Tolerância

Foto de Natali Locatelli

Em busca do tempo breve

Compreendo que a humanidade fornece uma ponte para se alcançar uma pequena e momentânea paz interior. A tolerância também é um fator primordial para sua elevação e às vezes fugimos da razão, é fácil falar esta palavra que se torna impraticável com a nossa realidade pós-moderna. Difícil é tornar um exercício diário e incansável, ajuda-me sentir melhor quando somos positivistas. Espero com o tempo, aceitar a realidade através do nosso merecimento que Deus nos dar. Gosto de bolo de cenoura e ar puro consigo ter sensações intangíveis quando tenho estas oportunidades. Quero muito sentir esta energia que modifica universo, une as pessoas, conecta o bem estar e que esta somatória o bem prevalece......

Foto de VirginiaSimon

Verdades

Existem certas situações,
Que gostaria que não acontece-se em minha vida
Certas verdades,
que muitas vezes vistas
e não ditas,
me fazem ver o que meu coração não quer enxergar.

Me sinto um pouco perdida,
Um pouco sem rumo,
Tentando me encontrar,
Oh tristeza do jeca,
Bela expressão essa,
Que tento não permitir entrar.

Tento te buscar,
Mas não permite te encontrar,
Não sei o que fazer,
Não sei o que dizer,
O que antes permitia-me falar,
Hoje cala-me,
Não permitindo ajudar,

Ajuda essa de quem ama,
Amor esse verdadeiro,
Se hj se sente perdido,
Imagina eu nessa saudade que sinto,
Que tenta diariamente estar ao seu lado,
Fazendo-se presente a cada dia,
Mas vejo que não está permitindo
Pelo momento a minha entrada,

Não sei o que fazer,
Não sei o que dizer.
Só sei que quero você.
Do meu lado,
Nunca a frente,
Nem atrás,
Sempre ao lado.

O que eu faço diariamente?
Orar, orar e orar
Sei que vale a pena,
Pois sei que tem amor.
Que tem respeito,
Dedicação,
Admiração,
tolerância,
Palavras estas ditas pelo meu amor,
e as quais não mais tirei da minha mente;
Pratica-las é o que tenho feito diariamente;
Sem muito o que esperar,
Por que sei o que se passa em sua mente,
em seu coração;

Se um dia tudo isso vai mudar?
Pergunta essa que me faço diariamente,
desejando incessantemente
Mudar,
Mudar para melhor.
E hoje sei que é amor,
Amor este que sinto saudades,
amor este que quero ver bem,
amor este que quero ver feliz,
e em paz no seu coração.
Para sempre e sempre encontrar a paz.

Virginia Hartmann Simon

Foto de odias pereira

" EU AMO E AS VEZES FICO CEGO "...

Quando se ama, não se mede a distância,
Para ir ao encontro desse amor.
Toleramos e encontramos tolerância,
Para sanar qualquer problema qualquer dor.
Quando se ama, entendemos o erro do nosso amor,
Tampamos os olhos, e não enchergamos nada.
Quando se ama não sentimos dor,
E não levamos a sério uma doença mal curada.
Quando se ama, e se tem muito afeto por alguem,
Não medimos esforços para abrir a boca.
E ferir sem querer um amigo do bem,
Quando se ama, se ama com tudo, se ama com uma vontade louca...
Uma loucura desesperada, para não perder,
Uma vontade alucinada, de ter sempre esse amor.
E sempre esse amor querer,
Quando se ama, se ama com muita vontade de preservar seja como for...
Eu amo e as vezes fico cego,
Sou um româtico apaixonado.
Amo de paixão e não nego,
Sou um romântico ao amor muito dedicado...

São José dos Campos SP
Autor odias Pereira
28/06/2011

Foto de Marilene Anacleto

Sagrada Terra

Amas os filhos de Tuas Entranhas,
Preparas uma Terra ainda mais pura,
Neste tempo de sofridas mudanças.

Daí irá surgir bons e belos corações,
As almas vão ganhar mais tolerância.
E a graça de ver o melhor de tudo vai
Renovar, em Seus filhos, a esperança.

Alguns escolherão ficar aqui
E socorrer, e replantar, e recriar.
Outros, talvez, vão escolher partir
E outras almas, no desencontro, abraçar.

Cada um haverá de estar preparado
Para viver com este novo pensamento:
Pouca bagagem, muito amor, mente aberta,
Sem raiva, culpa, medo ou julgamento.

Tudo, enfim, se houver merecimento.

Foto de cnicolau

Esperança

Esperanças Rasgadas
Esperanças Deixadas
Esperanças Mal dadas
Esperanças Largadas

Esperança

Somente quem ja passou ou passará por
algum desdém da vida sabe o real significado
desta palavra.

Palavra que não se pronuncia,
Palavra que não se escreve,
Palavra que se SENTE.

Mas esperança em que?

Esperança que um dia o mundo se torne são,
Que os homens não se degladiem mais,
Que não haja fome,
Que não haja desentendimentos,
Que não haja mais a maldade.

e sim

Mais Tolerância,
Mais dedicação,
Mais Compaixão,
e mais AMOR.

Amor pela vida,
Amor pelo próximo,
Amor por você,
Simplesmente AMOR.

Mas como podemos Amar novamente
Se nossos corações estão dilacerados,
Nossa mente longe,
Nossos corpos dormentes...

Razão e Coração

Pense e respire Deus em sua vida.

Você é mais importante que qualquer coisa.
Somente você é o real dono de si mesmo.

Cleverson Luiz Nicolau
31/05/2011

Foto de cnicolau

Hoje

Hoje o dia começou mais calmo,
mais limpo,
mais aberto...

Hoje o dia será mais tranquilo,
mais produtivo,
mais bonito.

Por quê?

Simples,

Descobri que não devo pensar nos
algozes da vida, e sim nos momentos.

Momentos esses que Deus tem colocado
em minha vida.

Momentos especiais,
Momentos inexplicáveis.

Deus nos da tudo o que precisamos,
porém,
temos que deixar que Ele entre em
nossos corações...

Sempre quando estiver aflito, pense
com seu coração aberto em Deus.

Verá que o Sol se abre a você,
as pessoas sorriem para você.
Sentirá o melhor sentimento
de todos, o Amor.

Tempo

Não deixe que esses algozes o
impeçam de prosseguir.

Existem feridas, concordo, que
somente o tempo há de cicatrizar.
Existem feridas que se curam rapidamente,
e outras que demoram a secar, porém
mesmo assim, não deixe que a dor o
abata e o faça entregar-se.

O Tempo e a paciência são os senhores
de todas as coisas.
Com eles, a engrenagem da vida volta
a girar normalmente.

Não pense em tristezas.
Não guarde Mágoa,
Não seja orgulhoso,
Não maltrate com as palavras.

Tempo

É o senhor da razão.

Tempo

É o momento que Deus nos da, para reflexão.

Então busquemos utiliza-lo de forma
correta e produtiva.

Buscando a Deus,
Lendo,
Aprendendo,
Refletindo sobre os erros, porque sim,
todos os comentemos.
E somente com Paciência, Tolerância e Amor
é que conseguiremos experimentar todo o
prazer deste mundo.

Senhor Deus, dai-me forças todos os dias
para prosseguir e me manter sempre em sua
estrada de Tranquilidade, Amor e Paz.

Amo-te, como Amo a mim mesmo.

Cleverson Luiz Nicolau
30/05/2011

Foto de João Felinto Neto

Poesias selecionadas

APELO À MISÉRIA

Quem me dera, miséria,
eu fosse parte
de um baluarte de sonho e de quimera.
Pela boca mantém-se assim o povo,
a lavagem é a comida que a si, dera.
Na vergonha de reconhecer-se porco,
ter o rosto metido na sujeira,
enlameado atrás de uma porteira
seu anseio é mantido na espera.

Quem me dera, miséria,
eu me calasse
e ocultasse o meu rosto na janela.
Meus princípios mantêm-me assim exposto.
Sou mau gosto travado na goela.
Quem engole as palavras que eu digo
traz de volta a vontade de lutar,
elas tocam a ferida no umbigo
que o conformismo já ia cicatrizar.

Quem me dera, miséria,
quem me dera,
que de ti eu pudesse me livrar.

PERSONAGENS INFANTIS

Será que o lobo é tão mal.
O lobo ama também.
Ele protege os filhotes que tem.
Caçar, para ele é natural.

A chapeuzinho, talvez,
quando crescer seja outra.
Se torne uma megera
que não gosta de criança
e perca toda a esperança
de voltar ao que era.

O caçador, o herói tão valente
que salvou a vovozinha,
costuma matar friamente a fêmea,
deixando a cria sozinha.
Ele acabou sendo preso
por caçar ilegalmente.

A vovozinha morreu.
Pois, a idade a levou.
Mas, quantas vezes brigou com a vizinha da frente.
Isso prova que a bondade e a maldade,
na verdade,
são apenas uma história diferente.

O POEMA QUE EU DEIXEI DE ESCREVER

O poema que eu deixei de escrever,
Falaria de você,
De nosso tempo,
De angústia, de tormento,
De alegria e de prazer.
Iria contradizer
Cada palavra
Que as nossas falas
Tinham pouco a dizer.

O poema que eu deixei de escrever,
Seria na verdade,
Uma ameaça.
Calaria minha boca,
Qual mordaça.
Não seria uma desgraça,
Por não ser.
Os meus versos,
Talvez fossem sem querer,
Uma ofensa
A sua crença,
Que eu acreditava
Ter.

O poema que eu deixei de escrever,
Não seria
De valia.
Sem valia,
O deixei de escrever.

SEPULTAMENTO

Os meus olhos pregados
no infinito
como os pregos nas tábuas
cravejados,
e de pontas viradas,
redobrados,
sustentados e fixos
numa curva.
No aconchego da madeira macia,
minhas costas
nos ossos da bacia
consolam meu corpo
tão curvado.
Pelo tempo que tenho acumulado,
a ferrugem do mundo
me comeu,
e a tampa que pregam
me prendeu
para sempre num rito consumado.
Por debaixo da terra
condenado
a ser parte da mesma
e não ser eu.

CANTO DE SEREIA

Como um canto de sereia
de belíssima harmonia,
letra correta, verdadeira poesia
e melodia
que eterniza nossa alma.
Por onde anda
a sereia encantada
nas profundezas desse mar de ignorância?
Letra incorreta com falta de concordância
e melodia
que nos faz perder a calma.
Só na lembrança,
o teu canto nos enleva
na emoção que tua voz nos faz sentir
e na saudade, o nosso coração desperta
pra realidade,
não há nada mais pra ouvir.

PEDESTAL DE BARRO

Revogo silêncio
ante palavra e voz.
Reato os nós
que me prendem ao medo.
Reavivo memórias
em busca de segredos
que já não interessam mais.
Reclamo por paz
em meio a intensa guerra.
Replanto a erva
que não nasce mais.
Relato as dores
de males e fome.
Repito o meu nome,
antes de dormir.
Reato os laços
que me prendem aqui,
ao pedestal de barro.

TORRE DE BABEL

O juiz do supremo,
Jeová,
se irrita e sai do sério,
quando seu filho Jesus
vai à noite, ao cemitério.

No boteco do Davi,
onde quem manda
é o Golias,
não há funda,
quem afunda
na cachaça, é o Isaías.

No salão do senhor Sansão,
quem faz o cabelo
é sua mulher Dalila.

As mulheres de Salomão,
o cafetão lá da vila,
choram e sentem solidão
quando estão de barriga.

Lúcifer anda arrasado,
o seu mundo virou trevas,
por ter visto abraçados,
Adão e a senhora Eva.

Noé, o velho barqueiro,
não gosta de animais.
No entanto, adora um peixe-frito
no barzinho lá do cais.

Essa torre de Babel
é o mundo em que vivemos,
onde não há inocência.
Se algum nome ou fato ofender,
é mera coincidência.

A MULHER DA MINHA VIDA

A mulher da minha vida,
Sempre é lida em meus versos,
De uma forma ou de outra.
É a sua voz que ecoa
Reclamando meu regresso.
É bem mais que uma amante,
Que uma amiga e companheira.
Necessária como a fonte
No deserto de areia.
A mulher da minha vida,
Entre linhas abstratas,
Põe em mim, doces palavras
E expressão de alegria.
A resumo em poesia,
Tal qual em cartas,
A saudade que nos mata
Se envia.
A mulher da minha vida
É a graça
Que um devoto em desgraça,
Alcançaria.

O LABIRINTO

Pelas ruas infinitas,
Não encontro meu destino.
Endereço repentino;
Então, me pára.
Não é nada;
Sigo em frente, o meu caminho.

A mim mesmo, ainda minto:
- Logo chegarei em casa.

Em calçadas,
Eu percorro o labirinto
(Cruzamentos, sinais verdes e paradas).

O suor não pára o tempo;
Lágrimas, enxuga o vento;
E um triste pensamento
Não se afasta.

A cidade, assim, se fecha em semelhança.
A lembrança,
À realidade, não se adapta.
Eu confundo o momento
E me perco no silêncio
De um triste monumento
Que me agrada.

Minha calma é necessária
Para espantar o medo,
Desvendar todo o segredo
Que o labirinto encerra.
Os meus pés seguem por terra,
Minha alma por promessa,
O meu corpo por saudade.
Edifícios, tais quais pedras,
Alicerçam a cidade;
Conduzindo minha mocidade
Eterna,
De encontro ao passado.
Eu me torno um condenado
Num presente adulterado,
Que me enterra.

Observo as vidraças
Das janelas,
Onde o sol ofusca a vista
Com a luz que é minha guia
Na escuridão tardia
Do passado.

Cada praça
Me congraça,
Tal um templo
Erigido como um marco à memória.
Cada uma conta a história
De seu tempo,
De sorriso e sofrimento,
De conquistas e derrotas.

Novamente, me encontro sem saída,
Apesar de tanta via planejada.
Já não reconheço nada
Do que havia,
Já não reconheço nada.

Alimento meu silêncio,
O tempo passa,
Onde pombos batem asas
Sem voar.
Não consigo encontrar
O meu caminho;
O meu ninho
Não encontro em meu lugar.
Continuo a me enganar,
Ainda minto,
Preso a esse labirinto
A me fechar.

À DERIVA

Posso até perder o brilho dos meus olhos,
Mas jamais, deixar de ver tanta tristeza.
No esbanjar de pratos sobre minha mesa,
Vejo a fome refletida nos teus olhos.

O que faço se estou preso ao sistema
Onde a indiferença
Sobrepõe a caridade,
Onde a verdade
É varrida
Pra debaixo da mentira
E onde a vida
É um barco à deriva
Sem ações de piedade?

UM POUCO MAIS

Percebo
A minha vida esvaindo-se entre meus dedos
Em minha mão aberta
A dar adeus ao mundo
Pela janela.
A minha juventude
Em quietude eterna,
Silencia os meus dias.
As velhas alegrias
São lembranças tristes.
Os sonhos não resistem
Aos carinhos da morte.
E que meu sono suporte
Os meus pesadelos,
Já que meus apelos
Ao que me resta de força
Não me sustenta.
Talvez, o mundo não entenda
Esses meus ais.
Não tenho medo de morrer.
Eu só queria era viver
Um pouco mais.

O GRANDE DIA

Ai de nós se não fosse o profeta
Para converter o nosso coração.
Do contrário, Deus feriria a terra
Com terrível maldição.

Com o Senhor não há perdão.
Seu grande e terrível dia
Não será de alegria
E sim de destruição.

O poder de sua mão
É extremamente acintoso.
Deus é um ser ambicioso,
Quer de todos,
Atenção.

Não importa a condição,
Será imposto
Sofrimento e desgosto
Por qualquer contravenção.

Deus não quer nos dá lição,
Quer aniquilar a todos
Pelo caráter odioso
Que passou à criação.

EPITÁFIO XIV

Ela se aproxima
Sorrateira e linda,
Com seu manto escuro,
Sua mão suada.
Não nos pede nada,
Mas nos toma tudo.
Deixa então, de luto,
A pessoa amada.

Ela não se importa
Com aquele que fica.
Pois só se dedica
Ao que se despede.
Sorrateira, impede
Que a gente viva.
E sutil se infiltra
Sob nossa pele.

Ela só se afasta
Quando mata a alma
E deixa o corpo inerte.

ETERNA SOLIDÃO

O que eu tive na vida
Além da data esquecida,
Da dor no peito, contida,
E da perdida ilusão?

O que mantenho na mão,
Já na forma cadavérica,
Senão,
A luta sem trégua
Com os germes que a terra
Colocou em meu caixão?

Os meus feitos,
Foram em vão.
Meus defeitos,
Exaltados.
Não sou de Deus nem do Diabo.
Sou um louco condenado
A eterna solidão.

ESPANTALHO MORIBUNDO

Minha alma sempre está
Num silêncio tão profundo,
Que eu chego a duvidar
Que ainda estou no mundo.

Espantalho moribundo,
Onde a morte vem pousar.
Talvez para lhe falar:
Sinto muito! Sinto muito!

Num milésimo de segundo,
Volta o corpo a respirar.
Espantalho vagabundo,
Fecha os braços para o mar,
Abre os olhos para o mundo.

FRUTO SEM CASCA

Espalhando letras
Sobre velhas páginas,
Semeei palavras
Que insatisfeitas
Deram-me em colheita
Uma grande safra
De um fruto sem casca,
A minha tristeza.

Uma fruta fresca,
Presa pela boca
Em que uma ou outra
Tenta mordiscar,
Murcha sem parar;
Se tornando feia,
Seca na areia
Quando o vento dá.

Versos pelo ar,
Lágrimas e poeira,
Solidão na mesa
Onde o fruto está
Exposto, sem par,
Sem mostrar beleza,
É minha tristeza
A me alimentar.

HOMENS DE FUMAÇA

No arrastar de minhas sandálias
Pela casa,
Tenho as lembranças arranhadas
E esquecidas.
Por onde andam as conversas conduzidas
Pelos homens de fumaça?

Se desfizeram com o tempo,
Nas costas de um tênue vento,
Pela janela escancarada.

O velho barco na distância, ainda aguarda
Pela tripulação dispersa,
Numa espera
Que parece eternizada.

Em meio a tralhas,
Depuseram suas velas.
Em meio a elas,
O seu capitão se apaga.

O FRACASSO

Eu sei que a vida me leva em trapos.
Caldeirões de barro
De bruxos modernos.
Favelas de inferno,
Diversos buracos.

São armas de ferro.
São balas de aço.
Sou eu, o fracasso
De um programa sem sucesso.

Eu sei que a morte me olha de perto;
Que chego a sentir o seu frio abraço.
Eu fumo, eu prego
Minha mão no maço
De notas sem eco.

São barras de ferro.
Algemas de aço.
Eu sei que sou o fracasso
De um programa sem sucesso.

Eu sei que caminham lado a lado,
O errado e o certo,
A ira de Deus
E a fama do diabo,
Senhores e servos,
Patrões e empregados,
Progresso e atraso.

São os mãos-de-ferro
Em torres de aço.
Sendo eu, o fracasso
De um programa sem sucesso.

OLHOS DE AZULÃO

O que busca essa mulher
Pela qual minto,
Senão
A mesma solidão
Que sinto
Quando longe de seus olhos de azulão?

Os mesmos olhos
Que me olham da gaiola
Quando eu abro a porta
E eles vêem a imensidão.

SE FOSSEM SÃOS

A rima
É mera aflição
Dos versos que me espelham
Naquilo que são.

De forma nenhuma dirão
Do que são feitos.

Meus versos
Seriam perfeitos
Se fossem sãos.
Mas nada são,
Senão
Defeitos.

QUANDO CHORO

Onde andam os meus olhos
Quando choro,
Se não consigo encontrar
As minhas lágrimas?
Nas migalhas,
Além de meus remorsos?
Nos meus ossos,
Aquém de minha alma?

A FANTASIA

Amo você
Com o mesmo ardor da juventude,
Na quietude
De minha atual idade.
Amo-a na ausência
Como num dia de saudade,
Detenho-me a cada ínfima lembrança,
Com a mesma paz
Que traz
Aquela esperança
Após uma guerra.
Amo-a em terra
Com a cabeça pelas nuvens.
Amo atitudes
Que jamais seriam minhas,
Como entre linhas,
Leio uma poesia.
Amo como se ama o alvorecer
De cada dia,
Como o sorriso
Na inocente alegria
De um bebê.
E ter você,
Ainda parece utopia.
Mas, quis a vida
Que eu vivesse a fantasia
De meu ser,
Que é para sempre,
Você.

MINHA GERAÇÃO

Essa amargura
Que me faz um homem rude,
É mera atitude
De defesa.
Odeio a pobreza
Que aos pés de Deus se ilude;
Enquanto a juventude,
Nada almeja.
Desprezo a mania de grandeza
Que o rico tem com tudo.
Não sou um carrancudo
Por frieza;
Somente faço uso
Da tristeza
De um sisudo,
Por ser fruto
De uma geração que aceita.

SONETO DA VITRINE
(Sombras & espelhos)

A vidraça estilhaçada,
Não desfaz a minha imagem,
Não subtrai da cidade,
A luz do sol ofuscada.
De pé, fiquei na calçada
Com minha mão estendida.
Exorcizei minha vida
Na pedra que arremessara.
Por um instante, escutara
O som de ossos quebrados
Da montra fragmentada.
Meu corpo feito estilhaços
Que os passantes pisavam
Entre espanto e gargalhadas.

POETAS
(Sombras & espelhos)

São tantos os poetas
Quanto estrelas,
Dispersos em bandeiras
Pelo mundo.
Eternos e profundos
Pelas letras,
Em digressões soberbas,
Em dimensões sem fundo.
São tantos os poetas
Que o planeta,
Em tinta de caneta,
É resumo.
Enorme rascunho
Em línguas estrangeiras.
A tradução perfeita
Das emoções do mundo.

MOSAICO
(Sombras & espelhos)

Em minha mão,
Mil pedaços.
Antigo quadro,
Uma mesa,
Alguém que come calado
Com discrição ou tristeza.
E lado a lado
Na mais extrema destreza,
Enfileirado
Sob a antiga nobreza,
Assenta-se o mosaico.
Sob os meus pés, o passado
Em um quadrado,
Pintado
Nesse retalho do tempo.
Breve momento
Guardado
No mais antigo mosaico
Preso à calçada,
Ao tempo.

SÓ EM TE AMAR
(Sombras & espelhos)

Só em teus lábios,
Eu encontro meus gemidos.
Só em meus gritos,
Eu consigo te encontrar.
Como enganar
A emoção de estar aflito.
Eu te preciso
Como a noite, do luar.
Só em teus passos,
Eu caminho decidido.
Surpreendido,
Tento não justificar.
Sem teus abraços,
Os meus beijos são sofridos
Como os feridos
Que não podem se curar.
Só em te amar
É que eu encontro o sentido
De tudo aquilo
Que consigo imaginar.

NUMERAL UM
(Sombras & espelhos)

Eu atribuo
Minhas palavras ao poeta.
Uma espera
Numa tarde em jejum.
Nós como dois,
Dividimos.
No que dera?
Apenas um.
Eu me situo
Nas medidas de uma régua.
A mais complexa
Ou talvez a mais comum.
Sou menos um,
Minha conta se completa
Com menos um.
Eu me anulo
Numa soma que me zera.
Um dois que nega
A existência de mais um.
Sou incomum,
Tabuada que ainda preza,
Numeral um.

CONTRACEPTIVO
(Tríptico)

Eu não sei se é o desespero
que me leva à loucura
quando o sexo estupra
a minha alma,
ou a calma
que advém do meu tormento
pelo tempo
que passou em minha palma.
Movimento anormal
de penetração moral
em sua saia,
e no cheiro da indecência,
feromônio da ciência
em uma jaula.
Uma fera excitante
que no último instante, ofegante,
cospe a vida
no seu couro de borracha.
Não há luta, nem corrida;
há uma triste despedida
de um suposto vencedor
que foi fruto de um amor
e se enforcou
com a própria cauda.

SONHOS
(Tríptico)

Os meus sonhos
são apenas fragmentos de memória,
pequenos focos de luz
como cristais dispersados
num caleidoscópio de pensamentos,
distorções esdrúxulas da realidade.
Rumores, amores e momentos,
abertos numa gaveta destrancada.
Minhas pálpebras fechadas
num caixão de quase nada.
Um quase definido como os sonhos
que são versos que componho
numa noite agitada.
Movimento involuntário dos meus olhos,
que entre risos, ainda choro
por apenas acreditar sofrer.
Entre cartas mal escritas e seladas,
vem a calma ao chegar o amanhecer.
Vem enfim, o esquecimento
desse quase fingimento
que é sonhar.

EM DEMASIA
(Tríptico)

Eu sou demasiado triste,
pelos versos que componho.
Eu sou demasiado louco,
pelo pouco
que proponho.
Não deveria o mundo ser assim,
em demasia.
Talvez não seja o mundo,
seja enfim,
minha poesia
Demasiada em meu tédio,
sem remédio,
em grafia;
em longas noites mal dormidas;
nos insultos
que eu ouvia.
Não caberia em minha mão,
toda a visão
que em mim cabia.
Eu sou demasiado em tudo,
que ironia,
demasiado em meu luto
por ser fruto
de utopia.
Em demasia são os dias
que me escapam entre os dedos
como uma teia
que é lânguida e esguia.
O mais sublime pensamento
que perde tempo
em demasia.
Demasiado, meu tormento,
pelo tanto
que eu não via.
Demasiadamente eterno,
meu inferno em agonia.
Em demasia sou
quem sou,
um astronauta que acordou
num mundo estranho
em demasia.

DISLATE
(tríptico)

Talvez minhas palavras sejam tolas,
minhas ações, inconseqüentes;
as minhas brincadeiras, ironia;
eu próprio seja falho e negligente.
O meu discurso seja sátira;
minha seriedade, uma piada.
O meu humor seja mau gosto;
o meu dislate, permanente.
Meu riso entre dentes, atimia;
a minha faina seja ociosa;
meu pranto, uma lição jocosa
e o jeito infantil, idiotia.
Talvez a minha vida seja um fracasso;
meus versos, um engodo imoral.
Em epítome, sou um gracejo nefasto.
Meu desejo, um esboço abnormal.

TURGESCÊNCIA
(Sob meus calcanhares)

Eu sinto os teus cabelos
entre meus dedos,
teus lábios comprimidos
ao meu desejo,
o arfar de teu cansaço
entre meus braços
e ouço teus gemidos.
Vejo teus olhos tolhidos
fitar meu medo
de não tê-la satisfeito ainda.
Tenho todos os sentidos
na extensão do meu leito.
E no auge da turgescência,
me torno uma larva imersa
em teus fluidos.

O RAMO
(Sob meus calcanhares)

Onde está minha alma,
que não encontro?
Onde está meu encanto,
minha calma?
São perguntas que faço,
ainda em pranto,
ao meu eu freudiano
que me cala.
Onde está este anjo
que me fala?
Um quebranto
que minha mãe me pôs.
Ouço a antiga canção
que ela compôs
em minha rede embalada.
Vejo um ramo na árvore desfolhada,
resistir ao vento,
envergado.
Nesse instante me sinto
envergonhado
pelo meu triste pranto.
Minhas lágrimas
são simplesmente água
que faz falta ao ramo.

O DIÁLOGO
(Reticências desfeitas)

- Dou-te a palavra
para principiares o diálogo.
- Fico muito grata
por ceder-me o favor.
És muito amável.
Vou falar de amor,
sentimento imensurável
que é tão natural
quanto o desabrochar da flor.
- Já vou interpor.
O que tu estás dizendo?
O amor é um invento
cultural e sem valor.
- Estou espantada.
És um homem insensível.
O amor é indizível.
É nosso maior legado.
- É soma sem resultado.
O amor não é normal.
É estóico, irracional,
nos mantêm aprisionados.
- És um homem insuportável.
Mas o que dizes é refutável.
De que vale a liberdade,
sem motivo para a saudade.
- És uma eterna sonhadora.
De que vale um sentimento
que só nos provoca medo,
fraqueza e sofrimento.
- O amor é imortal.
A mais pura poesia.
Nos fere, é natural.
Mas compensa com alegria.
- É uma simples utopia.
Inconstante, passageiro.
Quem se entrega por inteiro,
viverá em agonia.
- Vou deixar por encerrado
o nosso breve diálogo
em tua cética pessoa.
Mas eu sei
não é à toa
que nós dois somos casados.

ELA
(Quadrilátero)

Ela me leva,
me engana
e ainda me desafia.
Levou meu corpo
para a cama,
enquanto me distraía.
Deu-me o fruto do pecado,
enquanto Eva,
e compensou com redenção,
quando Maria.
Em Joana D'arc
foi Vitória,
também rainha.
Já foi de todos
e só minha.
Ela é pouco e é demais.
Como Helena,
ela foi guerra.
Como Tereza,
ela foi paz.

INDECENTE
(Quadrilátero)

Não sou um cavaleiro imaginário,
apenas um vassalo
que caminha.
Pela realidade,
um escravo
que tem a ilusão
que é livre ainda.
Não sou nenhum beato,
nem um cão.
Eu não uso sermão
e nem batina.
Meu rosto
é palidez,
enquanto expiro.
Meu sexo
sem estilo,
estupidez.

MUNDO FICTÍCIO
(Pax-vóbis)

Uma criança brincava
Com a comida, na mesa.
Corria de pés descalços,
Sem ninguém a seu encalço,
Pela ruazinha estreita.
Não enxergava a sujeira,
No seu mundo fictício,
Do real desconhecido;
Tudo era brincadeira.
Contudo, era tão bonito
Ver o mundo d’aquela maneira:
Sem ter ódio,
Ser ter vício,
Sem sombra de sacrifício,
Sem pecado
E sem tristeza.

SOMBRA DE NANQUIM
(Pax-vóbis)

Que a vida,
Mesmo frágil, continue.
Que perdure
Meu amor, além de mim.
Que não tenham fim,
Meus passos pela rua.
Que dissipe sob a lua,
Minha sombra de nanquim.

A PEQUENA D’ARC
(Olhos de guri)

A guria
não gostava de pia,
de casinha ou fogão.
Para ela,
tudo era opressão.
Ela ouvira
sua mãe reclamar
que a mulher tende a trabalhar
só com água e sabão.
Por que não
brincaria de guerra,
de doutora,
de terra na mão?
A guria,
parecia antever
que seu mundo seria
uma doce ilusão.

A SOMBRA
(Olhos de guri)

Minha sombra
que se perde no escuro,
salta o muro
quando o sol
no céu desponta.
Se arrasta no chão duro,
se encolhe,
se estica,
passa rente a dobradiça
e se perde pela casa.
Mas à noite,
minha sombra cria asa,
voa quando saio a rua.
Pela luz que vem da lua,
minha sombra me abraça.
Me divirto e acho graça
quando atravessa a fogueira.
Minha sombra, não sou eu,
mas é minha companheira.

TAMBÉM SOU
(Letras, ...)

O louco
é apenas mal ouvido.
Seu riso,
tenebrosa gargalhada.
Sua fé,
um constante, eu duvido.
Sua mente,
uma porta escancarada.
Seu pedido de ajuda
é um grito.
Seu gemido incontido,
uma dor.
Seu amor,
um abraço emotivo.
Sem motivo,
eis que louco
também sou.

A GRAÇA
(Letras, ...)

Deus me deu o fardo
para eu achar pesado
o termo ser livre.
Deus me deu o espelho
para ver se aceito
esse meu rosto triste.
Deus me deu o segredo
para pensar, eu mesmo,
o que é ser tolice.
Deus me deu a culpa
para eu pedir desculpa
por qualquer deslize.
Deus me deu a dor
para eu sentir pavor
do seu dedo em riste.
Deus não me deu nada,
eu que faço a graça
crendo que ele existe.

VERSÃO REFRATADA
(Letras, ...)

Quantas vezes eu tive
que mergulhar no sorriso
para fugir do abismo
que é o existencialismo
de mim mesmo.
Quantos pueris desejos
entre prosaicas conversas.
Quando nada interessa,
meu mundo me dá medo.
Eu sou apenas ensejo
que o acaso consagra.
Uma versão refratada
na ilusão do que vejo.
Quando não me percebo,
é sinal de que eu mesmo
sou a soma do nada.

QUEM SOU EU
(De versos, ...)

Sou um jovem ateu
Que entra na igreja
Para tomar cerveja
E beber café.
Desconheço a fé,
Mesmo na ressaca.
Rio quando a graça
É de um milagre
De ser eu, um padre
Que toma conhaque
Num cálice de vinho
E vive sozinho
Pensando que sonha
Em ser um demônio
Que se sente Deus,
Ser o próprio Deus
Se sentindo humano,
Ser um santo insano
A brincar de ateu.

DESESPERANÇA
(De versos, ...)

Quem é essa
Que me tira o sono,
Que arrebata o dono
De uma humilde casa?
Quem é essa
Louca, desvairada,
Que ao seio me prende
Sem saber se sente
A dor que a outro causa?
Lábios que procuram vida
Carne apodrecida
No envelhecimento.
Quem é essa
Que corrói por dentro
Como um veneno
Sem nenhum antídoto?
Eu sou outro,
Sou um homem dito,
Dito morto
Pela agonia.
Quem é essa
Musa e tirania,
Mistura que havia
Desde minha infância?
Quem é essa
Triste companhia?
Talvez seja a morte,
A desesperança.

O MATUTO
(Cálice)

O matuto está triste,
cabisbaixo e pensativo.
Não encontra um só motivo
para saber se existe.
Tal canário sem alpiste,
preso a uma velha gaiola,
vendo longe a aurora,
sem ter ânimo pra cantar.
Com vontade de voar
para longe, ao horizonte;
a saudade o consome
antes mesmo de partir.
O matuto fica ali,
a pensar no que seria
sem a única companhia,
a choupana em que vive.
Tal amor só visto em versos,
o matuto é regresso
de um lugar que não existe.

SEM CONDIÇÃO
(Cálice)

Seus ombros à amostra,
me deixam insinuado.
Seu corpo ainda agora,
me deixa provocado.
Seus seios contornados
pela blusa,
me fazem sinal da curva
do seu corpo ondulado.
Seu jeito comportado
não me mantém à distância.
Na sua tolerância,
encontro o meu pecado.
Seus olhos não perturbam minha paz,
além do mais,
recebem meu recado.
Seu pare, deixa disso, mais cuidado,
só fazem aumentar o meu querer.
A dúvida faz crescer
minha ilusão,
que eu terei nas mãos
a chance de fazê-la entender.
Amar é mais que ter.
É aceitar querer
sem condição.

CONVÉS
(Cálice)

Foste meu caminho sem regresso
em um verso.
Minha poesia mais bonita.
Entre as estrelas,
rabisquei um só desenho,
o seu rosto,
como eu bem queria.
Foste a derradeira flor
perdida no deserto.
Em meu universo,
um farol de guia.
Arrancaste o aviso que dizia:
“Uma saudade”.
O vazio da idade,
preenchias.
Foste o colorido
de uma tela que eu pintava.
A mão que segurava o meu filho.
O espírito de um cético
que chorava.
A paz esperada
por um homem aturdido.
Foste o barco rijo
que sustenta a onda em fúria.
O pescador que nada
à procura de si mesmo.
Para mim,
a mais incrível criatura.
A doce loucura
do desejo.
Foste na verdade,
o meu mundo.
Hoje, na saudade,
apenas és
um velho convés
com o qual afundo.

GRAMATICAL
(Cabaz)

Só em letras imprimo minha alma.
Mais do que texto
sou contexto indecifrável.
Meu sinônimo é antônimo de si mesmo.
Um sujeito indefinido
que é objeto de um erro
gramatical.
Entre modos e tempos,
triste verbo
que ecoa na forma nominal.
Orações que são subordinadas
aos meus vícios de linguagem.
Um início em letras ordenadas
e um fim
numa expressão oral.

AFLORA UM POETA
(Cabaz)

Assim se fez um poeta.
Como talhe na madeira
esculpi minha poesia.
De uma maneira fria
infundi minha alma no papel.
Nas costas de um corcel
cavalguei por entre versos;
muitas vezes sem regresso,
o poema, me tornei.
De um sono despertei
enquanto escrevia,
da caneta então fluía
as idéias que sonhei.
Quem sabe se eu errei?
Foram mais de trinta anos,
foram tantos desenganos
que poeta, me tornei.

INGÊNITO
(Cabaz)

Seguir os passos
a um lugar perdido na distância;
entrar na dança
de um ritual de acasalamento;
sentir nas mãos
o instintivo dom
que vem de dentro;
ouvir o som
de vozes ecoadas;
e nas entonações
das poesias declamadas,
revelar-se poeta.

LIAME
(Cabaz)

Sou livro
intitulado.
Um desabafo.
Sou todo
em parte.
Um lacre violado.
Sou tudo
num nada
dissipado.
És flor
dissecada
na mão aberta
em palma.
És colo e calma
na casa onde cresci;
moeda encontrada
que perdi;
o berço
em que nasceu
minh'alma.

Foto de Paulo Zamora

Para mudar de vida (Paulo Zamora www.pensamentodeamor.zip.net)

Para mudar de vida
Um dia para pensamentos; um dia em que se pode ver todas as fases que atravessaram e atravessam diariamente uma vida. Pensamentos de palavras, atitudes e virtudes, enriquecem os corações que amadurecem, por saberem que mudar os rumos não é nada fácil, mas também não é impossível.
Isso requer rever conceitos...
Isso requer rever relacionamentos...
Arrependimentos nos ensinam muito, nos fazem escolher, nos fazem abrir portas, e no entanto nos momentos de meditação saber ver além dos olhos, buscar nas imagens a certeza de um novo rumo. A nova vida é acontecimento em todo bom recomeço. Recomeçar é preciso. Deixar de ferir-se e ferir outros é capacidade de entendimento para muitos assuntos importantes.
Que frutos queremos dar na árvore da vida? Quem somos? Que escolhas estamos fazendo? Como cultivar a liberdade, a tranqüilidade, a vida satisfatória por assim dizer?
É preciso esclarecer todas as dúvidas. Rever os conceitos e prestar atenção aos conselhos. É reconhecer quando errado. É manisfestar-se diante das boas razões em pauta. É se abrir com quem se confia e compartilhar os pensamentos ativos na mente. Sabe do poder da oração? Reconhece que todos erramos, talvez quando até mesmo pensamos em acertar?
Medite sobre:
Amizade verdadeira. Família. Sexo. Trabalho. Sonhos. Fé. Defeitos. Desafios. Coisas a deixar. Coisas a conquistar. Acredite em seu potencial, assim sendo possível ter tolerância, perdão, consciência da natureza humana.
A nova personalidade adquirida é assunto muito sério, é você corrigindo com justiça a sua própria vida.
O tempo nunca vai parar, no entanto nunca pare a sua vida. Almeje ter ao lado pessoas que se dediquem como você, saibam o valor dos encontros, assim como o valor do ouvido nos momentos de conflitos. O sucesso pode estar por perto, rodeando a quem não tem capacidade de ver ou sentir, ou se soltar de uma rotina proibitiva da alegria. Decida a sua vida. Medite. Retrate. Esclareça seus pensamentos. Tenha a certeza de que se fizer assim, você tomará decisões importantes. O que você pode estar precisando é de um tempo para você mesmo, onde poderá meditar sobre muitos assuntos, ser sábio não ter grande conhecimento, e sim aplicá-los diante as provações e comportamentos. Compreende? “Acertar” exige mudança na vida, conter-se diante dos desafios, amar a verdade, amar em tudo... o pensamento muda. O comportamento muda. A vida muda de rumo mesmo quando pensar estar no poço. Depende de você. De quem busca apoio? Quantos o realmente entendem? Você é dono das suas atitudes, do seu próprio mundo. Tomando novas decisões sentirá como sua vida irá mudar. Não importa quanto tempo está preso numa situação, nada é por acaso, nada muda num piscar de olhos, tudo acontece no seu devido tempo. Você acredita? Em quem você busca conforto? Para quem você usa toda sua compreensão? Será que não tem mesmo se esquecido de você?
Ninguém está aqui para viver somente de infelicidades, de culpas, de intrigas, de problemas somente dos outros; a vida é muito mais do que podemos imaginar. Temos o direito de vivermos bons momentos, de termos alegria, mas às vezes estamos atravessando uma fase difícil, o que fazer? É quando a gente se perde dentro dos pensamentos, porque ficamos inquietantes. Reflita na sua vida, nos seus sonhos, na família de deseja formar, nas amizades que podem durar uma vida, enfim, trate de você como se deve ser tratado, nunca se esqueça...
Esclareça os assuntos importantes, isso é para mudar de vida, e não viver somente de ansiedades e desesperos, porque a preocupação nos envelhece, envelhece tanto a alma como o coração...
(Escrito por Paulo Zamora em 06 de Maio de 2010)

www.pensamentodeamor.zip.net

Foto de Rosinéri

SER SÓ

Se estas só não fiques triste,
Da ouvidos à solidão e fala com o outro lado de ti,
Ficarás assim em presença do teu maior amigo.
Aquele ser invisível a quem pedes conselhos,
Com quem dialogas em pensamento,
A quem pedes compreensão para contigo.
Vais descobrir coisas lindas todos os dias,
Vais com ele até à tua infância,
Com ele, vais em busca do futuro,
Com ele dividirás tristezas e alegrias,
Com ele descobrirás a tolerância,
Com ele navegas pelo seguro.
Estavas só e triste,
Mas um novo aliado já descobriste.
Sê forte e continua as tuas descobertas,
Agora na outra face do teu ser,
Aqui há também um inimigo,
O que te tira o sono,
O que te tira o prazer.
Mas ouve-o, escuta-o com atenção,
Ele tem coisas para te dizer.
Coisas más, por certo,
Coisas terríveis, às vezes,
Mas não fiques triste,
Mantém o teu espírito aberto.
Este inimigo vai-te tentando,
Vai-te obrigando a fazer o que tu não queres,
Vai estar contra o teu amigo também,
Mas... Luta, luta porque vale a pena.
São duas forças contra uma,
A tua e a do teu amigo,
São dois contra o exterminador.
Mas uma batalha perdida
Não significa perder a guerra,
Se tudo for feito com amor.
Como vês, não estas só!
Se não esta só, não pode estar triste.
Então abre o teu espírito à convivência,
Continua a dialogar contigo próprio,
Um dia sorrirás de alegria,
Quando olhares à volta do teu "EU"
E vires uma imensa multidão
Que te dá vivas e te adora.
Se estás só, não fiques triste,
Porque afinal a maior tristeza
É a de pensar que estás só.
Não tens razão para estar triste,
Porque afinal a palavra SÓ não existe

Foto de NEOQJAV

Frases de Efeito NeoqJav

A maturidade não está na menoria de vezes que erramos, mas na maioria de vezes que reconhecemos nossas falhas. ( NeoqJav )

A sua boca emite sons, mas as suas decisões revelam quem você é. ( NeoqJav )

Dentro do amor existe a tolerância, dentro do egoísmo a ignorância. ( NeoqJav )

Com quanto mais intensidade seus discursos se harmonizarem com as suas ações, com menos frequência você terá de escrevêlos e assiná-los ( NeoqJav )

As pessoas não são justas por terem convicção do que acontece depois da morte, mas por não ignorarem injustiças acontecerem no ambiente em que viver. ( NeoqJav )

A frequência de decisões edita a personalidade. E por isso passamos a vida inteira definindo quem somos por cada momento de existência. ( NeoqJav )

Por acaso a ignorância sempre foi enganada pelo óbvio, mas obviamente o amor sempre enganou o acaso. ( NeoqJav )

Você morreria para tornar o mundo melhor? Então viva para isso! ( NeoqJav )

O que nós temos de mais importante são as nossas decisões, e a longo prazo elas influenciam fatalmente no modo como encaramos a vida. ( NeoqJav )

A oportunidade se antecipa para as pessoas que se esforçam em conhecer, e aprendem a gostar do que realmente precisam. ( NeoqJav )

É de extrema importância compreender as regras para seguí-las, mas é fundamental seguir as regras para compreendê-las. ( NeoqJav )

No carro da vida, os erros são a embreagem para a marcha do amadurecimento. ( NeoqJav )

Até mesmo a maior das grandes idéias, seria insignificante se fosse decorada por todos,e refletida por mais ninguém. ( NeoqjJav )

Dos leitores da bíblia, satanás procura a maior razão, dos praticantes dela, Deus procura a mínima intenção. ( NeoqJav )

Quem não está bem consigo mesmo, não consegue encorajar o seu próximo. Quem não está bem com o seu próximo não consegue agradar a Deus. Quem não está bem com Deus só se sente encorajado a agradar a si mesmo. ( NeoqJav )

O maior passo que podemos dar em direção ao certo, é recomeçar com sabedoria para corrigir um erro. ( NeoqJav )

O amor e a ignorância estão em todas as religiões cristãs, porque convém que o trigo cresça junto com o joio. ( NeoqJav )

Não é o medo do castigo que te ensina a livrar-se do erro, é a vontade de corrigí-lo.(NeoqJav)

É loucura acreditar que os desejos são aleatórios e que não se pode escolher seus sentimentos, pois você decide que vontade tem, sempre que a vontade vem, e você tem que se decidir. ( NeoqJav )

O maior sinal de derrota é quando injustiças acontecerem e o fato de as outras pessoas não se preocuparem deixar de ser sua preocupação. ( NeoqJav )

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