Trevas

Foto de Peter

O precepicio

O mar esconde segredos
Estes cheios de enredos
Dificeís de revelar
Como se algo os estivesse a guardar

Vozes ecoam no horizonte
Provindas de uma qualquer fonte
E que alí aterram sem benevolencia
Sem qualquer ciencia

Não há chance para estas gentes
Navegam em mares revoltos
E mergulham em negras mentes
Buscando monstros nas trevas
Em nuvens negras são envoltos

Aquela é a última paragem
Alí já não há mais coragem
As rochas esculpidas pelo mar
Estão alí para os receber
Não há ninguém para os amar
Os montros vão vencer

Esperam que o sofrimento termine
E que uma nova vida germine
Como se acreditassem numa outra chance
Como se outro amor os alcance
Perdidos no mar da desordem
São trevas que lhes dão a ordem

O salto para a morte
Ou para a eternidade

Foto de pedro felipe

Diário da vida não desejada

Essa história relata a vida de um garoto
Que o tempo em que viveu por seus pais foi mimado
Sim, seus pais faziam tudo o que ele queria
E se ele fizesse algo de errado
Eles permaneciam calados
Ele foi o primeiro filho do casal
Aquele muito querido
Mas com o tempo, aquela pessoa especial
Estava sendo treinada para ser um bandido
Afinal ele tinha tudo o que queria
O mundo para ele era só alegria
Não conhecia a palavra obediência
E agia sempre com violência
Pois depois dos 13 anos de idade
O filho seus pais começou a maltratar
Ele estava com um tipo de mentalidade
Impossível de apagar
Pois tudo era como ele queria
E era assim que ele vivia.
Como o tempo não para nessa vida
O filho completou os 17 anos de idade
E ele começou a perceber uma grande ferida
Mas a ferida era a falta de autoridade
Era uma ferida no coração...
Ele se viu em um caminho sem direção
Drogas ele passou a usar e vender
Começou a enfraquecer
Suas dívidas com os traficantes foram aumentando
E daquele jeito ele estando
Começou a assaltar
Pessoas, lojas, banco e até bar.
Até que um dia, a polícia o prendeu
Levou ele para a prisão
Sua vida logo perdeu
Pois pegara 80 anos
E uma incurável ferida em seu coração
Foi ai que ele olhou para trás de sua vida
E começou a ver o seu “diário”
Logo ele viu, que dês de seus 13 anos já não tinha saída
E que mesmo com seus pais, ele sempre foi solitário.
Começou a se jogar contra a grade
Sua cabeça na parede começou a bater
E agora a sua única vontade
Era morrer.
Depois de muito machucado
Pediu para seus pais ali chamar
Eles vieram desesperados
Sem saber o que pensar
Chegando lá viram a situação
E logo deu aquele aperto no coração
O filho sem forças, na beira da morte
Tentou ainda ser forte
E ao seu pai e sua mãe começou a dizer
Pai...
Olha bem para mim, veja a minha situação
Isso que aconteceu comigo, foi falta de amor.
A verdade é que você não teve a paixão
Dessa minha história, você foi o autor.
Mãe...
Com tudo, nunca me corrigiu
Mostrou-me o mundo como uma fantasia
Aquela simples criança evoluiu
E infelizmente não foi como Deus queria
Eu? Comecei a pensar que tudo nesse mundo era do meu jeito
Pensei que tudo o que eu queria,
Com um simples pedido eu teria
Pensei mãe, que eu era perfeito...
Nunca ouvi um não
Depois aqui na prisão
Murro na minha cara era um carinho...
Nunca falaram pra mim sobre Jesus
Que talvez em minha vida tivesse colocado a luz
Minha vida foi sempre nas trevas
Mas não esquece de mim não mãe
Apesar de tudo, o amor ainda fica aqui no meu coração
Brigando por espaço com minhas feridas
Mas o que me resta dizer então
É que isso é uma despedida
Deus me chama, não sei se com ele irei
Pois na maldade eu sempre mergulhei
Depois destas palavras o seu olho fechou
Ali morto ele já estava
Seu pai já era velho, e não agüentou
E seu coração fraco, logo parou.
A mãe com aquela dor que não cabia em seu ser
Escolheu para si, também morrer.
Uma faca pegou com muito jeito
E logo colou contra seu peito...
Essa é a história da vida não desejada
Não esqueça que a vida é uma longa estrada
E se você esquecer da palavra autoridade
A vida não deseja você terá
Essa é a verdade.

Foto de NiKKo

Eu quero com você.

Eu quero ser seu amor, seu querer.
Ser sua mão amiga e seu abraço.
Quero ser a fantasia que te ilumina;
a cama que te refaz do cansaço.

Eu quero ser o motivo de teu riso
mesmo que seja de uma piada sem graça.
Quero ver teus olhos brilharem maliciosos
quando sentir que a minha mão te enlaça.

Quero ser a brisa da noite que te acalma;
sentir contigo o medo de adormecer;
Quero ser o pior de teus temores,
a vontade de tudo esquecer.

Quero ser a tua sede de carinho;
a vontade de sentir teu coração pulsar.
Ser o seu pensamento ansioso a espera.
de ver meu olhos a te olhar.

Eu quero ser a sua luz ou suas trevas.
A pessoa mais certa para estar ao seu lado.
Quero te fazer feliz......
apagar de seu coração o seu passado.

Não pra te fazer esquecer o que já vivestes,
apenas para poder te dar nova vontade de viver.
Quero ser seu carinho amigo, simples e verdadeiro
e junto contigo.. deixar-me renascer.

Foto de Joaninhavoa

MEU PRÍNCIPE!

*
MEU PRÍNCIPE!
*

Quem não queria ser
Princesa!
Como rezam as histórias
de contar
À espera do Príncipe Encantado!
Que a vem salvar

Meu Príncipe!

Receio tuas cavalgadas
Por entre trevas e ao luar
Em noites de lua cheia
Tu fiques perdido a divagar

Meu Príncipe!

Na camada de ozono
Espessa e tão cinzenta
Te confundas e te impeça
de livre pensar! Atlântica
Perder a noção da razão
E do que vai em teu coração

Meu Príncipe! Um dia
Virá buscar-me
Chegará num cavalo branco
E vai levar-me.

Joaninhavoa
(helenafarias)
09/07/2009

Foto de Carmen Vervloet

A Magia da Noite

Video Poema - A Magia da Noite
Edição: Carmen Cecília
Poesia em parceria: Maria Goreti Rocha e Carmen Vervloet

A MAGIA DA NOITE

O dia carrega o sol
em seus braços.
Surge a noite
pendurada em laços
de escuridão.
Amarrados a um lençol
de estrelas cintilantes,
pequenos pontos
de luz...
Brilhantes
que cobrem a terra
na sua vastidão!

O clima é fantástico, misterioso!

A noite mostra
sua dupla face...
Uma enigmática, sombria,
outra, romântica...
Pura magia!

Na calada da noite
surgem sonhos, delírios.
Lobisomens, fantasmas,
sacis-pererês...
Piam corujas
causando arrepios,
cantam grilos e sapos...
Estranhos assobios.

O uivo dos ventos,
o frio da noite,
a inércia da morte,
o medo das trevas...

A madrugada é sombria!

O som do silêncio
é a música dos anjos,
o canto sereno
das águas dos rios.

Embalados nos sonhos,
surgem os amores.
Lingeries de seda...
Um roçar de pernas,
Sem rubores,
sem pecados,
sem falsos pudores.

Corpos flamejantes...
Fusão de almas,
concretização do amor!

O dia desata
os laços da noite
e ela caí
em gotas de rocio.
Leva consigo
Seu lado vadio,
e com ele
as delícias do cio.

A face do horror,
a face do amor,
a magia da noite
em todo esplendor!

(©Carmen Vervloet / ©Maria Goreti Rocha)

Foto de Paulo Gondim

Criaturas

CRIATURAS
Paulo gondim
23/05/2009

A fuga se deu
De forma tão brusca
Num sol que ofusca
E assim logo sai
Um salto no escuro
Num gesto inseguro
Um corpo que cai

E cai entre trevas
Profundas, escuras
E tais criaturas
Do nada aprecem
Tão feias, tão frias
Em suas orgias
O chão estremecem

Reviram baús
Saltitam nos bancos
Alguns solavancos
Permitem se dar
E como mutantes
Em gestos constantes
Se põem a olhar

E assim de repente
Se mostram caladas
Inertes, paradas
Em transmutação
E num reboliço
Em tom de feitiço
Se põem em ação

Dão mil piruetas
Em gestos velozes
Num som de mil vozes
E somem no ar
Dispersas, aos gritos
Um cheiro esquisito
Ficou no lugar

Foto de silvya

Tentar chegar

Tudo nesta vida
Não passa de um mero acaso,
De uma sombra corrompida,
De um beco sem saída,
E, quando tudo está perdido,
Soltam-se as brisas no ar
E o teu sexto sentido
Diz que o inferno está a chegar.

Respiras e vais respirando,
Soltas um breve suspiro,
Sentes braços te apertando
E os gritos de um vampiro.

Começas a entender o óbvio
E o sentido do mundo:
Toda a gente possui ódio,
Desde a superfície até ao fundo.

E então deixas te levar
Pelas trevas da escuridão.
A poeira começa a levantar,
Em constante agitação.

Nas profundezas do meu ser
Já só consigo encontrar
A ânsia de sobreviver
Até outra dimensão chegar.

O que mais choca
É a tortura,
Mas já não importa
Toda a amargura.

E dás a volta ao problema,
Sentes o bater do coração.
Tudo não passa de um dilema
Sem uma breve explicação.

Por entre anjos e sinfonias,
Espreita o dia esperado,
Para te irromper alegrias
E a sinfonia é o fado.

Não te deixes apanhar
Pelas garras afiadas,
Que o universo vai recuperar
Todas as páginas rasgadas.

E como as árvores despidas
Dançam ao sabor do vento,
Todas as mágoas e feridas
Desaparecem com o tempo.

Sílvia Gonçalves

Foto de Manoel Lúcio de Medeiros

BOA NOITE SAUDADE!

Poema de Malume (Manoel Lúcio de Medeiros)
Fortaleza, Ceará – Brasil. 17/03/2009. 22h25min.

¸.•´¸.•*´¨¸.•*

Boa noite saudade, eu quero dialogar contigo,
Saber por que andas sempre ao meu lado,
E não queres apartar-te de mim!
Saudade, eu queria nesta hora te inquirir,
Saber mais do meu amor,
Por onde anda, por onde se encontra!

Saudade permita-me fazer-te um pedido:
Vai ao encontro do meu amor,
Bate-lhe a porta do seu coração,
Mas, bate-lhe suavemente,
Da mesma maneira que faço,
Para que se lembre de mim!

Dize-lhe saudade, que ainda a amo,
Que ainda a espero, que ainda a quero!
Dize-lhe que não será a distancia, nem o espaço,
Que me separarão deste amor!
Afirma-lhe que ainda a trago na alma,
No oculto do meu coração!

Apresenta-te saudade, fala-lhe da minha ansiedade,
Conta-lhe dos meus desejos, da minha vacância,
Do quanto anelo amá-la, recebê-la e tê-la,
Pois sua ausência tem aberto no meu peito,
Um vazio tão profundo, que confesso:
Estou aos poucos me perdendo no próprio seio!

Cada hora marcada, cada dia que esmaece,
É como se eu descesse num abismo, num precipício,
Estou me afundando dentro de mim mesmo!
Vai saudade, traze meu amor nas asas do vento,
Pois preciso deste alento, para socorrer meu coração!
Somente nela, posso encontrar meu verdadeiro lenitivo!

Saudade, a noite se despe de suas densas trevas,
As estrelas já brilham no firmamento multicor,
Não quero ficar nesta lúgubre insônia, vendo o frio chegar,
Tenho que dormir, mas, por favor, só me acordes,
Quando trouxeres meu amor de volta,
Porque anseio despertar, mas somente em seus braços!

¸.•´¸.•*´¨¸.•*

Direitos autorais reservados.
Poeta Malume.

Foto de Jamaveira

Refugo

Refugo

Terra de ninguém seu corpo padece
Tua alma vagueia nas trevas
No espelho face do disfarce
Es por natureza carne de terceira
Escondida nas placas maquiadas
Olhos voltados para chão
Desprezo tua comunhão.

No sorriso rasgado aberto
Cospes ressaca flagelo
No templo do pecado oras deitada
Réu confesso preza a razão
Caminhando na contramão
Há tempos perdeu o leme
Abre-te daninha colhe meu sêmen.

Jamaveira

Foto de Peter

A luz

Olhei o céu estrelado
Era tão lindo que me deixou arrasado
Cheio de luz e tão intenso
Como um belo quadro com cheiro a icenso

Esperava encontrar uma resposta
Fechei os olhos e inspirei o ar da noite
A natureza sabe aquilo que a gente gosta...
Nesse instante a luz abateu-se sobre mim

Uma onda de esperança
Uma boa nova que anunciava bonança
Sabia que virias sabia que eras assim
Tão pura, tão delicada, tão doce

Como um amor precoce
Inrrompeste pela noite e afagas-te o meu coração
Curas-te as feridas da solidão
Trouxes-te o sabor a mel no meio do azedume

Despertas-te o meu lume
E renasceu o amor
A luz que iluminou as trevas
Aquela que curou a minha dor

Um poder que só a mulher guarda
Um milagre que te consagrada
Como tu sabes fazer
E só contigo pode acontecer

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