Sorte

Foto de onil

CASA DO MONTE

NÃO NASCI NO ALENTEJO
MAS QUANDO POR ELE VIAJO
SINTO UM ENORME PRAZER
JÁ HÁ EM ALGUNS LADOS
PINHEIROS VERDES PLANTADOS
QUE DÁ GOSTO PODER VER

HÀ UNS BONS ANOS ATRÁS
DESCOBRI AQUI A PAZ
NESTE MONTE DE VAQUEIROS
CONHECI NOVAS ALDEIAS
AQUI REFRESCO AS IDEIAS
REVEJO ALGUNS COMPANHEIROS

DE MANHÃ PELA ALVORADA
O SOL DE COR AVERMELHADA
FAZ ADIVINHAR GRANDE CALOR
NESTA TERRA DE SOL QUENTE
O CLIMA É BEM DIFERENTE
OS MONTES TEM OUTRA COR

AS ESTEVAS ESTÃO FLORIDAS
PEGAM-SE ÁS ROUPAS VESTIDAS
QUANDO ANDAMOS ENTRE ELAS
VEEM-SE CARREIROS DAS LEBRES
QUE VÃO DAR A ALGUNS CASEBRES
E AS PERDIZES COMO SÃO BELAS

CORRE-ME O SUOR NO ROSTO
ESTAMOS NO MÊS DE AGOSTO
AQUI O CALOR É IMENSO
DEPOIS DO ALMOÇO É A SESTA
NÃO HÁ TERRA COMO ESTA
AQUI NA VERDADE EU DESCANSO

OS PASSEIOS SÃO SALUTARES
RESPIRAM-SE OUTROS ARES
NESTA TERRA POUCO POVOADA
AQUÉM ALÉM HÁ UM MONTE
MAS CADA UM TEM UMA FONTE
PARA A SEDE SER SACIADA

O MONTE DE VAQUEIROS É PORREIRO
FREGUESIA S. MIGUEL DO PINHEIRO
CONCELHO MÉRTOLA BEJA DESTRITO
HÁ ANOS FOI ISTO QUE EU IMAGINEI
COM ESFORÇO O SONHO REALIZEI
TENHO CASA NUM MONTE BONITO

VIRADA AO SOL-NASCENTE
VEJO-O DE MANHÃ BEM BRILHANTE
PARA MAIS UM DIA DE CALOR
É MAIS UM DIA DE VERÃO
ESTA É A MELHOR ESTAÇÃO
PARA BRONZEAR E DAR CÔR

FOI SORTE REALMENTE
NESTA TERRA DIFERENTE
ESTE MEU MONTE ENCONTRAR
AQUI LABUTEI BEM DURO
MAS TENHO CASA PARA O FUTURO
ESTE É O MEU SEGUNDO LAR

FAMILIA E AMIGOS DE VERDADE
AQUI MATAMOS A SAUDADE
DO AMOR QUE TEMOS NO PEITO
QUEM MINHA CASA VISITAR
AS PORTAS DE PAR EM PAR
ESTÃO ABERTAS A PRECEITO.

17/12/09
ONIL

Foto de Paulo Gondim

O homem e a seca

O HOMEM E A SECA
Paulo Gondim
28/03/2010

Lavra-se a terra, mas nada se tira
Escava-se o chão, desperta-se a ira
Abre-se a cova, sob um sol em pira
Semente não nasce e o homem suspira

O filho chora como fome
O sol queima o resto da fé
A escassez tudo consome

A chuva se esconde, foge a esperança
Nenhuma espiga, nenhuma batata,
Só a terra seca se apresenta farta
A barriga ronca, as tripas afinam
O céu azulado, assim, não tem jeito
A chuva não vem, não se Lavra o eito

Dispensa vazia, fogão apagado
Um filho pequeno, num canto calado
De olhos tão fundos, corpo “esqueletado”
O ventre crescido, joelhos dobrados
E a fome maldita tem todos tomados

E o homem, antes, forte, já desesperado
Olha para terra, seu berço sagrado
Que não quer deixar, mas se vê forçado
Pergunta-se a si , não muda, é castigo
E pensa consigo, está tudo acabado...

É a praga da seca, prenúncio do mal
A ninguém perdoa, idoso ou criança
Não faz distinção de classe social
E sem ter saída, o homem em andança
Deixa sua terra, se põe a fugir
Não há mais espera, não sabe aonde ir,
Morreu a esperança, nada mais resta ali

A seca, sem dó, volta tudo ao pó
E no caminhar, vêm muitos atrás
Tudo ali ficou, os sonhos, os risos
Tudo esturricou, só se vê prejuízos
Até o chorar é um choro seco
No rastro da fome, muitos já se vão
Em cima da morte, em busca da sorte
Num resto de vida, à procura do pão

E só vão os homens, as mulheres ficam
Viúvas da seca, de maridos vivos
Só elas com os filhos, cada um mais franzino
É assim sua sina, é assim seu destino

E quem parte da terra, em busca de achar
Ao menos comida para fome matar
Se atira no mundo, sem nada no bolso
Sem nada no bucho, sem nada na mão
A seca terrível, que assola o sertão
Expulsa o roceiro sem nada levar
Somente a esperança de um dia voltar.

Foto de GEOVANEpe

AVISO DO ESPAÇO

Estava descansando em minha sala, deitado em um sofá estampado com flores, e uma cortina que deixava as luzes entrar bem fraquinha, aquecendo minha paz.
Quando um estrondo perturbador me tira do lugar.
Vou até meu quintal e vejo que lá está uma pequena cratera cravada no chão, dela uma fumaça exalava e dentro uma rocha ainda em fervura queimava minha grama.
Após certo tempo olhando, percebo que uma rachadura aparece e faz com que a rocha parta ao meio,
Dentro da mesma observo que um pergaminho esta intacto, retiro e leio em uma língua que nunca vi em toda vida, mas que naquela hora parecia o meu idioma.
Nele continha uma grande situação de algum canto, que estava assim:
- Que pena irmãos, vejo que nossos vizinhos estão à beira do fim, como eles se proliferaram e acabaram com sua casa?
- Como eles acabaram com o verde?
- Como eles desgastaram tanto o solo?
- Eles têm sorte de não poderem ver essa visão de suas águas,
- Como elas secaram rápido, tão rápido quando o fim de quem a abrigava.
- Como eles não Vêem que estão contribuindo para o seu maior castigo?
Que o universo e sua divindade considere a minoria e as poupem de ver o que estamos vendo,
Pobre planeta, pobre terra.

Foto de Izaura N. Soares

GRITANDO PARA O AMOR

Gritando Para o Amor
Izaura N. Soares

Meus versos são para cantar o amor...
Gritar em seu louvor...
Lentamente despir-me, receber o calor
Do dia que com o sol aquece o meu corpo
Nu que deitara na terra fértil do amor.
E esses primeiros versos iluminaram
Minha vida que com um leve assopro voou
Pela magia ladeando os pequenos trechos do
Meu caminho, onde eu avistei um lindo sorriso
Daquele que um dia eu amei.
Meu céu ganhou as cores do arco-íris
Que nenhuma nuvem escura se atreveu a cobrir
Aquele lindo céu cor de anil.
Um dia, busquei no tempo o infinito
Que há muito já o perseguia nas horas de solidão
Em que meu coração não mais sentia.
Com uma busca insensata deixei-me levar
Perambulando pelo espaço como uma alma penada.
Sem esperança de encontrar o que tanto procurava,
Desiludi-me nessa estrada, pois procurava algo
Que julgava não significar nada.
Perseguindo o desconhecido conheci o que não queria.
Fugi de mim mesma, mas minha alma cansada
Buscava a sorte nesta árdua caminhada.
De branco, só a alma, pois o meu sofrer
Estava em cada pedacinho do meu ser.
Os versos que compus na primavera, as flores se
Encarregaram de colorir, mas com o calor do sol,
Algumas pétalas secaram, e o meu amor começou a
Sentir a secura daquele tempo árido que nenhuma vida
Fazia sentido para um coração que precisava sorrir.
Restou apenas a saudade tocando a canção que fiz pra ti.
A dor me seguia... Por onde passasse pressentia
Que eu buscava a cura para aquele mal que me afligia
E não entendia que minha alma também sofria.
Ninguém poderá dizer que eu não procurei a cura,
A cura do amor que aliviasse um pouco a minha angústia.
Comecei a cantar a música do outono para você.
Falei das árvores, das folhas que caiam...
Falei do meu amor que o vento assoprou...
Deixando a distância e ficando essa triste dor!
Ninguém poderá dizer que não procurei a cura
Para a saudade, a cura para a solidão que sofre de paixão.
Ninguém poderá dizer; que eu não busquei o seu amor!

****************************************************

Respeite os direitos autorais do autor.
Autor: Izaura N. Soares

Foto de onil

AMOR ESCONDIDO

SONHO...E SÓ GUIO OS MEUS PASSOS
PROCURANDO OS TEUS BRAÇOS
NELES EU BUSCO A TERNURA
QUE FALTOU... NESTA AUSÊNCIA DE ANOS
E NO PEITO FEZ DANOS
QUASE FOI A LOUCURA

TERNO...COMO SONHO TE AMAR
O TEU CORPO ABRAÇAR
ESQUECERMOS O MEDO
DEIXAR... QUE O AMOR SE LIBERTE
E O CARINHO DESPERTE
DESSE LONGO SEGREDO

VEM...NÃO TE QUEIRAS FECHAR
O AMOR SUFOCAR
NO SILENCIO DA MORTE
JÁ FOI... TANTO TEMPO A SOFRER
HOJE VAMOS VIVER
E MUDAR NOSSA SORTE

QUERO...ACABAR A TRISTEZA
E VIVER COM A CERTEZA
QUE O AMOR NOS UNIU
FOI SEMPRE... UM TANTO INVISÍVEL
MAS TORNOU-SE POSSÍVEL
PORQUE SEMPRE EXISTIU

HOJE...SÃO BEM FORTES OS LAÇOS
E EU ANSEIO TEUS BRAÇOS
PARA ME DAR O CARINHO
QUE ANDOU... POR ESTRADAS PERDIDO
MAS NUNCA ESQUECIDO
ENCONTROU O CAMINHO

DÁ-ME...ESSE AMOR TÃO FECHADO
NO TEU PEITO GUARDADO
E QUE SONHA VOAR
TIRANDO... DO MEU PEITO O SEGREDO
JÁ MATEI O MEU MEDO
SONHO APENAS TE AMAR

SONHO... OS TEUS LÁBIOS BEIJAR
DA TUA VOZ ESCUTAR
A TERNURA CONTIDA
GANHAR... TODO O TEMPO PERDIDO
DESSE “AMOR ESCONDIDO”
QUE MARCOU NOSSA VIDA

CAIU...ENTRE OS DOIS ESSE MURO
QUE FECHOU O FUTURO
E O AMOR NOS ESCONDEU
HOJE... PODEREMOS FALAR
E AO MUNDO GRITAR
FOI O AMOR QUE VENCEU.

18.9.00
ONIL

Foto de onil

ÁS VEZES…

ÁS VEZES SINTO-ME VAZIO
NO MEU OLHAR JÁ NÃO SORRIO
SINTO APERTO A AUMENTAR
ÁS VEZES SINTO-ME SÓ
E JÁ NEM DE MIM TENHO DÓ
NEM ALENTO PARA LUTAR

ÁS VEZES SINTO ANGUSTIA
E NÃO CONSIGO PASSAR O DIA
SEM ME SENTIR DEPRIMIDO
DÁ-ME VONTADE DE GRITAR
MAS TER QUEM POSSA ESCUTAR
ESSE MEU GRITO SENTIDO

ÁS VEZES MEU CORAÇÃO ACELERA
E LOUCO FICO SEMPRE Á ESPERA
QUE ALGUÉM ME VENHA CONFORTAR
SÓ ASSIM PORVENTURA
EU NÃO CAIO NA LOUCURA
DE Á SORTE ME ABANDONAR

ÁS VEZES SINTO ANSIEDADE
E NO CORAÇÃO A VONTADE
DE AO MUNDO GRITAR BEM FORTE
QUE A VIDA É PARA VIVER
NÃO APENAS POR ELA SOFRER
ATÉ Á HORA DA NOSSA MORTE

ÁS VEZES ABANDONO O PENSAMENTO
DEIXO-O LIVRE COMO O VENTO
EXPREMIR-SE NA POESIA
E NA ALMA POR UM MOMENTO
SINTO ALIVIO NO MEU TORMENTO
E VIVO UM POUCO DE ALEGRIA.

16/07/09
ONIL

Foto de Déborah Rios

Gostar e ser gostar, mas não amado

Isso é diferente pra mim,
me rótulo era "Frieza"
só agora estou entendendo o que é este sentimento,
o mais puro e mais ignorante dele: "o Amor"
Tudo pra mim é novo e confuso agora,
sempre, sempre, sempre tivera sorte no amor,
e de repente tudo muda.
Pela primeira vez a Emoção anda tomando conta de mim,
um veneno que vai me desgastando por dentro.
Minha vontade é de provocá-lo, beijá-lo, abraçá-lo...
Mas a Pessoa sensível e carente que está dentro de mim,
está pronta pra despertar
e eu tenho medo, tenho medo do que possa acontecer
o desconhecido me maltrata,
mas o lucro é grande.
Seja ele como for
Porque eu gosto dele e ele gosta da minha pessoa
mas a minha dúvida é:
" Sou amada?"
O tempo é a resposta e a paciência também....
È o conselho que eu dou sempre, e não estou conseguindo seguir...

Foto de dianacardoso

destino que faz sofrer

Que raio de destino este que sofre e faz sofrer, que não nos deixa sentir o prazer de viver a vida, cheio de desilusões, e quando pensamos que nada pode piorar, há sempre mais uma desilusão.
Costuma-se dizer que depois da tempestade, e esta é das grandes, que aparece sempre uma luz ao fundo do túnel, como uma mão que nos ajuda a atravessar os problemas e os obstáculos mais difíceis da vida.
Embora pareça que a minha seja a mais difícil de todo o mundo, penso que pelo menos tenho um pouco de sorte que muitos não têm.
Tenho uma família, consigo andar, comer, falar, posso ter sucesso na escola e posso tornar o sonho do meu futuro realidade, tenho tudo para ser feliz, é o que muitos pensam.
Falta-me amar e ser amada, falta a confiança em mim mesma, falta a alegria de acordar e ver à minha volta um mundo fantástico, falta a energia de viver, fazes-me falta.
Tinha aqueles arrepios mas ao princípio não era nada de especial, depois agravou-se.
Nem me conseguia aproximar, eras diferente “especial” sabias disso perfeitamente mas não percebias o porquê, fiz de tudo para te responder ao porquê que parecia assustar-te e cada palavra com carinho que dizia-mos havia sempre um sorriso, admito, era feliz.
De uns tempos para cá, todos os sonhos que pensei em realizar acabaram, desapareceram quando tu desapareceste, e me deixaste.
O teu corpo continua a passear pelas ruas do meu olhar, mas a tua alma, essa foi-se.
De tanto desespero, cheguei a falar com o teu corpo, cara a cara mas sem a tua alma não é a mesma coisa, os teus olhos quase a soltarem uma lágrima de desespero, de infelicidade, de confusão, de incertezas.
Quando te disse o primeiro olá, a tua voz parecia quase obrigada a sair, não te queria obrigar a nada, só queria perceber o porque daquela física que havia entre nos quando tudo começou, os sorrisos, os risos, as incertezas, as confusões, os embaraços, tudo parecia fantástico.
Mas não sei o que aconteceu, que tudo desapareceu.
Só quero que voltes, fazias-me esquecer dos meus problemas e a desenvolver as minhas ideias, fazias-me sentir viva e útil para alguma coisa, a tua presença e a minha luz, sem luz vivo na escuridão e tenho medo disso, tenho medo de te perder para sempre, tenho medo que te percas pelo caminho e nunca mais consigas voltar, para um dia te poder responder que o de seres especial é porque eu contigo quero ficar, a razão de tudo é porque te amo.

Foto de Graciele Gessner

Quase Loucura! (Graciele_Gessner)



Categoria: conto



Ela não confirmou que se encontraria com ele. Ela deixou no suspense, deixando-o na expectativa. No entanto, ela não era boba, sabia perfeitamente que ele é um homem de várias mulheres.

Chegou o dia, ela foi ao local marcado, com antecedência de quinze minutos do horário estabelecido. Difícil em admitir, mas ele não estava lá. Para variar, ele chegou atrasado ao encontro. Começou mal...

Ele ficou surpreso e ao mesmo tempo feliz em vê-la! Cumprimentou-a, eram amigos casuais, não existia nada, além de uma amizade. Apenas um detalhe, ele se sentia atraído por ela, já havia declarado que se sentia fascinado. Com a ousadia de um homem que não nega fogo, levou-a ao motel.

O lugar era simples para uma primeira vez. Nestas horas é melhor não ter muitos apetrechos para não assustar. Só que para o espanto dele, ouviu dela que era a sua segunda vez num motel. Tudo bem, isso não o intimidou...

Obviamente que o motel não é lugar para conversar, é local para atacar a caça que foi tão resistente. Finalmente ela estava ao seu alcance, não tinha como fugir. Agora aconteceria, ele agarrou, abraçou, beijou... O inevitável, despiu-a com certa relutância por parte dela. Neste verão infernal que predominava o dia, ela estava vestida com um vestido branco, abotoado frontalmente, no que facilitou muito. Ela ficou na oposição, não permitindo que fosse despida. Ele não se recuou ao capricho, segurou-a perto do seu corpo, e foi desabotoando, até ficar visivelmente despida.

A partir dali, foram para o chuveiro tomar uma ducha, relaxar o corpo, refrescaram-se. O ato ocorreu ali mesmo. O ímpeto dele foi à loucura, mas ela não se sentia a vontade, ela não se sentiu envolvida.

Ele a levou na cama, demonstrou ser conhecedor do corpo feminino. Ela foi quase à loucura, pois ninguém tinha tocado em seu ponto G como ele. O tal envolvimento tão íntimo foi parado por ela. Ele a penetrou, pois esta era a vontade dele. Ele tentou dar uma bela surra de amor, mas não teve muito sucesso. Ela conhecia muito bem o seu corpo e quais reações teriam...

Confiada de si mesma, ela deu uma boa risada! Neste momento ela se sentia livre para fazê-lo. Ele chegou a concluir que a risada fosse da cara dele, mas como toda mulher é imprevisível, ela negou. As dúvidas pairaram no espaço. Para a sorte dela, o celular dele tocou.

Acredite nada mais aconteceu, e concluiu-se uma quase loucura de verão...



08.02.2010

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Metrílica

Me diz? Por que levastes o filho? (Reflexão)

#
#
#
#

Me diz? Por que levastes o filho?

Por quê?...

"Por quê? Por que não levas a miiiimmmmm!!!!"
Grita aos prantos, a mãe, no leito de morte!
daquele que carregou no ventre...
daquele que um dia foi seu rebento...
daquele que segurou um dia em teus braços...
daquele que a fez um dia, chorar de alegria...
daquele que alimentou de si!

choros e murmúrios...lamentações...
Por quê?
Por que levaste tão bela criança? ainda nos seu primeiro ano de vida?
sequer sabia o que sentia... pobre criaturinha,
choraste sob tortuosa dor,
sequer tinha conhecimento do que acontecia ao seu redor,
anjinho, não sabia das dores do mundo,

Me diz? Por que levastes o filho?

Deste tamanha sabedoria ao pai, progenitor...
O dom da medicina,
Por quê?
Por que infectaste o filho com um enigma... incurável?
quatro anos de vida! dois de sofrimentos...
por que o fizeste sofrer... e morrer nos braços de seu pai?
pai, que sob sombras e fantasmas perguntava-se, lamentava-se a todo momento.."o que fiz de errado?, porque não salvei meu filho?"

Por quê?

Me diz? Por que levastes os filhos?
Deste cinco filhos a esta mulher!
Por que o arrebatamento de dois? de forma tão sofrida!
doenças, incuráveis, tratadas em vão!
duas vezes!!! amputastes esta mulher!
por duas vezes!
Por que tanto sofrimento a estas criaturas?
um, na flor da idade! seis anos de vida...três de sofrimentos...
o outro, aos treze...após sofrer seis meses...
pragas, doenças incuráveis!!!

Me diz? Por que levastes o filho?
Este,orgulho dos pais! acabara de formar-se!
vida, sonhos! longo caminho!
arrebatado! fria e violentamente!
25 anos! tragédia! morte imediata...

Por que levastes os filhos?!
Para deixar na terra estas mulheres... mães despedaçadas!
corpos por instantes sem alma! corações dilacerados...
continuam suas vidas! mesmo que aleijadas!
Hoje, as que não são viúvas, estão divorciadas...
porque aqueles que foram "pais", daqueles arrebatados, não resistiram à dor!
abandonaram o "passado", esconderam-se em falsa alegria!
que sigam então as MÃES!
PORQUE NA DOR, OS FILHOS, SOMENTE A ELAS PERTENCEM!
lembranças...de alegrias...desde o útero...ao sentir um coração!
nascimento...choro de felicidade...
amor incondicional...
morte...dor...ETERNA SAUDADE...

NASCESTES?!
estás então entregues ao mundo...
boa sorte!
não poderás jamais, voltar ao ventre de sua mãe...

Reflexões by Metrílica + (em homenagem às minhas amigas CPR, MOLF, AR, NALM...mães)

Páginas

Subscrever Sorte

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma