Topo

Foto de Lu Lena

Á AGUIA E O CONDOR

Á AGUIA E O CONDOR (DUETO DE LU LENA e DIRCEU MARCELINO)

— Dirceu Marcelino DIRCEU - LU Desse jeito ....

Desse jeito eu me acendo...
Atiça minha paixão...
Com o céu escurecendo
Rompe a inspiração

Começo assim te vendo,
Suspirando de emoção,
Balbuciando e crendo
Na voz de teu coração.

Sinto-me como Condor,
Voando pela imensidão
A procurar-te com ardor.

Ofuscado em sua visão
Pelos raios de esplendor
De teus olhos Águia do amor.

............................................................................................................................................

- Lu Lena LU - Dirceu e nesse jeito...

Com olhos de águia do amor
atravesso a imensidão do infinito
em busca de ti meu Condor
num silêncio que abafa meu grito

desse amor que em cinzas se perdeu
reacendo desse jeito a tua paixão
num céu imenso e infindo que escureceu
lanço vôo em busca de ti em meu coração

e magestosa ao topo da montanha eu sigo
minhas garras riscam teu nome ao infinito
para morrer e num novo ciclo de vida ressurgir

em vidas opostas a poesia fez em ti o vento surgir
nessa empatia eu sou á aguia e tu meu condor
bato minhas asas sorrindo e te busco com ardor

Foto de syssy

FRASE VII

.
.
.

"Podemos conquista o topo
De tudo aquilo que nos
Propormos a conseguir, hora seja
“Com determinação, hora por valentia.”

Foto de Dirceu Marcelino

FELIZ ANO NOVO - 2008

Adeus ano velho. Feliz ano novo!
Peçamos a Deus que tudo se realize
E se estenda a todo nosso povo.
Cada um ao outro se confraternize

E o aceite como momento de renovo,
Da esperança e percurso dessa crise,
Solucionável com fé e a só Ele promovo
Pois é o caminho para que se socialize

E esse deve ser o nosso escopo.
Agradeça e não se martirize
E lute agora para alcançar o topo

Tens tudo: A Vida! Então se valorize.
Grite: Feliz ano de dois mil e oito!
Senhor! Abençoe-nos e nos Cristianize!

Foto de Lou Poulit

O PORCO-ESPINHO DE ESTIMAÇÃO

CONTO: O PORCO-ESPINHO DE ESTIMAÇÃO

Plac, plac, plac... plac-plac... O relógio antigo pendurado na parede encardida do escritório sequer fazia o tic-tac comum e implacável, com o que qualquer relógio de corda tenta destruir os nervos dos ansiosos. No entanto muito pior, era a impressão de que ele movia o ponteiro mais lentamente, à medida que se aproximava a hora de ir embora.

Plac, plac, plac... plac-plac... Era sexta-feira e fim de mês, mas o salário, que já estava no bolso do Filé, não pagaria as dívidas, nem mesmo todas as despesas normais do mês. Por que então não gastar uma parte, para se divertir um pouco? Depois de um mês inteiro catando milho naquela máquina, datilografando guias carbonadas nas quais era proibido haver uma rasura sequer, isso parecia muito justo. Só que era preciso esperar o maldito relógio apontar a hora de parar.

O Filé, como era amigavelmente tratado no trabalho, era um homem infeliz porque pensava não ter expectativas para a sua vida. Pegar o trem de volta para casa era uma alternativa absurdamente sem graça. Fizera isso o mês inteiro. O cardápio seria o mesmo, assim como as cobranças do senhorio e da mercearia. E da sua mulher, com o sorriso escasseado pela vida dura e fartos depósitos de gordura pelo corpo, ele não poderia esperar nem um lapso de desejo, felizmente. Naquela sexta-feira, pensar em fazer sexo com sua mulher era impensavelmente proibido. Durante o mês inteiro ela o proibira disso e daquilo. Agora era a sua vez de mostrar que também tinha o poder de proibir. Ao menos isso.

Não. Não e não. Naquela noite, assim que o miserável relógio se dignasse a apontar o fim do expediente, ele sairia sem rumo e sem destino. Queria ser o que todo mundo parecia se orgulhar de ser: um cidadão comum, numa cidade comum, sob regime capitalista comum, sem que tivesse que fazer para isso algum esforço incomum. Ora, só queria ter a impressão de que as notas no seu bolso, faziam dele alguém importante, ou pelo menos alguma coisa. Ansiava por julgar justificada a tortura diária de fazer aquele mesmo serviço durante o mês todo. Filé tinha sempre a sensação de ser consumido, agora queria consumir um pouquinho, ser servido, assediado para comprar algo e ter o inusitado prazer de dizer que “não, muito obrigado”, mas não por dissimulada incapacidade. Queria dizer não porque não, e pronto, já que passara o mês dizendo sim. Estava assim determinado a fazer apenas algumas das coisas que todo mundo faz naturalmente. E só poderia fazer isso naquela sexta-feira pois no sábado estaria de novo nas mãos da mesmice.

O Filé sentiu um friozinho na espinha quando o chefe passou pelas suas costas e com um tapinha no ombro autorizou o fim do serviço, segundos antes do relógio. Enfim, ali renascia o rapaz viçoso por cujo sorriso, noutros tempos completo e carnudo, a mulherada perdia a compostura. Não era rico, longe disso, mas se vestia bem e usava algumas pulseiras douradas, além de um grosso cordão, onde se via sempre uma medalha com o triângulo maçônico, cujo significado Alfredo desconhecia por completo, mas tudo fantasia. Sua aparência, somada ao sorriso de quem não tinha dívidas ou qualquer outra preocupação, era o suficiente para que conseguisse a maioria das coisas que desejava. O que na verdade não era muito, porque seus desejos tendiam a uma certa proporcionalidade, em relação à sua, digamos, sintética compreensão do mundo. Alfredo era um rapaz feliz, ironicamente, porque não tinha grandes expectativas.

Filé passou pelas portas do escritório e da entrada do prédio sem deixar de cumprimentar uma única pessoa. Já na rua, passou a se comportar como um respeitável senhor. Não quis entrar em nenhuma condução. Como ainda não sabia para onde estava indo, o melhor era andar pelas calçadas, assim poderia parar em frente às vitrines, e esperar que alguma atendente jovem e gostosa viesse lhe oferecer o seu melhor sorriso. Durante todos os demais dias do mês isso não aconteceria, a menos que estivesse no caminho de alguma daquelas evangélicas, que saem em grupo pelas ruas vendendo revistas de igreja e oferecendo a salvação das almas, ou o inverso, como acreditava o Filé. Logo uma vendedora veio de dentro da loja. Não lhe pareceu tão bonita quanto esperava, mas era razoável. A noite estava começando.

Satisfeito por não ter cedido à tentação das vendedoras que encontrou pelo caminho, que até pediram cartão de visitas e número de telefones para futuras compras, depois de percorrer quatro quarteirões encontrou uma boate do lado oposto da rua. Chegou a parar para atravessar dali mesmo, porém viu entrar e sair da casa pequenos grupos de homossexuais e decidiu que devia aplicar melhor seu rico dinheiro, tão arduamente conseguido. Voltou às vitrines. Ainda era cedo para ele, mas a maioria das lojas já estava fechando as portas. Sem problemas, disse a si mesmo, de qualquer forma não pretendia comprar coisa nenhuma. Mas se não teria mais belas e jovens atendentes para lhe sorrir na porta das lojas, então teria que procurá-las noutros lugares. Não haveria de ser tão difícil. Nos quarteirões próximos decerto as encontraria.

Logo adiante, Alfredo passou por uma bela moça, que parecia esperar pelo namorado, encostada num poste de luz. Não... Pensando bem, não podia ser isso. A mulher parecia uma vitrine ambulante. Estava vestida e postada de modo a oferecer partes suas que, pelo jeito, julgava mais ao gosto popular, e só faltava mesmo uma plaquinha em algum lugar, para indicar o que houvesse ali a preço promocional. Além do mais, estava lhe sorrindo com o mesmo ar de sem-decepções que acabara de ver nos rostos das vendedoras nas lojas. Ah, então ela está a fim de um programinha... É bonita demais – pensou – é perfeita. Nem sua mulher, quando era novinha, era tão perfeita. Ora, por que fora se lembrar dela justo agora? Era como se a lembrança da mulher, de tão concreta, lhe empurrasse pelas costas em direção à garota. Mas assim, tão bonita, com certeza lhe custaria os olhos da cara.

Ei, gostei de você... – Filé falou de mal jeito, pois já nem se lembrava direito como se fazia isso. Ela fez que não o ouviu, e ele remendou perguntando: Quanto custa o chorinho?... Para alguém que pergunta como um extra-terreno é bem mais barato – Respondeu a mulher simpaticamente, fazendo graça... Mais barato quanto?... Depende do que você quiser fazer... Como assim? Tem algum tipo de tabela de preços? – Tentando repetir seu velho e irrecusável sorriso – Tem alguma coisa em promoção?... A mulher não gostou muito, clientes que pedem promoção no início da noite são, no mínimo, idiotas. Entretanto, ela resolveu propor um preço intermediário. Derrubaria esse cliente rapidamente, pensou ela, e depois arrumaria mais dinheiro com outro. Mas como mesmo aquele preço mais barato era inviável para o Filé, ele lamentou com muita sinceridade. Quando virou as costas, ela propôs outro menor e logo um outro ainda mais barato, todos recusados. Filé a ouviu dizer a certa distância que fosse à merda, mas nem se importou. Estava dividido. Dessa vez não tinha sentido prazer em dizer que não. Aquela mulher era realmente muito bonita e ele seria capaz de uma verdadeira loucura, se fosse para tê-la só para si... Quem disse que ela aceitaria? Paciência – confortou-se – a noite é uma criança...

Filé prosseguiu em sua caminhada. Mais uma última vez olhou para trás e ela ainda estava lá, na mesma posição, no mesmo poste de luz. E para se recolocar no lugar de quem decide ele disse à meia-voz: É apenas uma puta... Havia muitas na região em que estava, uma espécie de centro com muitas casas de diversão para homens que tivessem algum dinheiro. Uma cerveja! Sim, para matar a sede que já se fazia sentir. Atravessou a rua e passou por uma vitrine redonda, engastada na parede, onde haviam fotos de streepers. Poderia entrar naquela. Eram todas mais ou menos a mesma coisa.

CAPÍTULO II

De início, o ambiente era escuro demais para que o Filé pudesse identificar o que havia dentro da boate. Mas dava pra ver onde era o balcão do bar e lá ele resolver ficar um pouco, até que sua visão se adaptasse à brusca mudança de luz. Pediu um caneco de cerveja com o tom de uma ordem, foi prontamente servido e bebeu o primeiro todo de uma só vez. Estava com sede por causa da caminhada, mas também queria impressionar. Sabia que durante alguns minutos, embora ele não pudesse observar as pessoas com muita clareza, estaria sendo observado pelas mulheres que já se encontrassem lá desde antes, à espera de um cliente. O espaço era pequeno e o condicionador de ar mantinha a temperatura mais baixa do que ele gostaria. Apontou para uma marca de conhaque que conhecia e, servido, percebeu que já era possível enxergar algumas mesas vazias. Tomou a bebida e levou outra dose para uma daquelas mesas, escolhendo a que estava mais ao canto.

Em alguns minutos já havia desprezado vários olhares. Havia ali mulheres de vários tipos, para muitos gostos, sendo naquela casa a maioria composta de mulatas bundudas. Uma das mulheres lhe chamava mais a atenção, uma loira alta e carnuda, porém ela sequer olhava pra ele. Irritado com o que lhe parecia uma falta de consideração da tal mulher, o Filé chamou uma das meninas e mandou que levasse um recado seu. Precisou esperar por longos minutos, mas enfim a mulher levantou-se e veio ao seu encontro, sentando-se no lado oposto da mesa sem cerimônias. Ao chegar trouxera o mesmo sorriso de sem-decepções e, antes que ele o perguntasse, foi logo adiantando o seu preço para o serviço mais rápido, um boquete à queima-roupa. Ele balançou a cabeça positivamente, mas começou uma conversa qualquer. Queria beber mais e ganhar tempo para criar algum clima. Ela preferiu cerveja e Filé mandou que trouxessem para si próprio a garrafa de conhaque.

Dizendo se chamar Paula e mantendo uma aparência de interesse profissional, a mulher aceitou a tal conversa qualquer, mas a partir de certo ponto encurtou a distância e começou a tocá-lo, pegando em sua mão. Ela tinha um hálito forte de bala sabor eucalipto e palavras doces que, entretanto, não dissimulavam o timbre de voz surpreendente, encorpado demais para uma mulher tão bela. O Filé, que se sentia o dono da situação e mantinha um ritmo de goles acima do hábito, tinha a sua capacidade de avaliação já comprometida. Estranhou apenas que ela o tocasse com força e, depois, que suas mãos eram de fato grandes e fortes. Começou então a pensar, que aquela também não era a mulher ideal. Ela bebia muito pouco e, a julgar pelo tamanho do corpo e pela robustez das mãos, caso tivesse que pegá-la à força teria muita dificuldade. Contudo, como já estava mesmo gastando o seu parco dinheiro, era preferível que não fosse em vão.

Com o andar da conversa Filé foi se sentindo cada vez mais pressionado. A doçura inicial cedera lugar a palavras sempre mais impositivas e isso dava a ele a frustrante impressão de que ela estava no comando das ações. Em contra-partida, as suas coxas eram irrecusáveis e ele não resistiu à tentação de pegar nelas ali mesmo. Podiam estar melhor depiladas, porém ele estava perto demais do que pretendia, e não quis recuar. E foi chegando a mão, até que ela o interrompeu e decidiu: Vamos subir, tem um quarto lá em cima esperando por nós. O homem olhou para a escada, que lhe pareceu muito longa, mas normal para uma casa de sobrado como era aquela, e concordou.

Passaram por um corredor escuro, estreito e curto, no alto da escada, e depois por outro maior. De ambos os lados, vários espaços, separados por placas prensadas à guisa de biombos, eram destinados aos amantes com um mínimo de estética e conforto, e sem janelas. Impaciente com a lerdeza etílica dele, Paula o puxava pela mão. Filé parou de repente, se esforçando para conter aquele trem, e perguntou para onde estavam indo. Tenho um quartinho logo ali, só para clientes especiais – ela explicou. Ele achou razoável, pois uma mulher com tanto comprimento não caberia mesmo num daqueles cubículos. Subiram mais dois lances curtos de escada, numa passagem de penumbra que cheirava a forro de telhado, e finalmente Paula abriu a porta do tal quarto. Era apenas um pouco maior que os demais. Como ventilação, o que poderia fornecer um basculante de dois palmos, uma cama e um criado-mudo, uma mesa de bar com duas cadeiras, pregos nas paredes serviam de cabide e uma lâmpada pequenina, a mesma que iluminava uma pequena imagem de Santa Joana D’Arc, colocada no alto, acima da cabeceira da cama.

A sós com aquele mulherão, o Filé devia estar feliz. Tão perto dos seus atrativos, devia estar muito excitado. Prestes a consumar o seu plano, devia jogá-la na cama e obrigá-la a fazer todas as suas vontades, sem avisos ou ponderações, e com todas as concessões. Entretanto, ficou ali mesmo, parado como um bichinho indefeso esperando o bote do predador á sua frente. A mulher desistiu de esperar pela iniciativa dele e foi para cima. Empurrou o Filé para a cama e começou a lhe tirar a camisa, com pouca ou nenhuma delicadeza. Aceitando o pega aqui e espreme ali, o homem chegou rapidamente a duas conclusões pouco desejáveis: primeiro que ela era musculosa e dura demais, o extremo oposto da mulher passiva à qual estava acostumado, e segundo, que estava por demais armada entre as pernas!...

Que isso, mulher... Isso é um assalto? – Perguntou ele com o seu sorriso mais tímido... Não, meu amor, é só uma brincadeira que nós vamos fazer... Que brincadeira?... Meinha, amor... Que estória é essa de meinha?... Assim ó, primeiro você, pode até esculachar que eu topo, mas depois será a minha vez... Pode parar que eu sou macho – garantiu o Filé, tentando parecer bravo e definitivo... Mas Paula ajoelhou-se na cama e, muito convincentemente, arrancou de um só golpe o próprio vestido. Depois disse com inacreditável doçura: E daí, meu amor? Eu também sou, olha aqui ó... Não senhor! Então você quer me comer, seu viadão?... Não amor, só o seu pintinho medroso...

O que se seguiu foi um verdadeiro pandemônio, um arranca-rabo que não poderia caber num espaço tão exíguo, com o fundo sonoro dos gemidos do estrado e das juntas da cama. Sobretudo, não havia espaço para escapar! Pequeno, magrelo e bêbado, o Filé esperneava e dava coices, suas mordidas pareciam inúteis. Pensou em gritar por socorro, talvez alguém o escutasse, mas achou que isso seria vergonhoso demais para um macho com passado glorioso. Para aumentar seu desespero, embora procurasse não conseguia saber exatamente onde estava a porta, cuja face interna era pintada com a mesma tinta da parede. Com tanto pega, estica e puxa, veio enfim o cansaço, o esgotamento precipitado pelo álcool, e uma grande e desesperadora perda de esperança. O homem era muito mais forte e o Filé sentiu os olhos embaçarem, eram as suas lágrimas, que não podia mais conter. Sentiu-se bruscamente levantado pela cintura e posto de quatro na cama. Esperou o golpe de misericórdia. Mas este não veio.

Inexplicavelmente, a imagem da incólume Santa Joana D’Arc havia despencado do seu dossel. Surpreso, Paula a pegou com desesperado carinho, e depois sentou na cama com tal desgosto, que o estrado já alquebrado não suportou e desabou, levando os três para o chão. O Filé já não estava mais tão bêbado que não pudesse entender a raríssima oportunidade que estava tendo. Lembrou-se ainda de pegar a sua camisa, e para escapou daquela bicha enorme, esparramada no que sobrou da cama, achou a maldita porta camuflada e foi-se embora, escorregando nos degraus escuros, segurando as calças à meia-bunda. Aos trancos e barrancos, passou pelos largos homens da segurança e ganhou afinal a rua. Estava ofegante, mas aliviado. Poucas vezes na vida sentira um tamanho alívio.

CAPÍTULO III

Depois de andar mais alguns quarteirões, sempre olhando para trás porque havia saído sem ter pago a ninguém, a garganta novamente secou e o Filé escolheu um bar qualquer para beber alguma coisa. Entrou sob os olhares desconfiados dos que estavam bebendo no balcão, e teve de passar por todos eles, porque o bar era comprido e estreito, só havendo uma vaga no final. Lá também haviam várias mulheres, mas àquela altura todas lhe pareciam suspeitas.

Ali foi bebendo, sem prestar atenção às conversas dos outros que, entretanto, queriam que participasse e volta-e-meia perguntavam sua opinião sobre uma coisa qualquer. Eles não sabiam, mas o Filé ainda não se recuperara do susto e sua falta de sorte podia estar teimando, querendo mais. Além do que, nesse bar não havia nem um calendário com a figura de Santa Joana D’Arc! Junto à caixa registradora, até havia um calendário, mas o Filé não sabia de que santo era. E disse a si mesmo que se ele não conhecia o santo, com certeza a recíproca era verdadeira. Como se não bastasse, aquele santo, em vez de estar num dossel, estava num pregador metálico dos grandes. Não dava pra acreditar que o tal santo fizesse tamanho esforço por um desconhecido.

Na verdade, o pessoal do balcão queria trazê-lo para a conversa porque a conta já estava alta. E tanto fizeram, que o Filé sentiu-se à vontade para dar uma curta opinião a respeito da questão em pauta: um jogo de futebol. Foi o suficiente, já estava dentro. Assim, pediram mais bebida e algum tira-gosto. Agora já gostavam do Filé, que soltava cada vez mais. Achavam que ele entendia tudo de futebol e não economizava palavras, empolgava-se e seus argumentos deixavam a todos convencidos. Porém, de repente, o assunto mudou para mulheres boas de cama. Então a performance do Filé mudou, não queria falar sobre isso. Falou apenas para defender a sua opção sexual, posta em dúvida por brincadeira e tão infeliz coincidência. No mais se calava, comia e bebia, mais dedicado aos seus próprios pensamentos do que à conversa.

Lá pelas tantas, alguém sugeriu um jogo de palitos para decidir quem pagaria a conta. Filé gostou da idéia, pois na purrinha ele se garantia. Contudo a idéia foi derrubada pela maioria. O bar era de um velho senhor, que entregava toda a responsabilidade a seu filho adotivo. Tinha plena confiança nele, havia tirado o negrinho da rua. Ele sabia que tinha sido abandonado à própria sorte pelos pai e era de devotada gratidão ao velho. Porém não era mais o moleque franzino que vivia de esmolas e pequenos furtos. O negro agora era um homem grande e falava grosso, para quem quisesse ouvir.

Olha aí, pessoal, deu só isso aí. Já dividi e a cota de cada um está no avesso. Mas vocês já sabem que aqui não vale cartão, quero grana, dinheiro vivo... Num pedaço de papel, rasgado de algum pacote de cigarros, estava uma discriminação incompreensível do total. O Filé resolveu protestar, pediu que o negro explicasse a conta e o homem torceu o beiço: Mas tu é marrento, heim... Todos ali sabiam que o Filé tinha a sua razão, mas o negro tinha fama de encrenqueiro e ninguém queria passar a noite na delegacia. A maior parte deles concordou, sem saber se a conta estava certa, e o Filé teve que se conformar. O dinheiro que tinha dava para pagar a sua cota, mas faria diferença mais na frente, ainda queria andar para achar uma mulher que valesse à pena.

Esgotadas as escaramuças, todos meteram a mão nos seus bolsos sob o olhar satisfeito do negro. Em princípio ninguém percebeu, porém o Filé não estava nem ali, ou preferia não estar. Sua mente vasculhava desesperadamente a memória recente, em busca de uma pista. Por eliminação de todas as possibilidades restantes, a dedução parecia certa: Aquele viado da boate, bateu a minha carteira! Eu devia ter imaginado, lógico, por isso me deixaram escapar e nem vieram atrás de mim. E agora? Sem a grana da cota da despesa e sem santinha... Achou que tivera mais sorte antes, pois lá seria apenas um! Só de olhar para o negão, já dava vontade de sair correndo. Era o que queria fazer, mas com toda aquela gente entupindo o corredor do balcão... Lembrou-se do mictório, talvez lá houvesse um basculante por onde pudesse escapar. Foi até o fundo do bar, mas logo viu-se frustrado. Era apenas um cubículo. Além de não haver nele nenhuma passagem além da porta, sentiu-se mal ali. Era inseguro demais, muito menor que o quartinho da boate. Estreito como um curral de matadouro, era o lugar ideal para o negão demonstrar a sua imensa generosidade.

Não havia outra esperança, teria muito o que correr, se conseguisse chegar até a calçada. Como esperava, ao abrir a porta do mictório para sair, deu de cara com um olhar terrivelmente coletivo. Feita e refeita a soma do pagamento, faltava exatamente uma cota e só podia ser do cotista ausente. Eu já sei que vocês não vão querer acreditar, mas roubaram a minha carteira... – O Filé optou por ser sincero. O mais velho dos cotistas, tentando ajudar, sugeriu que ficasse para limpar pratos e copos. Porém o negro tinha uma outra alternativa: Não... Tenho aqui uma coisa pra ele deixar bem limpinha...

Prevendo o que estava para acontecer, uma senhora levantou-se de uma das mesas enfileiradas junto à parede e pediu que deixassem o pobre-coitado, e que ela pagaria a parte dele. Ninguém quis acreditar, muito menos o Filé. Ele olhou a negra velhinha de cima a baixo e pensou em recusar a ajuda, mas depois se lembrou de que não tinha alternativa, e ficou olhando, procurando entender o que estava acontecendo. Era uma mulher idosa e mal vestida, tinha ao lado um despencado carrinho de feira e nele amarradas, com barbantes e tiras de trapos, várias bugingangas sem valor. A negra cheirava mal e estava bebendo cachaça, mas em uma caneca feita de lata de salsicha. Ora, era uma mendiga. Como poderia ter dinheiro para pagar a sua cota? Acanhado, o Filé se aproximou para agradecer e foi então que reparou em algo embaraçoso. Pendurada em seu pescoço, ruço por falta de banho, havia uma medalha enzinabrada, onde ainda se podia ver a imagem de santo, o mesmo santo do calendário, que protegia a caixa registradora do bar.

A mulher resolveu acabar com todo aquele descrédito. Meteu a mão na sua sacola de perna de calça jeans, tirou uma nota de cinqüenta, entregou ao negro e ainda lhe disse que não precisava fazer troco, porque da próxima vez que viesse tomaria umas doses por conta. Passado o aperto, os demais foram tomando cada um o seu caminho, uns fazendo piada, e outros perguntas, cujas respostas explicassem aquilo. O Filé convenceu-se de que a mendiga era louca, coitada, e sentou na outra cadeira da mesa, só para não ir embora assim, sem demonstrar uma gratidão mais verdadeira. Para ter o que falar, ele perguntou a ela que santo era aquele, gravado na medalha. A velha disse que não sabia, mas era de muita estimação. O Filé torceu o beiço, em sinal de dúvida. Qual é o problema? Você nunca teve nada de estimação?... – Disse ela desconfiada...Problema nenhum, mas eu nunca tive não. Não gosto de bichos de estimação, nem de me sentir preso a nada. Aliás, já tenho a encrenca da minha mulher pra me prender... Porém a mendiga não achou a graça que ele esperava. Torceu, agora ela, os beiços largos e úmidos de cachaça, como sinal de desaprovação, e lhe disse que tratasse de não fazer mais tantas perguntas. E que voltasse para o seu caminho, com a proteção do santinho, qualquer que fosse o nome. Sem jeito, o Filé foi mesmo embora.

CAPÍTULO IV

A maré estava mais baixa do que o normal. O mar havia recuado vários metros. Diversas traineiras e canoas, de todos os tamanhos, ficaram tombadas no fundo de areia e lodo da praia, normalmente submerso, e que agora exibia uma insuspeita diversidade de coisas, umas naturais e outras bastante estranhas. Dentro de uma canoa enorme e antiga, das que eram talhadas de um único e imenso tronco de árvore, um grupo de mendigos, desinteressados do fundo do mar e dos latidos distantes e furiosos de um vira-latas, dormia profundamente, bem próximo da parede de pedras cimentadas que descia da calçada para a praia. Apesar da miséria, sentiam-se felizes e seguros, no lugar que escolheram para passar a noite, aproveitando a baixa-mar tão pronunciada. A canoa mais parecia um grande balaio-de-gatos, grandes e pequenos, sendo impossível saber-se onde começava e terminava a mesma pessoa. Salvo no caso dos casais que haviam feito sexo antes de dormir, porque estes ainda estavam cobertos pelos seus panos, que haviam usado como se isso diminuísse a intimidade generalizada.

Os seus sonhos nada rasos, entretanto, foram bruscamente interrompidos. Alguém viera correndo pela calçada, que ficava bem acima do nível da praia e, para escapar da perseguição do vira-latas zangado, bem perto dos seus calcanhares, havia saltado para a areia, sem ter tempo de medir onde cairia. Pois caiu estrondosamente, justo na proa da canoa onde estavam os mendigos. Com o susto, foi mendigo para todo lado. Uns ainda se lembraram de catar por instinto alguns pertences seus, enquanto outros, com dificuldade para suspender as próprias calças, não tiveram tempo nem mãos livres para isso. Algumas crianças de colo berravam, abandonadas que foram, mas ninguém ali sabia ainda o que estava acontecendo, tão pouco imaginava para onde estava indo.

Todo dolorido, o Filé se levantou para ver se o seu perseguidor também havia pulado da calçada para baixo, e viu que felizmente ficara no alto da parede. Dois dos mendigos se aproximaram dispostos a mostrar sua raiva, porém foram surpreendidos pela ira do intruso. Mas não contra eles. O Filé estava furioso porque só agora estava vendo que o tal cão, que ainda latia para ele do beiral da calçada, não era de meter medo nem a um gatinho faminto. Muito pequeno e magro, se não houvesse corrido poderia tê-lo pego pelo pescoço e arremessado longe. Em vez disso, quase quebrara o próprio pescoço, ou o de alguém inocente, naquela queda estúpida.

Compreendendo que não se tratava da polícia, nem de alguma das ameaças comuns à vida de rua, e vendo que o homem não conseguia se aprumar direito dentro da canoa, alguns mendigos mais piedosos foram lhe ajudar. Um deles, o mais velhinho, lhe ofereceu da sua própria cachaça, insistindo para que tomasse ao menos um gole, sob uma duvidosa alegação: É pra não inflamar. Constrangido pela boa fé do velhote, o Filé acabou tomando um gole. Depois outro e logo mais um. Acabaram achando que o intruso era apenas atabalhoado, ou azarado, mas que não era tão diferente assim, afinal, também gostava de cachaça. Tudo foi virando uma galhofada, na medida em que foram aparecendo outras garrafas.

O Filé acabou contando a sua estória, desde que saíra do escritório. Sobre a corrida e o salto desesperado, conseguiu uma gargalhada geral dos mendigos, contando que aquele vira-latas só podia ter pensado, que ele ia pegar o frango que estava num despacho na encruzilhada. Essas madames ficam trazendo comida pros cachorros de rua, o bicho, que não sabe o que é despacho, pensa que é santo e não quer dividir com ninguém... Tava só esperando a vela apagar... – Remendou o mais velho... Também, você nem pra pedir licença... – Outro fez graça... Eu? Que pedir licença? Eu só passei por perto porque me desequilibrei... Não chegava a ser uma estória surpreendente, cada um ali tinha a sua própria, no mais das vezes bem pior e mais prolongada. Ademais, se ele não tinha grana, de que poderia lhes servir? Era somente mais um e dos mais mentirosos. Onde já se viu, uma mendiga pagar a conta de alguém que sequer conhece? A cachaça acabou e os mendigos foram se acomodando novamente na canoa.

Já era madrugada quando o Filé resolveu retomar o seu caminho, por mais desafortunado que ele fosse. Uma idéia não lhe saía da cabeça, agora enfeitada por um galo doído: ainda faltava uma mulher. Estava decidido, era então uma questão de honra. Não voltaria para casa sem antes pegar uma mulher. Procurou em vão aquele maldito vira-latas, que já devia estar dormindo também, e com o caminho livre pôs-se novamente a andar a esmo. Em razão do esforço de continuar, suas escoriações incomodavam, a visão embaçava, transpirava por todos os poros e tinha a impressão de estar ficando febril. Mas pensou que só podia ser efeito de tanta cachaça.

Depois de algum tempo, tropeçando aqui e ali, vinha-lhe à mente o corpo pesadíssimo da sua mulher. Ele era esteticamente feio, mas estava lá à sua disposição, bastando entrar em uma condução e voltar para casa. Poderia então se esparramar sobre ele, servir-se do que quisesse e depois dormir ali mesmo, como se fosse um colchão macio. Ela não se importaria, nessas horas sempre fora muda e obediente. Alfredo sempre fora a sua única ambição de consumo. Agora ela não tinha mais nenhuma. Mas não... Não, não e não! O homem se aprumava e seguia adiante. Depois de passar por tantos sufocos, ter os seus documentos roubados junto com o dinheiro do mês... Escapar, por um segundo milagre na mesma noite, de apanhar e ser literalmente encurralado no mictório do bar. Por pouco não quebrou o pescoço e ainda foi acolhido, pelo grupo de miseráveis sobre cujos pescoços havia acabado de cair! Definitivamente, não. Ou encontrava uma mulher para se vingar do azar, ou não voltava para casa.

Mais à frente, o Filé estava atravessando um parque público, com grama e jardins, cujos postes de iluminação incandescente por entre arvoredos espalhavam sombras sobre os canteiros. Viu então adiante um vulto estranho, que fazia movimentos pequenos mas ritmados. Da distância em que estava e com os olhos embaçados não conseguia distinguir o que era. Mais próximo, achou que eram duas e não apenas uma pessoa. Tentando não fazer barulho chegou mais perto. Estava agora certo de que era um casal de namorados e quis ver o que estavam fazendo. Ora, o que um casal de namorados poderia estar fazendo, em uma posição incômoda, entre as sombras de um parque lá pelas tantas da madrugada? Devia ser bom de se fazer. Pelo menos, de se ver.

De modo a não ser percebido, deu a volta num dos canteiros para chegar em uma outra posição, de onde certamente poderia ser um expectador privilegiado. Porém, assim que chegou onde pretendia, ouviu latidos próximos. Caramba, uma mulher que late enquanto faz sexo! Isso era muito mais do que estava procurando. Mas por entre as plantas do canteiro, enfim conseguiu ver que se tratava apenas de mais um mendigo e, deitado ao seu lado, o seu cachorro de estimação. Não... Outro cachorro?... Com base em sua memória recente, estava em perigo. Droga, por que os cachorros gostam tanto de mendigos? Não tem nenhum despacho por perto e aquele cão está latindo pra mim... Filé não entendia mesmo nada de cachorros. Novamente ele correu e de novo foi perseguido. O animal só parou depois que ouviu o assobio do seu dono. E o Filé gastou em mais essa corrida as últimas energias de que dispunha.

CAPÍTULO V

Sentado em um banco de ripas de madeira, O Filé sentia-se esgotado, mas descansaria ali um pouco e depois prosseguiria. Quando as suas pálpebras começaram a pesar, para não adormecer ele respirou fundo e pôs-se a caminho de novo. Seguindo na sua obstinada peregrinação, ele encontrou o que fora, por pouco tempo, um outro despacho. Esse havia sido maior e mais variado, coisa de madame. Porém já não restava quase nada, aquele cão com certeza chegara antes. O Filé chegou perto para espiar. Por um instante achou que pudesse adivinhar o que o cão havia encontrado para o jantar. Não seria uma tarefa fácil, mas uma coisa era certa: ali havia uma galinha, pois haviam penas por todo lado. Uma coisa o intrigou. Por que motivo o cão havia deixado as vísceras onde devia estar a galinha inteira? Com certeza ele fizera um trato com o santo, do tipo “eu como só a galinha e deixo as tripas pro senhor”. Ora, será que ele achou que quando eu chegasse ia lamber o fundo do alguidar? – Perguntou a si mesmo. O homem se divertiu por algum tempo consigo próprio, mas logo o seu sarcasmo perdeu a graça e ele retomou os seus passos de filigranas, não estava mais interessado em despachos.

Ao passar pelo último canteiro do parque, Filé sentiu um aroma no ar que lhe despertou a fome. Lembrou-se então de que não havia comido quase nada, desde a hora do almoço. Então percebeu que do meio do canteiro subia uma fumaça tênue e ficou curioso por saber do que se tratava. Tendo ouvido que alguém se aproximava, de dentro do canteiro, que tinha forma circular, uma velha mendiga interrompeu os preparativos do seu jantar. Sentada na grama e protegida pela cerca-viva do canteiro, ela tinha entre as pernas quase todos os principais ingredientes para isso, retirados do despacho que haviam deixado no parque. Por entre os galhos, o Filé via apenas o seu vulto.

Desconfiada do intruso, que devia ser um mendigo covarde disposto a lhe tomar a refeição, ela pegou a galinha, virou de cabeça para baixo e, pelo buraco aberto por ela no ventre para retirar as vísceras que não comeria, ela foi despejando o que havia em volta. E assim foram para dentro o dendê, a farinha e a pimenta malagueta. Na pressa, ainda foram indevidamente para dentro do buraco alguns cigarros e muitos palitos de dente. Com mais pressa ainda retirou da sua sacola uma latinha de condimentos, ia destampá-la, mas achou que não haveria mais tempo. Pensou que, caso colocasse a galinha na água de cozimento, que já fervia, o pilantra logo a encontraria, então a negra empurrou a galinha para o lugar que lhe parecia mais seguro, onde ninguém nunca queria mexer: debaixo da saia, entre as suas pernas. Depois, imaginando que ainda não estivesse segura o bastante, por via das dúvidas, empurrou ainda mais para dentro das pernas, até senti-lo em segurança, junto da sua genitália.

Bem, não se tratava exatamente de um mendigo. Tão pouco o homem tinha a galinha por prioridade. Todavia, ela não o sabia. A mendiga não pode imaginar que ele tivesse uma única coisa em mente, que por isso ele seria capaz de qualquer coisa, e ainda que, vendo-o depois dele passar pelas plantas do canteiro, reconheceria nele o pobre coitado, cuja conta havia pago quando estavam no bar. Ué, você de novo?... – Ela logo perguntou com surpresa e simpatia. Achando que não havia motivo para toda aquela sua preocupação e que o perigo havia passado, ela começou a reclamar com ele, porque havia lhe dado um susto dos diabos, nem pudera temperar direito o seu jantar. Contudo o Filé, que não a reconhecia do bar, sequer a estava ouvindo.

Na verdade, ele estava diante de uma decisão muito difícil. Se perdesse aquela oportunidade, com certeza não encontraria outra mulher para saciar seu desejo imperativo. Aquela velha mendiga, esmulambada demais para ser despida, suja demais para ser pega e fedorenta demais para se chegar perto, era a sua única alternativa. Por uma mísera fração de segundo, ele julgou que os fartos depósitos de gordura da sua mulher eram preferíveis, porém todos os sofrimentos que juntos lotavam sua memória, faziam da velha magrela uma alternativa válida. Afinal, ela estava logo ali, tão disponível e com um inesquecível sorriso de três dentes na cara. Como ele se mantinha mudo, a mendiga já não sabia se a sua galinha estava de fato em segurança. E preferiu deixá-la onde estava, para não despertar atenção dele.

No que você tava remexendo quando eu cheguei? – Quis saber ele. Deduzindo pela pergunta que ele não sabia da sua galinha, ela arriscou uma mentira por garantia: O que? Eu? Ah... Era a minha coelhinha de estimação... O que o Filé pensava saber existir entre as pernas dela, não era o que ele chamaria de coelhinha de estimação, mas lhe pareceu que aquela expressão devia ser uma espécie de convite. Ou melhor, uma gentil concessão. Ora, naquelas alturas dos acontecimentos fosse uma coelhinha ou uma porquinha, que diferença poderia fazer o nome do bicho?

O homem tirou do bolso um pedaço de papel. Sem tirar os olhos dela, rasgou e enrolou fazendo dois tampões, que meteu nas narinas. Ah... – Ela arriscou de novo – To vendo que você também gosta de um pozinho, eu também, mas tem um tempão... Antes que a mulher pudesse terminar o que ia dizendo, o Filé atirou-se em cima dela como um doido. Com o impacto do corpo dele ela caiu para trás, e sentindo sua mão a lhe levantar os panos ela gritava: Não! Deixa a minha galinha aí!... Não! A minha galinha não!... Ela pensava que gritando alguém poderia vir lhe socorrer, contudo, nem o Filé e nem ninguém podia acreditar que existisse alguma galinha por ali. O homem ensandecido meteu uma perna sua entre as delas, depois a outra perna, abriu as coxas da velha e aplicou o seu golpe de misericórdia. Logo de início achou que era bem melhor do que pudera imaginar. Estava bom – pensava ele – doía um pouco e ardia muito, mas estava bom! Tanto que até se demorou. Já a velha não parecia estar gostando. Resmungava e fazia careta de nojo, dizia que parasse com aquela porcaria e prometia nunca mais pagar a sua conta no bar, com o dinheiro emprestado pelo santo.

Só então ele se deu à razão. A mendiga era a mesma do bar e, em vez de lhe ajudar, havia lhe repassado a sua dívida com o tal santo! O homem de um só pulo ficou de pé. Quer dizer que a senhora pagou a minha cota na despesa lá do bar, com o dinheiro que roubou da macumba?... Pera lá, mocinho. “Roubei” não, que isso é muito feio pra uma senhora da minha idade. Na verdade eu pedi emprestado... E agora eu é que devo ao santo?... Não senhor, não era santo não, agora você deve ao diabo, que era o dono do despacho... Eeeuuu?!... Você, sim. Quem mais poderia ser? Mas não se desespere, nem precisa pagar tudo de uma vez só não. Pague como eu pagaria, em suaves prestações. Ele não vai se importar. O que ele quer mesmo é a sua alma – disse ela com voz grossa, para aterrorizá-lo... E como eu faço pra pagar?... Quando você tiver a grana me procura, que eu te explico tudo bem direitinho...

O Filé refletiu por três segundos e depois protestou: Não senhora, você me enganou, mentiu pra mim... Eu não, mocinho. Fique sabendo que eu não sou mulher de mentiras. Você foi quem veio pulando em cima de mim como um cão esfomeado, e eu uma pobre e indefesa velhinha... Furioso, o Filé virou as costas para ir embora e a mendiga ficou reclamando com a galinha na mão, porque teria que lavá-la para refazer o tempero. Mas de repente ele se voltou e ela meteu de novo a galinha entre as pernas. Você mentiu pra mim sim, me disse que tinha uma coelhinha de estimação – ele se lembrou... Ah é, mas porque antes você também mentiu pra mim... Você ta louca. Eu? Quando?... Mentiu, quando me disse que nunca teve bicho de estimação... E é a verdade, nunca tive mesmo – o Filé reafirmou com convicção... Ah, não?... Não!... Então de quem é esse porco-espinho aí, todo colorido, saindo pela sua braguilha afora?

Foto de carlosmustang

PROCURANDO VOCÊ...

Cada um com seu drama,
Seguindo uma estrada de chamas
Procurando alguém pra amar!
Pra não ficar só.
Chorar solitário na cama,
Quando a noite chegar!

E um bom motivo pra viver
E razão pra querer ser...
E outros passo dar...
E ao chegar ao pé da montanha
Ter coragem pra escalar!!!

E quando lá no topo estiver
Olhar aos céu e urgir
Puxa, eu VENCI!!!MUITO AGRADECIDO!!!

E sempre com um eterno amor...
Toda história contar...
O porque é bom ter!
Alguém pra AMAR!!!

Foto de The lonely

Mulheres

"Mulheres são como maçãs em árvores. As melhores estão no topo. Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir. Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, eles estão errados... Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar, aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore."

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

A COSMO DADIVA.

COSMO DÁDIVA”

INTRODUÇÃO

No começo da vida na terra as raças que vieram para a colonização tinham conhecimento da importância do banho de energia cósmica, e assim procederam por muitas gerações, com o advento da miscigenação das raças os corpos foram ficando cada vez mais densos, perdendo as propriedades originais, até então não se tinha conhecimento do uso de remédios, pois todos os males eram inibidos pela radiação que os corpos possuíam pela exposição correta aos raios de energia cósmica.

Com a proliferação das doenças aparecerão as drogas artificiais que afastarão ainda mais os humanos das divindades.

Ao se continuar nossos costumes nos distanciaremos cada vez mais de nossas origens e a evolução se tornara mais complexa.

Os exercícios que desenvolvi foram baseados em pesquisas com energia cósmica, e as fases se forem corretamente obedecidas, com certeza acelerarão o processo de evolução mental e física proporcionando a você o bem estar à saúde a prosperidade e acima de tudo o amor.

Vida longa para todos.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todas as pessoas que buscam a sua própria evolução através de pesquisas exercícios leituras, mas, sobretudo de boas ações.

Dedico também a minha família, que sempre me apoiou e apóia nas pesquisas que possibilitaram que este trabalho fosse concluído, assim como em outros que ainda virão.

Agradeço também a minha mãe que me presenteou com sua herança literária, ofertando-me o interesse pelo desconhecido.

Deixo aqui um agradecimento especial a minha companheira de todas as horas que soube entender a importância que este e outros trabalhos a que me entrego têm para a minha existência.

Agradeço a DEUS por permitir perceber determinadas coisas que permeiam este mundo maravilhoso, e poder sentir e ser parte integrante das riquezas do universo.

Vida longa a todos.

VERSO

A energia que emana dos seres…

Traz para terra a paz e o amor…

Por entre sonhos delírios ou crises…

Eu vou seguindo ao meu criador!!!

PROLOGO

Neste livro apresentaremos ao leitor um pesquisador da mente humana, um profundo interessado na origem da vida, um homem que amealhou ao longo de seu caminho de despertado um sem fim de informações sobre ufologia, ufo arqueologia, teologia, teosofia, filosofia e diversos assuntos inerentes à evolução da raça humana, um autodidata por excelência.

O propósito deste escritor é o mesmo que o de muitos outros homens que fizeram parte da historia da humanidade, a evolução da raça.

Não sabemos o final deste caminho, nem mesmo se ele tem final, mas, sobretudo sabemos que nascemos para ser saudáveis felizes e prósperos, basta observar os ensinamentos divinos e nos preparar para usufruir de nossos dons.Este trabalho sem duvida é fruto de um longo tempo de pesquisas e muitos livros deglutidos com exaustão, e a execução de tais exercícios com certeza lhe darão os resultados almejados..

Colaboradores

A BUSCA

Desde que o mundo é mundo o homem busca incessantemente explicações do porque da semelhança dos habitantes da terra, embora morando em lados opostos e nunca se encontrarem, tem basicamente os mesmos hábitos, a mesma concepção física, mesmo sendo de diversas raças diferentes.

Desde que o homem saiu das cavernas vem tentando estabelecer um elemento comum a toda humanidade, sem êxito. Alguns pesquisadores criaram uma teoria sobre a água, pois ela era ingerida por toda população da terra. Outros acharam que talvez fosse o magnetismo da terra que possibilitava aos humanos tamanha semelhança, embora sendo de raças diferentes, e ainda outros estudiosos apostavam que era o ar, pois ele sim seria o responsável pelo comportamento tão homogêneo dos humanos, ainda que esta teoria tenha perdurado por muitos séculos, ela também estava errada, e hoje o que se sabe é que o banho de energia cósmica que nos brinda por toda vida é o grande responsável pela saúde, estabilidade emocional, pela vida afetiva e também financeira e consequentemente pela semelhança física e também pela comunhão de costumes, todo humano saudável recebe cargas diárias de energia cósmica. A exposição correta garante ao habitante desta terra a estabilização do seu metabolismo, permitindo que seu corpo bio-plasmado cumpra sua missão nesta dimensão, e a volta da estabilidade emocional e física é o sonho de todo habitante deste planeta. Ha. muito tempo atraz o ser humano tinha tudo o que queria na hora em que queriam, com o advento da modernidade e a regência de chackras inferiores, os objetivos foram descaracterizados e chegamos onde estamos num mundo sem rumo aonde pessoas não tem acesso à verdade, que é tão simples, mas tão fora de moda, esses exercícios proporcionam a quem os fizer adequadamente, à volta ao equilíbrio físico e emocional. Boa sorte.

ENERGIA CÓSMICA

O que é a energia cósmica?

E uma radiação constante e ininterrupta de energias vitais a vida na terra, ela restaura , recupera qualquer ser vivo, desde uma planta até um órgão do ser humano. Essa energia maravilhosa que muitos acreditam ser a centelha divina, e eu me incluo nesta crença, ela entra pelo chackra da pineal percorrendo toda extensão do corpo e exalando o excedente pelos poros formando a aura ou campo aurico.Se a pessoa estiver com algum problema em um determinado órgão essa energia se detem naquele lugar até restaura-lo, daí pessoas treinadas para ver a aura conseguem detectar possíveis problemas , pois o órgão que esta doente retem a energia e não a exala provocando uma alteração no campo aurico naquela localidade.

Existem três maneiras básicas de ver a aura, através de pessoas com a terceira visão desenvolvida, ou com um aparelho chamado aura - meter ou aurimetro e através da foto kirllian, aonde aparece em cores todas as camadas da aura, que são sete. A aura acompanha todo contorno do corpo, e quanto maior for mais saudável e puro você é. Existem pessoas no Tibet, no Nepal, no Japão, na China e também em comunidades indígenas da Austrália, México e até no centro-oeste do Brasil que passam por um processo de cura, quando necessário através de rituais de recepção de energia cósmica , e o incrível é que cientistas e médicos de todo mundo já comprovaram sua eficácia, mas não conseguem reproduzi-la em seus pacientes. Muito simples esses nativos obedecem ao principio básico que é mente sã corpo são, primeiro curam a mente e depois o corpo, não necessitam de remédios só de energia cósmica.O que compromete o corpo humano é o excesso de produtos químicos no interior e no exterior do mesmo, impedindo que a energia vital trabalhe seu metabolismo, siga as instruções adiante e depois se beneficie dos resultados.

INICIO

Na era das cavernas os humanos eram tristes e problemáticos, pois caçavam entravam para suas cavernas e só saiam quando a comida acabava, ficando muito pouco tempo expostos a radiação da energia cósmica, isso porque as cavernas mais seguras ficavam em montanhas de minérios, pois era mais fácil sua escavação, e determinados minérios são isolantes não permitindo a penetração da energia, tornando estes homens tristes, agressivos e depressivos.

Na idade media os avanços, tanto a nível intelectual como físico foram alarmantes, ai entramos na era moderna e o homem complicou tudo, esqueceu do meio ambiente fez pouco caso com a mãe natureza e hoje estamos à beira da volta as cavernas, já há quase um século que o homem se esqueceu do seu banho de energia cósmica, cada dia se tranca mais em ambientes completamente isolados com forros de polímeros isolantes, películas nos vidros que inibem os raios energéticos vitalizadores que nos mantem saudáveis, roupas de fibras sintéticas, sapatos com solado de plásticos e ainda se não bastasse, chapéus bonés gorros de materiais isolantes, e o resultado esta ai hospitais, clinicas, sanatórios, hospícios e casas de repouso tudo lotado de humanos tristes depressivos e doentes, entenderam o porquê?

O que hora proponho é você tirar esse terno de fibra sintética e trocar por um de linho, tirar esse sapato com solado de polímero e trocar por um de couro, sabe aquela camisa de tergal ou qualquer outro material a base de poliéster, abandone-a e coloque uma de algodão, chapéu só se for de palha ou de couro. Você nunca conseguira se livrar de tudo, pois a indústria migrou para o lado da rentabilidade, se esquecendo do ser humano de suas reais necessidades, portanto desenvolvi exercícios que amenizam em parte essa sua vida em que vives num invólucro de materiais sintéticos impedindo que o ciclo da vida aconteça de maneira natural e espontânea. Sabe o sangue que aquele mosquito levou ao te picar para obedecer às leis inteligentes da cadeia alimentar? Um dia ele volta junto de um bife ou mesmo de uma folha de hortaliça ou de uma fruta ou mesmo através de uma outra picada, mas volta completamente aditivado, possibilitando a você a reciclagem do seu organismo proporcionando a saúde, mas quando você usa inseticidas que matam aqueles que vieram coletar material para ser purificado você esta matando a si próprio esta quebrando o ciclo da vida esta interrompendo um processo em que tudo funciona perfeitamente. Baseado mais em observações do que em estudos acadêmicos desenvolvi estes exercícios que aos poucos te levaram de encontro ao ciclo natural da vida aonde a felicidade é natural à saúde é normal e a prosperidade é fruto de trabalho sincero e gratificante.

Os exercícios serão divididos em quatro fases probatórias e uma conclusiva.

Primeira fase: Reestruturação do intelecto

Segunda fase: Estabilização do metabolismo

Terceira fase: Realização econômica

Quarta fase: Plenitude afetiva

Quinta fase: Consciência cósmica.

Cada fase tem suas peculiaridades distintas e sua eficácia só se tornara possível com a realização na integra dos exercícios que hora narrarei.

Seja criterioso, pois a natureza assim o é com tudo o que cria inclusive a você.

Obedeça a ordem numérica das fases e as realize com plena convicção que tudo aquilo que desejares será realizado, se assim o fizer não se arrependeras.

PRIMEIRA FASE

REESTRUTURAÇÃO DO INTELECTO

Vinte e sete dias, dezoito minutos por dia, a qualquer hora, sempre obedecendo que um exercício não pode distar por mais de vinte e quatro horas um do outro, pois pode se correr o risco de perder o efeito.

Esse exercício vale para que se equilibre toda parte do cérebro responsável pelas emoções.

Ao se postar no seu lugar de recarga/reciclagem, com os pés no chão puro, molhe todos os meridianos com água pura, sem cloro nem flúor (água mineral) um copo é o bastante ainda sobra para beber. Use as duas mãos com as pontas dos dedos umedecidas. Dedão da mão direita na têmpora direita, dedão da mão esquerda na têmpora esquerda, e os indicadores de ambas as mãos conectados e encostados na testa. Esse exercício acelera a conexão com o inconsciente coletivo proporcionando a você varias descobertas no campo intelectual, ao termino dos vinte e sete dias você se sentira com muito mais calma, paciência, mais perspicácia, inteligência antecipada, equilíbrio sobre todas as emoções e, sobretudo tranqüilidade. Aproveite esses dias para rever seus conceitos em relação à vida em que estas vivendo, sobre seu trabalho, seus projetos de futuro, sua importância na sociedade e no que você pode melhorar como ser humano. Ao fazer os exercícios conecte os dedos nas têmporas e testa e deixe a mente livre para vagar e encontrar as soluções para seus problemas. A energia cósmica circulara por todo teu corpo entrando pela pineal e percorrendo toda extensão indo até a planta dos pés que devidamente umedecidas com a água fará a integração com a terra e voltando através das antenas direcionais que fizestes com as mãos ao objetivo que é o cérebro, e lá ela já devidamente integrada a terra vai trabalhar cada função cerebral, por tal motivo é tão benéfica ao intelecto.

SEGUNDA FASE

ESTABILIZAÇÃO DO METABOLISMO

Tome um banho de água na temperatura ambiente sem nenhum produto químico, sabonetes, xampus etc. não é um banho asséptico e sim estabilizador, deixe a água correr da cabeça aos pés por 27 segundos ou mais, nunca menos, enxugue o corpo sem esfregar a toalha, só colocando-a em cima como a um mata borrão, se vista com roupas de tecidos naturais, linho algodão etc., não use fibras sintéticas. Procure um lugar onde possa ficar descalço em contato com o chão puro, e com a cabeça voltada para o cosmos, sem interferência de lajes telhas ou qualquer material isolante, molhe todos meridianos, dedos das mãos e dedos dos pés com água mineral sem cloro nem flúor, e permaneça por 18 minutos no seu lugar de recarga, aspirando e expirando, fazendo seu metabolismo todo se oxigenar, pense primeiramente como é importante estar em pleno contato com o universo, como é bom se servir do que a natureza te propicia como é bom se sentir 100% saudável, imagine-se completamente realizado, sinta-se um eletrodo entre o céu e a terra.

Este exercício estabiliza todo teu metabolismo impedindo que vírus ou bactérias se instalem em seu organismo, e as que já estiverem no final de 36 dias ininterruptos de exercício desaparecerão. Doenças como asma, rinite, alergias, dores de cabeça, cólicas, asias, pressão alta, laringite, faringite, amidalite, entre muitas outras, não conseguirão te importunar se estiveres devidamente energizado. Ao se postar no lugar que escolhestes para executar tua recarga permaneça por todo tempo imaginando-se completamente saudável, caso tenha qualquer problema, dores ou lesões, coloque as mãos devidamente umedecidas encima do local afetado e imagine o fecho de energia cósmica entrando pelo topo da tua cabeça, revigorando todo teu corpo e saindo pela planta dos pés, deixando todo teu organismo completamente reciclado. Nesse exercício a imposição das mãos para quem tem algum problema de saúde, sobre o local afetado é imprescindível para que o resultado seja positivo.

Terceira fase

REALIZAÇÃO ECONOMICA

Nove dias voltados única e exclusivamente para estabilização financeira, ao executar os exercícios imagine teus projetos sendo executados e você se beneficiando dos resultados, auferindo os lucros justos, sem prejuízo do próximo.

Nos 18 minutos diários dos exercícios você devera estar segurando na mão direita uma nota de qualquer valor, mas sempre a mesma nota por todo o exercício, e no final dos nove dias você passa esta nota através de doação ou aquisição de qualquer bem de consumo para uma pessoa que você tenha certeza que ira repassa-la o mais rápido possível, assim fazendo estará acelerando o processo do vem e vai do dinheiro no mundo.Essa corrente é muito importante para seu sucesso , o dinheiro tem que cumprir sua finalidade que é o de adquirir bens de consumo ou serviços , para guardar são fotos e livros, não o dinheiro que foi feito para circular, e você ao promover sua circulação estará garantindo a recepção do mesmo dinheiro devidamente acrescido de correções e lucros.Assim como nos outros exercícios você devera molhar todos meridianos com água pura, ao umedece-los estarás aumentando a condução das energias cósmicas.Use sempre uma nota só, para que não se divida a porcentagem de energia que você impregnara com a força da sua mente. Mentalize usufruindo dos lucros, sempre pense nos teus sonhos já realizados você se beneficiando dos bens materiais que o dinheiro pode lhe proporcionar. O dinheiro corresponde a uma das mais fortes energias da Terra, portanto é merecedor de todo respeito. Para que o resultado seja positivo realize na integra este exercício, doe ou compre algum bem de consumo com a nota que usar para o exercício, nunca guarde pois esta nota precisa rodar o mundo.

Quarta fase

PLENITUDE AFETIVA.

Dezoito dias, dezoito minutos por dia no seu lugar de recarga, meridianos umedecidos, agora o exercício é mais tranqüilo, mão esquerda no coração e a palma da mão direita encostada na testa, imagine um ponto ligeiramente acima e entre os dois olhos e tape com a palma da mão. Pense no amor incondicional, no amor que sentes por seus pais, irmãos, amigos, vizinhos, desconhecidos, pense em um amor maior, o amor pelo criador de todas as coisas, imagine a centelha divina (energia cósmica) descendo, entrando pelo topo de sua cabeça, percorrendo toda extensão do teu corpo e saindo pela planta dos teus pés, umedecidos com água pura, esta mesma energia em contato já com a terra te integra ao amor Universal, ao amor pela vida, emane todo sentimento que vem do teu coração já restaurado, para todas as pessoas que conseguir lembrar, se dê ao mundo, vibre em prol dos desafortunados, aos carentes de ensinamentos, promova a paz no mundo através do teu pensamento, são dezoito minutos, aproveite-os para pedir perdão e perdoar a todos que possa ter desagradado em qualquer época da tua existência. No final deste valioso exercício, brinde com água pura a salvação de todos os povos. Depois de dezoito dias se sentira pleno e com certeza fará parte da plenitude afetiva Universal, com certeza se ninguém tinha antes disso tudo, em pouco tempo teu grande amor aparecerá.

Quinta fase

CONCIÊNCIA CÓSMICA

Após esta serie de exercícios, com certeza você estará inserido na Consciência Cósmica, estará pronto para entender como funciona esta maquina maravilhosa que é a Terra, devidamente integrada com o Universo, você poderá se sentir parte integrante de um processo evolutivo em que tudo funciona perfeitamente, basta cada um fazer sua parte. Quando todos fazem, todos fazem muito menos, hoje determinados grupos fazem muito e outros nada fazem para a evolução da raça humana, mas com a adesão de mais e mais pessoas haverá um dia que tudo será homogêneo, maravilhoso e muito gratificante.

Caros irmãos planetários esta é minha humilde, mas eficaz contribuição para que eu, você e todos nós deste planeta de nosso Deus funcione como ele planejou, muito obrigado pela atenção e bom exercício a todos.

VIDA LONGA.

Foto de Bernardo Almeida

Prescindível

Prescindível

Quantos amores um peito pode suportar
Sem ser chamado de masoquista?
E fui cair logo por ti, o protótipo do impossível
Em jogos de azar, ter sorte é mais importante que competir
E surges e somes e reapareces apenas para salvar
De forma vã e egoísta, as minhas esperanças da forca
Pensas em monopolizar o meu apreço, e por isso me contornas
Com pequenas fábulas que falam de promessas
Mas saiba que o tempo esquecerá o teu endereço
Assim como faz com aqueles que impressionam
Sem fortalecer a cicatriz com novos cortes longitudinais
E, da profundidade, um monte se ergue
Colocando, apenas um de nós, no topo
Do fogo, do jogo, do riso e do gozo

www.bernardoalmeida.jor.br

Foto de Cecília Santos

SE EU FOSSE VOCE...!

SE EU FOSSE VOCÊ...!
*
*
*
Se eu fosse você...!
Repensaria a vida,
Sorriria mais, choraria menos.
Amaria mais, sofreria menos.
Se eu fosse você...!
Escalaria montanhas,
descobriria o que há,
no topo escondido.
Voaria feito passarinho,
livre pelo céu,
Sentiria a brisa,
conheceria a carícia.
Se eu fosse você...!
Emprestaria os raios do sol,
pra colorir, as manhãs tristes.
Com as estrelas,
salpicaria de luz os caminhos.
Se eu fosse você...!
Eu me daria uma chance.
Derreteria o gelo entre nós.
Desataria as amarras.
Abriria o coração.
Deixaria o amor,
entrar novamente.
Se eu fosse você...!
Eu me amaria eternamente...
Se eu fosse você...!
Eu voltaria pra mim...

Direitos reservados
Cecília-SP/06/2007*

Foto de Agamenon Troyan

"ESTOU VOLTANDO..."

“ESTOU VOLTANDO...”
(Um conto africano)

De: Agamenon Troyan

Um jovem angolano caminhava solitário pela praia. Parou por alguns instantes para agradecer aos deuses por aquele momento milagroso: o deslumbramento de sua terra natal. O silêncio o fez adormecer em seu âmago, despertando inesperadamente com o bater das ondas sobre as pedras. De repente, surgiram das matas homens estranhos e pálidos que o agarraram e o acorrentaram. Sua coragem e o medo travaram naquele momento uma longa batalha... Ele chamou pelos seus pais e clamou pelo seu Deus. Mas ninguém o ouviu. Subitamente mais e mais rostos estranhos e pálidos se uniram para rirem de sua humilhação. Vendo que não havia saída, o jovem angolano atacou um deles, mas foi impedido por um golpe. Tudo se transformou em trevas...
Um balanço interminável o fez despertar dentro do estômago de uma criatura. Ainda zonzo, ele notou a presença de guerreiros de outras tribos. Todos se demonstraram incrédulos no que estava acontecendo. Seus olhos cheios de medo se indagavam. Passos e risos de seus algozes foram ouvidos acima. Durante a viagem muitos guerreiros morreram, sendo seus corpos lançados ao mar. Dias depois, já em terra firme, o jovem angolano é tratado e vendido como a um animal. Com o coração cheio de “banzo” Ele e outros negros foram levados para um engenho bem longe dali. Foram recebidos pelo proprietário (senhor do engenho) e pelo feitor que, com o estalar do seu chicote não precisou expressar uma só palavra. Um dia, em meio ao trabalho, o jovem angolano fugiu. Mas não foi muito longe, pois fora capturado por um capitão do mato. Como castigo foi levado ao tronco onde recebeu não duas, mas cinqüenta chibatadas. Seu sangue se uniu ao solo bastardo que não o viu nascer.
Os anos se passaram, mas a sua sede por liberdade era insaciável. Várias vezes foi testemunha dos maus tratos que o senhor aplicava sobre as negras, obrigando-as a se entregarem. Quando uma recusava era imediatamente açoitada pelo seu atrevimento. A Sinhá, desonrada, vingava-se sobre uma delas, mandando que cortassem-lhe os mamilos para que não pudesse aleitar... O jovem angolano não suportando mais aquilo fugiu novamente. No meio do caminho encontrou outros negros fugidos que o conduziram ao topo de uma colina onde uma aldeia fortificada – um quilombo –, estava sendo mantida e protegida por escravos.
Ali ele aprendeu a manejar armas e, principalmente a ensinar as crianças o valor da cultura africana. Também foi ali que conheceu a sua esposa, a mãe de seu filho. Com o menino nos braços, ele o ergue diante as estrelas mostrando-o a Olorum, o deus supremo... Surgem novos rostos estranhos e pálidos, mas de coração puro, os abolicionistas. Eram pessoas que há anos vinham lutando pelo fim do cativeiro. Suas pressões surtiram efeito. Leis começaram a vigorar, embora lentamente, para o fim da escravatura: A Lei Eusébio Queiroz; A do Ventre-Livre, A do Sexagenário e, finalmente a Lei Áurea. A juventude se foi. O velho angolano agora observa seus netos correndo livremente pelos campos. Aprenderam com o pai a zelarem pelas velhas tradições e andarem de cabeça erguida. Um dia o velho ouviu o clamor do seu coração: com dificuldade, caminhou solitário até a praia. Olhou compenetrado para o horizonte. Agora podia ouvir as vozes de seus pais e avós sendo trazidas pelas ondas do mar. A noite caiu cobrindo o velho angolano com o seu manto... Os tambores se calaram... No coração do silêncio, suas palavras lentamente ecoaram: “Estou voltando... Estou voltando”.

Carlostvcdr@gmail.com

Páginas

Subscrever Topo

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma