Poema de Malume (Manoel Lúcio de Medeiros)
Fortaleza, Ceará – Brasil. 17/03/2009. 22h25min.
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Boa noite saudade, eu quero dialogar contigo,
Saber por que andas sempre ao meu lado,
E não queres apartar-te de mim!
Saudade, eu queria nesta hora te inquirir,
Saber mais do meu amor,
Por onde anda, por onde se encontra!
Saudade permita-me fazer-te um pedido:
Vai ao encontro do meu amor,
Bate-lhe a porta do seu coração,
Mas, bate-lhe suavemente,
Da mesma maneira que faço,
Para que se lembre de mim!
Dize-lhe saudade, que ainda a amo,
Que ainda a espero, que ainda a quero!
Dize-lhe que não será a distancia, nem o espaço,
Que me separarão deste amor!
Afirma-lhe que ainda a trago na alma,
No oculto do meu coração!
Apresenta-te saudade, fala-lhe da minha ansiedade,
Conta-lhe dos meus desejos, da minha vacância,
Do quanto anelo amá-la, recebê-la e tê-la,
Pois sua ausência tem aberto no meu peito,
Um vazio tão profundo, que confesso:
Estou aos poucos me perdendo no próprio seio!
Cada hora marcada, cada dia que esmaece,
É como se eu descesse num abismo, num precipício,
Estou me afundando dentro de mim mesmo!
Vai saudade, traze meu amor nas asas do vento,
Pois preciso deste alento, para socorrer meu coração!
Somente nela, posso encontrar meu verdadeiro lenitivo!
Saudade, a noite se despe de suas densas trevas,
As estrelas já brilham no firmamento multicor,
Não quero ficar nesta lúgubre insônia, vendo o frio chegar,
Tenho que dormir, mas, por favor, só me acordes,
Quando trouxeres meu amor de volta,
Porque anseio despertar, mas somente em seus braços!
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Poeta Malume.