Vida

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Muito Além da Rede Globo - Capítulo 21

Em qualquer dia desses...

"Hoje já é sexta, segundo o incorruptível horário de Brasília. E eu tive mais um dia feliz. Não foi um dia maravilhoso, a Mega-Sena não me sorteou, o Corinthians não joga, a minha mortalidade continua a mesma, provável e certeira, nas suas dores antecipadas. Hoje, e os dois anos de repetência e depressão inúteis me ensinaram, hoje a vida é boa e inevitável. A minha companhia é a Tereza, e não me perguntem o motivo. A felicidade é inquestionável, ela é simples como o Sol em Sagitário e o pão com mortadela. A felicidade é o bolachão de zinco, o Yakult, o apoio da Caixa Econômica Federal, a condução vazia e o programa da Rede Globo. Quem explica, e pergunto para vocês mesmos, os paladinos do sentido e da vida acadêmica, se dentro da anulação da matéria pela antimatéria qual é o espaço possível para a existência? O que explica a felicidade, que é o que também explica o sofrimento, é o fato da eterna discórdia dos fatos, o poder dela sobre os acontecimentos, as situações, os desencontros, os milagres. A taça é o imponderável, o brinde é a vertigem, é a glória! Lasquem-se os objetivos estáticos! A realização já está dentro do ser quer ele queira ou não!"

Foto de Arnault L. D.

Enquanto a música tocar

A frente, o inesperado a espreita,
como é de seu uso, o futuro.
Ora carinho e justa colheita,
nasce o que semeou, germinar seguro...

Induz pensar ser dono da vida feita.
Mas, é olhos fechados numa dança no escuro.

Eu sigo uma melodia imprevista,
danço na penumbra a esquecer do entorno,
improvisando para a vida uma vista,
sem saber do próximo passo, ou contorno.

Uma música que o porvir insista,
quente, gélido, ameno ou morno...

Em nossas mãos, apenas a esperança.
O sonhar que as coisas conseguiram ser,
quando não, desejar que a próxima dança
seja melhor, boa parceira vai trazer...

Não há certeza à nada que se lança,
pois, a canção pode mudar e nos colher.

Num ritmo caprichoso e aleatório,
de encontros e despedidas; de sim e não;
de acerto e erro, fatal ou provisório,
nossos, ou alheios, e os que insondáveis são...

Mas, dançar é o viver, compulsório,
então bailemos a vida, louca canção.

Foto de poetisando

Hoje

Hoje revendo a minha vida...
Tiro apenas uma conclusão
Levei tantos tombos na vida
Sem ter aprendido a lição
Continuo a viver na solidão
Com o coração amargurado
Sem conseguir tirar dele
Tudo o que tem guardado
Só me resta o pensamento
Que é livre como o vento
Esta dor que trago na alma
E no coração amargurado
Como te vejo bem agora
Nesse teu olhar alegria
O meu coração tão triste
O teu pulando de alegria
Tantos tombos dei na vida
Sem nunca ter aprendido a lição
Depois de rever a minha vida
Chego a esta triste conclusão

De: António Candeias

Foto de Rosamares da Maia

A Dois Passos da Vida

A vida que não viveu ficou a dois passos de Ser,
A dois passos de nada...
Bem ao alcance das suas mãos.
Com um paladar de ausência em sua boca.

A vida que não construiu, apenas sonhou,
E que mora logo ali, ao lado da realidade,
Edificada no tom sem ritmo dos seus desejos,
Na falta do som da coragem concreta.

Tudo acomodação do politicamente correto.
A dois passos da Vida

Na vida ficou a dois passos de Ser,
Não viveu e ficou a dois passos do nada.
Quase ao alcance das suas mãos.
Com um paladar de ausência na boca.

A vida que não construiu, apenas sonhou,
Mora logo ali, ao lado da realidade,
Edificou no tom sem ritmo da sua vontade,
Na falta do som da voz, da coragem concreta.

Tudo acomodado e politicamente correto.
Molde e dogma social das vontades alheias.
A dois passos da sua vontade flácida,
Passivamente odiando o politicamente correto.

A dois passos de viver embarcou sem ver.
Viagens distantes, caminhos indeterminados,
Mas sem passos aventureiros, apenas miragens.
Não arredou um milímetro do tacanho chão.

E o tempo de quem não realiza é implacável,
Tem revelações contundentes, próximas demais,
A dois passos do espelho, olhos nos olhos.
Dos cabelos brancos e da pele cansada.

A vontade cordata oculta o caráter pequeno,
Negou a própria história, os amores, os desejos,
A vida escorreu na ampulheta do tempo,
Escreveu na areia fria - politicamente correta,

Os dois passos, traços num beijo frio,
Moinhos de vento que a vida levou,
Castelo plantado na areia que desmoronou.

Foto de luar da noite

Meu letani

-
-
-
Acordo a teu lado,
Sinto teu cheiro,
Teu corpo agarradinho no meu,
Acordo feliz,
Radiante.
Considerando-me amada,
Desejada,
Com extrema alegria,
Menina, mulher,
Pequenina!
Amar foi vontade da noite,
Enlouquecer em desejo,
Foi vontade da lua,
Entre o pão e a água,
Ficou o vinho,
Corremos, sonhamos,
Mas na verdade,
Amamos!
És minha alma,
Que escorre por mim,
Vivo sem ti,
Mas com desejos de ti,
Teu corpo ausente,
Um dia terei de presente,
Clarando minha noite,
Diminuindo meu sofrimento,
És vontade e desejo,
Sedução e aventura,
Numa vida repleta,
Sou simples monotonia,
Hoje aqui estou,
Desejando desejar,
Amar,
E novamente perder.
Adoça tua lingua em meu corpo,
Escorre por mim,
Como nunca,
Como antes,
Um dia talvez!
Devora-me em gemidos e,
Deixa-me louca,
Como tu, só tu sabes fazer...
Num abraço ardente,
Só eu e tu,
Perdidos do presente!

Foto de Alexandre Montalvan

Tristeza

Jovem a face vespertina
A palidez da morte
Triste tristeza que ardia
Nos olhos cobertos de lagrimas
Que iam e vinham
Fugia, fugiam

A vida inteira
Na luz do sol enfraquecida
Ou pelas noites vazias
Entre nuvens escuras e frias
Seguiam, seguia,
Na noite ou dia
Perdida

Fugia a vida
E tudo mais aqui ficava
Fugiam espelhos e sonhos
Fugiam, fugia a alvorada

Seguiam na dor e tristeza
Não via na vida beleza
Seguia sem ser nunca amada
Seguia, seguiam erradas

Alexandre Montalvan

Foto de Maria silvania dos santos

A chave do portão...

A chave do portão...

( R... ) Hum dia, um dia a muitos anos atraz, quando ainda eramos pequeninos, quase ainda com o cheiro do leite materno, eu com + ou - uns oito para nove anos de idade, e você com dois ou três anos talvez, não me lembro bem.
HÀ mas eu confesso que eu já sofria, me sentia solitaria, triste e sem sentido para viver.
Para mim, as cores eram pálidas, as flores dos jardins eram murchas sem vida, eram galhos secos já pedindo poda, ou novas sementes a ser semeadas.
O sol já não brilhava e nem aquecia, tanto o dia quanto a noite era frio, era escuridão, eu vivia embriagada pela solidão.
Apesar de ser criança, mas eu não tinha mais esperança.
Eu não agreditava na alegria, pensava que alegria era fantasia de quem queria ser feliz.
Mas para mim, a vida era com um buraco sem fundo, onde a tristeza não tinha como parar.
Mas um dia para minha suprema alegria, o que era escuridão virou dia, para minha quase que infinita fantasia, eu te conheci, e juro que naquele dia, algo novo, algo diferente em meu coração eu pude senti.
Eu não pude acreditar, mas em minutos você já me fez sorri, me fez sentir criança, me fez perceber a vida e encher de esperança, você me mostrou que a felicidade existe mesmo que por alguns momentos.
Naque momento, tudo para mim se transformou magico e pela primeira vez, eu pude sentir um abraço sincero, carinhoso e inocente, pude sentir o calor humano, naquele momento o sol volto a brilhar, as flores dos jardins ganharam vida, as cores firmaram seus efeito e tudo se transformou quase que perfeito.
Mas como diz o ditado, tudo que é bom dura pouco, você teve que parti e a saudade invadiu meu coração e roubo o meu sorriso.
Eu te comunico, que o jardim que você plantou em meu coração, as flores já quase não desabrocham mais, estam morrendo, precisa ser regado e só você tem a chave do portão...
Então venha, estou sentindo sua falta, venha, retira do meu peito esta solidão!..

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Chácara Sales

À Luz do Amor

O amor vence as barreiras
E supera as dificuldades da vida,
Mostra as chaves para abrir a porta
Quando tudo parece não ter saída.

Ilumina a estrada escura
E apaga as experiências mal vividas,
Deixa o coração feito flor num jardim de paixão
A exalar alegria no alento da emoção!

Foto de poetisando

Sonho

Continuo a sonhar cordado
Com um amor acabado
Um sonho que é impossivel
De vir algum dia ser realizado
Quando acordado ainda sonho
Com o amor vir a encontrar
Poderei levar ainda tempo
Do amor voltar a conquistar
Continuo a sonhar na vida
Que voltarei de novo a amar
Quando este amor esquecer
Com feliz voltarei a estar

De: António Candeias

Foto de poetisando

Foste a luz

Foste a luz que me ilumina
A flor do meu jardim
Como te amo meu amor
Amame tu também a mim
Não penses mais no passado
Olha sim sempre em frente
Passado já não vai voltar
Agora há que olhar ao presente
Já foste a luz que me iluminou
Estes meus olhos cansados
O amor não nos quis unidos
Deixou-nos foi destroçados
Há noite quando me deito
E acabo de adormecer
Vejo-te nos meus sonhos
Até os raios do amanhecer
Eras tudo na minha vida
Até que te foste embora
Nem de mim te despediste
Como o meu coração chora

De: António Candeias

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