Tristeza

Foto de Sonia Delsin

SENTIMENTAL

SENTIMENTAL

Sim, eu sou uma sentimental.
Mas ser assim não me faz mal.
Pelo contrário.
Me faz é muito bem.
Pensam que sou triste por que sou sensível?
Longe disso.
Da tristeza eu passo para a alegria.
Transformo tudo em poesia.
E sigo...
E vou.
Caminhando.
Apreciando.
O mundo.
O universo.
Transformo tudo em verso.
Me realizo com esta minha alma leve que pousa como borboleta nas flores do mundo.
Mergulho em tudo muito fundo.
Se me deslumbro e me encanto por que razão existiria pranto?
A vida é bela.
Maravilhosa.
Já paraste um dia para observar atentamente uma rosa?

Foto de Henrique Fernandes

DORES QUE NÃO CHORAM

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Sou homem ao mar num cartaz de ilusão
Personalizando a realidade por sentimentos
Que exponho no rosto os traços do coração
E grito alto para acordar os meus momentos

Ilustres de um depoimento detido nas estrelas
Que trago ao solo pela corda da confiança
E são tantas as fantasias e todas vou vive-las
Caindo em almofadas cheias de esperança

Sem nada que fazer vou pondo letras rivais
Aos meus medos que me afrontam o caminho
E da tristeza expulsar e desabafar os últimos ais
Aproveitando a liberdade de estar sozinho

Com luz de coragem que ilumina a direito
O sentido do meu propósito por encontrar
Aprender a qualidade da virtude sem defeito
Para conseguir me amar e ser capaz de amar

Ao escrever partilho comigo o olhar da vida
Pondo fim aos hesitares que me esbarram
Brutalmente de frente pela vida já perdida
Contra paredes de dores que não choram

Foto de NiKKo

Foi um sonho

Esta noite sonhei que você estava ao meu lado como antes
e por momentos senti meu corpo ser aquecido pelo teu.
Senti minha alma ser despertada do casulo da tristeza
recuperando por instantes a alegria que há muito se perdeu.

Naqueles instantes que em minha fantasia eu lhe tinha
senti meus lábios roçam os seus com desejo.
Minha pele se arrepiou ante ao seu toque suave
denunciando a saudade presa, mas revelada em um beijo.

Com suas mãos envoltas em meu corpo eu dancei
ao som de uma musica nunca antes, por mim ouvida.
abraçada a você volitei e fui no mais alto do infinito
de onde eu via, em flash resumo de toda a minha vida.

Sentindo o calor de teu corpo no meu como outrora
sem medo admiti que ele ainda sente falta do teu.
E me entreguei como antes eu fazia, sem traumas
querendo para sempre ficar nos braços de Morfeu.

E sentindo minha alma agora repleta de alegria
em versos e poesias, meu amor mais uma vez lhe declarei.
Fiz do meu coração um jardim regado com lagrimas de esperança
onde rosas vermelhas, açucenas e jasmim eu plantei.

E deste sonho que me devolveu a alegria de viver, eu acordei
sentindo em meu rosto um toque como beijo doce de paixão,
que por instantes fizeram a minha realidade ser diferente
pois senti que dava adeus a tristeza e a solidão.

Mas era apenas vento da madrugada que soprava
trazendo ate a minha cama, seu perfume através do ar.
Fazendo com que o som do mar que se quebrava nas pedras
parecesse seu nome em meu ouvido, lentamente pronunciar.

E após ter de fato acordado desse sonho maravilhoso
aproximei–me da janela, e vi que a noite estava toda iluminada.
Olhei ao meu redor e deparei-me só com minha solidão,
e percebi que muito amei, mas não fui amada.

Foto de Sonia Delsin

TRANSFORMAÇÃO

TRANSFORMAÇÃO

Castiguei meu corpo culpando-me pelas culpas alheias.
Sofri, amarguei. Até que descobri a feiticeira em mim.
Ela encontrou solução para os problemas.
Decifrou enigmas.
Os labirintos... ela os fez parecerem brincadeiras de criança.
Ela libertou-me dos pesadelos.
Exorcizou fantasmas e demônios.
Com magia transformou toda tristeza em alegria.
Fez da minha vida só poesia.
Foi um remédio amargo que precisei tomar.
Sobre brasas tive que caminhar e sobre pregos me deitar.
A transformação foi lenta.
Fiquei presa a uma crisálida um tempo enorme.
Presenciei mudanças enquanto me transformava.
Calada ou me rebelando sujeitei-me ao aperto do casulo amigo.
Um dia descobri que criara asas e que elas me levariam a espaços sequer sonhados.
Pronto! Nascia uma borboleta!
A lagarta não mais se arrastaria.
Lindas asas me levariam ao encontro de meus sonhos.

Foto de Henrique Fernandes

VOZES FRIAS

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O tempo deixa-nos de ser precioso
Quando vitimados por um coma de tristeza
O tic-tac do relógio é um vampiro que nos suga
Bebendo toda a luz da alma até o ultimo farol
E seca-nos numa invasão brutal de gritos escuros
Amordaçando-nos numa mortífera sala de pânico
Num ataque desesperado de dores intrusas
Raivosas que ferem sem escrúpulos o nosso interior
Perseguido pelo insólito e sombrio toque de gelo
E voltamo-nos como fantasmas contra nós próprios
De mãos atadas por lamentos rastejantes
Que abrem as portas da mansão do inferno
Para batalhas sem armas contra garras afiadas
Que nos cavam um buraco negro de medos
Lidando com demónios e anjos malvados
Ruins famintos engolindo todo o alimento de paz
Fazendo amanhecer um raiar de lágrimas conflituosas
Por um passo em falso no desconhecido acreditar
Em profecias de esperança em vozes de penumbra
Falando-nos frias prazeres quietos e sem nome
Sem alento oferecemo-nos embrulhados em espinhos
Como presente, uma iguaria para a desgraça
Que nos despedaça

Foto de Cesare

Há dias...

Há dias em que gostaria de ser
Um poeta à Cazuza.
Que vivesse ao máximo
No limite...
Doasse muito amor,
Tivesse muitas mulheres
Mesmo que efêmeras paixões
Consumisse muita droga
E morresse novo.
Mas poeta...

Há dias em que gostaria de ser
Um daqueles antigos poetas
Que escrevesse sobre o amor
Almas presas a uma paixão
Arrebatadora...
Que sofresse ao escrever
Por ser impossível de se viver
Andasse sempre amargurado
E morresse cedo de tuberculose.
Mas poeta...

Há dias, e hoje é um deles,
Que gostaria de ser
Eu mesmo
Um cara que oscila entre
A felicidade e a tristeza
O amor e o desamor
Incertezas e temores
Certezas e convicções
Não ser perfeito, pois ninguém é...
Mas que não desistisse de viver
E um dia, quem sabe,
Conseguisse, pelo menos,
A realização plena de escrever algo.
Ser realmente um Poeta!

(Cesare - Leandro Cesar)

Foto de Henrique Fernandes

COR TINGIDA

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O vento que me atinge
É um corrupto de ideias
Que a vida me tinge
Ás avessas com as candeias

É na minha cor tingida
Que ganho pontos á pena
E mesmo com sorte reduzida
A vida ainda vale a pena

As velhas que me acompanham
São as coisas boas do passado
Elas na tristeza me afagam
Por elas valeu ter lutado

No meu discreto agora
Posso dizer que aqui cheguei
Começando a toda a hora
O uso do quanto sonhei

Foto de madim_shakur

tenho pena....

sou um espectador
da dor dos outros
dor pela qual nutro
carinho e compaixão

tenho pena que as coisas
tenham terminado,
nisso que parecia nao ter
fim
tenho pena por
ter chegado
o dia que nunca quis.

tudo parecia tao feliz
a maneira como vos via
meus amigos
Mas a vida nao sao rosas
temos que sofrer para
ser feliz

custa ver voces magoados
sabendo que nada
posso fazer
mas sei que
o tempo vai fazer
tudo para a tristeza
vencer.

é pra vcx.........sentido

Foto de Henrique Fernandes

SAUDADE DE AMOR

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O meu relógio em silêncio da madrugada
Alimenta-se da minha rude insónia imposta
Por uma falta imensa de ti no meu nada
Nas perguntas que faço ao escuro sem resposta
Vasculho meu espaço oco pelo teu toque
Com apenas tua presença nos meus sentimentos
Lamentando tua ausência em estado de choque
E realça desejo de te tocar nos meus momentos
Ao mesmo tempo neste remoinho de saudade
Evolui certeza que desmente esta distância
Que o destino nos proporciona com maldade
Dos impossíveis aos possíveis da consciência
Uma viagem a passo lento na alma que chora
Sem consolo nesta vontade de te amar
Faminto em jejum de conforto que devora
Meu rosto com desejo de agora te beijar
Neste nós longe ao invés de enfraquecer
Fortalece a razão do nosso cruzamento
Num nada frio de agora difícil de viver
Que superaremos após nosso momento
Envergando esperança perfumada de paixão
Um todo de uma reviravolta na nossa vida
Cheia de tristeza acorrentada ao coração
Mas próximos recompensaremos as feridas
Provocadas pela falta imensa de nós
E em breve nossa união brotará das fontes
Dizimando a saudade que dá luto da voz
Findando em amor esta viagem sem pontes

Foto de Camherve

Recomeço

Quando tudo era silêncio,
Profundo, solitário, denso,
Ela ouviu.
Não se sabe se o som veio de dentro dela,
Se foi o vento, o tempo,
Sequer se sabe se realmente existiu.
Mas em seu frágil coração, ela sabia
Que pode ser doce o destino do qual não se escapa.
E oh - que doce a contradição
De uma presença que ilumina tudo ao seu redor,
E, ainda assim, traz consigo as sombras
Escuras, que sufocam,
Invocam
A dor.
Entre eles, uma sólida parede de vidro,
Da qual se vê tudo através,
Porém não se pode ir além.
E qual não é a tristeza
De ver um dos poucos sorrisos sinceros que se terá,
E saber que ele permanecerá ali:
Inerte e belo
E só.
Ela sabia que não podia voltar atrás,
Que havia nela marcas
Fundas demais
Mas o sorriso permaneceria puro,
Guardado, precioso como era.
Ao fechar os olhos, ela o veria
Fitando-a com o olhar sincero,
Que parecia querer vê-la por dentro,
E via.
Sem olhar pra trás, ela seguirá
Cicatrizando devagar
As incertezas que reprimiu,
E um dia - sim, ela sabia,
Que tudo seria ínfimo,
Pouco - quase nada,
Perto da luz que nasceria
E inflamaria
De seu sagrado
Recomeço.

24/02/2008

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