ela estava adiante, dada a sua visão privilegiada pelo não uso da máscara.
    O reino era dividido em muitas cidades, e o menino estava muito distante em algum lugar que a menina não conhecia. Mas através da estrada coração, ele sempre esteve perto e ela se acostumou a tê-lo junto de si, mesmo que quiloômetros e quilômetros os separasse.
    Ela sabia que o menino se ligara a uma habitante do reino, numa situação um pouco diferente da sua, mas era algo que ela sabia que mais cedo ou mais tarde, aconteceria. E quando, as vezes, vinha o temor de perdê-lo, lembrava do que ele havia lhe dito: que eles seriam um do outro para sempre, e o temor se dissipava.
    Outros anos se passaram para que eles se vissem novamente. E quando aconteceu, foi para viverem um dos momentos mais bonitos de suas vidas.Foram momentos mágicos, quando o amor deixou que o anjo sexo, os envolvesse em suas asas, levando-os, através da estrada fantasia, para o mundo dos sonhos, onde o amor falou a sua linguagem mais bonita: a linguagem do corpo, que vibra de emoção na entrega sublime dos que amam. E o amor se fez corpo, alma e sentidos. Parou o tempo para ser eternidade em apenas um momento...
    E a vida seguiu seu curso. Eles foram distanciados novamente, cada um levando suas lembranças...
    E mais uma vez, muitos e muitos anos se passaram. O reino estava cada vez mais mudado e seus habitantes cada vez mais confusos. A menina continuava livre, presa dentro da situação que assumira perante o reino. Os pequenos já estavam crescidos, e ela já os ensinara a não usar a máscara. Ensinara também ao parceiro com quem se unira,para que todos que convivessem com ela, desfrutasem de uma visão ampliada, tendo acesso a outros mundos, através da estrada coração. Ela, com toda sinceridade e pureza, que o não uso da máscara lhe proporcionava, deu de si o de melhor, para aqueles que as leis do reino havia colocado sob a sua responsabilidade. Mesmo não levando o seu parceiro ao mundo mágico, levou-o a outros mundos onde conseguiu subsídios que tornou a vida de ambos boa, válida de ser vivida. Levou-o ao mundo da amizade, ao reino da lealdade, a dimensão do companheirismo, enfim, a todos os lugares de onde trouxessem substâncias para uma vida harmoniosa. O mundo mágico pertencia a ela e ao menino, somente com ele, ela se permetia adentrá-lo. O sentimento que acionava a senha para abrir a porta do mundo mágico, fora entregue ao menino, que, mesmo distante, era presente, diário, permanente, e ninguém mais podia substituí-lo em mundo nenhum. Mas isso não impedia qua a menina tivesse uma vida normal, tranquila e em paz. Pois o sentimento era tanto, que preenchia a sua vida de uma forma completa, total.
    Neste amaranhado de vidas, um dia, a menina teve oportunidade de conhecer aquela com quem o menino se unira. Viu, sem nenhuma surpresa, que ela usava máscara. Mas, confiando na visão ampliada do menino, deixou que o destino se encarregasse de reaproximá-los quando fosse tempo.
    Algum tempo depois, a menina soube que, como ela, o menino tinha responsabilidade com outra vida, mas continuou confiando na ampliada visão dele e no que sentiam um pelo outro. E foi levando a vida sem drama, sem sofrimento, sem infelicidade, com naturalidade, características peculiares daqueles que têm o privilégio de uma visão sem máscara.
    Décadas e décadas tinham se passado quando o destino resolveu que era hora de reuní-los mais uma vez. Quando eles se viram, toda emoção irrompeu novamente através da chama que brilhava nos olhos de cada um, acionando a senha, abrindo a passagem para estrada coração, que os levou ao mundo mágico mais uma vez.
    Passado o impácto do primeiro momento, a menina começou a sentir que algo havia mudado no menino, mas ela não conseguia identificar o que era.Ela o olhava e o via do mesmo jeito. Quando o ouvia falar, as palavras eram iguais as que ela estava acostumada a ouvir, mas havia nesta igualdade uma diferença que ela captava mas não sabia definir. Ele sempre se mostrara complexo, ambivalente, paradoxal, contraditório, mas o quê, em suas palavras tão iguais, tinham uma conotação diferente? O quê, naqueles olhos tão transparentes, embassavam o brilho? Por que ele era o mesmo e não era o mesmo?
    E um dia a resposta veio deixando a menina atordoada: ele estava usando máscara! Se tornara igual a maioria dos habitantes do reino. A máscara o havia cotaminado, estava tão aderida a ele, que distorcia toda a sua visão. Ele se tornara limitado, padronizado, regulado pelas leis que regiam o reino e deixara de ser livre.Com o uso da máscara, se identificara com a parceira que´há uito tempo estava em sua vida, vivendo num mundo bem menor do que os limites do reino lhe permitia.Não sendo livre, não compreendia a liberdade da menina, que mesmo presa, era tão livre, que podia voar e chegar até à porta de seu pequeno mundo. Ele esquecera totalmente que a ensinara a ter essa liberdade, quando através do amor, mostrou-lhe que o uso da máscara era uma eterna prisão.
    O menino tinha aprendido a cultuar o deus Dinheiro, acreitando apenas na força e no poder que esse deus podia proporcionar.Ele deixara de acreditar no sentimento imprimido na senha que um dia lhe abrira as portas do mundo mágico, e ainda debochava da menina, por ela acreditar e viver a força e a beleza de um sentimento, que para ele, não fazia o menor sentido, não tinha a mínima importância e nenhum interesse. Tudo o que eles haviam vivido juntos, era rotulado de "passado", e, as vezes, até vulgarizado por ele, tirando toda pureza, toda beleza, toda magia que envolviam os momentos vividos com tanta intensidade e simplicidade, que seriam eternos para qualquer um que não estivesse contaminado pelo uso da máscara.
    E de nada adiantou todas as tentativas que a menina fez para que o menino removesse a máscara e voltasse a ser livre.
    Ele não era feliz, ela sabia, mas nada podia fazer. A não ser, ter esperança de que, um dia ele abrisse as portas da própria prisão e voltasse a voar. Mesmo que não fosse em direção a ela, ela ficaria feliz por vê-lo livre outra vez. Era horrível vê-lo tão comum, tão parecido com os outros habitantes do reino. Ela sempre o viu diferente. Se ele fosse realmente diferente como ela o via, bastaria tirar a máscara para que sua visão voltasse a se ampliar, e través dela, ele tiraria de dentro de si, o menino adormecido, para ser livre, puro e criança enquanto vivesse.
    A estória não tem final. A menina segue o seu caminho, tentando entender as leis do destino, sem saber porque a sua vida continua entrelaçada a vida do menino, já que hoje há uma enorme distância entre eles, sem nenhuma possibilidade de um dia trilharem novamente a estrada coração. A menina não sabe se esses laços serão cortados um dia, pois, a única coisa que ela sabe, é que o sentimento imprimido na senha que um dia abriu a porta do mundo mágico, continua a existir nela, e através deste sentimento, ela será livre, pura e criança enquanto viver...

    Marsoalex

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