Tédio

Foto de Rosinéri

VAMOS NOS AMAR

Vamos sair juntos e esquecer que somos diferentes.
Eu o deixarei descalço e beijarei seus pés
Pousarei em seu ventre
Palavras e versos , escritos com ternura e pranto.
Vamos esquecer toda esta angústia e tédio
Vamos erguer juntos a taça do prazer
Só por uma noite e cessarei esta loucura,que invade os corpos e
Assusta um coração ,que a muito tempo te deseja.
Vamos solucionar todos os problemas da geografia e cegueira
dos jovens amantes.
Vamos aproveitar a chance,pois o infinito talvez seja, apenas
o momento .
Vamos deixar de adiar este desejo,afujentar os rótulos da falsa imagem
de sedutor barato.
Vamos aderir as caricias,fazer caber dentro do peito a paixão
Dentro e fora dos limites

Foto de Carmen Lúcia

Tu e eu...

Respiro teu ar
vivo teu respirar
transpiro teu suor
piro tua dor
exalo teu olor
em gotas de amor...
sorrio teu sorriso
sou rio ...
que mata tua sede
abranda tua sina
irriga teus caminhos.
Faço-me ponte...
conduzo-te ao horizonte
e até onde o sol se esconde...
sou brisa que te alisa
calor que te aquece
lágrima que rola
quando te entristeces
sou teu silêncio, tua prece...
o pulsar de teu coração
delírio de tua emoção
tua paz e harmonia em comunhão.
Sou tua vela...ilumino teu destino...
nunca te deixo sozinho.
Arca de Noé...a te salvar das marés...
O remédio de teu tédio
alguém que te dá a mão
para que não sejas
apenas mais um
na multidão.

(Carmen Lúcia)

Foto de Graciele Gessner

Emoção de Viver! (Graciele_Gessner)

“Uma vida sem poesia, sem alegria, sem inspiração é um verdadeiro tédio de solidão, isolando completamente a emoção...”.

28.09.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Daemon Moanir

Vezes há

Vezes há em que quero destruir tudo,
Queimar todas as folhas soltas, todos os rascunhos…
Vezes há em que quero desacreditar-me
Maltratar as criações, as letras apagar de vez dos papéis,
Porque se não, parecem perseguir-me, deixando-me a morrer escondido,
Quero não pensar, elas vêm à minha mente e não me deixam.
Penso agora, a dormir, ao acordar, penso só e acompanhado.
Quero tédio, morrer por não pensar e não por pensar demais.
Ser fogoso e imprevisível e não pensar,
Vezes há em que quero destruir tudo,
Que não me quero destruir a mim.
Tudo de novo, branco, limpo, ordenado.
Este caos deixa-me miseravelmente morto
Quero aprender a usar a razão,
Não escrever, porque de nada me vale,
Só me deixa mais sozinho e o tempo passa…
Usar a alma de nada serve,
Ter coração é um luxo…
Ser feliz e triste logo em seguida,
Ser tão diferente…
De nada serve

Foto de ana beatriz formignani

Amor

Sempre que a noite chega, a solidão vem me falar de você.
E a saudade penetra meu coração como um pouco de luar dentro de minha noite imensa. Vai deixando aos poucos seu toque magnífico de beleza e suavidade. Vai deitando prata nos recantos mais sombrios. Vai enfeitando de luz as flores mais singelas. Assim é a saudade. Consegue transformar em beleza a tristeza infinita do presente... porque traz para mim o encanto das horas mortas do passado.
Traz o gosto perdido de beijos de amor... Traz o calor dos braços inesquecíveis... Traz o eco de suas palavras...
Cerro os olhos e começo a recordar... Começo a pensar em você que foi meu todo... e agora é minha saudade. Começo a pensar em você que me abandonou em tristeza e dor... Que esqueceu que meu amor era sincero... Que não se lembrou que tudo em mim era um pouco de você. Que não pensou que minha vida sem a sua, era uma caminhada de tédio e de angústia...
Agora estou só... E a saudade. Ela é a própria tristeza. Ah, e eu não sabia que a saudade doesse tanto, meu amor. Fico olhando para as estrelas e implorando que leve até você esta minha saudade, para que venha correndo para os meus braços.
A saudade...
Ela é a própria amargura... Ela é tudo que eu tive e não tenho mais. É meu único alento. Todo meu sol, todo meu luar... toda minha vida, meu amor... Mas bendita seja a saudade, graças a ela eu quase sinto sua presença...

Autor: ana beatriz formignani

Foto de Nanetheangelgirl

As letras

As Letras estão sempre em sincronia
Com os meus pensamentos
Letras...

Com elas formo dizeres, músicas, poemas e poesias
Descrevo sentimentos meus e seus...
Emociono e desperto interesses em tudo que
Eu queira fazer

Letras é minha vida, é meu anel de compromisso
Com meu próprio sentimento

Letras é meu remédio
Que afugenta a solidão
Expulsando o tédio
Que deprime meu coração

Foto de Raiblue

Liberdade ,ainda que poesia!

.
.
.
.

Coágulos de pensamentos
Explodem na noite sanguínea
Derrame de desejos
Inferno no peito
E uma dantesca solidão...
Da janela, aguardo um cometa
Qualquer coisa
Que não me submeta
Que me salve de mim...
Hoje não quero me enfrentar
Quero somente transbordar...esvair...
Consentir todos os delitos
Ser o poeta maldito
Cuspindo as dores
Nos bueiros da carne
Hoje quero me prostituir
Sem cobrar nada
Hoje me dou de graça
Sem medo do gatilho
Da manhã seguinte
Hoje eu atiro na vida
E renasço livre
Do tédio dos dias
Dos remédios e horários
Dos medos diários...
Quero uma overdose de delírio
Tocar o nirvana dos meus sentidos
Num trance ... drum’bass
Ou qualquer ritmo...
Só por hoje, aborto a culpa
Corro o risco da inquisição
Atiro-me na fogueira
E mordo as estrelas
Lambo cada ponta
Meto a língua no meio
E a palavra cadente
Desafia o caos!
Goza o céu...
Gozo eu...
E o universo inteiro!
Partículas de versos
Orvalham a madrugada
Puro néctar...
O último gole de vodka
A última gota de poesia...
Enquanto o dia nascia...

(Raiblue)

Foto de Raiblue

Inv(f)ernais...

.
Sempre gostei do inverno, seu hálito de mofo e cheiro de sombras frescas com as quais adorava brincar de adivinhar o que havia por trás delas. O mistério das coisas sombrias me fascinava!Talvez existisse em mim um lado desconhecido, submerso em águas profundas do meu ser inquieto e inconstante.
Alguma coisa acontecia, quando chegava o frio, era como se rompesse a placenta naquele momento e eu nascesse ali, naquele instante, ele era aquecedor para as geleiras da minha mente,irrigava mais intensamente o sangue que parecia parado nas demais estações,as mãos formigavam como se começassem a existir a partir dali...
Finalmente, resolvi sair de casa, estava ansiosa por rondar a cidade à noite, após meses de silêncio quase fúnebre. Foi quando,de repente,o avistei,atravessamos o mesmo caminho.Destinos cruzados?Almas gêmeas ou corpos desesperados ,ansiando carne...? Seu olhar parecia perfurar meu corpo, um punhal rasgando impiedosamente meu coração há muito tempo enclausurado nos porões da alma.Cada um seguiu seu caminho,retornei para casa com uma estranha sensação,estava ardendo,tudo em mim era só chama vermelha, incandescente...,.tudo era só desejo....uma vontade de devorar aquele desconhecido,e,quando pensei nisso,senti um gosto diferente na boca, um cheiro forte impregnava em todo meu quarto,era dele,eu sei,eu reconheci,ficou no ar,ficou em mim...
Acendi velas brancas, coloquei lençóis vermelhos na cama,e me deitei,completamente nua,cheirava apenas à carne crua...fresca...estava ali pronta para ele,num ritual apocalíptico,iria exterminar a solidão. Em meio às sombras da noite, entreguei-me àquele desconhecido, senti seus dentes em minha carne como se quisesse mastigar-me em pedacinhos e aquilo deixou-me louca!De repente, um gosto de sangue na boca e um orgasmo misturado à dor da carne arrancada por suas presas afiadas, prazer infernal!!Despertei gritando!Um misto de sensações me tomava, passei a mão no pescoço, procurei o sangue jorrado ou alguma marca, mas só havia suor, quente,cheirando à coisa antiga,um incenso talvez...As contrações no meu corpo continuaram por um certo tempo,meu sexo estava vivo e explodindo...Como poderia tudo ter sido apenas um sonho?
Levantei absorvida pelo tédio dos dias sempre iguais. O sonho trouxera o gosto amargo da decepção, ao acordar.Continuava sozinha, na minha escuridão de sempre.Antes, ela não me incomodava,mas agora era dilacerante,deixava-me angustiada e faminta...uma fome esquisita que nenhum alimento saciava...
Na noite seguinte, tornei sair, porém,dessa vez,parecia determinada a encontrar algo ou alguém específico,alguma coisa me impulsionava e me atraia de forma irresistível...morte! Essa palavra se repetia em minha mente como um mantra mórbido,eu sei,mas de salvação,eu adorava seu eco, engraçado, ela tinha um sentido diferente...,de vida...,de algo que pulsava,vibrava...
Entrei num botequim situado na esquina de um beco chamado Beco dos Imortais, cada bar tinha um nome de um célebre imortal, escolhi o Bar do Baudelaire,pois estava bem baudelaireana naquela noite,até cairia bem um vampiro...Algo me puxava para lá,farejava qualquer coisa indefinida,começava a sentir aquele gosto na boca novamente...aquele do sonho,e aumentava a minha fome...
Entrei, sentei, não vi nada no cardápio que me agradasse, contudo, na mesa em frente à minha, vi um homem de olhar fulminante a me fitar insistentemente.E, de repente,misteriosamente,vi-me sentada ao seu lado.Ele era de poucas palavras,mas despertava cada vez mais minha fome com seu olhar de serpente, seu veneno era apetitoso...Acho que estava obcecada,tarada ,depois de tanto tempo em reclusão,precisava urgentemente de uma noite orgástica!Então veio o convite tão desejado... e eu aceitei de imediato,é claro!Quando saíamos do bar, ele me abraçou subitamente, um abraço quente, de arrepiar cada poro da pele.Ao abrir os olhos,mirei um espelho que ficava bem na minha direção,para minha grande surpresa,só havia uma pessoa refletida...
Enquanto ele me apertava contra seu corpo, e o seu sangue parecia se concentrar todo no seu sexo,minha boca sentia intensamente aquele gosto daquele dia...estava muito gelada e tonta ,talvez de desejo,não sei,só sei que necessitava de algo quente urgentemente, e ele estava ali,eu podia deixá-lo ir,mas foi inevitável o beijo...a mordida...,ele precisava morrer para que eu sobrevivesse...

(Raiblue)

Foto de Raiblue

Jorrando néctar em seu tédio...

.
.

Seu tédio
Se agarra aos meus olhos
Quer brincar com o fogo
Provar meu ópio
Alongar a noite
Esmagar a lucidez dos dias
Se atirar num delírio sem fundo
Se perverter no bordel do meu corpo
Se derramar nos meus submundos
Na impureza da minha carne crua...
Banquete para contaminar seu sangue
Despertar a fome
Que lhe corrói os ossos
E agora devora todo ócio
Num vício nascido num gole de cólera...
Numa bebida alucinógena dividida comigo
Absinto...
E bebemos a vida que escorria
Naquele momento
Lua nua...rubra...
E o sol nascia nos becos imundos
Por pura anarquia
Dissolvendo a escuridão
In fusão de corpos
Meu ventre exalando
A impureza mais santa
Minha flor profana
Jorrando néctar em seu tédio...

(Raiblue)

Foto de ek

três por quatro

só pra lembrar
o ano já começou
o carnaval já passou
e agora reina a ordem
trabalhar, estudar,
ir ao cinema e morrer de tédio.
vamos dormir cedo
(já acabou o horário de verão)
não vamos nos atrasar
perder a hora, desapontar.
agora cobram
pontualidade, responsabilidade,
devemos conquistar credibilidade.
não faça cagada,
estava funcionando
volta funfando.
eis a frase do dia!
mais um ano que começou
e mais um carnaval que se passou,
agora reina a ordem.
a ordem que intimida,
ameaça, amedronta, e nos diverte
(nosso riso assustado, nosso medo camuflado).
viva a ordem,
viva o regime,
vida longa.

evandro kunha - 27.02.07

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