Sombra

Foto de Marco Magalhães

O Falso amor é tormento.

Sobejamente saboreia,
Sozinho em silêncio,
Sonhador sem semente,
Sente o sorriso.

Solitário e sombrio.
Sendo seu senhorio.
Senhor sem sensações,
Sentimentos sinistros.

Somente sofrendo,
Saudade saqueada,
Sensualmente a serpente,
Satisfaz o seu sofrer.

Sem ser socorrido,
Seu ser simplesmente,
Sequer sobreviverá,
Sustentando o sonho.

Sangrando até secar,
Sobre o solo servente,
Silenciado na sombra,
Sob a serra serena.

Sepultado sem sorte,
Só na solidão...

Foto de opoeta josé carlos martins de lima

o que sou

estou entre a sombra e a luz pois em tudo que conheco ou tudo que faco nesse mundo entre elas eu estarei presente como posso ser luz e nao ver as sombras e como posso ser sombra se nao vejo a luz seria eu um anjo de luz ou um anjo das sombras nao sei dizer mas sinto que ao bater minhas asas para a luz haveria no meu passado lembrancas das sombras e se eu bater as minhas asas para as sombras nao haveria de existir sem a luz .

Foto de Sirlei Passolongo

Anjo Amigo

Anjo
É estrela que reluz
Anjo é fé
Anjo é luz
Anjo é você amigo!
Que meu riso conduz

Amigo
É sombra no verão
Sol no inverno
É para qualquer estação
É diamante eterno
Alguém que ampara
E estende a mão.

Amigo
É rastro de alegria
É serenidade de luar
Ritmo da mais bela melodia
Amigo é
Emoção
É força
Amigo é puro coração!

Amigo
É anjo que lhe protege
Anjo que seu tempo
Concede
Para estar junto de ti
E simplesmente
Ver você sorrir!

Foto de @iram

Sou e serei

Sou as palavras perdidas no teu pensamento,
paisagens presas no teu olhar;
doçuras na tua boca,
desejos desprendidos ao vento...
Lágrima cristalina
com gosto de felicidade;
excentrica luz intermitente
que te faz sonhar liberdade...
Sou a banheira de espuma
onde te vais relaxar
e por entre venenos,
névoas escuras,
tempestades
que te queiram derrubar;
serei espada flamejante,
punhal de dois gumes
que teu inimigo virá beijar.
Sou e serei o que desejas
enquanto me quiseres amar.
Sonha e não prevejas
onde me vais encontrar
pois que serei tua sombra
até ao lumiar dos tempos
e nos silêncios mortos
que virão nos buscar,
seremos cântico mágico
que não se poderá calar.

Foto de Amália Lopes

O CETIM DOS LENÇÓIS

O CETIM DOS LENÇÓIS

O beijo ficou entre a sombra
e o nada.
O teu vasio já não faz parte
dos meus sentimentos.
A sombra do teu andar dissipou-se
na madrugada, numa sinfonia de silêncio.

Soltando as estrelas,
desviando os ventos,
num caminho de mistério
esperei-te demasiado, e transformei
cada emoção,
num ideal ao pôr do sol.
Tinha as mãos cheias de sonhos, sonhos
ocultos em nenufares azuis, que enfeitaram
o pulsar do meu coração,
numa melodia perfeitamente infinita.

Guardei o direito de sonhar.
Guardei as pétalas azuis da noite, onde
o cetim dos lençóis, sorriu, porque
o cheiro da tua sombra,
desenhou no céu do meu quarto,
o meu nome em flôr
sobre os meus lábios...

Amália Lopes

Foto de Karine K.

Faces

Um toque que não conheces
Uma face que acaricia apenas com borbulhas
Um cheiro que somente podes imaginar

Teu tórrido desprazer de um passado breve
ardido

Tuas mãos ficaram prezas
em um corpo murmurante
que assombra hoje suas lástimas

Meu anseio elucubra como uma sombra
os paralelos de teus feixes
Sensações delicadas
para uma velha bruxa
vestida de borboleta com asas coloridas.

Foto de sonhos1803

Sonhos

Quero acordar,
Ver que meu olhar encontra o teu,
Que com o sol nasce uma chance,
Como uma planta exótica,
Teimo em crer,
A rezar pelos cantos,
Como um pássaro sem canto,
A observar,
A chorar,
Sem ter um lugar,
Perdi,
Meu coração,
O sentido da razão,
A confiança,
A aliança da amizade,
O carinho com sinceridade,
Fiquei, como uma ave,
Sem vontade de voar,
A esperar por um milagre,
Mais uma arvore cai,
Como um corpo,
De anjos mortos,
A uivar,
Em um pedido de socorre que se esconde,
No escuro de meus olhos,
Na ternura em meio ao ódio,
Queria não sentir sangrar,
A traição,
Que atravessou meu coração,
Queria ver a luz do dia,
A banhar meu corpo,
A esquentar meu rosto gelado,
De lacrimas que o orvalho de mentiras congelou,
Queria não ser o carvalho,
Que cai,
Sob o solo,
Um corpo, sem cor,
Um morto,
A pedir,
Que tragas minha alma,
Sobre a vida,
Como um anjo,
A apagar essa sombra de mentiras e maldade,
Anjo, meio demônio,
Espero te ver em meus sonhos.

Foto de Paulo Gondim

COTIDIANO

COTIDIANO
(Paulo Gondim)
27/01/99

E o dia veio.
E com ele, as dores e o pesar constante
Da amargura triste, vil e degradante,
Do viver sozinho,
Do padecer errante.

E a noite veio.
E com ela, a sombra do sonhar perdido,
A lembrança amarga de ser esquecido,
Da saudade dura,
De não ser querido.

E o sono foge.
E sem ele, o pranto e o desespero vêm
Arrasar meu peito e o coração também
Porque te perdi,
Porque te quero bem.

Foto de paulobocaslobito

Amar-te ou te amar, tanto faz

... Estas são as reticências de te procurar nas exíguas e continuas escadarias da solidão, onde te encontro sempre ausente, nos meandros do pensamento.
Estas são as reticências de te amar ou amar-te; são a eloquência da minha alma que te exige presente; as eloquências do meu ser que te ama ou ama-te.
São as noites aos rebolanços abraçando-te no vácuo sentimento de te ter "impresente" nos meus cingidos braços. São as noites em tertúlias de sonos comprimidos para me esquecer das horas à tua espera, e olhar-te como uma almofada, beijando-te matutinamente, acariciando-te a fronha; e dizendo-te «bom dia».

Sorrio no meu despertar por nãos estares entre os meus braços, sorrio porque a almofada me sorri; porque sabe dos meus segredos. Ela ama-me e amo-a todas as noites, sempre e sempre.
Não aguento viver longe de ti. Odeio viver sem ti. Não quero viver longe de ti. Odeio não te ter em mim.

Saber todos os dias em que não te vejo, que são dias em que não existo, saber que eles existem, saber que todos esses dias não têm fim, saber deles ALUCINA-ME! E, eu não existo neles.
Esses dias são doloros e simples. Passam continuamente calmos e serenos. Passam calmos... exorbitando a insanidade a cometer loucuras.
Exigo que o tempo descanse um pouco, que descanse de vez em quando; para que nos dê algum de sobra, algum que seja... para nos amar-mos.
Exigo que pare e me enlouqueça com a tua presença.

Já não consigo disfarçar o meu amor, já não suporto fingi-lo. Tu és a minha imensa sombra arredia sempre e sempre presente.
Te amo ou amo-te tanto faz.

... São uma porta sempre aberta, não têm definição de um fim. São continuas. Uma vezes exasperantes, outras uma alegria.

... Fecho os olhos e imagino-te no meio dos campos saltitando. Fecho-os e sei que os teus também se fecham...
Apalpo-te, toco-te, beijo-te e amo-te loucamente. Como pode o amor ser tão bruto e cruél?!
Como pode tão sem culpas ser a maior força do Universo?!

Ó eu nunca acreditei, que a minha alma gémea surgisse assim (numa noite de solidão).
A invulnerabilidade não é uma coisa do acaso; é só um momento propicio.
... Achei-te aos tombos quando eu tisnava já caído, achei-te num quarto as escuras, longe do mundo e dos outros.
Achei-te sem te saber: apaixonei-me!

Gostava de ter um milhão e abraçar-te eternamente. Gostava de nada possuir e amar-te para sempre loucamente.
Amo-te "Regina", minha rainha e princesa.
Te amo "Silvia", minha floresta e natureza.
Desespero coração... sonho ó sonho...
Vem o dia chega a madrugada.. amo-te ou te amo!

Encontrei-te amor. Por ti suspiro, por ti respiro.
Alucino-me, desespero-me...
Dor de amor; é bom te amar.
Amo-te...
Te amo... tanto faz.

Paulo Martins

Foto de paulobocaslobito

Um dia à toa a beira mar

Não vedes que do mar
Surgem errantes
Trinta e cinco mil feirantes
E a lua que há de vir
Traz bonança e bom provir,
Vento quente
E sol a monte
Mais quatro cantos de gente.
Tanta
Que nos castos
Muito contentes
São sandes raras
Em mil pacotes
De simples ostras
Desmesuradas e desnudadas,
Nas praias muas e amadas
Onde se amorenam
Ao sol.
Ah o sol
Que, fero e bravo;
O sol das lâmpadas
Que aos poetas faz brilhar
De mãos postas à janela
Com cintas cingidas
Às canelas
E, as mãos nos seios
Da mulher amada
Na luz da lua sentinela.

Ei-las ao longe
Ás portas do castelo
Na sombra do malogrado Otelo,
Como um Romeu que beija a alma:
... Que linda és!

Ao longe atende a calma
Que até sabe bem.
E, ai de Cristo
Aristo
Que se meta
Em maus apuros,
Ai de Cristo...

Terá então mais três furos
Senão se render ao mar
E calar
No seu vulto
Com fragor
Onde virá desabrochar
Uma flor.

Oh na espuma sussurram doces vozes.
São as donzelas
Do mar atrozes
Que singelas vieram
Como raparigas
Em belas vagas
No branco vestidos floridos
Que cheiros brotam da maresia
Odorando pelas avenidas
Na aventura tomadas
Indo-se emancipadas
Aos seus amantes beijarem.

É doce o verão
No mar tomado
Que as gentes em si
Andam buscando
E há de dar vaia
A quem não mora
Ao pé da praia,
É doce o verão

Há de saber da lua
E de seus amores
E nas ruas de centos de cores
Surgirá o vento engalanado
A cem por cento, invejoso.

O vento do verão
Que nas noites quentes
Te estarão esperando
Nas ruelas para te encontrarem
... Perdida.

Paulo Martins

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