Surpresa

Foto de Lou Poulit

Trovão e o Sabiá Sereno

Aos Leitores e Amigos.

Antes de qualquer palavra, quero dizer que será um prazer partilhar com vocês os meus textos e que sou grato ao Poemas de Amor pela confiança que em mim depositaram.

Há alguns anos venho escrevendo contos. Mas vinha fazendo isso como quem armazena sementes, ou seja, sem permitir que elas brotassem antes da hora. Quando esse Site me ofereceu o blog, quis crer que não mais se justificava guardá-los só para mim. Até porque, talvez a partir de agora eu possa ter percepção de como eles tocarão outras subjetividades, diferentes da minha. Alguns serão postados tal como foram criados, enquanto que outros serão adaptados para que se tornem mais congruentes com os objetivos do Site, que não eram prioritários para a formação original da identidade do escritor.

Espero que gostem já desse primeiro conto, pelo menos tanto quanto eu. Mas como não vejo no conjunto deles, ainda, uma maturidade completa, antecipo que conhecer o que despertam nos leitores será motivo de gratidão da minha parte.

Abraços a todos e, desde já, muito obrigado pela gentil acolhida.

LOU POULIT
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Sentada sob alpendre da mansão colonial, sua fortaleza de toda a vida, Sinhá havia se perdido em seus pensamentos. O dia havia se despedido há pouco, na apoteose fugaz de um céu prestante de cores e texturas, que de tudo o que pode tentou fazer para merecer a atenção da moça. Nem a sinfonia da passarada fez efeito. Tudo em vão, restaram as estrelas que nem sequer se aventuravam. A passarada se calou para dar a vez aos grilos, sapos e outros barulhentos notívagos. Sinhá revirava mecanicamente os fartos rendados da saia à sua volta, pois de fato não estava ali.

Então, passos arrastados vindos de dentro precipitaram-na do etéreo, de volta ao corpinho magoado pela posição pouco cômoda. De tão surpresa e assustada, não teve coragem de se virar. E esperou apenas, como seu sangue esperava dentro das veias. Aos poucos uma luz tênue, mas capaz de expulsar soberanamente a escuridão, se aproximou. Depois mais um pouco. A moça temeu que se aproximasse ainda mais e explodiu em gritos nervosos: Saia já daqui! O que quer de mim, demônio? Eu não lhe chamei aqui!

A pouca distância um caboclo mulato de aspecto impressionante, pele muito morena e os olhos claríssimos de uma onça enterrados no rosto embrutecido, como pequenas gemas raras no emboço úmido da terra adubada pelos séculos. O velho Sereno segurava a candeia, tentando compreender, tão próxima, a moça que à distância vira crescer, como flor única naquelas glebas. Durante parcos segundos, Sinhá não conseguiu balbuciar uma palavra. Tentava decifrar como aquela figura estranha havia invadido seu silêncio, que significado poderia ter dentro dele e se seria perigoso para as coisas ricas que guardava em segredo. Porém, achando que o silêncio era ainda mais insuportável, a moça voltou à carga: Quem lhe deu o direito de estar aqui? Ele tentou explicar: Vim só alumiá o negrume da noite pra vosmicê, Sinhazinha... Carecia de se assustá não... Não tenho medo de nada, ela empinou a própria fragilidade. Como poderia temer um empregado dentro da casa do senhor meu pai? Ademais, estava aqui com meus pensamentos...

O homem olhava com segurança os olhos escorridos de lágrimas da moça, cheios de brilhos amarelados pela chama da candeia. Sentia pena dela, mas sabia pelas décadas de convívio que não se devia manifestar piedade para com os senhores. Sereno sabe que está triste, Sinhá. Ma num pode fazê nada não, disse ele abaixando os olhos. Mas como pode saber disso? Não lhe dou esse direito. De onde você saiu?... Ainda com os olhos baixos, ele respondeu: Sempre estive aqui, Sinhazinha. Vim pra essas terras do senhor seu pai na barriga da minha mãe, que se foi embora amarrada naquele pé-de-jurema-branca, bem ali na direção onde a lua vai nascer já. Eu era desse tamaninho, cabia no cesto onde o alazão comia o seu mio. Naquele tempo o capataz era um homenzinho muito do ruim... Ela só queria alimentar a sua cria...

A moça se refez da letargia quando o ouviu falar no alazão, tornando a gritar: Não me fale do meu alazão. Eu amava o Trovão como se fosse uma pessoa! Ninguém montava nele além de mim! E acabaram de trazê-lo num arrasto de pau-de-mangue... Ele estava morto! E eu vou matar quem fez isso com ele... E a chorar convulsivamente ela recostou-se no portal, até sentar-se de novo no degrau do alpendre. Sereno continuou calado, imóvel, com os olhos cravados nas lages do chão. Como se sua alma cansada procurasse uma brecha para um imenso arrependimento.

Tentando descobrir em seu próprio silêncio o que deveria fazer naquela situação triste e constrangedora, o velho caboclo foi lentamente até a arandela pendurar a candeia. Não sabia o que fazer a mais. Durante quase vinte anos quisera ajudá-la em muitas situações de perigo, mas sempre chegava alguém antes. Sereno trabalhara sempre na plantação, às vezes tratando dos cavalos doentes e outras como mateiro. Amava a menina, antecipava os riscos que ela corria, mas haviam outros mais próximos dela. E agora o mesmo sentimento de proteção lhe parecia palpável de tão denso. E ironicamente, embora estivessem ali apenas os dois, simplesmente não sabia o que fazer.

Passados alguns poucos e imensos minutos, a moça quebrou o silêncio, mais calma, porém sem perder a altivez da voz: Como se chama? Sereno, Sinhazinha - disse ele. E porque está aqui, nunca lhe vi dentro de casa?... O velho empurrou a aba do chapéu para trás e coçou a calva rala e branca, como sempre fazia quando se sentia inseguro. Demorou um pouquinho mas respondeu: Eu vim de pés lá de trás da serra dos pastos... O senhor seu pai mandou que me alimentasse e ficasse por aqui até amanhecer. Ela insistiu: Mas por que veio de pés? Ah, Sinhazinha, parei no meio da mata para ouvir o sabiá-da-mata, tava cantando bem em cima de mim. Desde menino adoro os sabiás, num gaio da mangueira, por cima da minha palhoça tem um que fez ninho agora. Quando passo o café da tarde ele tá arrebentando os peitos, de tanto chamá uma fêmea pro seu ninho novinho e arrumadinho. Mas me distraí, meu cavalo assustou-se com a onça e saiu desembestado, nem sei pra onde. Mas vou lá buscar, pro seu pai meu senhor num ficá num prejuízo maió. Não é um bicho caro, é até meio capenga... Mas é um bom companheiro, num sabe? Vendo a perplexidade dela, ele perguntou: Que foi Sinhá, com essa boca aberta, quem nem peixe morto? A moça sussurrou: Onça?... Que onça é essa, Sereno?

O velho respirou profundamente. Não haveria mais de esconder. Ela que soubesse a verdade e que fizesse o que achasse justo. Disse a ela com segurança: a mesma que pegou o Trovão... Aquele sangue todo foi porque quando cheguei ela já tinha garrado no pescoço dele – disse caboclo limpando instintivamente as mãos grosseiras nas calças. A moça mostrou-se inconformada: E você não fez nada para ajudar o coitado? Não tinha uma arma, Sereno? Sinhazinha, ele caiu por cima da bicha, esperneava como um porco endemoninhado... Endemoninhado é você, miserável! Ele era o alazão mais valente que conheci... Só que havia uma onça mordendo o seu pescoço... E um homem medroso e inútil assistindo a sua morte desesperada! Que queria que o Trovão fizesse?... Sereno, se calou constrangido. E ela quis saber mais: E depois, Sereno?... Sinhazinha, num é nada fácil chegar perto de dois bichos grandes e raivosos... E eu só tinha mesmo o meu facão de mato e não queria ferir ainda mais o Trovão. Sim, mas o que você fez? – ela implacável. Eu nada, Sinhazinha, a onça é que resolveu desaparecer. Onça é um bicho covarde. Só pega pelas costas, sangra e espera morrer. Mas se sentindo insegura ela larga e fica de longe só espiando. Esperando a hora de comer sossegada. E o outro, que também é bicho, sabe que vai morrer e que ela vai vir lhe rasgar as tripas. É só uma questão de tempo... O mundo dos bichos é assim mesmo, Sinhá. Ninguém muda não. Vosmicê ta triste e eu também... Mas o Trovão tá não... Só tá esperando os primeiros lampejos do dia, pra correr por essas terras sem fim, pelos campos e pelas matas fechadas, num tem mais nada que lhe impeça... Vai conhecer todos os lugares onde nunca tinha ido, vai beber água do rio grande e vai saltar nas ondas da praia... Enquanto isso nós vai fica aqui chorando de tristeza, porque num pensa que ele ta livre como nunca foi... É que como nós só sente o sentimento da gente, só pensa com a cabeça da gente, então acha que o trovão ta sentindo e pensando a mesma coisa, Sinhazinha... Não tenha raiva não... Que ele não pode aparecer pra vosmicê e lhe contá como que é lá donde ele vem, ele vai ficar triste por causa da sua tristeza...

A moça se esforçava para aceitar aquela sabedoria estranha, que quase desdenhava os seus mais puros sentimentos, todas as coisas que aprendera a sentir. Mas, embora não tivesse coragem de dizê-lo, até que gostava muito de imaginar seu querido Trovão suando da correria que tanto amava, brilhando ao sol e ao luar. Ele amava o vazio dos espaços, os obstáculos que vencia, amava o vento revirando as suas crinas, enchendo-lhe os pulmões no peito enorme e musculoso, e depois expirava com força fazendo seu próprio vento, era quase um deus da natureza... Ah, como ele gostava disso... – dizia a si mesma. Alagada da própria ternura, disse então ao velho: Ele lutou até o último instante não foi, Sereno?

Ele era valente demais, eu o conhecia desde que era um potrinho muito abusado... Sou lhe muito grata, quero que fique, se alimente bem e descanse bastante. E depois vá buscar o pangaré, antes que essa onça o coma, já que não comeu o Trovão, pois que os homens foram buscá-lo antes disso... Sereno sentia-se mais à vontade agora, já sentado também no degrau de baixo. E completou: Vou Sinhazinha, antes de clariá vou atrás dele. E ai dela que se meta... Faça isso por mim, Sereno – ela pediu com raiva.

Não posso prometer, Sinhazinha... Não Sereno, não se arrisque, leve uma arma... E se ela lhe pegar pelo pescoço, como fez com o Trovão?... Vosmicê num fique triste não, Sinhá... Também sou meio bicho, já fiz muita coisa nesse mundo de meu Deus... Já matei oito onças, seu pai meu senhor pode lhe dizer... Uma delas ia morder era o pescoço dele... É que de uns anos pra cá elas estavam sumidas, que os cachorros farejam a catinga delas de longe... Gato tem raiva de cachorro e vice-versa, num sabe?

Eu prometo, Sereno. Vou contar para os meus netinhos essa estória. E vou me lembrar de dizer que você foi um herói, que não pode salvar o Trovão, mas veio de pés buscar homens, para que ele tivesse um enterro digno. Meus netinhos vão aprender a odiar todas as onças, porque essa matou o Trovão... Mas eis que tais palavras indignaram o velho filho-do-mato, e ele quis ser exato: Não, Sinhazinha... Isso não é certo, não é verdade não... Como, Sereno? Se ela não matou o meu alazão, então quem foi?... Fui eu mesmo, Sinhazinha... A moça de um pinote ficou de pé, com o dedo em riste, enfurecida lhe disse: Seu traidor! Vá embora, suma daqui! Nunca mais quero ver sua cara! Não vou lhe perdoar jamais! Vai... Antes que eu grite por alguém para lhe surrar no pé-de-jurema, desgraçado!

Naufragados novamente em profunda tristeza, ambos se foram. Ela para chorar na cama e ele no mato. Mas nenhum dos dois conseguiu dormir. A moça rolou na cama, sobre o lençol úmido das suas lágrimas, até que lhe viessem chamar para o almoço. Não foi. À tarde, na hora da refeição também não quis sair do quarto, deixando a todos apavorados. Seu pai começou a preocupar-se, vendo que as mucamas não paravam de cochichar pelos cantos. Resolveu-se a sacudi-la. Entrou no quarto como um furacão para intimidá-la e foi querendo saber o porque daquele drama. Sabia o porque, também sentia muito pelo alazão, sabia o valor que tinha, mas não queria perder também a filha. Sinhá estava desolada e não apenas pelo seu Trovão. As horas lentas da madrugada lhe convenceram de que havia sido injusta com o Sereno. Estava agora claro que quisera apenas poupar o animal de mais sofrimento. Não podia carregá-lo nas costas e com certeza não quis que o alazão assistisse a desgraçada da onça comer-lhe as carnes ainda vivas. Ela estava soterrada de remorso e com muito jeito fez o velho concordar em mandar buscá-lo. Assim também concordou em levantar-se para se banhar e voltar à vida normalmente.

Alguns dias depois estava novamente sentada no alpendre, mas dessa vez assistiu a obra da natureza que se comprazia em dispor da sua atenção. O dia terminou. Escureceu por completo. Ela se lembrou da noite em que se assustou com Sereno. Dessa vez queria imensamente que ele lhe trouxesse a candeia. Havia preparado algumas palavras para lhe pedir que perdoasse a grosseria. Ninguém lhe dissera uma palavra durante esses dias, tinha a impressão cada vez mais densa de que não lhe queriam falar a respeito. Uma luz veio de dentro, mas pelo andar sem botas não poderia ser Sereno. Era uma mucama, que foi dispensada. Sinhá só queria a luz do velho caboclo, como naquela noite. Agora queria gostar dele, da sua sabedoria e da sua paz. A lua começou a aflorar, derramando seu prateado pelas colinas que pareciam abraçar em segurança a mansão. De repente, algo mexia nas folhas do pé-de-jurema-branca, que pareciam lhe acenar variando o reflexo do luar. Então, para sua imensa surpresa ouviu com nitidez o canto mavioso de um sabiá... Mas como? Sabiá cantando há essa hora? Não pode ser... Não queria aceitar o que seu próprio silêncio lhe dizia, lutava contra com todas as suas forças... Então ouviu de novo, logo ouviu outra vez e de novo tornou a ouvir... As defesas que havia erguido em si própria foram ruindo a cada canto, como se fossem rojões de poderosos canhões. Até que não pode mais sustentar a certeza que preferia. O sabiá só podia estar feliz. Tão feliz que nem se importava com a noite, não queria esperar o amanhecer! Se quisesse vê-lo sempre feliz, devia afastar a tristeza. Libertá-lo do próprio peito para que fosse completamente livre, para que cantasse onde quisesse e quando quisesse. Seu canto não era triste como o de outros, mas vigoroso e doce como o de uma flauta da natureza. A mucama voltou com um semblante pávido, mas quedou-se quando à luz da candeia viu que o de sua Sinhazinha sorria para a lua, já em seu esplendor. A mucama lhe disse: Sinhazinha, o seu pai mandou meu irmão e me primo buscar o Sereno... Mas eles não querem falar, estão com medo. Medo de que? Diga logo... Não fica brava comigo não Sinhazinha... Fala de uma vez, mulher... É que a onça pegou o Sereno também, Sinhazinha...

Completamente perplexa, a mucama ouviu a Sinhá lhe dizer com doçura: Não fique assim tão triste. Há essa hora ele deve estar bem assobiando por aí... Por onde, Sinhazinha?... Pela natureza, pelo céu, pelo rio grande, ou se lavando nas ondas do mar... A pobre mucama não conseguia atinar com aquelas palavras surpreendentes e Sinhá completou: Anda, pode deixar a candeia na arandela e vá pra dentro. Se precisar eu lhe chamo, agora vá. Quando mais tarde seu pai veio lhe buscar para dentro, aliviado pelas falas da mucama, encontrou-a bem disposta, quase feliz para aquelas circunstâncias. Sinhá aproveitara o tempo para fazer uma prece emocionada, repleta de gratidão e amizade, pela alma do velho Sereno. Durante toda vida estivera bem ali e nem o havia notado. Mas havia sido de grande valia justo no momento que mais precisou. Se estava feliz a ponto de assobiar no galho do pé-de-jurema àquelas horas, então deviam estar todos felizes: O Sereno, sua pobre mãe e também o Trovão. Não, não queria mais pensar em tristezas. Foi quando seu orgulhoso pai, sentindo necessidade de participar daquele momento lhe disse: Deixe estar, querida... Aquela maldita onça não irá longe... Eu me encarregarei disso pessoalmente.

Lou Poulit
Direitos Exclusivos do Autor

Foto de Adji

Sem sentido

Fica sem sentido essa busca
Sem a ansiedade da espera
Sem a surpresa no encontro
Sem os arrepios no corpo
Sem os disparos nos corações
Bocas se querem em beijos
Corpos atraídos se tocam
Sabores e aromas se juntam
Em ritmos sincronizados
Ouvidos aguçados, gemidos contidos
Todos os sentidos em sintonia
São sentimentos em profusão!
Sentimentos que não nos são devidos
Levam-nos a sentir sem sentido

Foto de Camillinha

Respostas que parecem não querer chegar

De repente senti meu coração pulsar...
Pulsar...pulsar...pulsar
E isso foi aumento gradativamente ao longo da conversa.
Era como se eu estivesse sofrendo de uma grande emoção!
Falta de ar, sentia eu.
Porém não me sentia emocionada, decepcionada, apaixonada.
Eu realmente não sabia, ou melhor, ainda não sei o que eu estou sentindo ou o que eu senti naquele momento que não passa de alguns meros instantes antes de escrever esses versos...
Agora ao relembrar da conversa, me sinto aflita como se tivessem me colocado na parede.E se te se tem uma coisa que eu não suporte é quando me intimidam...
Além de ser pega quase sempre de surpresa, o nervosismo quase sempre acompanha.
O que atrapalha tudo...
E é desse tudo que eu tenho medo, que eu tanto temo.
E que sem querer passei a evitar...
Aquele tudo, que se resume numa única pessoa, num único garoto.
Diante dos meus olhos, ele é como qualquer adolescente de 17 anos amigo de todo mundo, simpático, louco para dirigir, palhaço etc.
Mas diante de todas essas características, a que mais me chamou a atenção foi o ser prestativo, disponível, aquela pessoa que você sonha em ter na sua vida. Mais quando tem não sabe como agir.
Talvez pelo simples fato de você não pedir para entrar na sua vida...
Simplesmente ela foi chegando, se instalando e por lá ficou e ainda permanece intacta.
Com o passar dos meses o que parecia intacto começou a se mexer, a se provar e a também exigir.
Mas exigir o que?
Já não era mais atenção, amizade, companheirismo, agora era amor.
O amor que eu não sinto semeado dentro de mim...
Cultivado talvez, mas ainda a muito para ser regado, pois, ele ainda não brotou!
Não devemos mexer com sentimentos, ainda mais quando estes, como os meus estão tão tranqüilos...
Já os deles, tão evidentes!
Não sei o que fazer, pois ao mesmo tempo em que penso que tenho de dar uma nova chance para mim, para o meu coração.Sentir que eu posso amar de novo, fazer alguém feliz e ser feliz também, ainda me restam dúvidas...
Sinto-me traindo, tanto meu ex-namorado como o menino, pois, meu ex apesar de não ter mais nada com ele, eu ainda o amo.
E o menino, poderia magoá-lo, forçando uma situação.
Mas também não quero perder a “amizade” que talvez nunca existiu...
Não consigo suportar a idéia de ser ignorada por ele...
Gosto de ouvir seus comentários, ouvir histórias e rir no telefone...
Ele faz com que eu me sinta menos sozinha, menos triste.A única pessoa que consegue arrancar um sorriso meu num momento de dor, tristeza.
Vamos dizer que eu me acomodei, acostumei com a situação de ele estar sempre perto de mim quando eu preciso.A partida dele seria como voltar ao que eu era antes...
Não menos feliz, mas menos compreendida...
Sinceramente, não sei o que eu espero de isso tudo, de mim dos outros...
Espero que de mim, não esperem nada...
Pois se esperarem, ficarão sem respostas!

Foto de Lou Poulit

O Trovão e o Sabiá Sereno

Sentada sob alpendre da mansão colonial, sua fortaleza de toda a vida, Sinhá havia se perdido em seus pensamentos. O dia havia se despedido há pouco, na apoteose fugaz de um céu prestante de cores e texturas, que de tudo o que pode tentou fazer para merecer a atenção da moça. Nem a sinfonia da passarada fez efeito. Tudo em vão, restaram as estrelas que nem sequer se aventuravam. A passarada se calou para dar a vez aos grilos, sapos e outros barulhentos notívagos. Sinhá revirava mecanicamente os fartos rendados da saia à sua volta, pois de fato não estava ali.

Então, passos arrastados vindos de dentro precipitaram-na do etéreo, de volta ao corpinho magoado pela posição pouco cômoda. De tão surpresa e assustada, não teve coragem de se virar. E esperou apenas, como seu sangue esperava dentro das veias. Aos poucos uma luz tênue, mas capaz de expulsar soberanamente a escuridão, se aproximou. Depois mais um pouco. A moça temeu que se aproximasse ainda mais e explodiu em gritos nervosos: Saia já daqui! O que quer de mim, demônio? Eu não lhe chamei aqui!

A pouca distância um caboclo mulato de aspecto impressionante, pele muito morena e os olhos claríssimos de uma onça enterrados no rosto embrutecido, como pequenas gemas raras no emboço úmido da terra adubada pelos séculos. O velho Sereno segurava a candeia, tentando compreender, tão próxima, a moça que à distância vira crescer, como flor única naquelas glebas. Durante parcos segundos, Sinhá não conseguiu balbuciar uma palavra. Tentava decifrar como aquela figura estranha havia invadido seu silêncio, que significado poderia ter dentro dele e se seria perigoso para as coisas ricas que guardava em segredo. Porém, achando que o silêncio era ainda mais insuportável, a moça voltou à carga: Quem lhe deu o direito de estar aqui? Ele tentou explicar: Vim só alumiá o negrume da noite pra vosmicê, Sinhazinha... Carecia de se assustá não... Não tenho medo de nada, ela empinou a própria fragilidade. Como poderia temer um empregado dentro da casa do senhor meu pai? Ademais, estava aqui com meus pensamentos...

O homem olhava com segurança os olhos escorridos de lágrimas da moça, cheios de brilhos amarelados pela chama da candeia. Sentia pena dela, mas sabia pelas décadas de convívio que não se devia manifestar piedade para com os senhores. Sereno sabe que está triste, Sinhá. Ma num pode fazê nada não, disse ele abaixando os olhos. Mas como pode saber disso? Não lhe dou esse direito. De onde você saiu?... Ainda com os olhos baixos, ele respondeu: Sempre estive aqui, Sinhazinha. Vim pra essas terras do senhor seu pai na barriga da minha mãe, que se foi embora amarrada naquele pé-de-jurema-branca, bem ali na direção onde a lua vai nascer já. Eu era desse tamaninho, cabia no cesto onde o alazão comia o seu mio. Naquele tempo o capataz era um homenzinho muito do ruim... Ela só queria alimentar a sua cria...

A moça se refez da letargia quando o ouviu falar no alazão, tornando a gritar: Não me fale do meu alazão. Eu amava o Trovão como se fosse uma pessoa! Ninguém montava nele além de mim! E acabaram de trazê-lo num arrasto de pau-de-mangue... Ele estava morto! E eu vou matar quem fez isso com ele... E a chorar convulsivamente ela recostou-se no portal, até sentar-se de novo no degrau do alpendre. Sereno continuou calado, imóvel, com os olhos cravados nas lages do chão. Como se sua alma cansada procurasse uma brecha para um imenso arrependimento.

Tentando descobrir em seu próprio silêncio o que deveria fazer naquela situação triste e constrangedora, o velho caboclo foi lentamente até a arandela pendurar a candeia. Não sabia o que fazer a mais. Durante quase vinte anos quisera ajudá-la em muitas situações de perigo, mas sempre chegava alguém antes. Sereno trabalhara sempre na plantação, às vezes tratando dos cavalos doentes e outras como mateiro. Amava a menina, antecipava os riscos que ela corria, mas haviam outros mais próximos dela. E agora o mesmo sentimento de proteção lhe parecia palpável de tão denso. E ironicamente, embora estivessem ali apenas os dois, simplesmente não sabia o que fazer.

Passados alguns poucos e imensos minutos, a moça quebrou o silêncio, mais calma, porém sem perder a altivez da voz: Como se chama? Sereno, Sinhazinha - disse ele. E porque está aqui, nunca lhe vi dentro de casa?... O velho empurrou a aba do chapéu para trás e coçou a calva rala e branca, como sempre fazia quando se sentia inseguro. Demorou um pouquinho mas respondeu: Eu vim de pés lá de trás da serra dos pastos... O senhor seu pai mandou que me alimentasse e ficasse por aqui até amanhecer. Ela insistiu: Mas por que veio de pés? Ah, Sinhazinha, parei no meio da mata para ouvir o sabiá-da-mata, tava cantando bem em cima de mim. Desde menino adoro os sabiás, num gaio da mangueira, por cima da minha palhoça tem um que fez ninho agora. Quando passo o café da tarde ele tá arrebentando os peitos, de tanto chamá uma fêmea pro seu ninho novinho e arrumadinho. Mas me distraí, meu cavalo assustou-se com a onça e saiu desembestado, nem sei pra onde. Mas vou lá buscar, pro seu pai meu senhor num ficá num prejuízo maió. Não é um bicho caro, é até meio capenga... Mas é um bom companheiro, num sabe? Vendo a perplexidade dela, ele perguntou: Que foi Sinhá, com essa boca aberta, quem nem peixe morto? A moça sussurrou: Onça?... Que onça é essa, Sereno?

O velho respirou profundamente. Não haveria mais de esconder. Ela que soubesse a verdade e que fizesse o que achasse justo. Disse a ela com segurança: a mesma que pegou o Trovão... Aquele sangue todo foi porque quando cheguei ela já tinha garrado no pescoço dele – disse caboclo limpando instintivamente as mãos grosseiras nas calças. A moça mostrou-se inconformada: E você não fez nada para ajudar o coitado? Não tinha uma arma, Sereno? Sinhazinha, ele caiu por cima da bicha, esperneava como um porco endemoninhado... Endemoninhado é você, miserável! Ele era o alazão mais valente que conheci... Só que havia uma onça mordendo o seu pescoço... E um homem medroso e inútil assistindo a sua morte desesperada! Que queria que o Trovão fizesse?... Sereno, se calou constrangido. E ela quis saber mais: E depois, Sereno?... Sinhazinha, num é nada fácil chegar perto de dois bichos grandes e raivosos... E eu só tinha mesmo o meu facão de mato e não queria ferir ainda mais o Trovão. Sim, mas o que você fez? – ela implacável. Eu nada, Sinhazinha, a onça é que resolveu desaparecer. Onça é um bicho covarde. Só pega pelas costas, sangra e espera morrer. Mas se sentindo insegura ela larga e fica de longe só espiando. Esperando a hora de comer sossegada. E o outro, que também é bicho, sabe que vai morrer e que ela vai vir lhe rasgar as tripas. É só uma questão de tempo... O mundo dos bichos é assim mesmo, Sinhá. Ninguém muda não. Vosmicê ta triste e eu também... Mas o Trovão tá não... Só tá esperando os primeiros lampejos do dia, pra correr por essas terras sem fim, pelos campos e pelas matas fechadas, num tem mais nada que lhe impeça... Vai conhecer todos os lugares onde nunca tinha ido, vai beber água do rio grande e vai saltar nas ondas da praia... Enquanto isso nós vai fica aqui chorando de tristeza, porque num pensa que ele ta livre como nunca foi... É que como nós só sente o sentimento da gente, só pensa com a cabeça da gente, então acha que o trovão ta sentindo e pensando a mesma coisa, Sinhazinha... Não tenha raiva não... Que ele não pode aparecer pra vosmicê e lhe contá como que é lá donde ele vem, ele vai ficar triste por causa da sua tristeza...

A moça se esforçava para aceitar aquela sabedoria estranha, que quase desdenhava os seus mais puros sentimentos, todas as coisas que aprendera a sentir. Mas, embora não tivesse coragem de dizê-lo, até que gostava muito de imaginar seu querido Trovão suando da correria que tanto amava, brilhando ao sol e ao luar. Ele amava o vazio dos espaços, os obstáculos que vencia, amava o vento revirando as suas crinas, enchendo-lhe os pulmões no peito enorme e musculoso, e depois expirava com força fazendo seu próprio vento, era quase um deus da natureza... Ah, como ele gostava disso... – dizia a si mesma. Alagada da própria ternura, disse então ao velho: Ele lutou até o último instante não foi, Sereno?

Ele era valente demais, eu o conhecia desde que era um potrinho muito abusado... Sou lhe muito grata, quero que fique, se alimente bem e descanse bastante. E depois vá buscar o pangaré, antes que essa onça o coma, já que não comeu o Trovão, pois que os homens foram buscá-lo antes disso... Sereno sentia-se mais à vontade agora, já sentado também no degrau de baixo. E completou: Vou Sinhazinha, antes de clariá vou atrás dele. E ai dela que se meta... Faça isso por mim, Sereno – ela pediu com raiva.

Não posso prometer, Sinhazinha... Não Sereno, não se arrisque, leve uma arma... E se ela lhe pegar pelo pescoço, como fez com o Trovão?... Vosmicê num fique triste não, Sinhá... Também sou meio bicho, já fiz muita coisa nesse mundo de meu Deus... Já matei oito onças, seu pai meu senhor pode lhe dizer... Uma delas ia morder era o pescoço dele... É que de uns anos pra cá elas estavam sumidas, que os cachorros farejam a catinga delas de longe... Gato tem raiva de cachorro e vice-versa, num sabe?

Eu prometo, Sereno. Vou contar para os meus netinhos essa estória. E vou me lembrar de dizer que você foi um herói, que não pode salvar o Trovão, mas veio de pés buscar homens, para que ele tivesse um enterro digno. Meus netinhos vão aprender a odiar todas as onças, porque essa matou o Trovão... Mas eis que tais palavras indignaram o velho filho-do-mato, e ele quis ser exato: Não, Sinhazinha... Isso não é certo, não é verdade não... Como, Sereno? Se ela não matou o meu alazão, então quem foi?... Fui eu mesmo, Sinhazinha... A moça de um pinote ficou de pé, com o dedo em riste, enfurecida lhe disse: Seu traidor! Vá embora, suma daqui! Nunca mais quero ver sua cara! Não vou lhe perdoar jamais! Vai... Antes que eu grite por alguém para lhe surrar no pé-de-jurema, desgraçado!

Naufragados novamente em profunda tristeza, ambos se foram. Ela para chorar na cama e ele no mato. Mas nenhum dos dois conseguiu dormir. A moça rolou na cama, sobre o lençol úmido das suas lágrimas, até que lhe viessem chamar para o almoço. Não foi. À tarde, na hora da refeição também não quis sair do quarto, deixando a todos apavorados. Seu pai começou a preocupar-se, vendo que as mucamas não paravam de cochichar pelos cantos. Resolveu-se a sacudi-la. Entrou no quarto como um furacão para intimidá-la e foi querendo saber o porque daquele drama. Sabia o porque, também sentia muito pelo alazão, sabia o valor que tinha, mas não queria perder também a filha. Sinhá estava desolada e não apenas pelo seu Trovão. As horas lentas da madrugada lhe convenceram de que havia sido injusta com o Sereno. Estava agora claro que quisera apenas poupar o animal de mais sofrimento. Não podia carregá-lo nas costas e com certeza não quis que o alazão assistisse a desgraçada da onça comer-lhe as carnes ainda vivas. Ela estava soterrada de remorso e com muito jeito fez o velho concordar em mandar buscá-lo. Assim também concordou em levantar-se para se banhar e voltar à vida normalmente.

Alguns dias depois estava novamente sentada no alpendre, mas dessa vez assistiu a obra da natureza que se comprazia em dispor da sua atenção. O dia terminou. Escureceu por completo. Ela se lembrou da noite em que se assustou com Sereno. Dessa vez queria imensamente que ele lhe trouxesse a candeia. Havia preparado algumas palavras para lhe pedir que perdoasse a grosseria. Ninguém lhe dissera uma palavra durante esses dias, tinha a impressão cada vez mais densa de que não lhe queriam falar a respeito. Uma luz veio de dentro, mas pelo andar sem botas não poderia ser Sereno. Era uma mucama, que foi dispensada. Sinhá só queria a luz do velho caboclo, como naquela noite. Agora queria gostar dele, da sua sabedoria e da sua paz. A lua começou a aflorar, derramando seu prateado pelas colinas que pareciam abraçar em segurança a mansão. De repente, algo mexia nas folhas do pé-de-jurema-branca, que pareciam lhe acenar variando o reflexo do luar. Então, para sua imensa surpresa ouviu com nitidez o canto mavioso de um sabiá... Mas como? Sabiá cantando há essa hora? Não pode ser... Não queria aceitar o que seu próprio silêncio lhe dizia, lutava contra com todas as suas forças... Então ouviu de novo, logo ouviu outra vez e de novo tornou a ouvir... As defesas que havia erguido em si própria foram ruindo a cada canto, como se fossem rojões de poderosos canhões. Até que não pode mais sustentar a certeza que preferia. O sabiá só podia estar feliz. Tão feliz que nem se importava com a noite, não queria esperar o amanhecer! Se quisesse vê-lo sempre feliz, devia afastar a tristeza. Libertá-lo do próprio peito para que fosse completamente livre, para que cantasse onde quisesse e quando quisesse. Seu canto não era triste como o de outros, mas vigoroso e doce como o de uma flauta da natureza. A mucama voltou com um semblante pávido, mas quedou-se quando à luz da candeia viu que o de sua Sinhazinha sorria para a lua, já em seu esplendor. A mucama lhe disse: Sinhazinha, o seu pai mandou meu irmão e me primo buscar o Sereno... Mas eles não querem falar, estão com medo. Medo de que? Diga logo... Não fica brava comigo não Sinhazinha... Fala de uma vez, mulher... É que a onça pegou o Sereno também, Sinhazinha...

Completamente perplexa, a mucama ouviu a Sinhá lhe dizer com doçura: Não fique assim tão triste. Há essa hora ele deve estar bem assobiando por aí... Por onde, Sinhazinha?... Pela natureza, pelo céu, pelo rio grande, ou se lavando nas ondas do mar... A pobre mucama não conseguia atinar com aquelas palavras surpreendentes e Sinhá completou: Anda, pode deixar a candeia na arandela e vá pra dentro. Se precisar eu lhe chamo, agora vá. Quando mais tarde seu pai veio lhe buscar para dentro, aliviado pelas falas da mucama, encontrou-a bem disposta, quase feliz para aquelas circunstâncias. Sinhá aproveitara o tempo para fazer uma prece emocionada, repleta de gratidão e amizade, pela alma do velho Sereno. Durante toda vida estivera bem ali e nem o havia notado. Mas havia sido de grande valia justo no momento que mais precisou. Se estava feliz a ponto de assobiar no galho do pé-de-jurema àquelas horas, então deviam estar todos felizes: O Sereno, sua pobre mãe e também o Trovão. Não, não queria mais pensar em tristezas. Foi quando seu orgulhoso pai, sentindo necessidade de participar daquele momento lhe disse: Deixe estar, querida... Aquela maldita onça não irá longe... Eu me encarregarei disso pessoalmente.

Lou Poulit
Direitos Exclusivos do Autor

Foto de Chuva Heavy

Vida e morte

Vida,morte
Será sorte?
É vazio
Mas cheio de gente
Quanta gente!
O que é isso?
Vida?morte?
Purgatório presente
Á quem sente
Vida,morte
Ausente.
Presente surpresa!
Alguém!quem?
É você?
Sou eu?
Vivo,morto
Vivo!viva!vida
Contida nisso
Naquilo nada
Tudo é sorte
Por que é
Que então nos foge?
Já que a morte
É algo iminente
Tão presente
Quanto a angústia aparente
E a vida,
Está em detrimento
E não só por um momento
Vivo para esse lamento...

Douglas A. Santos e Chuva Heavy
25/01/2007

Foto de Nelson Carvalho

Para a Silvia Moreira a mulher dos meus sonhos

Ola meu amor eu sei que nao tavas a espera de ver isto aqui decidi fazer-te uma surpresa eu quero que todo o mundo saiba o quanto te amo o quanto tu me fazes bem nós hoje tamos de parabéns meu amor 8 mesinhos de namoro quem diria né amor eu nunca pensei que fosse passar daquela famosa sexta-feira a noite mas passou e ainda bem porque graças a ti tenho passado os melhores 8 meses da minha vida eu ja nao me imagino sem ti ou melhor eu ja nao vivo sem ti tu fazes parte da minha vida eu preciso de ti assim como preciso do ar pa viver eu amo-te tanto meu amor eu quero aqui em publico agradeçer-te por todo o amor,pelo carinho,pela atençao,pelo afecto por tudo mesmo que me tens dado eu nunca me senti tão amado como me sinto hoje nem nunca amei como hj amo tu mudaste-me por completo e para melhor amor tudo o que sou hoje sou graças a ti eu quero-te para todo o sempre meu anjinho eu andava tao embaixo a rastejar pelos cantos a sofrer por uma pessoa que nao mereçia nem um pouco o meu sofrimento até que deus te pos no meu caminho para me iluminares para que eu realmente percebesse que o que eu sentia era uma merá ilussão que o verdadeiro amor estava guardado para ti dentro desta caixinha que se chama coração dizem que cada pessoa tem o seu destino marcado e que ja ha alguem escolhido para ser sua esposa(o) eu sinceramente acredito que tu és a minha estes 8 meses mostraram que nada nem ninguem nos vai separar nosso amor é tao forte e bonito que poe inveja a tanta gente... lembras-te a D.orquidea dizer que nos fazemos um lindo casal e a Lela tambem o dizer que nós ficamos muito bem um ao lado do outro eu sei que ainda é muito cedo para dizer isto mas eu quero-te para minha esposa para mãe dos meus filhos eu pareçe que ja te conheço a tanto tempo amor eu sei que posso contar contigo para o que der e vier eu sou mesmo um felizardo por ter encontrado a mulher mais fantastica do planeta tu és o meu maior sonho tornado realidade eu tenho aqui um pedido pa te fazer amor eu sei que ja to pedi antes mas volto a pedir tu nunca me deixes senao a minha vida acaba acredita que acaba eu seria capaz de morrer por ti amor eu faço tudo mas tudo mesmo pa te ver feliz eu lutarei com o mundo se for preçiso eu não quero perder o teu amor eu perder o teu amor é a mesma coisa que perder a vida tu és uma bençao tu és o meu mundo eu preciso de ti para caminhar... por eu escrever isto aqui tu podes pensar que eu sou louco e tens toda a razao eu sou louco de amores por ti eu tou completamente doido atrofiado desta cabeça isto culpa tua por seres comigo o que és eu nunca imaginei que podesse issistir alguem tao preçiossa tao carinhosa tao divertida enfim tu és unica e felizmente és minha eu txiiiiiii amo demais amor e tu nc imaginarás o quanto porque é sempre acima do qu pensas fica comigo para sempre continua a fazer de mim o Homem mais feliz do universo que eu prometo-te fazer de ti a Mulher mais feliz do universo... Agora me despesso com milhoes de beijos cheios de amor e carinho deste eterno apaixonado

Foto de Claudio Ferreira Borges

Torturas do amor

Um olhar,
Um sentimento proibido.
Um amor,
Um amor perdido.

Lembro do tempo de infância...
Lembro do que fiz.
Tentei te entregar para outro só para saber se era a mim que você queria.
Fiquei feliz, contente, sorridente,
Sabendo que era você minha pretendente.

O primeiro beijo parecia um sonho, um sentimento tão forte tomou meu coração,
Guardo na lembrança aquele dia de criança,
O dia mais lindo de minha infância.

Mas nem tudo é alegria,
Enquanto no quartel eu ralava,
Você se distraia.
O destino preparava uma armadilha,
Quando percebi você não era mais minha.
E o pior aconteceu,
Quando percebi que seu amor não era mais meu.

Cegaram-me,
Fui ferido,
Por terem o meu amor escondido.
Para onde ela foi?
Só descobri depois.
Foi rápido demais,
Descobri que estava com outro rapaz,
De boa família,
De boa situação,
Foi o suficiente para a sua união.

Enquanto eu bebia em um bar,
Ouvia na Igreja o festejar,
Bebi calado pensando,
O meu amor está se casando.

Como se não fosse suficiente,
Levou ela para longe para sempre.

Foi aí que minha vida se transformou,
Tive várias mulheres,
Mas nenhuma me completou.
Andei perdido,
Andei pensando...
Será que encontrarei um outro amor?

Descobri que só ela fazia parte do meu coração.
Só lembranças,
Tenho no coração,
Esperança,
Tarde demais.

Olho para o céu e percebo que podes estar vendo o mesmo céu,
Combustível para minha vida,
Respirando o mesmo ar que eu respiro,
Vendo as estrelas que vejo,
Prazer em saber que ela vive,
Mesmo sem ser ao meu lado.

Uma surpresa,
Uma emoção,
Quando ela voltou e me fez uma confissão.
Acreditei e alegre fiquei,
Em saber que era meu o coração da mulher que me apaixonei.

Ela foi embora,
Eu na esperança,
O tempo passando,
E ela teve uma criança.

Ela voltou e afirmou,
Que de saudades de mim ficou.
Eu acreditei,
Sonhando sozinho,
E ela partiu,
E teve um menino.

Tanta facada no meu coração,
Com tanta esta dor não agüento mais não.
O amor é forte,
Supera a mágoa,
E mais uma vês eu a esperava.

Ela voltou e me confessou,
Que eu era a pessoa que sempre amou.
Eu estava confuso,
Não sabia mais se acreditava,
Mas o amor que eu sinto logo me cegou.
Acreditei,
Fiquei pensando,
Naquela mulher que estava amando.

Foi quando percebi que o tempo passara,
Que meu amor só me magoava.
Envelhecer sozinho por causa de um amor...
Já tomei uma decisão,
Vou tocar minha vida sem meu coração,
Não vou mais viver de ilusão,
Esperar por alguém que brinca comigo como num parque de diversões.
Vou viver com essa dor dentro do meu peito,
Encontrar uma pessoa que por mim tenha respeito,
Que esteja comigo quando eu quiser,
Esteja do meu lado,
Seja a minha mulher.

Ter os meus filhos,
Vê-los brincar,
Dar a eles muito amor e muito carinho,
Dar a minha mãe uns netinhos,
Que já está cansada de esperar,
Eu não sei mais quanto tempo ela vai agüentar,
Essa felicidade eu hei de presenciar.

Estou cansado,
O tempo passa rápido e agente não vê,
Se bobear nem vejo meu filho crescer.

Vou levar minha vida,
Tentar encontrar,
Uma pessoa para ser parte do meu lar.
Pedir a DEUS que me mostre o caminho,
Em nome de seu filho que morreu na cruz,
Por causa de pessoas que precisam de luz.

Não posso mais viver acreditando,
Em promessas,
Em palavras.
Só sei o que eu sinto,
Não sei de você,
Uma pessoa que só me faz sofrer.
Eu sei que tivemos muitos momentos bons,
Mas isso ficará guardado em nossos corações,
Ou no meu,
Não sei,
Parei,
Acordei,
Vou viver.

Aproveite sua vida a cada segundo,
Ela passa rápido demais.
Seja feliz,
Viva em paz.

Eu vou viver minha vida nessa ilusão,
Queria ter nascido se coração.

Foto de Claudio Ferreira Borges

Torturas do amor

Um olhar,
Um sentimento proibido.
Um amor,
Um amor perdido.

Lembro do tempo de infância...
Lembro do que fiz.
Tentei te entregar para outro só para saber se era a mim que você queria.
Fiquei feliz, contente, sorridente,
Sabendo que era você minha pretendente.

O primeiro beijo parecia um sonho, um sentimento tão forte tomou meu coração,
Guardo na lembrança aquele dia de criança,
O dia mais lindo de minha infância.

Mas nem tudo é alegria,
Enquanto no quartel eu servia,
Você se distraia.
O destino preparava uma armadilha,
Quando percebi você não era mais minha.
E o pior aconteceu,
Quando percebi que seu amor não era mais meu.

Cegaram-me,
Fui ferido,
Por terem o meu amor escondido.
Para onde ela foi?
Só descobri depois.
Foi rápido demais,
Descobri que estava com outro rapaz,
De boa família,
De boa situação,
Foi o suficiente para a sua união.

Enquanto eu bebia em um bar,
Ouvia na Igreja o festejar,
Bebi calado pensando,
O meu amor está se casando.

Como se não fosse suficiente,
Levou ela para longe para sempre.

Foi aí que minha vida se transformou,
Tive várias mulheres,
Mas nenhuma me completou.
Andei perdido,
Andei pensando...

Só lembranças,
Tenho no coração,
Esperança...
Tarde demais.

Olho para o céu e percebo que podes estar vendo o mesmo céu,
Combustível para minha vida,
Respirando o mesmo ar que eu respiro,
Vendo as estrelas que vejo,
Prazer em saber que ela vive,
Mesmo sem ser ao meu lado.

Uma surpresa,
Uma emoção,
Quando ela voltou e me fez uma confissão.
Acreditei e alegre fiquei,
Em saber que era meu o coração da mulher que me apaixonei.

Ela foi embora,
Eu na esperança,
O tempo passando,
E ela teve uma criança.

Ela voltou e afirmou,
Que de saudades de mim ficou.
Eu acreditei,
Sonhando sozinho,
E ela partiu,
E teve um menino.

Tanta facada no meu coração,
Com tanta esta dor não agüento mais não.
O amor é forte,
Supera a mágoa,
E mais uma vês eu a esperava.

Ela voltou e me confessou,
Que eu era a pessoa que sempre amou.
Eu estava confuso,
Não sabia mais se acreditava,
Mas o amor que eu sinto logo me cegou.
Acreditei,
Fiquei pensando,
Naquela mulher que estava amando.

Foi quando percebi que o tempo passara,
Que meu amor só me magoava.
Envelhecer sozinho por causa de um amor...
Já tomei uma decisão,
Vou tocar minha vida sem meu coração,
Não vou mais viver de ilusão,
Esperar por alguém que brinca comigo como num parque de diversão.
Vou viver com essa dor dentro do meu peito,
Encontrar uma pessoa que por mim tenha respeito,
Que esteja comigo quando eu quiser,
Esteja do meu lado,
Seja a minha mulher.

Ter os meus filhos,
Vê-los brincar,
Dar a eles muito amor e muito carinho,
Dar a minha mãe uns netinhos...

Estou cansado,
O tempo passa rápido e agente não vê,
Se bobear nem vejo meu filho crescer.

Vou levar minha vida,
Tentar encontrar,
Uma pessoa para ser parte do meu lar.

Não posso mais viver acreditando,
Em promessas,
Em palavras.
Só sei o que eu sinto,
Não sei de você,
Uma pessoa que só me faz sofrer.
Eu sei que tivemos muitos momentos bons,
Mas isso ficará guardado em nossos corações,
Ou no meu,
Não sei,
Parei,
Acordei,
Vou viver.

Aproveite sua vida a cada segundo,
Ela passa rápido demais.
Seja feliz,
Viva em paz.

Eu vou viver minha vida nessa ilusão,
Queria ter nascido se coração.

Foto de tico-13

AMOR...

O AMOR TOMOU CONTA DE MIM,A VERDADE É Q
APROXIMOU-SE DE REPENTE
FOI COMO UM GOLPE BAIXO
SEM ESPERAR, SEM RESPIRAR E NUM BEIJO FEZ EU A AMAR
APAIXONADO, EMBREAGADO PELO AMOR, AGORA ESTOU
SEM CHÃO, SEM CÉU!!!
TUDO MUDOU!!!
NEM SEI MAIS QUEM SOU,
NEM SEI O Q SOU.
O AR É MAIS GOSTOSO DE RESPIRAR
SEU PERFUME NELE, CONSIGO CHEIRAR,
A VIDA ME TROUXE VC COMO SURPRESA,
NEM SEMPRE PERDEMOS NUM JOGO
POIS NO JOGO DO AMOR
SOU UM VENCEDOR.
VC ME ENSINOU A GANHAR
ME ENSINOU A AMAR
E COM ESSAS PALAVRAS,
TALVEZ NEM TÃO BELAS
QUERO DIZER O TAMANHO DO MEU AMOR POR VC
MAS MEU AMOR NÃO TEM TAMANHO!!
MEU AMOR POR VC É SUBLIME
NÃO SE MEDE...
ESTÁ ESCRITO NO MEU ROSTO,
MAS NÃO SE PODE MEDIR ALGO TÃO GRANDE
TÃO BELO, TÃO ESPECIAL..
E QTAS VEZES FOREM PRECISO
DIREI Q A AMO!!!
AMO VC!!

Foto de Tancredo A. P. Filho

AMOR PRA DECLARAR

Certo dia fui passear numa praça,
Onde tinha uns canteiros bem floridos,
Nesse jardim vi você
Tão linda e sedutora
Passeava sorridente,
Trajando um vestido lilás
Perfeitamente ajustado ao seu corpo.
Sentou-se num banco,
cruzou as pernas...
Estava com uma rosa vermelha,
Olhava a rosa,
Tinha um semblante lindo,
Muito lindo, suave, formoso...
Esse seu jeito de olhar sedutor,
Faz de você uma bela mulher.
Passou muito tempo sentada,
Não sei em que pensava no momento,
Só sei que eu ao olhar a desejei...
Alguns meses passaram
e aquela imagem,
Não saia do meu pensamento.

Alimentei esperança
De um dia encontrá-la...
De repente eis que você aparece
Na minha frente,
quando já tinha perdido
A esperança,
Quando pretendia esquecê-la
Julguei que não conseguiria pra mim...
No entanto conversamos alegremente
E tive uma bendita surpresa,
Você disse que me amava
há muito tempo,
E que isso era de conhecimento
de todos,
Só eu não sabia...

:::::::TAPF:::::::

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