Sombra

Foto de Indio

Amigo

. . . por isso vem
Por essa noite dentro, vem
Que na essência da espera
Existe uma lágrima melancolia
Que teima em não cair,
Uma sombra nostálgica
Que se cola a nós,
Vem, vem assinar esta obra inédita,
Esta tela, pintada com
Todas as cores de todas as emoções
Em tons radicalmente genuínos,
Por isso vem
Por essa noite dentro, vem e deixa
A tua marca nesta tela que é a minha alma. .

01 07 1997

Foto de DRESS

JÓ 38 *~

1 DEPOIS disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:
2 Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?
3 Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.
4 Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.
5 Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
6 Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,
7 Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?
8 Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre;
9 Quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por faixa?
10 Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos,
11 E disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas?
12 Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar;
13 Para que pegasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela;
14 E se transformasse como o barro sob o selo, e se pusessem como vestidos;
15 E dos ímpios se desvie a sua luz, e o braço altivo se quebrante;
16 Ou entraste tu até às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do abismo?
17 Ou descobriram-se-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte?
18 Ou com o teu entendimento chegaste às larguras da terra? Faze-mo saber, se sabes tudo isto.
19 Onde está o caminho onde mora a luz? E, quanto às trevas, onde está o seu lugar;
20 Para que as tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas da sua casa?
21 De certo tu o sabes, porque já então eras nascido, e por ser grande o número dos teus dias!
22 Ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva,
23 Que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra?
24 Onde está o caminho em que se reparte a luz, e se espalha o vento oriental sobre a terra?
25 Quem abriu para a inundação um leito, e um caminho para os relâmpagos dos trovões,
26 Para chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no deserto, em que não há homem;
27 Para fartar a terra deserta e assolada, e para fazer crescer os renovos da erva?
28 A chuva porventura tem pai? Ou quem gerou as gotas do orvalho?
29 De que ventre procedeu o gelo? E quem gerou a geada do céu?
30 Como debaixo de pedra as águas se endurecem, e a superfície do abismo se congela.
31 Ou poderás tu ajuntar as delícias do Sete-estrelo ou soltar os cordéis do Órion?
32 Ou produzir as constelações a seu tempo, e guiar a Ursa com seus filhos?
33 Sabes tu as ordenanças dos céus, ou podes estabelecer o domínio deles sobre a terra?
34 Ou podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra?
35 Ou mandarás aos raios para que saiam, e te digam: Eis-nos aqui?
36 Quem pôs a sabedoria no íntimo, ou quem deu à mente o entendimento?
37 Quem numerará as nuvens com sabedoria? Ou os odres dos céus, quem os esvaziará,
38 Quando se funde o pó numa massa, e se apegam os torrões uns aos outros?
39 Porventura caçarás tu presa para a leoa, ou saciarás a fome dos filhos dos leões,
40 Quando se agacham nos covis, e estão à espreita nas covas?
41 Quem prepara aos corvos o seu alimento, quando os seus filhotes gritam a Deus e andam vagueando, por não terem o que comer?

Foto de AninhaH

Será? ? ?

No silêncio da noite penso escutar
sua voz que me chama sem parar;
Na sombra das árvores penso ter visto
meu amor que eu almejo encontrar;
No piscar de uma estrela
sinto seu beijo a estalar;
A cada amanhecer
sinto meu amor por você renascer;
No avançar das horas
me vejo a te esperar ;
Será que um dia você voltará?

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"VONTADE DE VOCE"

“VONTADE DE VOCE”

Não mais consigo dormir...
As inquietações me assolam...
Não sou mais trégua, sou todo sentir...
Tua presença meu corpo implora!!!

Teu cheiro, teu gosto teu desfilar...
Eu quero, tu gostas vamos nos amar...
Hoje, amanha sempre ou agora...
Minha mente todo teu templo explora!!!

Eu falo, tu falas nos calamos...
Eu quente tu em brasas, nos completamos...
Agora me implora ,nos deitamos...
Na hora de ir embora não desgrudamos!!!

Subida sublime e deliciosa...
Descida declive intespetuosa...
Eu grito tu geme enquanto goza...
Eu paro cansado e me beijas carinhosa!!!

No sonho de depois...
O começo vira fim e o fim vira começo...
A sombra da cortina une um pouco mais nós dois...
Em um louco e desesperado recomeço!!!

Esta vontade desvairada de ti...
Leva-me a sonhar acordado...
Já não sei se é verdade o que senti...
Ou apenas um lindo sonho esperado!!!

Foto de Amadeo Santos

Comentário / Carta Aberta

MFN, espero que esteja tudo bem consigo!
Inicio este comentário (carta aberta) alertando que vou ser longo e directo, tal como o senhor costumava ser!
Devo informar que sempre fui unicamente visitante assíduo do site poemas de amor à muito muito tempo, sem nunca me ter inscrito. Fi-lo agora para poder intervir aqui nesta sua despedida. Acredito pessoalmente que os seus dados pessoais são verdadeiros e assim sendo, digo-lhe que tenho uns anitos a mais do que os seus. Sou já um reformado profissional e um activo na vida.
Como já falei, leio o poemas à muito tempo e reconheço aqui muitos bons valores da escrita, mas quando o descobri a si deu para notar de repente que se tratava de alguém muito especial e diferente. Foi ai que fui ver a sua ficha de identidade aqui no poemas e reparei muito atento no seu perfil e entendi perfeitamente a sua sinceridade e postura de vida. A sua frase de apresentação é duma sensibilidade incrível e os seus escritores preferidos são daqueles que interrogam profundamente o ser humano. Confesso que Augusto Cury não conhecia e fui descobri-lo porque entendi que sendo um dos seus preferidos só poderia ser interessante e não me enganei.
Deixe-me olhar para você com olhos de um velho homem apaixonado pela vida como o senhor provou ser, e de um jovem de espírito mas sem já a força física de outros tempos.
Você não é fácil de ler. Não sei se devo falar assim, quero dizer você obriga a reflectir demasiado cada palavra, cada frase, cada linha e cada pensamento. Você é diferente sabe? Sabe que o leio hoje e amanhã ao reler de novo uma reflexão sua ou poema, leio já de forma um pouco distinta? E não sou eu que mudo ou o meu estado de espírito, emocional ou psíquico, são os seus escritos que lendo-os com mais atenção eles me levam para outros pensamentos e descobertas de caminhos. São autênticas missivas de conhecimentos interpelantes.
Que me desculpem os moderadores do poemas de amor, mas é uma grande perda a sua saída sem querer menosprezar o valor dos outros. Você interpelava com os seus pensamentos, eles eram atrevidos, duros e directos. Demonstram uma sustentação de experiência não calculada à sua idade (a ser verdade a informação do seu perfil e que acredito que seja).
MFN o tempo como você diz foi pouco mas o que me transmitiu foi muito. Você tem poemas e reflexões pesadíssimos de saber. Creio que não serão capazes todos de os entender à primeira assim como eu. Assumo que não os apanho logo à primeira vez que os leio e nem tenho a certeza de chego onde você quer que eu chegue. São muito enigmáticos, pragmáticos e de uma objectividade inconfundível como confundível.
Tem uma reflexão (poema) seu que quando comecei a ler ia ficando com uma ideia mas fui-me habituando a que a qualquer altura e rapidamente você me iria confundir, porque o seguimento da reflexão parecia tão fácil de entender que desconfiei e na verdade estava certo, eu lia o evidente mas o que o senhor queria dizer não era o que eu lia assim tão evidente, era mais do que isso. Aprendi que não podia le-lo tão rápido, cada palavra tem o seu peso e encaixe e quando me apercebia que o julgava estar a entender logo pensava devo estar a perceber errado. Relia e concluía que era verdade, estava a falhar. Lendo rápido o senhor, fico com uma ideia depois ela é outra quando o tenho com mais atenção e serenidade.
Você escreve sempre em várias direcções, chegou até a fazer chamadas de atenção aqui ao site do poemas, fez também reparos a sua forma de ser, deu indirectas a alguns comportamentos e tudo se manteve. Acho que as suas observações passaram despercebidas a muitos, e que até muitos não o liam porque o que escrevia era sério de mais para o que muita gente está habituada a ler. E os que entenderam as vezes que se insurgiu contra entre aspas algo, preferiram manter-se calados, pois são muito mais aqueles que gostam do facilitismo e do deixa andar do que aqueles que preferem colocar o dedo na ferida para a tratar como deve ser. Reparei que fazia poucos comentários, e argumentava falta de tempo, acredito sinceramente que sim, e reparei também que só alguns o comentavam e não seria por falta de tempo, porque comentavam outros. Mas você escreveu também sobre isso de outra forma inteligente. Li um poema que falava de um polvo duro, e percebi onde quis chegar. Você falou tanto e tanta coisa em tão pouco tempo neste site e para este site directamente. Acho que sei quem você gostava de ler, e eram muito poucos e diferentes.
A sua despedida em vídeo, com um tema tão lindo e ao mesmo tempo tão triste, faz perceber que você sai descontente deste espaço. Talvez sentindo-se um incompreendido pela maioria. A ideia de colocar a sua voz no vídeo para que pudéssemos conhecer uma voz real, triste e melancólica, não foi só para a despedida do seu amigo, foi talvez para que pudéssemos perceber e entender a tristeza com que abandonava o site. Deixou em voz viva aqui e para sempre um rosto e as suas pegadas de passagem.
A sua passagem por este site, marcou mesmo. Repare que neste ultimo escrito seu, houve um comentário de um participante que nunca o tinha feito antes, acho que percebi perfeitamente a sua intenção e acho também que foi um comentário tão falso e tão verdadeiro de infelicidade. O comentário só lhe ocorreu na hora de saída e talvez por se sentir mais à vontade com o facto de ter comunicado de que não iria responder, e também, pela sua saída o deixar com menos sombra e mais visibilidade para quem gosta dela. A atitude do comentário é de facto uma das evidências negativas com que você algumas vezes se insurgiu aqui no poemas. Você no último vídeo diz que o seu amigo era “único”. Deixe-me que lhe diga, aqui no poemas tem bons escritos, mas os seus são tão únicos. Você é um dos únicos.
A sua entrada aqui no poemas criou alguns embaraços e amuos, você cortava a relva muito baixa e em todas as direcções e isso perturbava os mimaditos da casa, aqueles que gostam da popularidade, das palmadinhas nas costas, dos beijinhos, dos pontinhos e das vitórias sem suor e sem justiça. Podia continuar a escrever mais até porque sendo a primeira vez e só porque não me podia esquivar de deixar este escrito de justiça, tristeza e apreço à sua passagem por cá. Mas vou terminar desejando-lhe a maior sorte do mundo e sei que você vai consegui-la. Você deixou perceber que conhece os seus caminhos e como muitas vezes escreveu os seus momentos e tempos.
Aqui no poemas, vou resignarmos novamente à minha postura de visitante até que apareça algo a tocar-me profundamente como o MFN o fez. Mas confesso que leio muito aqui e gosto de ler outros escritos para além dos do MFN, mas os seus eram de longe os meus favoritos.
Despeço-me com respeito.
Amadeu Vargas

Foto de Rosinéri

APOSTILA DO COREL DRAW

SUMÁRIO

Introdução 1
Tela de Apresentação 1
Criando Figuras Simples 2
Linhas Curvas 3
Figuras Geométricas 4
Ferramenta Seleção 4
Desfazer e Repetir 5
Colorindo os Objetos 5
Ferramenta Zoom 6
Gravando, Fechando e Abrindo um Documento 6
Salvando o Trabalho 6
Fechando e Abrindo um Documento 7
Configurando e Imprimindo Páginas 8
Configurando Páginas 8
Imprimindo Páginas 9
Desenhando 11
Usando a Ferramenta Forma 11
Preenchimentos e Contornos 13
Preenchimentos Especiais 13
Contornando os Preenchimentos 15
Efeitos Sobre o Objeto 16
Girando e Inclinando Objetos 16
Espelhando Objetos 17
Agrupando e Desagrupando Objetos 18
Duplicar e Clonar 19
Alinhando e Distribuindo 20
Ordenando Objetos 20
Combinando Objetos 21
Editando Texto 22
Ferramenta Texto 22
Comando Editar Texto 23
Correção Ortográfica 24
Efeitos com a Ferramenta Forma 25
Linhas Guia e Configuração da Régua 26
Formas para o Texto Artístico 28
Efeitos Especiais 30
Efeito Contorno 30
Efeito Envelope 30
Efeito Extrusão 31
Efeito Lente 33
Efeito Misturar 34
Efeito PowerClip 35
Adicionar Perspectiva 35
Combinação de Efeitos 36
Esfera 36
Graduações Entre Duas Figuras 37
Sombra no Texto 37
Texto Tridimensional em Perspectiva 38
Figuras e Símbolos 39
Importando Figuras 39
INSERINDO SÍMBOLOS 40
INTRODUÇÃO

Considerado como o software de computação gráfica mais popular para PC's, o CorelDraw 6 é sem dúvida um estúdio artístico completo. Apesar do pacote compreender 13 programas, vamos voltar toda nossa atenção ao programa central - suficiente para criarmos ilustrações precisas, desenhar trabalhos artísticos de forma livre, desenhos técnicos envolvidos em projetos de engenharia, em fim, qualquer coisa que sua imaginação permitir e muito mais.

TELA DE APRESENTAÇÃO

Ao carregar o CorelDraw pela primeira vez, você verá a tela de boas-vindas que poderá ser oculta em um novo carregamento, bastando para isto, desativar a caixa de verificação Exibir esta Tela de Boas Vindas no início, em seguida, clique sobre o botão Iniciar um Novo Gráfico CorelDraw, para conhecermos o nosso estúdio artístico.

CRIANDO FIGURAS SIMPLES

Se alguém lhe pedisse para fazer um desenho, com lápis e papel em mãos, qual seria a sua dificuldade? Bem, se existe alguma, ela continuará no CorelDraw. Mas tirando os desenhos de formas livre, encontramos diversos recursos que estão ao alcance de todos.
Abaixo encontramos a barra de ferramentas para desenhos com diversos botões e suas respectivas funções. Em seguida, utilizaremos algumas ferramentas para criarmos figuras simples.

Selecione a Ferramenta Mão Livre - dê um clique sobre o botão. Agora, arraste o ponteiro sobre a página para traçar uma linha, em seguida, solte o botão. Para obter linhas retas, dê um clique na posição inicial, logo após, leve o ponteiro até a posição final e dê outro clique. Faça algumas linhas retas e curvas para se familiarizar mais com esta ferramenta.

Podemos rapidamente apagar um ou mais desenhos usando a Ferramenta Seleção. Dê um clique sobre esta ferramenta, em seguida, clique sobre a linha de um determinado desenho para selecioná-lo, logo após, pressione a tecla Delete. Para apagar vários desenhos ao mesmo tempo, arraste o ponteiro de forma a envolver todas as linhas para selecioná-las, em seguida, pressione a tecla Delete.
Ainda falando sobre a Ferramenta Mão Livre, verifique que o botão, que representa a ferramenta, exibe um pequeno triângulo no canto inferior direito. Ao dar um clique sobre este triângulo, é exibido uma outra barra com outras ferramentas, esta barra é conhecida como menu adjunto
LINHAS CURVAS
No menu adjunto da ferramenta Mão Livre, selecione a ferramenta Bézier, específica para criação de linhas curvas, e dê um clique em algum ponto da página para marcar o início da linha, clique em outro ponto mas não solte o botão do mouse, neste momento é traçado uma linha, arraste o ponteiro do mouse ao redor deste ponto e verifique a curvatura da linha - quanto mais você afasta o ponteiro do ponto, maior será a curva.

Depois de encontrar a curvatura desejada, solte o botão; clique em outro ponto e verifique que é mantida a seqüência da curvatura. Para interromper, clique sobre qualquer outra ferramenta.

FIGURAS GEOMÉTRICAS

Na barra de ferramentas para desenhos, encontramos três botões específicos para a criação de retângulos, elipses e polígonos. Selecione o botão Retângulos, posicione o ponteiro do mouse sobre a página e arraste-o para criarmos o retângulo - mantenha a tecla Ctrl pressionada para obter quadrados.
Realize os mesmos procedimentos para a criação de Elipses e, mantenha a tecla Ctrl pressionada para obter círculos.
A ferramenta Polígono tem três formas pré-definidas que são exibidas através do menu adjunto (clique no triângulo localizado no canto inferior direito da ferramenta). Use estas formas para criar um polígono, espiral e uma grade.
FERRAMENTA SELEÇÃO

Vimos que a ferramenta Seleção permite selecionar um ou mais objetos, mas através desta ferramenta também poderemos arrastar o objeto para determinada posição e redimensioná-lo. Para movimentar o objeto, basta selecioná-lo e arrastá-lo para a posição desejada. Para redimensionar, posicione o ponteiro sobre um dos quadradinhos indicadores de seleção e, arraste para o interior (diminui) ou exterior (aumenta) do objeto.
Outra forma de selecionar vários objetos, mas de forma aleatória, é selecionando cada objeto desejado mantendo a tecla Shift pressionada.
DESFAZER E REPETIR
Estas duas opções do menu Editar, estão disponíveis em diversos programas, tendo as mesmas funções, isto é, a opção Desfazer volta a última ação e a opção Repetir refaz a última ação desfeita. Como exemplo, selecione um objeto e, em seguida, pressione a tecla Delete para apaga-lo. Através da opção Desfazer, recupere o objeto excluído.

COLORINDO OS OBJETOS
Vamos agora aprender como colorir os objetos. Crie um desenho usando as ferramentas já estudadas, em seguida, selecione o objeto a ser colorido. Dê um clique sobre a cor desejada, na Paleta de Cores (parte inferior da tela), com o botão esquerdo para selecionar a cor de preenchimento, e com o botão direito para selecionar a cor de contorno.
As linhas são coloridas através do botão direito do mouse sobre a cor desejada.
FERRAMENTA ZOOM
A maioria das figuras que criamos foram relativamente grandes, considerando o fato de terem sido feitas sobre a página que é exibida em tamanho reduzido. Nós poderemos ampliar a visão e desenhar ou editar, sobre uma parte selecionada da página. Para obter a ampliação de uma determinada parte da página, basta arrastar o ponteiro sobre a região após selecionar a ferramenta Zoom.

Com esta ferramenta selecionada, o ponteiro passa para o formato de uma lupa. Um clique no botão esquerdo amplia, também, a visão na posição do ponteiro; com o botão direito, reduz a exibição da página.
GRAVANDO, FECHANDO E ABRINDO UM DOCUMENT
SALVANDO O TRABALHO
Para gravar todo o trabalho feito, basta selecionar a opção Gravar do menu Arquivo. No quadro exibido, entre como o nome do arquivo e, em seguida, selecione o botão Salvar. Você também poderá salvar o seu trabalho através do botão Gravar da barra de ferramentas. O quadro de diálogo Gravar Desenho foi exibido porque o arquivo estava sendo salvo pela primeira vez, isto é, se você selecionar outra vez a opção gravar, o arquivo será salvo com as alterações feitas ou não, e nenhum quadro de diálogo será exibido.

Fechando e Abrindo um Documento

Para fechar um arquivo que já foi salvo, isto é, já tem um nome, basta selecionar a opção Fechar do menu Arquivo. Ao usar esta opção, a página com os objetos desaparece e resta praticamente apenas duas opções para continuar a usar o programa. Se você selecionar o botão Novo da barra de ferramentas, uma nova página em branco é exibida para o início de um novo trabalho.
A outra opção é abrir um arquivo que já foi salvo em disco. Para isto, você deverá selecionar a opção Abrir do menu Arquivo ou dar um clique sobre o botão Abrir da barra de ferramentas. Será exibido o quadro de diálogo Abrir Desenho, onde deverá selecionar o arquivo a ser aberto e, em seguida, dar um clique sobre o botão Abrir
CONFIGURANDO E IMPRIMINDO PÁGINAS
CONFIGURANDO PÁGINAS

Quando carregamos o CorelDraw 6, é exibido uma página em branco possuindo layout padrão, isto é, basicamente as dimensões e orientação da página com valores pré-definidos. Este layout pode ser mudado facilmente, e estas modificações serão aplicadas a todas as páginas do documento.
Selecione a opção Configurar Página do menu Layout para termos acesso ao quadro de diálogo Configuração de Página. Neste quadro encontramos opções para o tamanho da página, cor do papel e outros recursos.
Através do menu Layout, você poderá acrescentar outras páginas, que terão o mesmo layout, ou apagar qualquer página, com exceção da página 1.
Para inserir uma ou mais páginas, selecione a opção Inserir Página do menu Layout. No quadro de diálogo exibido, entre com a quantidade a inserir e a posição - antes ou após a página atual.

Você também poderá inserir páginas através dos botões de controle de página. Veja na figura a seguir, outras opções sobre o controle de páginas

Para excluir uma ou mais páginas, use a opção Excluir Página do menu Layout. Após selecione esta opção, será exibido o quadro de diálogo Excluir Página solicitando o intervalo de páginas a serem excluídas.

Quando uma página é excluída, todos os objetos pertencentes a esta página também serão excluídos, mas se desejar apagar uma determinada página e manter um ou mais objetos, basta move-los para fora dos limites da página, isto é, para a área de trabalho. Objetos localizados nesta área pertencem ao documento e podem ser transferidos para outras páginas, simplesmente arrastando-os.
IMPRIMINDO PÁGINAS
Como a maioria dos programas, o CorelDraw permite a impressão dos trabalhos em qualquer impressora instalada em seu sistema. Para imprimir o documento, selecione a opção Imprimir do menu Arquivo ou, o botão Imprimir da barra de ferramentas, ambas exibirão o quadro de diálogo Imprimir, escolha a impressora e a faixa de impressão e, em seguida, clique sobre o botão OK para iniciar a impressão.
Para alterar algumas características da impressão, selecione o botão Opções do quadro de diálogo Imprimir. Ao acionar este botão, será exibido o quadro de diálogo Opções de Impressão para podermos centralizar os objetos na página, inserir número de página, nome do arquivo, data e hora atual. A caixa Pré-visualizar Imagem quando selecionada, exibe os objetos pertencentes a página. Caso exista mais de uma página, os botões de rolagem estarão disponíveis.
DESENHANDO
Em estudos anteriores, vimos como criar figuras geométricas e traçar linhas de forma simples, nestas figuras acrescentamos preenchimento e contorno com as diversas cores disponíveis na Paleta de Cores. Agora, vamos avançar um pouco mais sobre este assunto e conhecer diversos recursos aplicados aos desenhos.
USANDO A FERRAMENTA FORMA
A ferramenta Forma, a segunda de cima para baixo da barra de ferramentas para desenhos, permite modificar a aparência das figuras, bastando para isto, arrastar o ponteiro quando estiver sobre um dos nós exibidos no contorno da figura

Faça um retângulo usando a ferramenta apropriada, logo após, selecione a ferramenta Forma e arraste um dos nós do retângulo em direção ao centro da figura, como resultado, teremos os cantos arredondados na mesma proporção.

Com a ferramenta Elipse, poderemos obter Fatias arrastando o ponteiro para o interior do círculo, após selecionar o nó. Para criar Arcos, arraste o ponteiro na parte exterior do círculo após selecionar o nó.

Aplicando os recursos da ferramenta Forma sobre um polígono, obteremos uma impressionante quantidade de formas. Arraste um dos nós para o interior, exterior e ao redor da figura para ver o resultado.

Com relação ainda aos polígonos, nós podemos mudar as propriedades dando um duplo clique sobre a ferramenta Polígono. No quadro de diálogo Propriedades da Ferramenta, escolha o número de pontos, tipo e diferenciação para o novo padrão de polígonos, isto é, após estas modificações, todo polígono que for criado terá as características definidas no quadro Propriedades
A seguir, temos três polígonos com o mesmo número de pontos mas com tipos diferenciados.
PREENCHIMENTOS E CONTORNOS
PREENCHIMENTOS ESPECIAIS
No início de nossos estudos verificamos que uma figura selecionada poderá apresentar preenchimento e cor de contorno dando um clique sobre uma das cores da Paleta de Cores. Mas além destas cores sólidas, o CorelDraw oferece diferentes tipos de texturas e espessuras de linhas.

Faça um quadrado (ferramenta retângulo com a tecla Ctrl pressionada) sobre a página para usarmos como exemplo, da aplicação destes novos recursos.

Verifique que a ferramenta Preenchimento (último botão de cima para baixo da barra de ferramentas para desenhos) tem um triângulo indicador de menu adjunto, selecione-o após ter criado o quadrado.

- Selecione este botão para acrescentar preenchimento preto ao desenho selecionado.

- Clique sobre este botão para remover o preenchimento do desenho.

- Com esta ferramenta, você preenche o desenho com a cor branco. Você não perceberá a diferença se a cor da página também for branco.
- Ao selecionar esta ferramenta, será exibido o quadro de diálogo Preenchimento Gradiente com diversas opções para o preenchimento progressivo de cores pré-definidas. Selecione algumas opções e, em seguida, clique sobre o botão OK para ver o resultado.

- O Padrão Bitmap de Duas Cores preenche o desenho com elementos geométricos de duas cores que você poderá escolher. Selecione este botão e escolha o padrão e as cores disponíveis no quadro de diálogo exibido.

- O Padrão de Vetor preenche o desenho com elementos vetoriais coloridos, os procedimentos para a seleção do padrão são os mesmos do padrão bitmap.

- As texturas são um show a parte, você irá se surpreender com os diversos tipos de texturas, que poderão ter suas características alteradas gerando uma combinação imensa de estilos. Basta selecionar a biblioteca de texturas e um dos vários tipos listados abaixo. Caso altere alguma das características do estilo escolhido, clique sobre o botão Pré-visualizar para ver o resultado, em seguida, clique sobre o botão OK para o desenho ser preenchido.
CONTORNANDO OS PREENCHIMENTOS

Vimos que, para mudar a cor dos contornos, era preciso escolher a cor desejada na Paleta de Cores com o botão direito do mouse - estando o desenho selecionado. Agora, vamos conhecer as várias formas de contornos oferecidos pela ferramenta Contorno. Faça um retângulo e, em seguida, selecione o menu adjunto desta ferramenta - clique no triângulo indicador do menu.

No menu adjunto, alterne entre as espessuras oferecidas para ver o resultado. Dê um clique sobre o botão Caneta Contorno para termos acesso ao quadro de diálogo Caneta Contorno. Neste quadro, poderemos alterar a cor do contorno, escolher um novo estilo para o contorno e um dos três tipos de cantos. No caso de uma linha, poderemos escolher o tipo de extremidade e acrescentar setas.
EFEITOS SOBRE O OBJETO

Os objetos que podem ser desenhos feitos a mão-livre, figuras incorporadas ou qualquer desenho geométrico, poderão ter as aparências modificadas com uma simples rotação ou distorção realizada com mouse. Neste tópico, também aprenderemos como duplicar os objetos e organizá-los na página.Girando e Inclinando Objetos
Com apenas um duplo clique sobre o objeto não selecionado, ou um clique no objeto já selecionado, encontraremos as alças para rotacionar e distorcer os desenhos, dando um efeito muito interessante. Abra um arquivo que contenha um desenho ou, crie um, utilizando as ferramentas já estudadas, em seguida, dê um duplo clique (o primeiro clique seleciona, o segundo exibe as alças) sobre o desenho para conhecermos estas alças.
Para rotacionar o objeto, basta posicionar o ponteiro sobre uma das alças de rotação (ponteiro fica no formato de uma cruz) e arrastar ao redor do centro de rotação, este centro de rotação poderá ser movido para qualquer ponto do objeto.
O procedimento de distorção é parecido com o de rotação, posicione o ponteiro sobre uma das alças de distorção e mova no sentido indicado pelas próprias alças, isto é, no sentido horizontal ou vertical.

ESPELHANDO OBJETOS
O recurso de espelhamento inverte a orientação de um objeto, e está disponível através da opção Transformar... Escala e Espelho do menu Organizar. Ao escolher esta opção após ter selecionado o objeto, será exibido o quadro de diálogo Escala & Espelho, praticamente temos duas opções: Espelhamento horizontal e vertical, aplique estes recursos ao objeto e veja o resultado.

AGRUPANDO E DESAGRUPANDO OBJETOS
Os desenhos que você cria com o CorelDraw ou os arquivos com extensão CRD ou CMX - nativos do programa, estão no formato vetorial, isto é, elementos gráficos que podem ser editados e modificados. Uma figura no formato vetorial quando desagrupada, exibe vários nós para edição. Nestas condições, você poderia separar as partes da figura, bastando para isto, arrastar a parte selecionada.

Na figura anterior, o nosso coleguinha poderia ficar careca num piscar de olhos, isto mostra que as figuras vetoriais são compostas por pequenos objetos organizados. Abra o arquivo de nosso desenho exemplo e separe algumas partes, em seguida, desfaça o procedimento movendo as partes para o local de origem ou, selecione a opção Desfazer do menu Editar, tantas vezes necessário.
Agora, vamos selecionar todos os objetos e, logo após, dar um clique sobre o botão Agrupar/Desagrupar da barra de ferramentas ou, escolha a opção Agrupar do menu Organizar. Pronto, todos os objetos passam a fazer parte de um único bloco. Verifique que é impossível selecionar apenas uma parte do desenho.Para desagrupar os objetos, clique no mesmo botão na barra de ferramentas ou, selecione a opção Desagrupar do menu Organizar, este comando só estará disponível se o objeto estiver agrupado.
DUPLICAR E CLONAR
Duplicar um objeto não é novidade pois, com os comandos Copiar e Colar conseguiria obter este resultado que por sinal, são velhos conhecidos de outros programas. Mas este procedimento no CorelDraw, não é nada prático, por isto existem outros recursos bem mais rápidos para a duplicação dos objetos.

Para duplicar um ou mais objetos, basta selecioná-los e, em seguida, pressionar as teclas Ctrl+D ou, escolher a opção Duplicado do menu Editar. Após este procedimento, o CorelDraw cria uma cópia exata de todos os objetos selecionados e os desloca para cima e a direita. Caso o desenho seja composto por vários objetos desagrupados, é recomendado que os agrupe antes de duplicá-los.

A outra forma de duplicar objetos é através da opção Clone do menu Editar. Este recurso exibe a cópia da mesma maneira que o comando Duplicado, mas com a seguinte diferença: a cópia fica vinculada ao objeto original, isto é, qualquer mudança no objeto original, afeta também o clone.
ALINHANDO E DISTRIBUINDO
O CorelDraw permite mover os objetos de forma controlada nos sentidos horizontal e vertical e distribui-los sobre a área selecionada ou na página inteira.

Para alinhar e distribuir dois ou mais objetos, basta selecioná-los e escolher a opção Alinhar e Distribuir do menu Organizar. No quadro de diálogo exibido, você poderá escolher um ou mais botões de alinhamento ou distribuição, logo após, clique sobre o botão Aplicar para ver o resultado. Combine alguns botões para conhecer melhor este recurso de movimentação controlada.
ORDENANDO OBJETOS

A sobreposição de objetos em uma página é muito comum, diante desta situação o CorelDraw oferece recursos para avançar e recuar objetos que estão um sobre o outro.

Crie três desenhos coloridos sobrepostos, conforme figura a seguir, e use os comandos Para a Frente, Para Trás, Avançar Um e Recuar Um do menu Organizar, sobre os objetos, isto é, após desenhar as figuras geométricas uma sobre a outra, use a ferramenta Seleção para selecionar o objeto que sofrerá a ação do comando. As opções Para a Frente e Para Trás estão disponíveis em botões de mesmo nome na barra de ferramentas.
COMBINANDO OBJETOS
A combinação de objetos gera um objeto composto de dois ou mais objetos selecionados - sobrepostos ou não. O objeto combinado terá cor de preenchimento e contorno igual ao último objeto selecionado. Usando as mesmas figuras exemplo, do assunto anterior, selecione-as e escolha a opção Combinar do menu Organizar.
VOCÊ PODERÁ SEPARAR OS OBJETOS ATRAVÉS DA OPÇÃO SEPARAR DO MENU ORGANIZAR, MAS AS CORES DE PREENCHIMENTO E CONTORNO PERMANECERÃO AS MESMAS DO OBJETO COMBINADO.
EDITANDO TEXTO
Como qualquer programa de editoração eletrônica, o CorelDraw permite a criação e edição de textos, aplicar recursos de formatação e alinhamentos, e recursos especiais como arrastar letras independentes uma das outras e criar textos combinados com figuras geométricas.

FERRAMENTA TEXTO

O CorelDraw permite dois tipos de entrada de texto no documento: Texto Artístico e Texto Parágrafo, as duas formas estão disponíveis na barra de ferramentas para desenhos.

O botão identificado como Ferramenta Texto e que exibe o triângulo indicador do menu adjunto, é a própria ferramenta Texto Artístico, caso selecione a ferramenta Texto Parágrafo, esta ficará exibida na barra de ferramentas para desenhos.

O texto artístico é um pequeno trecho de texto que requer tratamento especial. Para a entrada deste tipo de texto no documento, basta selecionar a ferramenta apropriada e dar um clique no ponto inicial desejado. O cursor é exibido para você dar início a digitação do texto. Após a digitação, se desejar, poderá selecionar a ferramenta Seleção para expandir ou esticar o texto digitado.

A ferramenta Texto Parágrafo serve para textos mais longos, como frases inteiras e parágrafos. Para a entrada deste tipo de texto no documento, basta selecionar a ferramenta apropriada e arrastar o ponteiro sobre a página para especificar o tamanho do bloco de texto. Ao soltar o botão do mouse, o cursor é exibido para você digitar o texto, tendo como limite as dimensões do quadro tracejado, estas dimensões poderão ser alteradas com a ferramenta Seleção. Um duplo clique sobre o bloco de texto provocará a exibição das alças de rotação e distorção para a aplicação de tais recursos

Para alterar o texto diretamente onde está posicionado, basta selecionar uma das duas ferramentas de texto e dar um clique sobre o bloco de texto artístico ou parágrafo.

Um texto parágrafo poderá ser convertido em texto artístico, e vice-versa, através do comando Converter do menu Texto. Esta operação requer um bloco de texto selecionado com a ferramenta Seleção.
COMANDO EDITAR TEXTO
Vimos que existem duas formas de edição de texto, agora aprenderemos como formatá-los. A formatação dos caracteres e parágrafos estarão disponíveis através de um único comando.

Selecione um bloco de texto artístico com a Ferramenta de Texto ou Seleção, logo após, escolha a opção Editar Texto do menu Texto. O quadro de diálogo Editar Texto será exibido com alguns botões de formatação que poderão ser aplicados ao texto, desde que esteja previamente selecionado. Altere as características do texto artístico e clique o botão OK para ver o resultado

Repita os mesmos procedimentos para o texto parágrafo, e alterne entre os tipos de alinhamento
CORREÇÃO ORTOGRÁFICA

A correção ortográfica é muito comum nos processadores de textos, mas o CorelDraw possui recursos de correção que, sem dúvida, não deixam a desejar.

Para iniciar a correção ortográfica de seu documento, basta selecionar a opção Revisão... Ortografia do menu Texto. O CorelDraw começa a conferir as palavras e, ao encontrar a primeira palavra estranha à relação gravada no sistema, apresenta o quadro de diálogo Revisão Ortográfica. Para cada palavra estranha, você poderá corrigir, ignorar ou acrescentar ao seu dicionário. Ao concluir a revisão de todo o documento, será exibido um quadro para informá-lo do encerramento.

EFEITOS COM A FERRAMENTA FORMA

O uso da ferramenta Forma sobre os desenhos permite modificações na aparência das figuras. No texto artístico ou parágrafo, poderemos utilizá-la para arrastar letras independentes uma das outras, resultando num efeito muito interessante. Será possível também, aumentarmos os espaçamentos entre os caracteres, palavras e linhas.

Selecione um texto artístico ou parágrafo com a ferramenta Forma, basta dar um clique sobre o bloco de texto. Vamos mover algumas letras.

Quando um texto é selecionado com a ferramenta Forma, são exibidos os nós de texto e as alças de espaçamento. Dê um clique sobre alguns nós de forma alternada - mantenha a tecla Shift pressionada enquanto seleciona os nós. Agora, arraste para cima - como exemplo, qualquer um dos nós selecionados para movimentar as letras.

A alça de espaçamento horizontal, quando arrastada com a tecla Ctrl pressionada, aumenta os espaços entre as palavras; sem a tecla Ctrl pressionada, o espaçamento ocorrerá entre os caracteres.

A alça de espaçamento vertical, quando arrastada com a tecla Ctrl pressionada, aumenta os espaços entre os parágrafos; sem a tecla Ctrl pressionada, o espaçamento ocorrerá entre as linha
LINHAS GUIA E CONFIGURAÇÃO DA RÉGUA

Ao longo do curso aprendemos a criar desenhos e textos sobre a página, mas não nos preocupamos com o posicionamento e alinhamento destes objetos. Agora chegou a hora de disciplinarmos o nosso ambiente com as Réguas e as Linhas Guia, que permitirão o alinhamento e nos mostrarão o tamanho exato dos objetos e a distância entre eles.

As linhas guia são linhas horizontais, verticais e inclinadas que permitem alinhar as extremidades dos objetos de forma controlada. Para estas linhas existe o recurso Alinhar pelas Linhas da Grade que está disponível na barra de ferramentas. Este recurso faz com que as extremidades dos objetos sejam atraídas para estas linhas

Faça alguns objetos (texto, figuras geométricas) sobre a página e, em seguida, crie duas linhas guia - uma vertical e outra horizontal da seguinte forma: posicione o ponteiro do mouse na régua horizontal e arraste o ponteiro para baixo até a posição desejada. Para a linha guia vertical, faça o mesmo procedimento posicionando o ponteiro na régua vertical.

Agora, ative a ferramenta Alinhar pelas Linhas da Grade e arraste os objetos de forma a alinhá-los por estas guias. Use a ferramenta Seleção para mover os objetos.

As linhas guia podem ser movidas simplesmente arrastando-as para fora da área de trabalho. Para remover todas as linhas guia ao mesmo tempo, dê um duplo clique sobre qualquer uma das linhas guia e, em seguida, selecione o botão Limpar Tudo e OK, do quadro de diálogo exibido.

Com relação as réguas, nós podemos mudar o sistema de medida - de milímetros para centímetros, como exemplo - da seguinte forma: dê um duplo clique sobre a régua para exibir o quadro de diálogo Configuração da Grade e da Régua, na guia Régua escolha as unidades para horizontal e vertical, em seguida, clique sobre o botão OK.

Outro recurso disponível na Régua, é a possibilidade de movermos o ponto de origem, desta forma a posição zero passa para um novo ponto do qual todas as medidas serão feitas. Para mover o ponto de origem, basta arrastá-lo para a posição desejada.
FORMAS PARA O TEXTO ARTÍSTICO

O texto artístico combinado com figuras geométricas ou linhas curvas, resulta em formas bem interessantes. Esta combinação é possível através do comando Ajustar Texto no Caminho, que irá acomodar o texto sobre o contorno da figura.

Crie um texto artístico simples e, logo abaixo, faça um círculo. Agora, selecione o texto e a figura com a ferramenta Seleção. Com os objetos selecionados, escolha a opção Ajustar Texto no Caminho do menu Texto, o quadro de diálogo de mesmo nome é exibido com algumas opções disponíveis. Clique sobre o botão Aplicar para ver o resultado; a cada mudança realizada nas opções oferecidas, volte a dar o clique sobre o botão Aplicar.

Se desejar remover a figura e ficar apenas com o texto formatado, basta dar um clique, com a tecla Ctrl pressionada, sobre o contorno da figura para selecioná-la e, logo após, pressione a tecla Delete.

O uso deste recurso sobre uma linha curva, apresentará o mesmo resultado, mas no quadro de diálogo encontraremos a opção de Alinhamento horizontal.

EFEITOS ESPECIAIS

Se os efeitos de transformação não fizessem parte do CorelDraw, sem dúvida estaria incompleto. Através de recursos especiais, conseguiremos criar figuras tridimensionais, dar profundidade às figuras, tornar os objetos transparentes e muito mais. Todos estes comandos estão disponíveis no menu Efeitos.
EFEITO CONTORNO
Este efeito permite criar graduações que sigam o contorno do objeto, esta orientação poderá ser para dentro, interior ou exterior, e também será permitido definir o esquema de cores para os contornos.

Para aplicar este efeito, basta criar a figura e, em seguida, selecionar a opção Contornar do menu Efeitos. No quadro de diálogo Contorno, escolha a orientação e o esquema de cores, o resultado é obtido dando um clique no botão Aplicar.
EFEITO ENVELOPE
Envelopar um objeto (figura ou texto), é distorcê-lo ou forçá-lo apresentar a forma que desejarmos. Vamos aplicar este recurso sobre um texto e uma figura para conhecermos melhor esta ferramenta.

Crie um texto artístico qualquer e, logo após, selecione a opção Envelope do menu Efeitos ou, caso o quadro de diálogo Efeitos esteja aberto, clique sobre o seu nome na lista de efeitos. Nas opções disponíveis, escolha uma forma pré-definida e clique sobre o botão Aplicar. Caso tenha escolhido uma forma que distorceu tanto o texto ou figura, ao ponto de não identificar o objeto, é só selecionar a opção Desfazer (Ctrl+Z) do menu Editar, e tentar uma outra forma.

Este recurso também se aplica as figuras, e os procedimentos para obter o efeito, são os mesmos utilizados no texto. Se na lista de formas pré-definidas você não encontrar uma que lhe agrade, escolha a forma mais parecida com a que deseja, e use a ferramenta Forma sobre as alças para criar novas distorções.

EFEITO EXTRUSÃO
O efeito extrusão é um dos mais interessantes. Através deste recurso poderemos criar efeito tridimensional no objeto selecionado, escolhendo uma das formas pré-definidas ou, combinar uma ou mais opções para obter um efeito personalizado.
Crie um texto artístico simples ou faça uma figura (estrela, quadro, círculo), logo após, selecione a opção Extrusão do menu Efeitos, clique sobre a guia Predefinições 3-D e escolha um dos efeitos pré-definidos. Caso o botão Aplicar não esteja disponível, selecione a opção Converte em Curvas do menu Organizar. Esta é a forma mais prática para obter um efeito 3-D.

Para obter um efeito 3-D personalizado, realize os seguintes procedimentos:

• Crie a figura desejada e selecione a opção Extrusão do menu Efeitos;

• Clique sobre a guia Profundidade (figura a seguir), caso não esteja selecionada, e selecione o botão Editar para exibir o Contorno de Extrusão e o Ponto de Fuga;

• Arraste o ponto de fuga lentamente ao redor do objeto e escolha uma posição, em seguida, selecione o botão Aplicar;

• Se desejar, poderá rotacionar o objeto em espaço 3-D, selecionando a guia de Rotação, e arrastando a figura no formato de um C. Use a guia Cor do Objeto para definir cor de preenchimento e sombra. Ao terminar, selecione o botão Aplicar para ver o resultado

EFEITO LENTE
O efeito Lente altera as características do objeto usando outro como lente, isto é, você cria uma figura geométrica sobre um desenho, e esta figura para a exibir, em seu interior, novas características do desenho dependendo do tipo escolhido.

Para obter este efeito, abra um arquivo que contenha um desenho, logo após, desenhe um círculo, ou outra figura, e arraste-o sobre uma parte do desenho. Selecione a opção Lente do menu Efeitos e escolha uma das opções referente a característica da Lente, ao concluir, clique sobre o botão Aplicar para ver o resultado. Se desejar, poderá arrastar a figura geométrica para outras partes do desenho.

EFEITO MISTURAR

O efeito Misturar cria figuras intermediárias entre dois objetos selecionados. Como exemplo, faça um círculo e acrescente cor de preenchimento, em seguida, faça uma estrela - a uma certa distância do círculo, e também aplique cor de preenchimento. Agora, selecione os dois objetos e escolha a opção Misturar do menu Efeitos.

No quadro de diálogo Misturar, escolha a quantidade de figuras intermediárias e/ou número de graus para rotação, logo após, selecione o botão Aplicar para ver o resultado. Caso você arraste a primeira ou a última figura para uma nova posição, será refeito a distribuição das figuras.
EFEITO POWERCLIP

A aplicação do efeito PowerClip é muito simples, apesar de gerar um objeto altamente complexo. O que ele faz praticamente é colocar um objeto (figura tipo BMP, figura com preenchimento ou textura) dentro de outro objeto.

Como exemplo, abra um arquivo que contenha um desenho, em seguida, faça uma figura geométrica e selecione o desenho - vamos colocá-lo dentro da figura. Escolha a opção PowerClip... Colocar no Recipiente do menu Efeitos, neste momento surgirá uma grande seta, posicione a ponta desta seta sobre o contorno da figura ou no interior de algum texto, e dê um clique para obter o resultado. Se desejar separar os objetos, use a opção PowerClip... Extrair Conteúdo do menu Efeitos, após selecionar o objeto composto.
ADICIONAR PERSPECTIVA

Perspectiva, segundo o Dr. Aurélio, "é o aspecto dos objetos vistos de certa distância", em nosso caso, teremos a ilusão de profundidade (3-D) de um desenho 2-D.
Vamos distorcer uma figura dando a ilusão de perspectiva, usando o comando Adicionar Perspectiva do menu Efeitos. Selecione uma figura e ative este comando, logo após, arraste uma das alças exibida sobre a linha pontilhada que circunda o objeto, para criar o efeito.

Para alterar as distorções de um objeto com perspectiva, basta usar a ferramenta Forma da barra de ferramentas para desenhos.
COMBINAÇÃO DE EFEITOS
Os efeitos que acabamos de estudar, podem ser combinados com outros efeitos resultando num trabalho incrível. Veja a seguir, os procedimentos para criar efeitos que parecem ser difíceis.
ESFERA
• Faça um círculo através da ferramenta Elipse - mantenha a tecla Ctrl pressionada a medida que arrasta o ponteiro. Escolha o preenchimento Gradiente da Ferramenta Preenchimento.
• Em tipo de preenchimento, escolha Radial, selecione duas cores e no quadro de visualização, arraste o ponto central para o canto superior direito, agora, clique em OK.
• Em Opções, do quadro de diálogo Preenchimento Gradiente, você poderá alterar o percentual de preenchimento da superfície.
GRADUAÇÕES ENTRE DUAS FIGURAS

• Faça um quadrado relativamente grande usando a ferramenta Retângulo - mantenha a tecla Ctrl pressionada a medida que arrasta o ponteiro).
• No meio do quadrado (use as linhas guia) faça um círculo pequeno e acrescente preenchimento na cor branca e remova a cor de contorno.
• Selecione apenas o quadrado, e acrescente preenchimento na cor preto e remova a cor de contorno.
• Selecione os dois objetos e escolha a opção Misturar do menu Efeitos.
• No quadro de diálogo Misturar, informe o número trinta e cinco, ou outro a sua escolha, para graduações e clique o botão Aplicar para ver o resultado.
SOMBRA NO TEXTO
• Crie um texto simples em maiúsculo com a ferramenta Texto Artístico, em seguida, mude a fonte, de preferência larga, e aumente o tamanho. Para isto, basta um duplo clique sobre a Ferramenta Texto Artístico, com o texto selecionado, para ter acesso ao quadro de diálogo Editar Texto.
• Agora, escolha a opção Transformar... Escala e Espelho do menu Organizar.
• No quadro de diálogo exibido, selecione Espelho Vertical e, logo após, clique sobre o botão Aplicar A Duplicado.
• O texto é duplicado de forma invertida; use as setas do teclado para mover o bloco de texto duplicado, até a posição logo abaixo das letras do bloco de texto original.
• Mude a cor do bloco de texto invertido para cinza claro e dê um clique sobre o bloco, para ser exibido as alças de rotação e distorção.
• Arraste para a direita a alça de distorção inferior, para inclinarmos um pouco o bloco de texto invertido.

TEXTO TRIDIMENSIONAL EM PERSPECTIVA

• Crie um texto artístico e adicione perspectiva através da opção Adicionar Perspectiva do menu Efeitos.
• Arraste as alças até obter a ilusão de profundidade, logo após, clique em alguma cor na Paleta de Cores, para preencher o texto.
• Com o texto selecionado, escolha a opção Extrusão do menu Efeitos.
• Arraste o ponto de fuga para uma determinada posição e utilize algumas opções das guias Predefinições-3D, Rotação, Profundidade e Cores, logo após, selecione o botão Aplicar, e sente-se confortalmente a espera do resultado.
FIGURAS E SÍMBOLOS
Um estúdio artístico eletrônico sem uma biblioteca de figuras e símbolos ficaria a desejar. Quanto a isto, o CorelDraw 6 esbanja, são 25.000 imagens contidas em CD-ROM, divididos em categorias como mapas, transportes, pessoas e outros. Com relação aos símbolos, figuras mais simples, também existem diversas categorias.
IMPORTANDO FIGURAS
As figuras contidas no CD-ROM estão no formato nativo do CorelDraw, isto é, CMX ou CDR, estes formatos vetoriais podem ser modificados usando os recursos já estudados. Mas nada impede que você importe para seu documento, figuras de terceiros e que possuam outros formatos como: TIF, BMP, PCX e outros.

Para importar uma figura para seu documento, basta selecionar a opção Importar do menu Arquivo. No quadro de diálogo Importar, selecione o diretório que contém as figuras, clique sobre o arquivo desejado, logo após, escolha o botão Importar. A figura é inserida em seu documento, e através da ferramenta Seleção, poderemos arrastá-la para qualquer posição e até redimensioná-la.

Você também poderá utilizar o botão Importar, da barra de ferramentas, para ter acesso ao quadro de diálogo Importar.
INSERINDO SÍMBOLOS
Os símbolos são figuras simples que podem ser utilizados para realçar um desenho ou, simplesmente para ilustrar o documento. Estes símbolos, que praticamente são elementos de fontes, estão disponíveis através do comando Símbolos do menu Ferramentas ou, através do botão Cortina Símbolos da barra de ferramentas.

Após selecionar este comando, a cortina de símbolos é exibida com a primeira categoria disponível, escolha uma das categorias e, em seguida, arraste o símbolo para inseri-lo no documento.

Foto de Bira Melo

EU VOU IR...

Eu quero ir...
Em um rio de águas correntes,
Num barquinho de papel
Acordado, bem desperto
Eu vou ir sim... vou ir!

Eu quero ir...
Dentro do barco minha gente,
Ver pessoas, bichos, plantas,
Navegando na enchente
Eu vou ir sim... vou ir!

Eu quro ir...
Quando acabar o dilúvio
Na pedra ou areia encalhar
Eu vou ir sim... vou ir
Ver minha sombra se ocultar!

P.S. : esse poema foi dedicado à Dandara, minha sobrinha e faz parte de "Anjinho de Carvão"*
*Direitos autorais reservados.

Foto de Henrique Fernandes

PÁTIO DOS DESEJOS

.
.
.

Consigo tirar sabor do que escrevo
Um paladar que desconheço
Mas tempero pelo que tenho esperado
Para o saborear á mesa das verdades
Os minutos que já não guardo
São consumidos por um tempo
Cada vez mais e mais faminto
Nesta caminhada sem distância
Catalogada por inércia sem datas
Como água dura em pedra mole
Depositada num oásis por inventar
Arquitectado no pátio dos desejos
Sou um sol que arde de paixão
Sem lua feita por uma mulher
E persigo-me até um novo eclipse
De uma solidão sem sombra
Á boleia de uma luz que assinala
A direcção ao meu propósito
Que o destino me entrega á alma
E devolve o tempo perdido
Mas que nunca terá sido em vão

Foto de Lou Poulit

CANTOS RECENTES DO POETA PASSARINHO (PROSA E VERSO)

BLASFÊMIA

Porque eu não quis o fardo de perdê-la, com cada dardo de luz a sua estrela moça me apunhala; mas o tempo entre nós, de dedo em riste, fez-me triste pela sua intangível plenitude. Em quietude, reflito. E me lembro da sua pele tesa, ansiosa sobre trêmulas fibras, me comendo como a uma jovem presa predada às sombras frescas do dia (hoje dessa minha tristeza). Como esquecer suas tramas ingênuas, de uma mulherice de reações rosadas vestida de saltos e brilhos para a noite? Como resgatar tão tênues limites tangidos pelo olhar, quando dissimulando bramidos e silêncios de um improvável e profundo mar fazíamos concessões fugazes, como espumas na areia?

Porque como um bardo adolescente eu quis detê-la, e ao seu instinto inevitável na ponta dos pés, a sua estrela ferida por outro vagueia ao rés dos meus exílios e possui os brancos fartos dos meus pelos, sem pressa, até dos meus cílios, ferrenhas grades dos porões dessa minha lágrima tardia e inconfessa. Reflito. À beira de penhascos resvalo, e reflito. Sob o trepidar dos cascos da memória me ralo, mas ainda reflito. Mesmo ao engasgo com que rasgo os vazios subterrâneos da minha decrépita esperança, desesperadamente reflito!... Até que refletir seja apenas um estratagema, ignóbil, imperdoável e ironicamente necessário, que à transitoriedade de tudo blasfema: o amor não tem idade!

Mas é tarde. Porque entre a reflexão e a lágrima já não há vago, é tarde. Porque a certeza que trago caminha de bengala, porque não se cala mas já não trama, é tarde. Porque o fim de quem ama não está no decurso do tempo nem no percurso da distância, mas na vagância de não amar; nem na demência da moral nem na presença de juízo, mas na ausência de saudade; o fim de quem ama está em não se exercer o tempo. A melhor de todas as minhas descobertas fora encontrar, nas flores abertas, o divino de cada mulher, em que devia crer como menino; mas a pior de todas as minhas íntimas blasfêmias, foi não me prostrar ao que sempre houvera crido nas fêmeas.

(Itaipú, mar/2008)

AMANTE EU ME QUIS

Amante eu me quis
E ela quis-se prenda
Cio e cena, senda
De uma bela atriz;

Jugo e julgamento
Paguei preço justo
Mas depois, que susto...
Mesmo hoje inda tento

Inda quero e busco
Tombo ávido e brusco
Nos dorsos da vida:

Quem sabe, com sorte
Morro inda de morte
Do amor comovida.

(Itaipú, mar/2008)

ERGUE-SE A VIDA

De sob o tempo indolente de um caminho íngreme e da sua penitência, de descer sem resvalar para saber como voltar, de não ter a quem contar como devesse ser julgada, e saber que a solidão voluntária mais que um direito é uma dádiva, ergue-se ávida a vida.

De sob julgamentos ilegítimos, os ritmos do destino crido, o protagonista interino, ferido pelo próprio veredicto, o bailarino das sombras, refém das próprias luzes, exilado no silêncio e na castidade, banido remido da cidade profana, nele ergue-se a vida, soberana.

Porque o amor não é óbvio como a nudez que se revela, porque se a procela íntima jura e insulta, a paixão mesmo impura indulta a florada dos espinhos... O amor não tem caminhos e caminha mesmo longe dos aplausos, como um monge velado por sua estrela, selado por seu arcano... Meu amor é pela vida um amor humano.

(Itaipú, mar/2008)

ANTES

Antes que me profane esse céu que eu mesmo criei por querê-la, tanto, de minha alma tardia como seu leito tardio... Antes que me sacuda um aplauso de mim mesmo arredio, e a chama expire e repouse sobre a cinza o pavio e soluce a sombra do que antes fomos... Antes que a paixão, descida dos seus tronos, renuncie à nossa milenar cumplicidade... Antes que essa saudade me deserde dos seus hormônios, pelos meus poros, posseiros das minhas estrelas, juízes dos meus himeneus... Mas antes!... Antes que meus rasgos desalinhados sejam remendados por impura compostura e se recomponha o herdeiro das idéias, dos golfos nas traquéias por impostura, a criatura completa perdida da sua costela, incontinente em sua cela: solidão... Oh, antes que uma vergonha aflita me possua e a desdita lembrança dela, inconha e nua, toque fundo no berço o sonho que já não sonha... Poesia!... Oh, minha poesia, arrebata-me das palmas desse papel frio e sedento! E colha-me em teu colo colossal... E recolha meu corpo estilhaçado, poro a poro, esse impagável fardo em que ainda agora eu ardo e evaporo, incomodado, sobre uma chama abissal.

(Carioca, mar/2008)

POR QUE SE ME DESTE?

Porque se me deste manhã, quando já não havia um luar que me oferecesse a sua esmola, implora esse meu amor agnóstico por um crepúsculo de relâmpagos e lama, arrastando-se o leito cósmico, em que se alargue bem, e aos poucos, com roucos protestos, o inventário dos meus futuros restos, aos punhados, desapunhalados dos tremores que acarinham o gozo que me assola... Eis, enfim, a mais desejada esmola!... Ah, por amor mais se amarga a ausência do que se alarga o silêncio na distância, e mais se erguem vãs defesas do que se embarga a manhã de ilesas estrelas... Pois o amor não tem sentido em si mesmo, porque dar-se exige quem o receba, ao alcance do tato! E porque o fato... É que não suporto mais essa espera! Apenas um momento quisera. Depois quis o tempo de espera. Mas o amor exagera e agora só quer tudo, o tempo todo. Não transige, não mente e mais se sente nada, tanto, tanto... Oh, por que tanto assim se me deste, Manhã?

(Carioca, mar/2008)

ESPANTALHO

Amo... Eu amo essa mulher. E se tanto eu não a amasse hoje que ruge e fulge no poço o anjo quando ela se debruça sobre o céu grisalho, eu seria tão injusto quanto um fútil amante, plantando em meu peito um inútil espantalho. Pois que se deite comigo à nossa colheita e abarrote as suas entranhas de sementes e acolha esse rio meu de estrelas cadentes (e o seu silêncio morno) à espreita
dos nossos futuros percalços, inseguranças, intrigas, ciúmes, brigas e tudo que desune. Protegido, esse nosso amor permaneça imune e ao mais profundo arrebatamento desça.

Amo... Eu amo essa mulher. E se tanto eu não a amasse em lucidez, nem fosse a sua tez a aurora dos meus escuros (toda vez que o amor se mete em apuros), o espantalho, refém do próprio espanto, em vez de um encanto seria um anjo degredado. Pois que venha o amor à mesa, e a sua chama acesa ao fio dos olhares, sobre a comovente juventude dela e a minha paixão, essa cadela indecente... Pois que se mantenha o indignado julgamento alheio longe do dorso amado, sem nenhum arreio, veio profundo dessa droga genérica, minha liberdade homérica e indigente.

Ah, como eu amo essa mulher, tanto... Com o vigor de cada fio branco, quitado com a minha velha juventude inquieta, que me arde o peito franco de poeta enquanto guarde o quanto exerça o espantalho, emancipada do talho, a emoção da minha amada.

(Itaipú, mar/2008)

CALÇADAS DESSA NOSSA VIDA URBANA

Calçadas dessa nossa vida urbana... A insana crença de ser e estar sempre dando uma chance ao destino, ser solto no mundo e, ao mesmo tempo, estar como na sala, receber e ser também recebido e, em compartilhada privacidade, desarmar o proibido. Sobretudo a nossa libido, assenhorada, indultados de habitá-la.

Alçadas pela divina verve humana (que assim profana que se preserve) ao dossel da densa solidão da urbe, por mais que lhe conturbem as dívidas das tão vívidas ilusões tão frágeis, ah, as nossas calçadas intermináveis são retos labirintos de preces devotadas, de penitências e caçadas. Nenhum decreto, nenhuma vela acesa... Qualquer promessa liberta a alma, ilesa de ser no fundo só e íntima do exíguo (ínfima queixa que nem vale à pena); à lua plena, quem precisa de liminares em lugares onde os olhares, como floradas, defloram a jurisprudência do desejo?

Pois na minha calçada predileta, hei de plantar ainda uma placa. Mas uma placa de poeta, como convite póstumo a Baudelaire e Pessôa, onde escreverei: "VOILÁ LA VOLUPTÉ". Por que não? As paixões são também portuguesas, como as volupitosas pedrinhas de Copacabana! E em baixo: "MOI ET TOI". Onde habitamos e somos habitados...Oh, as calçadas dessa nossa vida urbana.

(Itaipú, mar/2008)

ME ABDUZA

De manhã, a manchete de hoje era um salto de espinha abaixo, sem truques nem cambalachos, sem volta, sem escolta... Implume, à beira do ninho. Imberbe ao fim do caminho.

Mesmo sem ter a quem pedir ajuda ou conforto, nem morto, meu coração, eu te renego. Não te nego o direito (nem ao torto) agora que enfim tuas dívidas cairão do prego, que virá ela pousar plena ao meu tão sonhado alcance... Não caia o poleiro, o verso não canse. Porque voa essa pássara no rumo em que lhe aguarda o amor e a poesia... Pois, que à revelia ela arda! Pois que a valia de arder é ter amado.

Mas não espero ser meramente amado pelo seu amor medido em eras de anos-luz. Nem apenas seduzido. Quero ser em verdade abduzido! Varrido e vasculhado, desidratado pela cauda de um cometa, que me reduza à uma lágrima de mulher... Ah, Pássara, me abduza.

(Itaipú, março/2008)

SE FOSSE TANTO O AMOR CRUEL

Tomou-me, ufano e covarde à faina da velha bateia, à tarde, de ser notado por tardios, preciosos olhares, roubados ao céu e ao mel mas curvados ao seu e ao meu: um desertado amor magoado.

Era tanta, tanta a sua mágoa, a dessedentar-se no meu espanto, que pensei: se fosse tanto o amor cruel não cantaria seu canto a cotovia, não haveria o sonho de amar, nem (que falhassem) tantos venenos, e nossos enganos seriam pequenos.

Devolveu-me esse amor (que ainda arde) a mim mesmo, depois e a esmo, numa calçada sem esquinas: se fosse tanto o amor cruel as minhas amadas seriam todas bailarinas e aos seus palcos (tão mais ardidos) talvez me faltassem proteínas.

(Carioca, março/2008)

PINTURA FRUGAL

Súbito, nas palmas da lua o tema...
Plena e deserta a tela implora a cena
Como um teorema a ser consumado.
Ávida e nua, dádiva a ser consumida.

O amor usa de sofismas só seus
Para nos converter em cismas suas.
É demônio e é santo. Até deus!
Doando luares como hóstias cruas.

Traços, aguadas, promessas, primícias
Devassas servidas, doces sevícias...
A arte é um coito que nunca termina.
Pierrô afoito. Oh, afoita colombina!

No epicentro de um pouco épico tombo
E no assombro de um gozo nem tão estético
Em que a febre viceja (e a alma a deseja)
O artista verseja, quase profético:

Pintura frugal, a dar-se a mim estreito
Hás, limiar, de dar-se além do leito.

(Carioca, março/2008)

CANTOS GAIOS

Eis a vida, aos pés da sorte.
Um sonho galgo, galgando gratas misérias
Sem temer tombos e trombos que suporte
Nos largos ombros do anjo que lhe vier.

Donde vejo essa, na estratosfera
Perdoaria Dalila e acudiria Prometeu
Porque a eternidade é uma quimera
Para um amor tão generoso como o meu.

Do que entre fatias fugazes de amenidades apenas
Fazendo mágicas tenazes (nem tão amenas)
Seria eu eterno e inteiro entre seus dedos
Mais à vontade do que no caderno do jornaleiro.

Ah, eu pagaria com juros as minhas juras
Doando-me a ler todo dia o jornal de ontem
Só para recair de todas as minhas curas!
E loucamente amar de novo... Oh, cantem

Ao precipício entre os olhares e aos seus soslaios
Meus pássaros, os meus cantos gaios, cantem.

(Carioca, fevereiro/2008)

ESGUICHO

Um esguicho aspergindo agonia tingiu o nicho escuro da minha auto-estima, com tons claros de uma líquida e morna alforria. Eu corria tanto. Corria e corria... Como um bicho sem paz eu zanzava, sem sair jamais do lugar em que estava; preso no visgo, vesgo de amor eu não via meus escombros na poça (a que fiz jus!), do corte certeiro de um raio de luz.

Dissimulada, a estrela que fez isso (do instinto intangível, íngreme e insubmisso o poeta dócil, submerso no esgarço do velame e acoleirado pelo verso ao firmamento) quer apenas que eu ame. Ame e ame... E escame o brilho d’alma ao vento. Mas o amor teme a própria catarse e por uma múltipla entorse (do salto para dentro) exila-se num centro em que tudo se lhe roce.

Ah, o amor que desnuda e desarma... O penitente que em sua Compostela espera ungir-se com os estilhaços da janela, no entanto preserva os cordeiros do vitral; até que converta-se a noite atéia em dia, e a alcatéia em coral e a teia casta da anorexia em um esguicho lustral.

(Carioca, fevereiro/2008)

UM RAIO INSUSPEITO E ARREBATADOR

Um raio insuspeito e arrebatador entre opostos exílios, antes tramados por escolhas colhidas à razões tolhidas, nos fez amantes desertados.

Quando nada os detém, olhares detonam uma reação em cadeia servida à ceia de um desejo vasto, em que sós nossas testemunhas somos, ideais sem pejo de aias e mordomos, comensais intrépidos em tépidos covis...

Oh, tépidos covis da madura idade!
Oh, ledos covis sem cocho ou grade!

Um olhar insuspeito e arrebatador do exílio colheu-me e comeu-me à flor da minha abissal leviandade; a lágrima fringiu-se e evaporou-se, cingiu-se de cinzas o peito que a trouxe, decerto, meus covis hoje correm a céu aberto.

(Engenho Novo, fevereiro/2008)

JARDIM DO ABISMO

Nem eu me lembrei do tempo nem ele se apercebeu da minha ausência, mas se agrisalharam os meus pelos... Nem eu quis vertê-los nem capturei os seus buquês, mas os momentos voaram do cálice... Seixos que um dia, talvez, encaixem-se, a memória amontoa, assim à toa, cobertos de pó nos recônditos do absurdo... Em cada beijo um estalo, eco surdo de lirismo, que roga um resvalo à nudez das paredes. Ah, os dias sem amar... Ajardinam o fundo do abismo.

(Largo da Carioca, fevereiro/2008)

TEZ SEM EXTREMOS

Ah, porque ela não tem na tez extremos
(Salvo os olhos, que também são morenos)
Pouso a alma e vejo o meu próprio reflexo
Porque o sexo, estância além do mundo

Rio profundo, caminho estelar
Grafara n’alma, ao silêncio das curvas
Feitas sem o zelo de me tomar
Dos limites: A morte não me quis.

Restou, feliz, este amor são e salvo
Alvo das suas perguntas tolinhas
Rangendo as janelas donde as rolinhas
Nos espiavam, pelas persianas;

Em preces profanas, tão doidivanas
Sim, eu amei... E como nunca soubera;
Porque não era o fim a antiga era
Porque eu não estava ainda preparado.

Pouso alado (ao lado a tez sem extremos)
No ermo lúcido do amor em que cremos.

(Carioca, fevereiro/2008)

VENHA

Venha, porque eu tenho
Bem mais do que fui
E donde hoje eu venho
A dor não possui;

Venha, porque trago
Bem mais do que cabe
Neste meu vago
Que ninguém mais sabe;

O meu sonho é um salmo
Na tez d’alma escrito
Com letras de um palmo
E ainda a ser dito:

Se o afago perpassa
A tona do lago
E é luz o seu cio...
É o amor que trago

Guardado e tardio...
Divina devassa.

(Carioca, fevereiro/2008)

QUISERA O AMOR QUE EU AMASSE

Quisera o amor que eu amasse
Tanto, tanto ele quisera
Que ao desarmar-se o amor que era
Ele antes me devassasse.

Quis o amor assim tocar-me
Tanto, tanto, o sol ao lis
Que o céu que de mim eu fiz
Devassou a minha carne!

Será sempre o amor assim.
E eu serei sempre o que sou
Sem saber mais que soubera.

A me armar, como arlequim
O amor vem (quem nunca amou?)
Deserdar-me do amor que era.

(Carioca, fevereiro/2008)

ME SABER ME BASTA

Eu dissimulava por onde fosse. Cantava o tempo todo. Sussurrava, depois quase gritava. Ah, eu cantava, cantava, cantava... A música era a da amada, sua preferida. Eu a tomava emprestada. Se pudesse, seria capaz de roubá-la! Eu dissimulava perdidamente. Colhia todos os olhares do caminho mas só ficava mesmo com os dela... E com a carne úmida dos sorrisos e o risinho tímido dos mamilos e o andar, que mal tocava os pisos, e os glúteos. Glúteos? Oh, comprimi-los...

Eu dissimulava enquanto ria de mim mesmo. Não por auto-piedade ou desestima. Eu dissimulava piamente! Ela era um templo, uma porta entreaberta. No nicho, uma absolvição além da palma, roçando a alma como açoite de dia, de tarde e de noite, vazando entre os dedos da mão tenaz. Sonhada... Uma graça fugaz sob a coberta de credos e dogmas deserta. Generosamente incontinente. Mas até seu resíduo era emprestado, como tudo o que era dela crido. Até que da vidraça fez-se o alarido de miríades de estrelas, janela afora vazada.

Mas não doeu nada, não doeu nada... Eu mesmo fiz isso. Avidamente eu mesmo fiz isso... Não há mais no que crer. Me saber me basta.

(Itaipú, fevereiro/2008)

O ESPELHO E A BAILARINA

Esse amor meu de poeta...

Cuja paz decreta e se professa ungida
Que, impune, confessa ser a própria sobrevida
Do réu imune, ao rés de mais uma vez tocá-la
Com um arrepio de sopro, pele tão desejada...

É uma montanha que jamais se cala!
Mas resvala e em profundo silêncio se esbate
No magma de um improvável vate.

Dentro dela habita uma estrela antiga
Que sussurra uma cantiga e nina a emoção
De ser a mansão e a monção da bailarina
De infladas cortinas e peito pronto a se fender...

Oh poesia das entranhas do ensandecido
Sou eu que fendo! Sou eu que fendo! Eu, a montanha...
Ao gume úmido, entre arabesques colhido...

Na poça, em que de versos me embriago seu
Tombam a lua e o gozo com que pago eu
As minhas brancas súplicas no breu da fonte...
Então... É a poça que seduz o lago?...
Ou a dor de amar? Que a ninguém se conte...

Esse amor meu de homem...

Cujos olhos comem a carne emancipada
E que verte o sonho e o seu torpe inchaço
No levitado abraço do amor da amada
Não aconselha jamais o que se cobre...

Mas esse nobre amor meu sempre a espelha
Concede a verdade e a fantasia e as espalha
Aos dentes da noite e aos palcos do dia...

Que dentro do espelho havia nela um abismo
Por cujas paredes o seu sismo, que a desvalia
Refém das suas areias e dos meus espumados dedos
Escorregava e em mim cravava velhos medos.

Oh céus dos meus sentidos
Eu fui o mar! Eu fui o mar! E o espelho-mar...
Mas sou agora os rochedos... No olhar, bramidos...

A moça, estrela cujo sonho na poça repousa
A senhora da lousa, de sapatilhas desatadas
Confia como as fadas no amor frugal, mas ferina
Despetala o seu amor de bailarina, cada centelha à mó
Do aço nu... Do espelho amado que a espelha só.

(Itaipú, Fevereiro/2008)

HOJE A CELEBRO, TÃO GUARDADA

Não era minha, nem tua
A mão que encrespava o mar
Pastoreava o vento
E escavava os grãos de areia...

Nem na vinha, nem na lua
Nem ao amor restava amar
Tão doce, o resto lento
Mais que o sonho pastoreia...

Era d’alma dos amantes
Que, indelével, o tempo habita
Montando em pelo a delícia
De sermos assim da vida

Ermos d’estrelas distantes...
A lembrança mais bonita
(a mais eterna primícia)
a emoção na voz contida

Celebrada, tão guardada:
Como, Sempre, és tão amada...

(Itaipu, mai/2007)

PREDESTINAÇÃO
(Poema Tríptico)

Manhã I

Há dias, Mulher, em que dias hibernam
Como cios em que se deveria amar.
E dias que tardios anunciam:
O amor vem... E nada o poderá evitar!

Como ígneos folguedos cósmicos
Astros saltam reluzindo, acima do mar
Das profundezas do desejo vindos.
E na areia a luz de um gozo rendado
Extrema unção de um amor guardado
Prenda-fruto do silêncio e da madrugada...

Ambas fugidias...
Nossa alma vagueia
Como fossem dois dias.

Tarde II

No entorno do sol se ergue uma ciranda
De palmas morenas escritas por Deus...
Os sonhos meus andam apenas
Centúrias pequenas, que eu mesmo cri.

No entorno da rua em que habitam passos meus
Não quis Deus nenhum cão nos portões
Mas vagalhões vieram de longe
Ilhar de olhares vários meus olhos perdulários
E varrer do poente os meus azimutes de monge...
O rastro não mente, eu mesmo o escrevi.

Areia antiga...
Que amor te trouxe, Branca, a perdê-los
Os brancos fios dos meus cabelos?

Noite III

No fundo do covil, ao rés do céu,
Prostrou-se (quem viu?) o cajado como um manto.
Nenhum fogo apagado aquece tanto...
Só a morte em que não se morra, só a borra de aço-mel.

Ah, Tristezas, que me fizeram dulcíssimo mecenas
Palmas morenas (em que eu não previ proezas)
Te aguardam, madalenas,
Porque uma só Madalena haverei de tocar, tanto...
Mesmo antes de chegar, sanha e pranto
Essa vaga já me alarga, com o tanto que é feliz.

Desencanto: Dalva-Lis...
De lãs que não vesti mas, por um triz, já me afaga.
Há manhãs, Mulher, que jamais teriam paga.

(Itaipú, 30/ago/2007)

ANIVERSÁRIO DA MIXINHA

Hoje celebro uma estrela, extrema estrela velada pelos véus de antigas eras, de fogaréus, de esperas, quimeras, deveras dada; que em silêncio crepita n’ara desdita que lhe valha a dor do peito. Acalenta. E por direito se apascenta dos lapsos de um anjo canalha...

Hoje celebro uma fêmea, efêmera crença minha, roubada a um conto de fadas por arcanos, comezinha; e por anos de vigília, ppr um gozo que eviscere a plenitude, em que se esmere a rapsódia do claustro. Fausto íntimo, fausta chama, que só não cala a quem não ama.

Hoje celebro uma luz que só nus temos por nossa; querer bem a um anjo alado, de um querer que não se apossa, é um amor iluminado, que não se pode tocar sem que se toque a si mesmo, por inteiro. É o amor mais verdadeiro... Inconho amor, já por si mesmo tão naturalmente celebrado.

(Itaipú, maio/2007)

Foto de pétala rosa

VELA VERMELHA

VELA VERMELHA

A nudez das palavras
te assusta.
A minha liberdade fechou a tua prepotência.
Resta um mistério dolorido, e o
meu corpo dessarumado.
Mas, no fascínio deste tango que
não dançámos, ouvirás os acordes duma paixão
soltando-se na noite dos infieis.
Serei eu a DEUSA a descansar
na folhagem da tua sombra, e nos teus
abraços vazios de paixão.

E no florir de mais um dia, passo por ti
sem te olhar, e dos teus olhos cairá uma lágrima
que vai chorar por dentro dessa pele fria
e da tua existência dum amor ausente.

Os gestos vazios de sentindo serão a
companhia nas tuas noites nos lençóis brancos
e das paredes que falam da
minha nudez.
Não te conheço mais no espelho da minha
imagem, não sinto mais o ritual dum orgasmo sem nome...

Apaga a vela vermelha, o filme acabou...

Amália LOPES

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