Não tornarei a repetir o amor, não aqui!
Não enquanto as virgens se guardarem,
pequenos medos que a lua afaga sem entender.
Virgem, verde, verdinha e novinha
seu invólucro vulvar me desperta espanto
pois tú és contemporânea da era no cio!
o corpo deveria estar em chamas,
mesmo no mais intenso frio!
Contudo prefere cruzar as pernas
e inocentar a face.
Ó virgem Maria, virgem Luzia e virgem alegria
sorria ao menos mordendo os dedos por entre os dentes,
desperte em si aquela energia que transborda libido!
...Há uma lira, uma lira de ouro,
que toca uma linda música medieval,
uma música surda aos ouvidos das puras
que com a proteção da pele inexplorada
da boca mau beijada, parece não escutar!
Não falarei do amor!Eu não!
Não enquanto teus lábios macios,teus lábios molhados,
lábios grandes e pequenos não forem beijados;
Tú és linda mulher,não esconda tal perfeição!
não se prive da sensação de ser dominada
quando uma chuva forte e grossa à deixa excitada,
caida no chão!Lambendo o asfalto!
Procurando compostura entre os postes, cilíndricos!
Liberte o teu sucubo!
Pois a mesma água que encharca
e contorna os teus seios
poderia ser um homem, qualquer homem
um alheio!