Tempestade

Foto de GatinhoLindo

Obrigado

Ontem a alegria estava afagando minha alma, com algumas atitudes conseguia me comunicar com nossos corações.
Nossos olhos interligavam e obtivemos o doom do saber das necessidades um do outro e um para com o outro.
Sabia que a oportunidade de ficarmos juntos e de aproveitarmos cada momento fora nos dada.
Amo cuidar de seus filhos porque para mim são meus filhos, eles dão um tempero especial em nosso relacionamento.
A alegria contagiante de cada um deles me motiva a querer protegê-los e querer que eles fiquem sempre por perto.
Adquirir ao passar do tempo um carinho imenso e ao passar dos dias um amor formidável.
Já passamos por momentos mágicos, já vivemos também momentos de tempestade. Mas o que realmente importa é que o amor sincero de seus pequeninos anjinhos e que cada sorriso deles me inspiram a lutar e me inspiram a amar.
Há muito tempo gostaria de agradecer!
Obrigado, pois vem confiando e dividindo nem que seja apenas um pouquinho do amor e do carinho de seus pequeninos.
Valeu vocês se tornaram essenciais para minha vida e para meus planos futuros, são o alicerce para uma grande construção. São as essências principais para meu coração.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Minha Elis – Parte 3

Elis Regina Carvalho Costa. Cantora brasileira. Mesmo morta é mais importante que um bocado de vivos que eu conheço sem os querer ofender. Elis deixou a herança de seu talento até no sangue de seus filhos. Todos os três trabalham com música. Pedro Mariano é cantor. Maria Rita também. O primogênito João Marcello, que fora pai recentemente, é um produtor e crítico de mão cheia. Quando as revistas e os jornais se referem ao seu pequeno nascido como o ‘filho da Eliana’, fico um tanto desconfortável. Quero dizer, sem meias palavras, eu fico é puto mesmo! A criança é filha de Eliana, sim, que é uma apresentadora competente e que tem todo o direito de aproveitar sua maternidade. Agora, que seria muito importante recordar-nos de seu parentesco com a saudosa gaúcha, isso sim, seria bom. Mais do que ser ‘filho da Eliana’, essa criança deve ser apontada também como o ‘neto da Elis Regina’, uma das maiores cantoras que já tivemos, senão a maior. Fica aqui o meu singelo protesto. Mas não desejo me ater a essa discussão mais apaixonada do que pertinente.

O álbum mais famoso de Elis Regina é o Falso Brilhante, de 1976. O disco contava com músicas presentes no show homônimo, um espetáculo que juntava teatro, dança e canto numa apresentação memorável. O show locado no Teatro Brigadeiro teve 180 mil espectadores, o que o coloca como maior êxito da carreira da cantora e prova incontestável de sua popularidade e relevância no cenário da nossa arte. Quanto ao espetáculo, nunca o assisti seu vídeo completo. Mas o disco, não apenas pelas suas canções de maior sucesso, a citar, ‘Como Nossos Pais’ e ‘Fascinação’, marcou época. No auge do regime militar, que começava a ensaiar uma tímida abertura, o Falso Brilhante significou exatamente essa possibilidade, já que, ainda que veladamente, a crítica e a denúncia se faziam presentes na concepção da obra. O país vivia um declínio econômico considerável, a ditadura apesar de consolidada se encontrava desgastada e a incerteza, somada com o acobertamento sobre os desmandos realizados pelo então poder instituído tornavam a realidade brasileira numa situação difícil e pouco encorajadora. Valendo-se da brecha política, Elis remou contra a maré. Ainda que o Falso Brilhante seja um disco imerso na melancolia, sua mensagem final passa um fio de esperança durante a tempestade de seu tempo, um brando sopro de vida na austeridade de um país fechado, um suspiro diante das lágrimas causadas não somente pela violência como também pela miséria que tais circunstâncias trouxeram ao Brasil. Elis provou seu talento. E sua iniciativa ficou para o futuro, como marco da retomada da arte nacional como objeto de expressão dos anseios populares e de opinião.

Todavia, meu disco predileto da cantora não é o Falso Brilhante. Saudade do Brasil, um disco de 1980, pode ser considerada a obra definitiva de sua carreira. Não exclusivamente por ser seu último LP, Saudade do Brasil, que foi lançado em dois volumes, apresenta todo o desenvolvimento de Elis como artista. Numa estrutura seqüencial que de tão coesa chega a até se aproximar de algo conceitual, no sentido de se montar uma narrativa ao invés de se amontoar canção após canção, como que relatando o contexto histórico e social no qual se incidiam os brasileiros àquelas décadas, dando preferência a uma abordagem jornalística em detrimento do universalismo pessoal e intransferível nas artes gerais que encontramos desde então do final do golpe militar. Sem contar a gravação contou com uma quantidade de recursos muito maior para sua execução, o que elevou em muito sua qualidade, dando a cantora e seu repertório uma roupagem atual, destoante da imagem elitista e retrógrada atribuída para Elis antes desse trabalho. Elis, firme e ousada como nunca antes, decidira conduzir sua turnê de maneira até então inédita no país. Seu espetáculo seria montado em circos, para facilitar a mobilidade do show e reduzir seu preço. Ou seja, Elis queria levar sua arte aos mais pobres. Diante da negativa dos governos em obter uma autorização para o seu projeto, com toda a certeza surgira uma grande tristeza e amargura no âmago da cantora. Isso facilitou o processo que a levou à morte, pelo vício em remédios e drogas. Isso facilitou para enfraquecer a cultura nacional, tão restrita aos mais ricos, que temerosos de perder sua posição sempre pressionaram o desestímulo com a educação, a distribuição de renda e a justiça social, que em longo prazo causam mais do que prejuízos, causam o sofrimento de uma vida inteira de humilhações para nossos entes queridos, mal que conhecemos tão bem.

Minha mãe tinha doze anos quando Elis morreu. E certa vez, num desses especiais de televisão, passava a cantora, justamente num cenário que reproduzia um circo, justamente interpretando o repertório desse disco. Ela chorava, não somente pelo ídolo que Elis representa, mas pela realidade em que ela viveu e pelo plano de fundo em que calcava seu pensamento, nada mais que o desejo de paz e felicidade sempre cerceado aos mais simples. Foi ali que eu entendi o que era ser gente e ser artista de verdade. Foi ali que eu entendi que deveria não me abalar diante das dificuldades da vida, por maiores que elas sejam. E se Elis não viveu para ver suas expectativas suprimidas, esse é tributo que devemos ter com ela, que é o tributo de não nos conformarmos com a consternação, de tornarmos o Brasil um lugar onde a dignidade se faz presente, e onde o amor vale mais do que tudo.

Foto de VirginiaSimon

Momentos da vida

Existem momentos em nossas vidas
que não sabemos explicar porque existem;
Sentimentos,
palavras,
gestos,
atitudes,
situações essas expressas quase que diariamente;

Algumas vezes de paixão,
de rancor,
de tristezas,
de alegria,
de dor
e por ai vai.
Não sei dizer porque temos que passar por essas situações
ou porque pessoas precisam passar por nossas vidas.

Se precisamos passar por situações das mais variadas,
digo de qualquer nível de sentimento,
ou momento que esteja vivendo,
faz-se necessário.
Se pergunte: “O que eu fiz para passar por isso?
Talvez meu rancor e orgulho
não permitiram enxergar a tempo o que tenha feito no passado,
mas estão lhe mostrando agora no presente,
como diz o ditado “antes tarde do que nunca”
para que você seja uma pessoa melhor.
Melhor nas atitudes,
melhor nos conceitos sobre a vida e pessoas,
melhor sobre o dia a dia em que vivemos
e até mesmo melhores na fé em Deus.

E se pessoas precisam passar nas nossas vidas
é porque teve e tem algum motivo,
pode ser um acerto,
um encontro passageiro,
ou até mesmo porque era para ser,
não sei ao certo.
Você pode pegar um ônibus para qualquer lugar
e com certeza alguém conversará contigo,
alguém pode precisar de você sem ao menos conhece-la,
ou até mesmo bater na sua porta solicitando seu auxilio,
e tem aquelas pessoas chamadas de familia,
mãe,
irmãos,
tias,
avós,
e por ai vai,
outros chamamos de amigos,
conhecidos,
e aqueles que chamamos de paixonite do momento
e finalmente o amor verdadeiro,
aquela pessoa que você ama realmente
e que sabe que pode fazer feliz,
trazer paz,
tranquilidade.

Como são bons e ruins os momentos de nossas vidas,
e devemos passar por eles.
Os ruins porque precisamos fazer um acerto de contas conosco,
um acerto interior,
para que possamos não mais repeti-los
e nos tornar assim pessoas melhores,
mais humanas,
mais dignas.
Os bons são consequências
e resultados dos ensinamentos que os ruins trouxeram,
pois precisamos disso,
precisamos acertar nossas contas com o passado,
para merecermos a felicidade a paz interior de um futuro muito melhor.

Assim é a vida,
é assim que devemos fazer,
mas nem todos conseguem de primeira.
Alguns são mais rápidos,
percebem a felicidade com um piscar de olhos,
outros um pouco mais devagar,
porque talvez a sua tempestade seja um pouquinho mais forte.
Como já diz o nome “ tempestade”,
pode encher,
transbordar o seu rio,
algumas vezes vir a destruir alguns momentos bons,
mas ai quando se percebe a realidade de tudo,
aonde você enxerga o seu ponto de partida para um futuro melhor,
a tempestade diminui,
o fluxo do seu rio começa a diminuir,
e tudo se acalma.
Neste momento mãos a obra,
você tem trabalho a fazer,
porque o que se destruiu se constrói novamente,
e tudo isso com amor,
carinho,
dedicação,

e principalmente esperança,
esperança de uma vida nova,
melhor,
uma vida feliz
e plena.

=) Virginia Hartmann Simon

Foto de luzimar xavier

AMOR, AMOR, AMOR, AMOR...

Fala-se muito sobre o amor nos tempos atuais, inclusive
A Internet está abarrotada de belíssimas, floridas e
Bem elaboradas mensagens de amor. Enfim, o amor "está em alta". Mas não nos
Iludamos: há muita fantasia em torno desse sentimento tão nobre, embora
O ser humano não seja muito favorável às fantasias. Com relação às
Loucuras que o amor pode levar qualquer um a cometê-las,
As exigências, entretanto, são muito mais consistentes que as fantasias porque

Muitos não pretendem ter "a tiracolo"
Algo que pressinta ser passageiro, do tipo "ficar" que, na
Realidade, é algo que nem se deve pensar em virtude do amor requerer seriedade.
Tomando-se por base a seriedade que o amor deve ter, muitos nem podem
Imaginar para sí um tipo de relacionamento instável e ao mesmo tempo
Nada agradável simbolizado pela falta de comprometimento. Talvez, foi
Em razão disso que o Shakespeare certa vez declarou em um dos seus
Lindos poemas que "amor não é amor se,
Logo que encontra obstáculos, se altera ou
Imagina-se vacilar ao mínimo temor. A grande

Verdade é que o amor é tal marco eterno, dominante, que encara
A tempestade com bravura. O amor, como muitos pensam,
Não se transforma de hora em hora e tem até o pra
Zer de se afirmar para a eternidade. Se tudo isso que falei é falso,
O que na verdade não o é, eu não sou poeta e nunca ninguém amou".

ORA, TANTO DIZER QUE O SHAKESPEARE NÃO É POETA QUANTO DIZER QUE NUNCA
NINGUÉM AMOU, É A MAIOR DAS MENTIRAS. VOCÊ TAMBÉM É CAPAZ DE DIZER QUE
NUNCA AMOU? CUIDADO PARA NÃO LEVAR FAMA DE MENTIROSA, OK?

Elixis - 06/09/11

Foto de Delusa

Não chorem por mim

Quando uma noite me arrepia
Com tempestade e ventania
Faz meu coração bater!
Mas sinto que bate mais forte,
Capaz de me trazer a morte,
Com saudades de te ver.

Cada noite é mais escura,
Porque a solidão me tortura,
Sem a tua companhia,
Sinto a ânsia do desespero,
Como um pobre passageiro,
No caminho da agonia.

Rogo que não chorem por mim!
Pois não sendo eu ruim,
Porque sou tão castigada?
Deixai-me chorar sozinha
As lágrimas de quem caminha
Como inocente condenada.

Os dias vão-se passando,
Em mim se vai apagando,
A tua recordação;
E não te tendo por companhia,
Travo uma luta fria,
Com angústia e solidão.

Delusa

Foto de Cecília Santos

Querendo te encontrar

O sol desmaia na linha do horizonte,
A tarde chega calmamente.
Cala-se o vento lentamente
Adormece feito criança inocente.
O silêncio toma posse total,
Os sonhos fluem mansamente.
Murmuram as ondas do mar,
Temerosas pelas conchas à rolar.
Sinto-me flor sem encanto,
Corpo sem alma à vagar.
Sou a cor cinza da aquarela,
Sou forma abstrata de se olhar.
Sou resto de sonhos perdidos,
Sou pedra opaca sem vida.
Sou lágrima disfarçada em sorriso,
Sou orvalho sem as lindas manhãs.
Sou dedos à tocar as estrelas,
Sou fresta à procura de luz,
Sou fúria da tempestade,
Sou regresso e sou partida.
Sou um sonho à alcançar,
Sou um desejo à realizar.
Sou simplesmente “eu”
Querendo muito te encontrar!

Cecília-SP/08/2010*

Foto de Danyy Amor Paixao

Vc e um ser especial!

Nani
Art Popular

Quantas vezes Nani
Tantas vezes Nani
Eu te desenhei
Num papel de pão
Tempestade clara
Sol do meu Saara
Eu te bronzeei
Sem você notar...

Quantas vezes Nani
Tantas vezes Nani
Eu te procurei
Sem te encontrar
Numa tarde clara
Ou de madrugada
Vejo amanhecer
Sem você chegar...

Aaah! Foi bom
Te reencontrar
Saber que está feliz
Linda e feliz
Aaah! Foi bom
Que me abraçou
Mas sinto
Que o nosso amor
Já se acabou...

Nani, Nani, Nani
Apenas mais uma
Nani, Nani, Nani...

Quantas vezes Nani
Tantas vezes Nani
Eu te desenhei
Num papel de pão
Tempestade clara
Sol do meu Saara
Eu te bronzeei
Sem você notar...

Quantas vezes Nani
Tantas vezes Nani
Eu te procurei
Sem te encontrar
Numa tarde clara
Ou de madrugada
Vejo amanhecer
Sem você chegar...

Aaah! Foi bom
Te reencontrar
Saber que está feliz
Linda e feliz
Aaah! Foi bom
Que me abraçou
Mas sinto
Que o nosso amor
Já se acabou...

Nani, Nani, Nani
Apenas mais uma
Nani, Nani, Nani...

Lá, lá, laiá, láiá!
Êh lauê lauê!
Lá, lá, laiá, láiá!
Êh lauê lauê!
Lá, lá, laiá, láiá!
Êh lauê lauê!....

Foto de caiofidelidade

Um pouco de melancolia.

"Deixei a Ira passar, como passa a tempestade lá fora,
mas súbita vem a calmaria após a tormenta, assim como pra mim a melancolia agora,
eu e meu companheiro que um dia há de me apunhalar, o cigarro, e a fiel companhia a solidão, ao som de Vivaldi, num dia sem data, com um rosto sem expressão."

Foto de Rute Mesquita

Tempestade

Tempestade,
porque vens nesta altura
acabar com a minha luz?

Tempestade,
porque levas a minha cura,
nessa ventania que me seduz?

Partirei sobre ti,
com o meu vestido preferido,
e com um guarda-chuva aberto.
Seguirei, os teus sinais assim,
em busca do céu deserto,
por ti prometido.

Caminho descalça,
sobre esta terra que irás inundar.
Peço-te: Realça,
esta relva pela qual irei deambular.
Abre-me um caminho,
dá-me uma orientação.
Só não queimes este pergaminho,
com os raios da tua designação.

Tempestade,
aqui me tens, tu que tanto me procuraste.
Não sei a nem metade,
porque vens,
se foi porque assim juraste,
ou por desejo de me cobrir,
ou pela tua vaidade.
Só sei, que és tu a única que agora vejo,
e não tenciono desistir.

Tempestade,
será que me vais atingir com os teus raios?
Ou me beijar com a tua água?
Majestade,
levarás tu os meus paios?
Ou, vindes deixar mágoa?

O que quer que seja,
irei descobrir,
com a calma de quem colareja,
a minha sombra do meu existir.

Foto de Allan Dayvidson

PALAVRA POR PALAVRA

"Atreva-se a ser ouvido..."

PALAVRA POR PALAVRA
-Allan Dayvidson-

Vocês não podem se esconder de mim para sempre.
Não irão escapar não importa o quanto tentem.
Farei um Big Bang emocional, se é que me entendem;
Uma catarse das coisas que ainda me prendem;
O estopim de uma rebelião que nós alimentamos;
Uma Revolução Francesa; um ato puramente insano;
Para além de qualquer ciência; à prova de qualquer plano;
Uma tempestade tropical no meio do oceano.

Tenho ainda tanto a dizer
E não farei disso algo que possam apenas esquecer.

Cruzarei as cercas elétricas que me protegem,
Derrubarei as muralhas que nos distinguem,
Minha voz tomará o lugar das erupções
E o bater de minhas asas, o lugar dos furacões.
Prefiro tropeçar a permanecer parado,
Prefiro rejeição a nunca arriscar ser amado.
Então, preparem-se para explosões solares no entardecer
Preparem seus corações para o anoitecer.

Uma vida sob o signo do silêncio,
Agora o ponto de origem de um incêndio.

Tanta energia... e tanto desejo... Tanta força!
Quero é ser palpável como um Portinari!
Quero soar feito uma composição de Mozart!

Derramarei palavra por palavra
Como o ideológico vôo kamikaze final.
E quando não restar absolutamente nada,
Poderei começar de novo... e de novo...
Palavra por palavra.

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