Universo

Foto de Paulo Zamora

Dois poemas de Paulo Zamora

Domingo
Me foram janeiros e janeiros tendo esta saudade, algo de domingo, momentos que ainda estão em mim como tudo o que eu tenho. Qual o domingo que será diferente? De repente eu sou o sol percorrendo o espaço em busca da lua, e nunca a encontrando....
Domingo voltará, entre; meu coração te espera.
A semana que não passa, domingo está longe, correndo do meu ser.
E lá se vão reflexões e reflexões, continuo meditando; me preocupando com os que estão ao meu lado, na certeza que nenhum final de semana será o mesmo, eu sou o pingo de chuva que cai sobre as folhas das arvores, eu sou o próprio coração de quem se foi...
Não sei explicar, sei que amei todos os momentos de domingo que estive com você; amando e me entregando desde um pequeno sorrindo enfeitando o rosto com os sonhos eternos; a imaginação toma conta de mim, preciso que volte.
Me encontre...
Me abrace...
Sorria por mim...
O domingo, a semana inteira; a vida toda...
Janeiros a janeiros...
Fico sozinho, olhando neblinas, brumas, relvas... olhando a vida passar; e quando será que irei te encontrar?
O domingo está cinza, escurecendo porque sente a falta de você.
Procuro por você e não a encontro em nenhuma parte do universo, já é domingo...
(Escrito por Paulo Zamora em 29 de agosto de 2007)
Paraíso de esperança
Nosso paraíso de esperança se encontra no exato instante em que falo da partida e do fim, e logo o recomeço, talvez nem pare de existir. O poder de uma amizade que ainda verdadeira ajuda a sonhar, a superar tudo... até o desafio de uma lágrima.
Ganhei um pedaço do sol, é vivo como uma chama... um pequeno ponto de eterno, meus olhos e minhas lágrimas se fundem e me encontram outra vez no meu paraíso de esperança...
A boca que se cala, o pensamento que flutua entre o mundo e somente eu...
Depois da fragilidade uma vontade de ver como realidade, que seria olhar para trás e ver tudo transformado, a maldade que não há mais, o sonho que perdura; um adolescente comandando seu próprio mundo...
Nosso paraíso de esperança; depois daqui, talvez ali... mas a certeza de existir.
Acordei do sonho de alguém, vim a ter fôlego, do fôlego a esperança de uma outra vez, e dizer que eu sei viver, que conheço a sensibilidade humana.
Sou sim, o mesmo de ontem; mais puro porque mudo a cada novo dia, e vou rumo ao meu, ao nosso paraíso de esperança...
Um vai se lembrar que terá que me seguir, me encontrar nas matas verde-mar.
E vai caminhando sem saber que caminha sobre meu coração...
Veja nosso paraíso de esperança, completo pelo amor que sentimos. Sem fim, sem partida...
(Escrito por Paulo Zamora em 10 de agosto de 2007)

www.pensamentodeamor.zip.net

Foto de angela lugo

Completa meu eu

Completa meu eu, eu sou tua e você é meu
Será que estamos a cometer loucuras
Entrelaçados assim neste abraço
Acredito que não, pois estamos no chão
Chão de algodão que nos embala
Sentimos a presença das estrelas
E a lua que nos ilumina nesta noite
Pode ser que passe um cometa
E nos acometa a loucura do doce prazer
Enrolarmos-nos neste céu que agora é nosso
Somente nosso ninguém mais o tomará
Podemos ficar selados você em mim eu em ti
Viajarmos pelo imenso universo
Seja meu não me deixe mais sem meu eu
Este eu que é o complemento do teu
Sejamos assim unidos para sempre
Como neste abraço que nos faz voar
Varrer as estrelas e nelas com a mão tocar
Ouvir apenas o vento ameno a soprar
Roçar em nossas peles nuas ao sabor do luar
Viajar no tempo e espaço
Que este amor ainda está dentro de nós
Quente como um vulcão a explodir

 


Foto de Lou Poulit

ARTE VIRTUAL

Em menos de duzentos anos a velocidade das transformações da nossa identidade aumentou vertiginosamente, como um cometa de rumo duvidoso. Na proa dessa nave vai a tecnologia, na propulsão o capital e, no leme, o capitalista. No bojo desse processo, a maior mudança está na massificação da informação (que contempla todas as outras), entretanto, uma mudança interessa particularmente à arte e ao artista. E a sua compreensão deve ser considerada imprescindível ao bom admirador de arte também: a imagem virtual. Ela nos é oferecida (e quase sempre aceita) como a melhor imagem possível, um dos principais pratos do cardápio tecnológico. E de fato o é, como produto da tecnologia moderna.

Não se deve questionar que seja possível fazer arte virtual. Mas será que ela será sempre melhor, apenas por ser virtual? Sem dúvida, uma imagem virtual pode expressar uma linguagem artística, transmitir e despertar subjetividade, quer através da criatividade inusitada quer por capturar um realismo que seria inviável de se repetir (nesse último caso, a tecnologia atual já se coloca além dos limites puramente humanos). Como tecnologia, repito, é maravilhosa. Contudo, o superficialismo e o gosto pelo descartável, a preferência por preços pequenos, enfim, o consumismo a que nos deixamos levar, tende a nos velar os olhos da alma para virtudes outras, mais tradicionais. Além de fazer-se presente desde o berço da intelectualidade, como meio de transmissão de idéias e sentimentos, da divindade e de fenômenos sobre-humanos, de conceitos e padrões comportamentais, ou seja, meio de perpetuação do entendimento, não é isentamente presumível que a arte deixe de ser útil. A arte, como o que é belo e bom para o espírito (atributos seus irrecusáveis), tem um papel em relação à humanidade, mas já havia tido desde a criação do universo, pois há razões para que se creia que nele todo, ela esteja presente. Seria muito mais razoável imaginar que a matéria física (meio comum da arte tradicional) seja, futuramente, menos necessária como veículo de subjetividade.

Como o efeito da arte nas pessoas independe dos recursos utilizados para construí-la, resta sermos menos consumistas, menos imediatistas, mais zelosos de nós mesmos. Ainda podemos, apesar do fortíssimo condicionamento que recebemos desde a infância, resguardar as boas coisas tradicionais, cujos resultados são bem conhecidos, inclusive a longo prazo. Podemos ser criteriosos em ceder à sedução das novidades. Podemos ser mais lúcidos, a respeito do que fazemos, e entender que, queiramos ou não, fazemos parte de um processo de enorme amplitude. E que a fórmula mágica do capitalismo moderno, que não pressupõe apenas investimentos e lucros, mas principalmente a fabricação de preferências populares e a substituição de produtos por outros de menor custo e maior lucratividade para os fabricantes, ainda que seja um direito desses, não se constitui (ainda) uma obrigação generalizada para os consumidores.

Portanto, caso no próximo fim-de-semana você se decida a admirar pinturas e esculturas, ou ir a um espetáculo de dança, ou preferir um recanto sossegado para ler poesia, com certeza qualquer dessas alternativas (além de muitas outras não virtuais) lhe fará muito bem. Caso, em vez de admirar a de outros, prefira construir sua própria arte, poderá vislumbrar o quanto lhe seria possível partilhar o espírito da arte na condição de criador, e descobrir depois, mesmo se passando muitos anos, que suas criaturas artísticas lhe serão sempre fiéis. Talvez a perspectiva que você tenha para sua vida (e a dos seus filhos) até seja modificada, pela simples canalização da sua boa energia. Mas, com muita segurança, isso já estará acontecendo, caso se preocupe em educar mais de pertinho as suas crianças, em termos do uso que fazem dos computadores.

Foto de angela lugo

Imaginação

Posso te imaginar na luz da minha existência
Sentir tua presença a inebriar minha alma
Sentir a fragrância do teu perfume
Escutar o palpitar distante de um coração
Posso sentir o som das lágrimas caindo
Escutar passos que vem em minha direção
Mas que nunca me alcançam...
Se correr ou se andar apenas ouço os teus passos
A me acompanhar durante o meu trajeto pela vida
É como se estivéssemos lado a lado no mesmo universo
Abro e fecho os olhos na esperança de te ver
Procuro-te em todas as direções e nada de ver você
Pergunto-me porque existe esta sensação de tê-lo
É como magia que vem preencher este meu vazio
Por mais que não te encontre pelas quebradas da vida
Vou andando pelas metades até que te encontre
E você seja a parte que me completa por inteiro
Enquanto não te encontro vou te imaginando na mente
E te alcançando em meus sonhos levemente

Foto de HELDER-DUARTE

Conto continuação

II - A FAMILIA
Realmente continuava o senhor Alberto nos seus pensamentos, o certo era que toda a família de Francisco Simão, que era o pai do nosso jovem de quem temos vindo a ficar a conhecer o lado bom de sua vida, ainda que como todo ser humano, teria certamente um lado menos bom. De facto diziamos, toda aquela família eram boa vizinhança. Era uma família que no ano de 1969, se houvera mudado de Monchique, sitio do Vale do Linho, perto da estrada para os Casais de Monchique, se houvera mudado, para o litoral Algarvio, para o sitio da Ladeira da Nora, em Alvor. Fôra em 1969 que se dera o sismo que todos nós nos lembramos, sismo que afectara todo o nosso país, principalmente o sul de Portugal. Isto influenciou a que estes buscassem melhores condições de vida. Os pais de José, continuaram a trabalhar na faína agrícola e os filhos empregaram-se no sector turístico. Ainda que alguns deles, tivessem feito só parte do secundário, outros fizeram-no totalmente, até ao 12º ano de escolaridade. O próprio José tinha completado este ano escolar em 1984. Depois porque não tivera outra oportunidade, começou a trabalhar como empregado de mesa.

III- VAI JOSÉ... VAI
Prosseguia ele o seu caminho para o emprego, estando a metade da distância, quando sua mente sentira uma forte pressão e garnde cansaço. Então para se livrar de tão elevada tribulação, a única alternativa que optou por fazer, foi clamar várias vezes, pelo nome de JESUS CRISTO. Assim o fez repetidamente, até que sentiu paz em todo o seu ser. José sabia que Jesus estava vivo e que o seu nome tinha poder para dar paz. Estava ele já confortado e cheio de alegria, pois o espírito de Deus o consolara, de todo aquele mal, quando sente que alguêm que não viu falava, com ele: - José vai anunciar pelo mundo o meu evangelho, pois só eu posso transformar este mundo humano que como sabes está um caos! Vai José... vai... vai...
- Senhor Jesus, porque me chamas a mim?!... Aliás como posso eu ir na condição de pecador? Meu Senhor!! Tu sabes que tenho uma vida impura, ainda que confio em ti. Como queres que eu vá em teu nome anunciar a tua palavra, que é a verdade; O poder de DEUS; A verdadeira santidade que procede de ti e que só pode transformar vidas, se ao sair da minha boca ter a tua autoridade, isto é tem que habitar na minha vida em todo o meu ser!

IV- CONTO (FIM)
Que vou anunciar?... O meu pecado apenas tenho para mostrar ao mundo! Na minha vida só existe pecado e estou ouvindo para ir anunciar o poder de Deus!? Não posso ir portanto!... - Não te preocupes com o teu pecado, porque eu o tirarei da tua vida. Entrega-me-o pela tua fé em mim. Foi então que José, sentiu dizer as seguintes palavras: - Senhor! Dá-me do teu poder e dar-te-ei o mundo nas tuas mãos. Mas dá-me o teu poder e irei... Foi então que aquela voz mansa e calma se calou, deixando José, numa paz, que não tem palavras para se defenir. Ele nunca esqueceu aquela chamada. Quando deu por si encontrava-se às 14:30 horas à porta de serviço do hotel D. João II, na praia de Alvor, para entrar ao serviço às 15:00 horas. Apartir daquele momento nunca esquecera o que prometera ao Senhor do universo, que virá outra vez e cujo reino é eterno, COMO DIZ A BÍBLIA. AS PALAVRAS QUE PROMETERA FORAM "DAR-TE-EI O MUNDO NAS TUAS MÃOS..."

FIM

LAMEGO, 1 DE MAIO DE 2005

HELDER DUARTE

Foto de Adriano Saraiva

VICIADO EM VOCÊ, dueto com Veridiana

VICIADO EM VOCÊ

Pela clarabóia de vidro,
Vejo o céu em chamas.
Horas mofadas se arrastam,
Na espera para te encontrar,
Cintilante sorriso de menina,
Primorosa voz de mulher,
Você é meu vício contumaz.

Não se aprece, poeta...
Tudo vem com o tempo:
As horas que parecem pedras,
O céu que estava em chamas
Não passam de pesadelos
Dos oníricos alucinantes.
- Aqui estou, meu querido.

Finalmente eu e você:
Percorrerei teus segredos,
Seguirei teus caminhos,
Te amarei como nunca ninguém te amou.
Em sentimentos arrebatadores,
Faremos da sinfonia do amor
A trilha sonora do universo.

Em um misto de ritmo e som,
Eu e você nos embriagamos,
Na busca da consonância do amor.
Amada, me sinto a cada segundo,
Em seus braços, você é meu porto,
Minha segurança, meu amor.
Ao seu lado, você é minha imagem.

Um reflexo mágico,
Tormenta de emoções,
Não existem mais o eu e o você,
A individualidade desmorona
E cede lugar ao nós,
Duas almas que se fundem,
Na concretização da mais avassaladora paixão.

E digo mais, muito mais, do amor também.
A paixão, apenas, é o Eros que é efêmero.
Somos dois em um, em qualquer contexto,
Então, posso finalizar esse texto,
Contando um segredo aos quatro cantos:
- Esse amor, que em nós habita,
Faz, do seu coração, a minha moradia.

Veridiana Rocha e Adriano Saraiva

Foto de Vanessa F.

A mediocridade da palavra desistir

Pensas não poder,
Não ser capaz de ir mais além.
Fraquejas,
Desistes perante o mundo.
Pior.
Desistes perante ti mesmo.
Deixas de acreditar que podes alcançar
Aquele lugar onde as estrelas sobressaem do céu negro
Imperando-se diante das maiores forças da natureza
Sem medo, sem desfalecerem
Brilhando intensamente para todo o universo
Ser capaz de as vislumbrar.
Gostavas de ter essa força
Porém, pensas em palavras tão medíocres
Como desistir.
Mas como por magia,
Uma luz volta a incidir no teu caminho
Guiando-te por locais que nunca pensaste seres capaz de visitar,
Mostrando-te forças desconhecidas que residiam escondidas dentro de ti, mortificadas por emergirem desse lugar obscuro.
As tuas dúvidas definham-se dando a lugar a certezas.
Nasce um poder tão grande dentro de ti,
Que se torna indestrutível
E de repente todo mundo torna-se novo e por descobrir
Como se renascesses e visses todas as maravilhas á tua volta pela primeira vez,
Dando valor a cada segundo precioso e a cada raio de sol que clareia toda esta grande dádiva que é a vida.
De que serve viveres se não aprenderes a viver, com os teus próprios erros?
Hoje, vês-te capaz de perseguir qualquer sonho
Independentemente de qualquer que seja a montanha que tenhas que escalar e de quem quer que tenhas de enfrentar
Porque, finalmente tens consciência do quão imenso é o poder da tua mente,
Do teu querer,
Que pode resistir á sua maior inimiga…
A incapacidade de lutar,
O desistir.

Foto de elcio josé de moraes

MINHA ETERNA NAMORADA

Minha eterna namorada,

Voce é meu bem querer.

Voce é a minha amada,

A razão do meu viver.

Voce é o meu lindo sonho,

Que um dia , eu já sonhei.

De repente em minha vida,

Com voce, eu me encontrei.

Hoje nós estamos juntos,

Já não somos, voce e eu.

Somos um neste universo,

Que o amor nos concebeu.

E felizes para sempre,

Viveremos até o fim.

Eu gostando de voce

Qual voce gosta de mim...

Escrito por elcio-moraes

Foto de Cecília Santos

PROCURO O CAMINHO

PROCURO O CAMINHO
*
*
*
São inúmeros os caminhos.
Caminhos de flores,
Caminhos de pedras,
Salpicados de estrelas,
ou simplesmente caminhos,
Preciso encontrar o caminho.
Que me conduza, ao paraíso,
onde é sua morada.
Mas esse caminho,
está além do meu alcance.
Você apagou seus rastros,
e eu me perdi.
Me perdi num coração em luto.
Que sangrou até a exaustão.
Me perdi numa saudade profunda.
Que abafou a minha voz.
Me perdi na sua invisível presença.
Numa quimera que alucina,
a minha visão.
Preciso encontrar o caminho.
Pra poder alcançar, meu horizonte.
Procuro verdades, sem palavras.
Mas sei que pra você,
não existe mais mundo,
Não existe mais caminhos.
Você se eternizou.
Você é o próprio Universo!!!

Direitos reservados*
Cecília-SP/05/2007*

Foto de Paulo Zamora

Dois Poemas

Instante
Do alto do morro desse coração chamo por você, mas sou simples noite fria; que percorre o espaço, um homem sem o universo, um sol procurando a lua para namorar.
Vê se corre para meus braços, eu sou feliz quando tenho você, no aperto dos braços que rodeiam meu corpo sinto que nada é tão importante como o instante em que sinto você em mim.
No sangue percorrente em minhas veias, não dispenso uma paixão vulnerável, o que eu sinto por você é maior do que o meu limite poderia alcançar... sente-se perto de mim, toque em mim como se fosse agora o primeiro instante.
Voe! Me encontre quando abrir os olhos, sufoque minha boca no suspirar de um beijo enlouquecente.
Já estou acordando, você não está, até mesmo eu não estou... o instante também não se encontra presente, me perdi em meio a mim, e não encontrei outra vez você querendo ser amada como uma flor na madrugada.
Do alto do morro desse coração ninguém me vê; você não vê... nem mesmo o instante.
(Escrito por Paulo Zamora em 14 de junho de 2007)

Neblinas
Na pior das noites, perdido entre as neblinas, são horas de uma madrugada, eu ainda acordado, pensando...
Do céu para mim nada veio e ainda estamos inteiros como sempre fomos, mas falta algo na alma.
Não mandou me avisar que estava indo embora, não me deixou recados na caixa postal; nem deixou beijos em meu coração. As neblinas molham meus sentimentos, passo a ser a relva frágil e sensível; uma vez mais, outra vez estou sozinho na lucidez e no desequilíbrio, mas vou seguindo pensando...acordado, na pior das noites; sentindo solidão.
O barulho do trovão toma conta do meu quarto, já é uma tempestade, é verdade que delírios tomam conta de mim; não sei o que vou fazer para viver sem ter você.
As neblinas falam, choram, sorriem, elas querem perturbar deixando a noite ainda mais escura que o meu próprio coração.
Noite... neblinas... tempestade... solidão e apenas um coração que suporta tudo, de frente ao mundo, de costas para a felicidade, um homem pensando, caminhando entre as neblinas da escuridão de uma vida; da minha...
(Escrito por Paulo Zamora em 19 de Junho de 2007)

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