Sonhos

Foto de Paulo Gondim

Porto Seguro

PORTO SEGURO
Paulo Gondim
23/10/2012

Impossível não te amar
E pior, não te amar tanto assim!
Se desse amor, retiro minhas forças
Reencontro minhas esperanças
E até minha identidade se renova.

A fé, que definhava, renasce
E até pareço ser um homem forte
É assim que me sinto, quando te sinto
Perto de mim, embora longe,
Eis que tua presença não sai de mim

E meu pensar é sempre em ti
Que me transporta a mundos distantes
Quando me vejo contigo nos braços
Mesmo que seja em sonhos
Caminhamos como eternos viajantes

E esse amor, que me invade o peito
Transcende o tempo e me invade a alma
Enche-me de contentamento, com calma
E me faz ver o mundo com beleza
Pois assim é meu amor por ti
Meu porto seguro, minha fortaleza.

Foto de Carmen Lúcia

Prólogo

Folhas em branco aguardam seu destino;
roçam sua face num belo gesto de carinho,
afoitas , mostram-se prontas, puras, nuas,
na ilusão de que registros ditem sua sina.
 
Bailam ao ritmo de simbólica melodia,
  a cada linha traçada,  nova coreografia,
sem reticências, lacunas, restrições nas entrelinhas,
letra por letra, regem o limiar de uma  vida.
 
Prólogo feliz , assim bendiz qualquer começo,
selam-se os sonhos e os remetem aos endereços,
e o branco das folhas  se tinge de utopia
sem prever que a dor tanto espaço ocuparia.
 
E a história traçando a vida anseia um desfecho,
 perde a meta principal, predominam reticências,
 titubeiam meio e fim em desencontro total
e lacunas silenciam o que agora é mistério.

Ainda resta uma folha amarelada
aguardando um fim que certamente virá...
 Sem a ousadia de descrever o destino
ela simplesmente irá esperar.

_Carmen Lúcia_

 
 
 

Foto de Carmen Lúcia

Envelhecer

Corre tão desatrelado o tempo
cumprindo a sina de jamais parar,
atrás vem ela em ritmo lento
sem nunca ter pressa para chegar.

Absorve profundamente cada momento,
recolhe da vida o que ainda há...
E o que passou, instantes que revive
com toda a supremacia no olhar.

Caminha tecendo beirais floridos
entrelaçados aos sonhos por realizar;
poucos, porém hoje mais intensos
que os que um dia deixou desperdiçar.

Abre janelas, vê o mundo lá fora
indiferente aos detalhes que percebe agora,
emoções preenchem os espaços,
transcendem os limites de seus passos.

Trazem a primavera a sua porta
e a alma, sem rugas, se desprende
ante a beleza da estação que surpreende.
É o presente...tudo o que mais importa.

_ Carmen Lúcia_

Foto de fabricioadriel

Um idiota

Mãe, sei que posso ser considerado um idiota
pelo que agora vou falar,
mas aos poucos estou desacreditando
no que é amar.

Ja vivi tantas expectativas
amores não correspondido,
que as vezes acho que o problema
esta comigo.

Sempre tento não brincar com sentimentos
de quem chego a gostar,
mas me machuco
só de pensar.

Que desperdicei oportunidades
de falar o que sentia,
e depois me arrependia.

Mas só depois que perdi
quem eu mais amei,
ai de verdade me machuquei.

Pois achei que nunca
iria amar novamente,
e isso até hoje
não sai da minha mente.

Filho quando menos esperar
o amor bate na sua porta,
e não importa.

Quando isso será,
mas tem certas coisas na vida
que eu não tenho como te ensinar.

Como é descobrir o amor,
é algo tão subjetivo
que nem um adjetivo.

É capaz de traduzir
pois o amor não é apenas palavras
mas também é sentir.

Quando tiver certeza
e outra pessoa talvez corresponder,
digo pra você.

Filho siga seu coração,
pois cuidei de você até o momento,
e não deixe que seus sonhos
se percam ao vento.

Tudo que passou
a maioria ja sentiu
mas não foi por isso que desistiu.

Desses alguns deram certos
outros se separam,
ou até outras pessoas encontraram.

Mas apenas você
pode dar significado a isso que sente,
mas olhe pra frente.

Aprenda que o passado,
pode aprender com os erros que cometeu,
mas o presente é seu.

Faça as escolhas que não vá se arrepender,
e mesmo que não de certo
não deixe de viver.

Então saiba que sempre vou torcer
pela sua felicidade,
mas você sempre será meu filhinho
independente da sua idade.

Foto de Himesama2012

Eu precisava

Eu precisava saber de você...

Precisava ver-te, sentir seus cabelos em minhas mãos, olhar bem no fundo de seus olhos, procurando o segredo do amor...

Precisava conhecer-te melhor... saber dos seus mínimos desejos, dos maiores...

Saber para quem vive, para quem esse sorriso maravilhoso...

Eu precisava saber o que você pensa sobre mim, sobre nós...

Precisava saber em quem pensa, ou no que pensa, quando vejo teus olhos perambulando pelo infinito vazio...

Sabe... eu gostaria de saber seu ideal.

Saber que isto que está nos acontecendo é verdadeiramente o amor...

Nós nos conhecemos por acaso... Um sem querer, querendo; um não olhar, olhado, profundamente analisado, e o amor preencheu de imediato nossos corações... Ou o meu somente, talvez...

Talvez você nem saiba que eu te amo...

Sabe, eu precisava ter a certeza... A certeza de que me amas e que eu te amo. Mas para isso, eu precisava enxergar a realidade.

No mundo de sonhos, a neblina encantadora do mito “amor” é presente, a tal ponto que eu até me esqueço que você pode não me amar...

Eu queria ver em teus olhos o brilho resplandecente do amor...

Eu queria que você me amasse! Assim como eu te amo!

Eu queria que a nossa realidade fosse sinônimo de felicidade.

Eu preciso de você!

Himesama2012

Foto de Arnault L. D.

Chave de ouro

Estórias antigas guardam segredo,
se foram inventadas, ou vividas.
Talvez, foram somente vontade,
sonhos e quimeras de enredo.
Quem sabe... apenas ficções erguidas,
que não se deram, ou sentiu-se em verdade.

Velhos escritos em tomo enorme
que perdeu o autor, mas, permanece
em seus heróis, musas e venturas.
Foram eles; ou nada.. Ou parte dorme?
Entre mundos do possível, que esquece,
torcendo finais, em verdades não puras.

E o motivo ali fica trancado,
entrelaçado em entrelinhas, oculto,
em papel, papiro, pedra ou couro...
Segredos, hoje... qual um elo quebrado
que perde a corrente, sendo apenas vulto
selado em poemas por chaves de ouro...

O que hoje é tão claro, o tempo cerra,
na distancia que traz a confidencia...
Velhas histórias... foram o que hoje é agora.
Viva as palavras, ouça, enquanto a Terra
gira em sincronia ao tempo e latência,
enquanto a chave em seus olhos mora...

Foto de P.H.Rodrigues

Caravela da vida

Minhas memórias se vão
Partem, seguem em rumo a outra direção
a um campo inacessível

As sensações mudam...
Mudam com elas os prazeres, as vontades
Tudo se torna muito superficial, são muitas realidades
e infelizmente apenas uma verdade

Tudo se torna um mar branco, afundam!
Navios que antes velejavam pelos sonhos
são apenas destroços, estoques de corais de diversos tamanhos

Como num rebanho, consumindo o que antes era intocável
segue o que corrói, o que destrói, segue e como dói
dos olhos não caem lágrimas, mas as lágrimas enxergam olhos
que querem mas não veem um mar para navegar
veem navios que se puseram a se aventurar
e em meio aos corais estão destinados a descansar.

Foto de Carmen Lúcia

Náufragas palavras

Pobres náufragas e inaudíveis palavras,
vagueando perdidas no vasto oceano
à mercê do vento, ondas e tormentas,
tentando emergir a um novo plano.

Viajantes sem destino buscam outro rumo,
uma razão maior pra se tornarem texto,
vagam imersas, desencontradas, sem prumo,
apagadas, sem nexo, longe de um contexto.

Ah, palavras, que não se deixam ouvir...
Que itinerário pretendem então seguir?
Não emitem som, trazem dias sem glória...
Qual ancoradouro aportará a fantasia,
a ousadia se um dia se tornarem história?

Quem sabe as estrelas do mar as embalem,
aconchegantes e faceiras as façam refletir,
ou a linha do horizonte as encontre
defronte ao novo pôr do sol que há de vir...

Quem sabe as ondas do mar as naveguem
e brancas espumas as façam se quebrar
num castelo de areia que ansioso aguarde
o mundo de sonhos que sonham ancorar.

(Carmen Lúcia)

Foto de Rosamares da Maia

O Presente do Silêncio

O Presente do Silêncio

Maravilhoso presente é este silêncio.
Muda transparência que reedita pensamentos,
Devolvendo-me imagens tuas, sem ruídos,
Tão limpas e claras que consigo ver-te a alma.
Capturo e posso sentir cada um dos teus gestos,
Afagos antigos devolvendo a ilusão do teu afeto.
O brilho do teu olhar, a tua ansiedade contida.
Mesmo o improvável aroma da loção em tua pele,
Perfuma meus sonhos e a realidade deste silêncio.
E sinto o quanto esta tua ausência me é essencial,
Quando o pranto soluça alto preenchendo o quarto,
Rompe o silêncio como um frágil cristal quebrando.
Perde-se o precioso presente desta minha solidão.
De mim te ausentas e de ti me perco para sempre.

Rosamares da Maia
30.08.2004.

Foto de Carmen Lúcia

Saudade

Não mais a inocência estampada,
tatuada no rosto, no gosto, nos traços,
nos passos da ingenuidade, tenra idade,
quando a verdade feito um baluarte
sustentava a vida chamada Felicidade.

Não mais a magia do encanto,
do surpreendente rondando os cantos,
do inesperado sendo realizado,
da alegria num sorriso franco...

Não se escrevia...Via-se poesia!
Pintada num cenário surreal,
interpretada pela euforia de cada coração
onde a emoção brincava além das fronteiras
ultrapassando o ápice da abstração.

Não, agora não mais assim...
Nada acabou, tudo se transformou.
A ingenuidade vira maturidade,
a inocência chega ao fim.
Felicidade se reduz a momentos
poucos, parcos, finitos enfim...

A vida mostra uma outra face,
cara lavada, sem disfarces...
O mundo fica pesado, profundo,
o sorriso não sai espontâneo,
o encanto gera desencanto...

Ainda resta a poesia;
nada ou ninguém irá roubar.
Ela traz a primavera todo dia,
na janela...Bailando no ar!
Vibra a emoção adormecida
permeando sonhos que persistem
refletidos nas flores, nas cores,
nos amores que ainda existem,
vivos em lembranças que hoje
se chamam Saudade.

_Carmen Lúcia_

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