Vaidade

Foto de Varley

"Beija-me"

Beija-me,
O beijo sensual, lascivo,
O beijo vivo
Nos meus lábios mortos
De saudade.

Beija-me,
O beijo que me deixará cativo,
O beijo atrativo
Dos instintos tortos
De vaidade.

Beija-me,
O beijo que me encanta tanto,
O beijo acalanto,
Para por fim ao meu cansaço
Por esperar.

Beija-me,
O beijo que preciso,
O beijo paraíso,
Para que me seja um regaço
Esse teu beijar.

Beija-me,
Assim, de qualquer maneira,
E faz-se a primeira
Nos meus lábios imaturos
E cheios de desejos.

Beija-me,
Assim, como quer que queira
O que importa é que será a derradeira
Nos meus lábios inseguros
Sem teus beijos.

® Varley Farias Rodrigues

Foto de Senhora Morrison

Oh! Gente amiga

Terás o dia
Oh! Gente amiga
Que do peito escorrerás
O pretume pertinente
De travadas batalhas
E corações doentes
De olhares incisivos
A um só umbigo (o próprio)

Musculaturas tensas
E línguas afiadas
Agridem almas
Mesmo que armadas

Chegarás o dia
Oh! Gente amiga
Em que a neblina do egoísmo
Exalada de nossos poros
Encobrirá todos os olhares
Endividando os dignos
Com tanta soberba
Que tomaram isso como benefício

Retornarás ao dia
Oh! Gente amiga
Inconscientemente a memória infante
Abaixo da sombra dos errantes
Onde de constante a derradeiro
Foram o teu e o sorriso alheio
Num todo verdejante, colorido.
Perguntarás enfim:
_ Como terás se extinguido?

Refletirás o dia
Oh! Gente amiga
Todo infortúnio e fúteis bravezas
De se por a vaidade
Do que a gentileza
Por um instante em seu leito
Perceberás
Que de com ferro as flores
E a tantos amores
A ferida estagna ao peito

Reconhecerás um dia?
Oh! Gente amiga
Que o sofrimento a ti pertence
Em ter sido tão pertinente
Virando as costas à divindade
De uma vida sem maldade
Em troca de satisfações temporárias
Em corridas contrárias
Devastando a si e a teu redor
Deixando tudo cada vez pior
Esquecendo-se do fato nocivo
Que para morrer basta estar vivo

Renegarás os dias
Oh! Gente amiga
Que os fantasmas de sua condolência
Nutridos com tanta veemência
Submeterá-lhes ao condigno penar
De para trás não poder voltar
Bestificado então com a demência antes honrada
Depara-se com a realidade macabra
De ter contribuído ao fim
De um mundo deixado não só a mim

Senhora Morrison
09/04/2007

Foto de alEksãdra

Mulher

Eu já apertei o pé no sapato pra caber
já apertei o cinto pra barriga encolher
apertei um ursinho de vontade de te ver.

Eu já comi uma caixa de bombom, por ansiedade
já comi apenas uma banana, por vaidade
comi o pão que o diabo amassou de saudade.

Eu já jurei não mais ligar
já jurei não mais brigar
jurei não mais chorar.

Eu já tomei um fora de ferir
já tomei um porre de cair
tomei remédio para dormir.

Eu já sofri pra ficar depilada
já sofri por ficar desempregada
sofri de ficar enciumada.

Eu já pensei em ser atriz de novela
já pensei em me jogar de uma janela
pensei em afogar uma cadela.

Eu já tive um sutiã meio furado
já tive um primo meio tarado
tive um amigo meio viado.

Eu já sonhei ter ganhado na loteria
já sonhei fazer lipo na barriga
sonhei ter te conhecido em outra vida.

Eu sou apenas uma senhora madura
sou apenas uma adolescente insegura
apenas uma criança, fazendo travessura.

Uma Mulher, que às vezes anda de salto
Uma Mulher, que às vezes brinca de balanço.
Mas se você me pega de assalto
Me jogo em seus braços,
E digo que Te Amo.

08/03/2007

Foto de Camillinha

Poema de Mulher

Que mulher nunca teve
Um sutiã meio furado,
Um primo meio tarado,
Ou um amigo meio viado?

Que mulher nunca tomou
Um fora de querer sumir,
Um porre de cair
Ou um lexotan para dormir?

Que mulher nunca sonhou
Com a sogra morta, estendida,
Em ser muito feliz na vida
Ou com uma lipo na barriga?

Que mulher nunca pensou
Em dar fim numa panela,
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?

Que mulher nunca penou
Para ter a perna depilada,
Para aturar uma empregada
Ou para trabalhar menstruada?

Que mulher nunca comeu
Uma caixa de Bis, por ansiedade,
Uma alface, no almoço, por vaidade ou, um canalha por saudade?

Que mulher nunca apertou
O pé no sapato para caber,
A barriga para emagrecer
Ou um ursinho para não enlouquecer?

Que mulher nunca jurou
Que não estava ao telefone,
Que não pensa em silicone
Ou que "dele" não lembra nem o nome?

Foto de Magroalmeida

RECORDAÇÕES

RECORDAÇÕES

Recordações...
Daquela paixão delirante
Dos beijos apaixonados
Dos abraços apertados
De tudo o que fomos antes

Recordações...
Dos carinhos, dos beijinhos
Dos passeios de mãos dadas
Dos sorrisos, das risadas
Do aconchego em nosso ninho

Recordações...
Das bebidas que tomamos
Das viagens que fizemos
Da história que escrevemos
Das noites que nos amamos

Recordações...
Das noites frias de inverno
Dos nossos corpos colados,
Dormindo sempre abraçados...
Das juras de amor eterno

Recordações...
Da nossa ingenuidade
Da nossa conversa bobinha
Dos tempos daquela casinha
Do nosso amor de verdade

Recordações...
Daquele beijo gostoso
Do olhar apaixonado
Do sorriso inesperado
Do abraço carinhoso

Recordações...
Do viver em harmonia
Da nossa felicidade
Da vida sem vaidade
Do amor que existia

Recordações...
Do namoro no portão
Do casamento pomposo
Do nosso primeiro gozo
Dos sonhos que hoje se vão

Recordações...
Das nossas loucuras reais
Dos ciúmes amorosos
De tantos momentos gostosos
Recordações...

Nada mais...

Magno R Almeida
Fev/2007

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RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS
Obra registrada na Biblioteca Nacional
e protegida pela Lei 9610 de 19/02/1998
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Foto de Jamaveira

Meu amor minha dor

Meu amor minha dor

A consciência aponta a minha culpa
Estava ao meu lado todo o tempo
Meus olhos enxergavam ao redor
A felicidade era você eu sem perceber...

Em braços abertos sem amor deitei-me
Acariciando a ignorância
Cada conquista um troféu na estante da vaidade
Hoje sem brilho, corpos sem rostos...

Observo-a, o silêncio acusador...
Seu semblante marcado de sofrimento
Seguramente é meu algoz
O coração apertado é só dor

Tempos áureo a alegria sorria
Lembro seus olhos brilhantes de euforia
Tanto amor explodia
Joguei fora para viver de boemia...

Jamaveira

Foto de RENATO AGOSTI

coração

É difícil pensar no que fazer, como fazer ou não fazer, então após algumas decepções você acaba se calejando e protegendo-se do nada e do tudo e daí a vida mostra caminhos tão impressionantes e inseguros que você acaba vendo que a experiência nunca será suficiente o bastante, o sentido nunca será tão levado à serio, apenas aquela vontade de sentir-se mais uma vez nas nuvens...coração mudando de ritmo.
Sentando em uma cadeira na praia tudo começava na minha vida novamente e ali na minha frente estava alguém que realmente iria mudar todos os meus pensamentos e me fazer ver a vida de diversas formas e claro experimentar sensações, sabores e dissabores.
A conquista é realmente algo impressionante...todo o empenho de ambos os lados, toda a verdade que é colocada, toda a necessidade de querer ter aquilo pra sempre, então,
promessas são feitas e você esquece de tudo e de todos e se foca só naquele sorriso, e tudo vai ficando mais sério.
Qualquer frase já soa como admiração, você vai atrás e recebe o mesmo...o beijo te encanta e os segredos ficam bem guardados...
O que fica mais importante, é o presente com um olhar no futuro, mas o passado agente deixa lá quietinho com todos os traumas.
Então todas as tuas inseguranças são expostas, meio que arrancadas de ti, e você continua sorrindo afinal o beijo te encanta.
Mais promessas, a verdade já não é tão perfeita...você já não se entende mais e ai o dia vai passando e o edredom vai perdoando tudo, principalmente quando os passos dados tomaram proporções maiores e fica difícil repensar ou desistir, eu penso assim...vamos mais adiante, afinal o beijo te encanta.
Então tudo que você acredita muda de figura...você vê sol aonde só tem nuvens, você vê a fé aonde só tem passagem e pior você vê amor aonde só tem vaidade...e assim tua doação ao egoísmo alheio começa a machucar...e essas feridas realmente se transformam...te engrossam e te envelhecem...
A insistência é algo que não conseguimos deixar pra lá, não é mesmo, então mais uma vez a voz esteve presente e não foi dada a devida importância? Os fatos sempre estiveram expostos, mas sem foco, afinal o beijo encanta, o carinho tranqüiliza e o egoísmo ainda equilibra todo o amor esperado...
Deveria haver uma dica, um aviso, um sinal...pode ter certeza que nessa altura já esteve na nossa frente toda e qualquer forma de alerta, isto está no universo mas os olhos ainda estão lá na cadeira, na praia...nas promessas e no beijo que encanta...
O tempo passa como fato que nunca muda e a gravidade da nossa vida está tão sensível que você percebe que existem mais pessoas no teu caminho, que tuas ações não refletem apenas a quem você direcionou, afinal não foi você quem às aproximou...foi o egoísmo, foi a imaturidade, foi a doença mental ou a falta de vida daquele beijo encantador...
Ah...a vida é louca mesmo...então você e todas as pessoas ao teu redor envolvidas se tornam ingredientes que compões uma mistura, aproximação por afinidades, distância por decepções, mentiras, ilusões ou simplesmente você não vê mais teu olhar no futuro, você vê teu olhar preso no passado, na mágoa, dos passos largos que você deu...o ritmo acelarado imposto que não te deixou olhar para o lado.
As oportunidades estiveram sempre presentes, as buscas, os sentimentos colhidos e mais uma vez você cresceu com uma decepção, mas algo ficou diferente...você está melhor...agora no teu olhar para o futuro você vê o próprio sorriso, você não está sozinho...você consegue ver o motivo do ocorrido e recebe um presente ainda maior do que o esperado, somado a tudo isso você tem paz, e apesar de qualquer passo dado será com seu próprio ritmo e o destino já não te deixa mais esquecer teu passado, teus calos e os beijos que te enojam, ah e minha cadeira com certeza estará na praia virada para o mar...

Foto de Sirlei Passolongo

Desvenda-me

*
*
Despi-me de toda vaidade
Espero ainda não ser tarde.
Declaro a você esse amor
Que meu peito invade
Revelo-te esse desejo
Que em meu corpo arde

Já não posso mais fingir
Por mais que eu tente fugir
Mais e mais me aproximo de ti
Não tenho forças para resistir
Já não sei mais o que faço
Só penso em estar em
Seus braços
Já não resisto a seu cheiro
Quero você por inteiro

Despi-me de todos os medos
A ti abro meu peito,
O meu maior segredo
Derramo a ti todo meu ser
Toda força do meu querer
Toda sede de desvendar-te
Porque, perdidamente
Amo você.
(Sirlei L. Passolongo)
*
*

Foto de Sirlei Passolongo

O amor

Amor...
O que é o amor?
Sentimento puro
Muitos ouvem,
mas não entendem
Alguns falam,
não conseguem explicar
Outros sentem,
mas não demonstram

Tão sublime,
sem definição.
Intenso
sem medidas

Ele não se explica,
Transcende a razão
Não se corrompe
Nada pede em troca
Não tem vaidade
Sua beleza está na alma

Não tem idade
Não tem lugar
Chega de mansinho
Não é invejoso
é piedoso

Não é orgulhoso
Sabe sofrer
Sabe esperar

Ele sempre aponta
uma nova direção
Muito além dos sonhos
Muito além da razão!

Não tenha medo de amar!
Deixe o amor invadir sua alma
Deixe-o guiar sua vida.
Entregue o seu coração...
Entregue vai...
Verás:
Que o amor não necessita explicação!

Foto de betoquintas

Quarta sagração (Sarcanomia)

Fraternitas
Hino do Cordeiro ao Leão

Bom e querido amigo!
Enfim posso em teus braços descansar,
Recarregar em teu leito,
A força e a coragem.

Por tempos fui sufocado
Por uma armadura,
Pelo cargo de general,
Pelo oficio da batalha.

Buscando na guerra,
Esquecer essa paixão,
O maior enganado era eu!

Cercando-me de louvores e adoração,
Provocando a discórdia e o preconceito,
Mas o pior admirador masculino
É aquele que usa a máscara do macho.

Muitas ovelhas eu arrebanhei,
Mas apenas aos Apóstolos me aproximei.

Agora deixo o rebanho
Aos cuidados do Lobo
E que os que me seguem
Que conquiste seu Leão.

Cumplicidade
Hino do Leão ao Cordeiro

Venha, sem demora!
Não faz idéia da dor
Que a cada chamado ignorado
Tu me causavas ao coração.

Por tantas vezes me ofendia,
Dirigindo suas flechas
Ao invés de seus carinhos,
Perseguindo a minha gente,
Como se não fossemos irmãos!

Venha, para reavivar a paixão
E que esse eterno amor
Possa servir de exemplo
E as pessoas se lembrem
Das palavras do profeta da carne.

Toda existência é divina,
É macho e fêmea,
Ambas e nenhuma.

Que os fanáticos descubram
O verdadeiro sentido
Do amor que ensinaste:

Amor sem restrição,
Paixão sem forma,
Prazer sem culpa.

Memória
Hino dos deuses ao Cordeiro

Frágil e fraca criança!
Por nossa imensa bondade
Nós mantivemos a lei,
Apesar de seus ávidos esforços.

Da fúria religiosa,
Protegemos a saúde do Leão
E o futuro das criaturas.

Dispensamos pelo mundo
O guarda e vingador máximo,
O que entrega franca e livremente,
A Lei da Vida a toda gente
E, na forma do Lobo,
Resgata as ovelhas da ignorância.

Mas não é tempo e momento
De julgamentos e condenações,
Este oficio é de tua estação,
Agora reina a Primavera!

Entre sem receio,
Misture-se na festa,
Brinde com seu Leão
E sorria com o Lobo
Alegre-se e viva!

Responsabilidade
Hino dos deuses ao Leão

Bendito seja, verdadeiro rei,
Aquele que lidera sem oprimir,
O que toma a paixão por nobreza,
O que faz do amor autoridade
E põe o prazer no trono.

Bendito seja, amor manifestado,
Arrebatador, incondicional,
Divulgador e promotor da lei,
Entrega-se aos devotos
Mais amor que estes exprimem.

Lembre ao Cordeiro a verdade
E mostre às ovelhas a forma,
Ao Lobo abra caça à castidade
E aos Apóstolos proíba a homofobia.

Que a toda criatura,
Veja, sinta e desfrute
A plenitude da Vida!

Defesa
Hino do Cordeiro aos deuses

Anciões da Eternidade!
O tempo do Inverno
É pesada lembrança
De meu cruel oficio.

Tudo que eu trouxe
Foi medo, ódio e guerra.

Por ser luminoso como vós,
Tornei tudo ao meu redor
Em sombras densas
Para destacar meu brilho,
Eis meu orgulho e vaidade!

Quis converter a todos e,
Para disfarçar meus defeitos,
Impus aos crentes ordem e disciplina.

Os cânticos me elogiam,
Os homens me clamam,
Eu sou o Messias.

Mas diante do Sol,
Mostro minha verdadeira face,
Eu sou a Estrela Dalva,
A Estrela Vespertina.

Eu apenas sou um luzeiro,
Diante do fogo do Amor!

Coragem
Hino do Leão aos deuses

Fraco eu sou também
E indigno de uma coroa,
Feliz em receber amor,
É imperativo distribuir.

Nada fiz de extraordinário,
Apenas segui a vontade natural.

Debaixo do Amor,
Estou sob as ordens do menor
E rendido ao vencido.

Ainda que seja objeto de escárnio,
Eu sempre hei de amar o Cordeiro.

Nosso amor não enxerga diferença,
Somos ativos e passivos,
Vivemos nosso lado feminino
Para elogiar nosso lado masculino.

O macho é figura em extinção,
Todo herói sabe-o bem,
Mais coragem se exige
Em desafiar infundado preconceito.

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