Vida

Foto de Anderson Maciel

SEM CORAÇÃO

Olhe para mim,
Veja minha dor...
Sofrendo vou vivendo
Sem amor, sem amor.

Caído em amargura,
Eu vivo lamentando
Pela vida que vou levando
De perda e ilusão.

Inundado em tristeza
Já decaído e sem beleza
Vou seguindo essa dureza
De viver sem coração. Anderson Poeta

Foto de Nailde Barreto

VIDA VAZIA.

O olhar penetrante, cuja incógnita, esverdeada, envolve!
Cintila em tons coloridos e, em plumas, pincela as mazelas da vida, cinza!
E, o verde envolvente, carente... Faz-se comum...
De todo lugar e, de lugar nenhum...
Se desfaz entre o “calor frio” dos amores em noites de boemia, magia!
E, ao tempo que vive uma “feira-livre” de emoções frias,
Confunde-se entre o apego e o desapego de uma vida vazia.

(Escrito em 18/10/13)

Foto de carlosmustang

FONDUESES

Foi olhar nos teus olhos
Que a felicidade havia de encantar
E tudo valeu a pena, vivência a espalhar

Contentamento ao extremo, com seu cheiro!
Então sonhei, realizei, como bobo viajei:

E tudo valeu a pena! Esse encantamento, valeu
Cada julgo que eu tinha era especial
Afinal toda a sociedade não importaria

Tanto carinho a mim, eu não mereceria
De tão pujante só à mim, seria desperdício
Só que eu, interpreto de vida, recolhendo-me
Esse merecer supremo, olhou por mim!

Sou lixo ou dejecto
Viciado em seu amor, olha pra mim, ti amo
És bela, poderosa, tens que quer
Este vive e morre, por ti mulher!

Não seria mais fácil dizer que sou perdedor
Por ser tolo em dor?
Sou objecto, dejecto, sou grato por amor.

Foto de P.H.Rodrigues

Dante

O Mágico, também é Mimico, que é Ilusionista.
Sendo assim, ele cria, assim como expressa,
o Mágico também sabe mudar a realidade.

O Mágico é Poeta, e o Poeta é Filosofo.
o Mágico faz toda a mágica da vida,
enquanto o Filosofo não indiferente, ensina,
e o Poeta dramatiza.

Dramatiza o drama da Bia que espera no castelo,
o Goblin enfeitiçado para parecer um príncipe-encantado,
tremer e transpirar gelado,
frente a frente ao lendário Dragão Encouraçado.

O Mágico observa como Poeta. E como Filosofo,
espera a hora certa, para agir como um Mimico,
diferente de um Ilusionista, e desfrutar como Dante.

Foto de Carmen Lúcia

Escrevivendo

Escrevo o dia que se abre
e toda a sensação que me invade
ao sentir que nunca é tarde
e a vida me chama para recomeçar.

Escrevo o ato que se predomina
ao escrever definitivamente o fim,
ou inevitavelmente o começo
e tende a se emaranhar nas entrelinhas.

Escrevo o crível do tosco monjolo
ao debulhar com arte o milho e o café,
escrevo do que vejo o que me convier,
o que ficou marcado no profundo,
na essência da essência do meu mundo.

Escrevo sentimentos, razão de minha fé,
arquivados onde , às vezes, mora a dor
e só vêm à baila no momento exato
em que se rompe o extravasor.

Escrevo, descrevo, reescrevo
a minha própria vida
onde minh’alma está contida...
O ontem, o agora, talvez o depois,
o instante em que vivo agora,
o convívio entre nós dois,
as lembranças do outrora,
o tempo que me desafia.
O resto, escreve a poesia.

(Carmen Lúcia)

Foto de Rosamares da Maia

CRÔNICAS DA SAUDADE - Solidão é Fundamental

CRÔNICAS DA SAUDADE – Solidão é Fundamental.

Hoje eu preciso de um tempo para ser só. Isto mesmo! Sentir a solidão necessária para me reencontrar com a minha paz, ouvir atentamente o silêncio. Assim, só e ouvindo o silêncio como se no Mundo não houvesse mais ninguém, eu mergulho no tempo, um tempo todo meu, sem controle de nada e de ninguém. Como se a minha própria cabeça fosse uma poderosa máquina, percorrendo os tempos idos e avançando para tempos futuros.
A viagem me leva a lugares em que estive e vivi, trazendo a tona sensações e sentimentos, uns muito bons e prazerosos, outros, nem tão bons e alguns muito ruins, mas nada se perde, na realidade é um resgate da costura das experiências, da capacidade humana de sentir e desenvolver o raciocínio analítico. Pesar todas as coisas vividas e rastrear momentos e pessoas que de alguma maneira fazem parte da costura na construção das nossas vidas.
Preciso da minha solidão para recompor a logística de mim mesma, ela me possibilita a reorganização da maneira de estar neste mundo, também de traçar rotas para percorrer caminhos futuro, fazendo projeções a partir do meu presente, planejando passo a passo a conquista de novos espaços. Considerando se eu devo dar estes passos ou se quero ocupar estes novos espaços.
Solidão é fundamental! Não para sempre, mas para considerar que em alguns momentos a minha é a melhor companhia que eu posso ter. É algo fantástico, acreditem! Alguns podem considerar que este desejo de me revisitar de vez em quando seja apenas saudade, vontade de mergulhar no passado. Não. Definitivamente ele é também, para fazer projeções do futuro. É claro que algumas vezes o passado desperta a nostalgia. Mas quem não sente saudade de alguém ou de alguma época?
Se a esta necessidade de solidão alguém atribuir os sinônimos de saudosismo, nostalgia, ou as projeções para o futuro alguém quiser chamar de sonhos, delírios e/ ou ambição, que seja, mas a ela, acrescento também, o conceito da necessidade humana de olhar nos olhos de sua alma, se encontrar periodicamente consigo mesmo, não se permitindo tornar baú trancado, cheio de sentimentos, pessoas e momentos esquecidos com fantasmas ameaçadores.
Quero o meu baú todo aberto, meus fantasmas exorcizados. Quero sentir a minha solidão até os ossos, com a vida povoada das minhas saudades e sonhos, assim, corrijo cada rota, cada rumo que me recompõe cada vez mais humana.
Rosamares da Maia

Foto de Rosamares da Maia

Façam Backup

Façam Backup
Eu tenho medo de que as ideias fujam de mim e por essa razão aprendi a usar o computador.

E não é bobagem, eu já vi muita ideia fugitiva, que simplesmente abandonou a cabeça de seu dono. Não é exagero!

O dono da cabeça fica com aquela expressão meio apalermada de quem come alguma coisa sem sal e sem açúcar. Tudo fica sem nenhum sabor.

Armazeno todos os dias um pouquinho de mim, enquanto lembro.

Eu vi a parafernália que ficou a cabeça da minha mãe, que inesperadamente desencontrou-se da sua vaidade de mulher, da mão para cozinhar, das opiniões sobre o mundo. Não! A memoria humana não tem backup, por isto quando um Cavalo de Tróia chamado Alzheimer de instala no nosso sistema, tudo se desalinha. Os programas armazenados na memória entram em total colapso. Na maioria das vezes somos obrigados a formatar, para tentar realinhá-los, mas, com a ausência do providencial backup, que particiona a memoria em algum lugar do disco rígido ou no HD externo, tudo simplesmente some.

Toda uma vida de estudo, trabalho, casamento, descasamento, filhos, netos, pais irmãos e amigos, tudo o que você amou, construiu e conquistou vai embora, tornando a vida um imenso vazio, onde a incapacidade de reter o conhecimento, ou pior, os sentimentos sobre tudo o que conhecemos escorre pelo ralo da memória, ou da ausência da memoria e nos tronamos indigentes.

Aprendi a usar o computador, nele protejo desta indigência todos os pedaços de mim, todas as minhas coisas, desde atos importantes da vida civil, fotos, filmes, conquistas, ideias e coisas tolas, muito tolas também.

Santa tecnologia! Saibam todos que se algum dia eu me perder na teia estranha da memoria, que aceita um trojam chamado Alzheimer, tem um botão bem na minha frente, apertem e voltem cada pedaço de mim, cada momento, em tela total, bem grande.

Salvem-me do anonimato, da perda da credibilidade humana, de não saber mais tomar banho ou escovar os dentes, de não passar rímel ou batom, de não reconhecer o meu filho e ser capaz de expressar meus sentimentos, em fim, de ter autonomia para dizer sim e não.
Por favor, me façam reaprender me revendo todos os dias enquanto a cura não vem.
Mantenham o backup da minha dignidade intacto, ou então, me deletem para sempre.

Rosamares da Maia

Foto de Moisés Oliveira

O amor sumiu da terra

Não se acha mais, na vida não há perdão,
já sumiu da terra, foi embora sem razão.

Ele deixou saudade, frase por completar,
não se acha o sentimento, tudo fora de lugar.

O dia sem ele é noite, violência sem razão,
o jornal escorre sangue, nem doi mais no coração.

De quem estamos falando? Não preciso explicar.
Falo do amor mas pode ser tudo, nada parece funcionar.

Foto de Alexandre Montalvan

Casa Vazia

Era casa vazia e muito pouco fazia

Não havia vida, ouvidos para ouvir.

Partes da história nela se perdiam

Pois vida ali inerte deixava de existir

Havia véus que cobriam seus medos

Tentando esconder velhas conversas

Faladas na beira das nervuras rasgadas

Meias palavras perdidas em segredo

Apenas vazia e sem alma a pobre casa

Cansada era corpo assentado na terra

Era ave sem bico sem penas sem asas

Era casa era sonho era dor era espera

Tudo e nada, era apenas o que restara

Incrustada na beira morta da estrada

Efêmero coração (em dia de ventania)

Uma lágrima rolava umedecendo o chão

Alexandre

Foto de Anderson Maciel

A PROCURA DE UM AMOR

A procura de um amor
Assim saio eu
Nessas noites de clamor
Busco a ti oh amor meu

Apareça em minha vida
Não desejo mais sofrer
Quero ser alegre novamente
Poder enfim agradecer

Entre os sons do mundo
Desejo também gritar
Que meu maior amor do mundo
Veio até mim me encontrar... Anderson Poeta

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