Vida

Foto de WILLIAM VICENTE BORGES

HOJE QUANDO OS CAVALOS ME ACORDARAM

HOJE QUANDO OS CAVALOS ME ACORDARAM
Por: William Vicente Borges

Hoje quando os cavalos me acordaram, abri a janela e a neblina ainda tomava contas dos campos. Vinha da cozinha o cheiro do café quentinho, eu respirei fundo para sentir todos estes ares da vida. Todos estes cheiros da felicidade. Tomei uma ducha quente e relaxante, barbeei-me, usei minha colônia preferida, aquela que não me arde o rosto. Vesti-me com uma roupa feliz e fui em direção a você que torrava os pães, abracei-a por trás e senti teu perfume de mulher carinhosa. Beijei teu pescoço, você se virou ainda com as mãos na faca de manteiga, e beijou-me levemente os lábios. Sentamos os dois na mesa bem posta, com queijo de Minas, o café, o leite os pãezinhos. Mas sinceramente só queria mesmo ficar olhando pra você a manhã toda.
Hoje quando os cavalos me acordaram, o dia parecia perfeito, e era perfeito, não há dias imperfeitos com você por perto. Ajudei a lavar os copos após o café e peguei você pelas mãos e fomos caminhar, neste nosso dia de preguiça e amores. Fomos em direção a ponte sobre o ribeirão, quantos poemas nasceram naquela ponte, todos para você, todos por você. Paramos um pouco sobre a ponte e a água passava veloz sob nossos pés, o tempo também passou veloz sob nossos sonhos. Agora não quero e nem desejo que o tempo corra, quero que ele pare, quero continuar mirando teus olhos que me miram e que me dizem de forma veemente que sou o homem da tua vida.
Hoje quando os cavalos me acordaram, senti que meu coração batia tranquilo, senti que quando a neblina se dissipasse ante o calor do sol, o céu se mostraria mais azul que nunca. Saímos da ponte sobre o ribeirão em direção ao pomar, ao pomar que meu avô plantou e que quando eu era criança me presenteou com os gostos mais doces desta terra, como o gosto da laranja, com o gosto da jabuticaba, com o gosto do pêssego, com o gosto do cajá, com o gosto do maracujá. Mas em você, minha amada, neste pomar de paixão, descobri o gosto mais doce, da fruta mais doce, do beijo mais doce, da certeza mais doce, dos momentos mais doces, dos sonhos mais doces dos sentimentos e emoções mais doces que um homem podem experimentar na vida.
Hoje quando os cavalos me acordaram, não me parecia que seria mesmo um dia qualquer, um dia para apenas ser vivido. Saímos correndo do pomar, eu te puxando pelas mãos te levei até o jardim que vovó plantou e mamãe regou, escolhi a rosa amarela que tanto gosta coloquei em teus cabelos que são feitos de fios de ouro. Quando coloquei a rosa, seu rosto que já brilhava, brilhou ainda mais. E eu derramei involuntariamente uma lágrima salgada, uma lágrima de alegria de poder olhar para a imagem mais bela do universo. Abraçou-me como quem abraça a esperança e eu não queria mais larga-la, quando finalmente deixamos de abraçar, a neblina da manhã havia de todo se dissipado, e como imaginava o céu se mostrou de um azul lindo e profundo.
Hoje quando os cavalos me acordaram, não pude explicar toda a alegria que me cercava e o sorriso que abundava em minha face, mas agora enquanto voltamos para a casa da fazenda e você correu um pouco a minha frente a fim de pegar mais uma rosa, descobri que o meu dia de alegria começou bem antes, antes dos cavalos me acordarem, este dia de alegria começou a algum tempo atrás. No exato dia em que me disse que me amava e que seria minha para sempre.

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Primavera de 2007

Foto de WILLIAM VICENTE BORGES

TODAS AS MÃES

TODAS AS MÃES
Por: William Vicente Borges

Todas as mães são santas
Todas as mães são sábias
Todas as mães são boas
Toas as mães são lindas.

Todas as mães sofrem
Todas as mães vencem
Todas as mães se preocupam
Todas as mães acolhem.

Todas as mães são frágeis
Todas as mães são fortes
Todas as mães são guerreiras
Todas as mães são protetoras.

Todas as mães merecem flores
Todas as mães merecem beijos
Todas as mães merecem carinho
Todas as mães merecem respeito.

A todas as mães muita alegria
A todas as mães um abraço
A todas as mães sorrisos
A todas as mães um agrado.

A quem Deus incumbiu
de gerar em seu ventre vida
nos colocamos de pé
e damos os mais efusivos aplausos

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Outono de 2009

Foto de Sueli Escribano

Amor Virtual

Foi simples pensar em partir, em fugir de um sentimento que teima em queimar meu peito, foi simples me preparar para dizer a você que tudo estava acabado, que meu caminho a partir de então seria percorrido sem a sua presença. Enquanto te falava da nossa separação, estava amortecida, não conseguia sentir nada em mim, estava vazia, oca. Senti sua reação, e nessa hora meu coração parou, uma gota de lágrima escorreu pelo meu rosto e caiu em meu peito, precisava sair, pensar, reavaliar, e foi o que eu fiz.
Ahhh como foi difícil perceber que não tinha você ao meu lado, e principalmente que eu não podia mais ver por onde você andava. Vi você se distanciando, e nada podia fazer, eu sabia que se você sumisse no horizonte, meu próprio brilho se apagaria, que uma escuridão infinita se faria em minha caminhada, entendi então que precisava retroceder, precisava da sua presença para poder respirar, para que meu coração continuasse batendo, para que minha pernas pudessem caminhar, percebi que não somos aluno e professor, mas sim dois amantes inseguros incapazes de continuar a vida sem a presença do outro, não importa em que condição mas eu preciso de você, mesmo que seja assim, através de fios, cabos e mensagens que a tecnologia moderna nos possibilita utilizar.
Então, estou aqui, molhada em meu próprio pranto, certa de que preciso te alcançar antes de que suma na linha do horizonte, te quero de volta, aqui, do meu lado, para que você possa me guiar em meu caminho, e para que eu também possa fazer parte da sua vida, e com isso, um dia, lá na frente, quando olharmos para traz, ao lado das marcas das minha pegadas na estrada, estejam também as suas, me conduzindo e sendo conduzido por mim.

Amar você, é a coisa mais linda que já aconteceu na minha vida!

Foto de vânia frança flores

acabou o amor..

Eu quero chorar, mas minhas lagrimas secaram, assim como meu coração.
Tristeza?
Não sinto, a indiferença é o único sentimento que me resta;
Sozinho?
Não, tenho a sociedade, o mundo esta do meu lado;
Gratidão?
Não preciso, fazer o bem não é um obrigação é um dom;
Não ser feliz é a sina de quem sonha com a felicidade alheia;
Mataram minha alma, quero salvar as outras;
De que?
Da individualidade
Pra que?
Para que ninguém sinta o que sinto;
Amor?
A Vida, as crianças, as pessoas. Não me amo mais;
Sonhos?
De um mundo melhor, mesmo que eu não faça parte dele;
Você matou meu EU, agora vou viver pelos outros - obrigado.
lindo gostei e postei...

Foto de Bruno Silvano

O olhar de uma estrela

“Estrelas, para muitos apenas mais uma grande esfera luminosa sem vida e sem importância. Ao olhar da astronomia um grande astro celeste, de incomparáveis magnitudes, altitudes, diversidades. Muito valorizada pelos astrônomos, podem simbólica e afetivamente representar algo muito importante, bonito e necessário em nossa vida” Foi isso que me chamou atenção no livro.
Para mim não era diferente, era um garoto sonhador, no apogeu da adolescência, minhas expectativas para o futuro eram todas voltadas aos céus, sonhava em ser astrônomo, não importava a que patamar de fama, ou até onde eu seria reconhecido, mas tudo que queria era poder estar dentro daquele mundo de astros, que mesmo sendo apenas um sonho me sentia fazendo parte disso. Vinha de uma família de classe media baixa, uma grande parte da minha infância foi marcada pelas dificuldades, que apesar de serem imensas, nunca tiravam o sorriso do meu rosto.
Era uma noite, não como outra qualquer, era fria, caia aquela chuva fina que passavam pelas gretas do telhado e encharcavam tudo minha cama, a casa só tinha 2 quartos e o jeito era me refugiar no quarto de meus pais. Estava sozinho em casa meu pai havia ido trabalhar como de costume, ele era mineiro e seu turno era na madrugada, minha mãe havia saído as pressas para algum lugar, sem me especificar para onde.
O vento gelado começou a soar ainda mais forte, formando um barulho amedrontador que dava a impressão de arrancar a casa do lugar, o clima ao meu redor começou a ficar pesado, escutei gritos e tiros na parte de fora da casa, corri e me escondi em baixo da cama. A energia havia caído e fiquei iluminado somente pela luz das estrelas e da lua. Passei a observa-las com intensidade, nunca havia me encantado tanto com uma estrela, talvez o medo dos tiros e o nervosismo me fizeram ver coisas, era acostumado a ter observações noturnas no céu, mas nunca havia me deparado com aquela constelação, era muito diferente das outras, era formada por estrelas de grandes magnitudes e parecia formar um diamante e dentro dele parecia estar escrito “Júlia”. Meus olhares se prenderam a aquele lugar, cada vez ia ficando mais lindo e aquilo me acalmou. Continuei por ali e acabei pegando no sono.
Estava encantado com o que acabará de ver, era uma visão perfeita e aquilo me induziu a ter um belo sonho. Era metade da madrugada continuava ali intacto observando-a, não tinha certeza se fazia parte do sonho ou se era realidade, mas nem queria saber, apenas não fiz movimentos bruscos para que aquilo não acabasse. A estrela parecia estar cada vez mais perto, era como um pingo de luz com vida propria, soltava perfume de flor, parecia muito com o de uma dama da noite, era muito cheirosa, dali foi se criando uma mulher, não era muita alta, não emitia nenhum som, mas sua presença deixava um ar de suavidade no lugar, parecia uma deusa. Não permaneceu ali por muito tempo, logo foi embora.
Não tinha certeza se havia sido um sonho, mas no outro dia quando amanheceu brotou ali 3 lindas flores e a guria havia perdido ali um colar de diamantes que por coincidência estava escrito “Julia”.
Mais tarde havia recebido a noticia de que minha mãe havia sido assassinada durante a madrugada, mal pude permanecer em pé. Foi a ultima das quedas que tive. Eu e meu pai tivemos que ir para outra cidade, longe daquele que trazia fortes lembranças de minha mãe. Depois desse dia nunca mais fui o mesmo, jamais havia aberto um sorriso.
A partir daí nunca mais vi aquela misteriosa garota dos meus sonhos, e muito menos visto a constelação de “Júlia”.
Os dias foram passando, passará horas e horas estudando para a faculdade, em qualquer livro ou explicações de professores, não era relatado não sobre aquela constelação, me pergunta se havia aparecido para a outras pessoas e me sentia honrado por até o momento ter aparecido exclusivamente para mim.
A base de muito estudo, ingressei em uma universidade de astronomia, em porto alegre. Havia guardado comigo aquele colar de diamantes que ela esqueceu em meu quarto, todas as noites me perguntara quem era ela, o porque deixará aquele colar comigo, e porque apenas eu avistei aquela constelação. A cada indagação surgia ainda mais duvidas. Desde o falecimento de minha mãe passará a pensar sozinho em voz baixa, até que o barulho da campainha me tirou da transe de meus pensamentos, era uma colega de faculdade, nunca a havia visto, mas logo a reconheci, pensei estar sonhando novamente, mais o colar de diamantes começaram a brilhar em sua presença, não sei se seu nome era Júlia, mas como no sonho estava linda, ela havia vindo atrás de seu colar, também não sei como sabia que ele estaria ali, mas fui recompensado por ter cuidado daquilo com um dos melhores abraços que já tive ganhado. Mas como no sonho foi embora rapidamente, sem se quer dizer o seu nome.
Fiquei ainda mais confuso, mas a noite passará rapidamente e já era hora de ir para a faculdade, era o primeiro dia, cheguei ainda com olheiras na sala de aula. Era palestra com um astrônomo renomeado, um dos meus maiores ídolos. Peguei a caneta para assinar presença, logo surgiu uma mão apreçada que a pegou antes que eu, assinou em “Júlia” e saiu rapidamente, olhei para trás e vi em seu olhar o brilho de uma estrela, não demorei pra perceber que deveria correr atrás, antes que ela desaparecesse novamente.

Bruno Silvano

Foto de vânia frança flores

felicidade.

Felicidade

Se me perguntar por onde andei
Confesso não consigo nem falar
Mas trago no meu corpo cicatrizes
Dos momentos infelizes que me fizeram chorar
Fui procurar o que nunca perdi
E nessa busca foi que me feri
Estava perdido num beco sem saída
E vendo minha vida
Deslizando pelas mãos

Foi quando alguém bateu em minha porta
Eu reconheci a nota e também a sua voz
Era um grande amigo do passado
Que eu havia abandonado
Mas Ele nunca me deixou me levantou do chão, aqueceu meu coração.
Então voltei ao primeiro amor

E a Felicidade eu encontrei
Felicidade achei
Felicidade, Ele me deu.
Felicidade, só em Jesus encontrei.Shirley Carvalhaes musica

Foto de carlosmustang

DISPLICENTEMENTE

Pedi algo, em confiança, sim
E apesar de inegável, em compreensão!
Segui desejos, vontades,deslumbramentos
Respeitei regras, dores lamento

Abstimei desejos,paixões, almejos
Fundamentos, opiniões, expectativas
Desilusões, reflexões,modo de vida
Sem palavras, contei minha vida

Triste existência, tão sofrida
De amores indo dolorida
Vans existência,Coloridas

De aprender, entender, sentir
Emoções, subalternas
Me vem sensações, RECEBI

Foto de Riva

MADRESSILVA

MADRESSILVA

Madressilvas floridas, que fascínio de olores!
Inspiração dos deuses, razão deste madrigal,
Gáudio da Natureza, tributo do belo às flores,
Exaltação honorífica da felicidade em festival.

Quão virtuosa és com teu desvelo a esparzir!
Na tonalidade branca, a mais linda a fulgurar,
Dentre pares floríferos, ressaltas-te no fulgir,
Com tua fragrância deífica o mundo a adorar.

Com teus ramos de trepadeira fazes-te surgir,
As flores em multímodas cores a ornamentar,
Rutila à vida o teu mais envolvente persuadir,
Querendo ao homem os prazeres oferendar.

Êxtase olente de florais que pus em anteferir,
Madressilva, meu encanto, quero-te admirar

Rivadávia Leite

Foto de heisenhein

Amor, Eterno Amor

Ainda essa noite contigo eu sonhei,
Nada mais, passou a me importar
Do que essa visão... me encantei...
Razão pela qual comecei ainda mais te amar,
E nesse amor, de cabeça mergulhei
Somente para amar-te ainda mais
Só em pensar em ti... amei,
Amor, esse que não se acaba jamais...
Razão da minha vida, seu amor...
Ouço sua voz em todo lugar
Somente uma coisa desejo meu amor,
Ainda mais e por toda vida te amar...

Foto de Rosamares da Maia

Ensaio e Erro

Ensaio e Erro

Nada há que ao meu coração engane.
Não, nada mais! Pensei.
Não fosse de fato um pequeno equívoco.
O de haver sugado no canudo, por descuido,
O milk shake da existência - Por engano. É claro!
Ora! Então se existir não é mais uma certeza,
Se nada mais é sólido, correto ou concreto,
Vivemos em suspenso, cada momento uma surpresa.
E eu descobri mais: A vida é só sobressalto.
Um após o outro a espantar, desencantar.
Vislumbramos os encantos entre enganos,
Bailando entre luz e sombras – realidade difusa.
Vivemos sim, mas, em completa ignorância,
A vida é um ensaio e erro burro,
E quando ela se vai, no momento do aprender,
No exato momento do flash de Ser,
Passa como um cometa caudaloso de luz.

Rosamares da Maia
02/02/2004

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