Verso

Foto de DENISE SEVERGNINI

O QUE O POETA AMA

O QUE O POETA AMA

Poeta que é poeta, ama mais que as palavras
Ama a mistura de letras em forte conjunção
Ama o sentimento solto ao vento sem travas
Doa sua alma a todos aqueles que tem coração

Poeta gosta do verso solto, com rima ou não
Gosta da melodia singela que no peito cravas
Ama encontro de notas desenhadas na canção
Aprecia o brilho das gemas encravada nas lavras

A quem ou o que o poema ama, é mistério
Sensação non sense , loucura infinda, utopia Pois ele é ser raro, que finge falar a sério Poeta ama o amor em todos os seus matizes E deles emergem os dizeres de pura poesia O poeta ama a todos; dele somos aprendizes!

Denise Severgnini

Foto de ROSA GUERRERA

HOJE QUERO PARAR O TEMPO

QUERO SER O TEU POEMA.. (Rosa Guerrera)

Hoje eu quero ler o verso nunca escrito..
E sonhar o sonho nunca imaginado!

Hoje quero ser página em branco
Para que escrevas em beijos
Todas as fantasias que nunca vivi
E todos os delírios que nunca apeteci!

Quero que fiquem marcadas no meu coração
As interrogações do silêncio...
As verdades das exclamações
E as reticências das surpresas

Para que amanhã em tatuagens eu veja
Ao nascer de um outro dia
A certeza de que ficou dentro de mim
O mais belo poema que o teu corpo
Escreveu sobre o meu corpo!

Foto de Taygra lost in love

AH! SE EU PUDESSE...

Todas as flores de todos os jardins
eu colheria para você
E todas as estrelas do céu
estariam em suas mãos

Ah! Se eu pudesse...
Toda a alegria possível e imaginária
eu daria para você
Para você se sentir realmente feliz
Para ver você com o coração em paz
A cantar a esperança,
a viver com os olhos brilhando de felicidade

Ah! Se eu pudesse...
Mais uma manhã de sol em sua vida eu iria pôr
Mais um momento de luz e mais um momento de amor

Ah! Se eu pudesse...
Ser a sua vida, ser o sonho dos seus passos
Ser a luz que ilumina seus passos
Ser quem você ama

Ah! Se eu pudesse...
Eu iria ao infinito e do infinito gritar
Gritar que o belo é ter você
É saber que você está junto de mim
Gritar que o importante é sentir você
É olhar em seus olhos
É sentir o amor correr nas veias
Descansar no coração

Ah! Se eu pudesse...
Se eu pudesse ser poeta neste momento
Um verso iria para você escrever
Iria por no papel o que no pensamento
e no coração existe por você

Ah! Se eu pudesse...
Andar por onde você anda
Ser aquela que você quer

Ah! Se eu pudesse...
Beijaria seus lábios, doce de mel,

Ah! Se eu pudesse...
Se eu pudesse de mãos dadas caminhar com você
Pela rua, pelo parque, pelo campo, pela estrada
Eu seria mais esperança, seria um pouco de mim
Para ser um pouco mais de amor,
para ser um pouco de você
para viver dentro de você

Ah! Se eu pudesse...
Até minha vida eu daria para você

Ah! Se eu pudesse...
Ah! Se eu pudesse nunca lhe perder...

Foto de BELA B

EU SEI Q EU VOU TE AMAR

"EU SE Q EU VOU TE AMAR
POR TODA MINHA VIDA EU VOU TE AMAR
E A CADA DESPEDIDA EU VOU TE AMAR
DESESPERADAMENTE EU VOU TE AMAR
E CADA VERSO MEU
SERÁ PRÁ TE DIZER Q EU SEMPRE VOU TE AMAR
POR TODA MINHA VIDA
EU SEI Q VOU CHORAR
A CADA AUSÊNCIA TUA
EU SEI Q VOU CHORAR
MAS CADA VOLTA TUA HÁ DE APAGAR
O Q ESTA AUSÊNCIA TUA ME CAUSOU...

VINÍCIUS DE MORAIS

Foto de AAC

Minha amada

Confiei a ti os meus sonhos e segredos, fiz do espelho o reflexo não só de mim externamente, mas internamente, e pedi que você me guiasse, para que assim tivesse um rumo, mas agora você me deixa louco. Estou louco. Louco para que novamente lhe veja entrando por aquela porta que um dia abriu as portas do meu coração para você.
Me submeto as mais estranhas atitudes, que somente alguem como eu, um escritor poderia sonhar em prever, o futuro que construira.
Me vejo como um poeta e você minha poesia, escrita a cada verso, cada estrofe com delicados rabiscos de um apaixonado.
Quando a tristeza me invade você surgi como minha heroina em um cavalo branco, coisas de conto de fadas, sonhos.
Posso fechar meus olhos a noite, de dia, a tarde, a hora que for... penso em você de olhos abertos, sinto, ouço, vejo você como se ainda estivesse de olhos fechados.
Não importa o que esteja fazendo, ou com quem estejas, mas quero que estas minhas palavras cheguem até você e façam com que pense em mim, e lembre dos momentos em que passamos juntos, momentos dos quais em silencio olhava teu rosto e dizia TE AMO.

Foto de carmita

Os versos que te fiz

Deixe dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer !
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Tem dolencia de veludo caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer !

Mas, meu Amor, eu não te digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz !

Amo-te tanto ! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz.

Foto de yeliel

Análise duma poema de Luís de Camões

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Algua cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.

Este poema não intitulado, escrito por Luís de Camões, apresenta como tema principal a paixão do sujeito poético para coma sua amada, que, para tristeza, morreu jovem. Como a amada do sujeito poético já se despediu para sempre, o tom desse poema é simplesmente revoltado por um ambiente amargo e triste. O poema também tem a função de revelar a saudade do sujeito poético à sua amada que, provavelmente, o pode ouvir do céu. O poema é constituído por quatro estrofes, duas quadras e dois tercetos. As duas quadras apresentam rima interpolada e emparelhada e os dois tercetos rima cruzada.
A primeira estrofe introduz a situação dos amados. Logo no início do poema, o sujeito poético invoca a sua amada emocionadamente através da designação amorosa “alma minha gentil”, dando-nos a conhecer que o poema é dedicado a uma pessoa que ele ama com alma. Depois desta apóstrofe, também no primeiro verso, revela que ela já tinha falecido. O verbo “partiste” neste contexto tem o significado de morrer, mas o sujeito poético não quis utilizar “morrer” para nos dizer que a sua amada só partiu para um mundo diferente, mas continuará viva. No segundo verso, o advérbio de intensidade “tão” reforça o adjectivo “cedo” dizendo-nos que ela morreu ainda muito nova. Nos dois versos seguintes o sujeito poético mostra outra vez que acredita que a sua amada continua viva através do verbo “repousa”; o determinante demonstrativo “lá” fez o céu parecer não tão misterioso por ser o local onde ela vive. Note-se que “Céu” é escrito com maíuscula referindo-se ao “Paraíso”. Os advérbios “eternamente” e “sempre” são muito intensos, ambos são sem fim, com a ausência da noção do tempo. Os dois amados estão assim separados pelo céu e terra, pelo que não se vislumbra reencontro.
Na estrofe seguinte, o sujeito poético faz um pedido para a sua amada não o esquecer. O “assento etéreo” é referido como “céu”. Ele suplica para que no céu as pessoas vindas da terra continuem a ter a memória do que se passou com eles quando estavam na terra, para que a sua amada não se esqueça “...daquele amor ardente / Que já nos olhos meus tão puro viste” (es2,vs3-4). A expressão do “amor ardente” está a realçar o quão apaixonado o sujeito poético está pela sua amada, amor que está escrito nos olhos puros dele. Como o adjectivo “puro” significa sem mistura, e os “olhos” são a porta para a alma e coração, caracterizando os seus “olhos” como sendo “puro(s)”, ele quer dizer que tudo nele é somente a paixão verdadeira e honesta por ela.
O terceto que vem a seguir diz exactamente como ele ficou depois de ela ter morrido – doloroso, magoado e sem remédio, que são apresentados em forma dum assíndeto no último verso da estrofe “da mágoa, sem remédio...”. A amada do sujeito poético é como se fizesse parte física e psicológica dele, porque, depois de a perder, ele ficou “sem remédio”.
Na última estrofe do poema, o sujeito poético pede a sua amada para pedir a Deus para que ele morra também mais cedo, para poder ver a sua amada. Na segunda parte do primeiro verso, houve uma inversão “..que teus anos encurtou”. O verbo “encurtou” está, mais uma vez a referir que a morte da sua amada é jovem de mais, a sua vida foi curta de mais. O segundo verso é o pedido que ele quer que a sua amada faça a Deus, o advérbio de intensidade “tão” serve para enfatizar “cedo” que ele também quer morrer, e o desejo que ele quer ver a sua amada. Finalmente, o sujeito poético não se esqueceu de relembrar outra vez a insatisfação que sente pelo facto de o destino ter levado a vida da sua amada demasiado depressa. “Meus olhos” é uma sinédoque, “olhos” é apenas uma parte do corpo mas está a representar o corpo todo, os olhos não podem ver a sua amada é mesma coisa de estar separada dela. Neste verso também o advérbio “cedo” que se está a referir à morte da sua amada, este “cedo”, juntamente com o do verso anterior, formam uma epanalepse. Por fim, a utilização de vários pronomes de segunda pessoa “te” ao longo do poema faz-nos pensar que no pensamento do sujeito poético, no mundo só existia ele e a sua amada.

Foto de Nilton Moreira Coutinho

A D A N Ç A

Frente ao espelho,
Quando te despes
Em gestos lentos,
Teus movimentos
Fazem-te palco e eu platéia
Dos teus eventos...

Meus olhos dançam
Com o teu corpo,
E a tua dança é um ritual
Que me alcança
E incondicional
Me contagia...

Frente ao espelho
Nua e solta,
Refletida em frente e verso,
Bebes vinho
Enquanto danças,
Desvairada em teus excessos...

E de repente
Teu beijo louco
Morde minha boca com euforia...
Depois escapa, se multiplica,
Pelo meu corpo,
Com ousadia...

E frente ao espelho
Onde dançavas
E eu te assistia...

Agora o amor
Revela o quanto
Tu me querias...

Foto de Joseane_Monteiro

Meu estar

Meu nome é melancolia
Minha vida é monótona e fria
Neste momento estou a chorar
Por não saber o motivo de o meu estar
Às vezes me pergunto o porquê
Porque a razão do meu ser
Por obsequio tire este pensamento do meu viver
Minha vida se resume em manhãs adormecidas
Em tardes inúteis e sem vida
Em noites sonolentas mais queridas
Sinto escárnio pela pessoa que estou a ficar
Qual minha utilidade para o mundo
Será que para sair do lugar vou ter que chegar ao fundo
Eu sei que ha algo dentro de mim
Que pode ser útil enfim
Mais eu não consigo expressar
Esta tão lá no fundo que nem mesmo eu consigo encontrar
Tenho tudo que quero
E não tenho a felicidade que espero
Eu não quero mudar o mundo em que vivemos
Não quero fazer algo impossível
Quero apenas ser alguém neste mundo terrível
Não quero ser devorada pelo universo
Não quero ser alguém que apenas escreve verso
Quero fazer algo a alguém
Não me importa ser tratada como ninguém
Eu quero sentir
Não quero fingir
Já tanto me decepcionei
Já tanto errei
Tantas vezes fracassei
Tantas que nem mesmo sei
Não sei nem porque escrever
Se sei que são rabiscos que ninguém ira ler
Quero sentir orgulho de mim
Quero ser útil enfim
Quero ser útil aos olhos de Deus
E na hora de meu adeus
Eu sinta que fui pura de alma
Que a vida não me tirou a calma

14/12/03

Foto de MLisa

O que eu não sou

Adorava ser poeta,
fazer meu coração falar.
Minha mente inquieta,
não pára de se atropelar.

Como de poeta temos um pouco,
um pouco ele vai falar,
ele não vê,
mas sente as palavras de toda a gente.
Como se fosse um louco,
que apenas quisesse amar,
Ele crê!

As palavras são o sangue,
força anímica nas veias.
Por vezes um ser errante.
Pobre, sem eiras nem beiras.

Percorre meu corpo todo,
para na mente pairar.
Como um pássaro que voa solto
Num festim de asas no ar.

As palavras são diferentes,
mas todas uma semente,
nascem todas no inconsciente,
percorrem o meu universo,
evoluindo e a construir,
procurando no seu verso
até o dia deixar de existir,

Seguem o dia...
Seguem o dia e a noite,
Numa canseira trazia,
um corte cego de foice.
Uma palavra bravia,
que o coração não lia
nem de dia nem de noite!

29.06.05

Luísa

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