Som

Foto de onil

NA ESPERANÇA DE UM DIA

COMO SONHEI SER FADISTA
INSPIROU-ME UMA GUITARRA
NUMA FESTA BEM BAIRRISTA
ONDE OUVI CERTO ARTISTA
O FADO CANTAR COM GARRA

ESSE SOM DELIRANTE
DE UMA GUITARRA A TRINAR
ENTROU FORTE EM MINHA MENTE
DEIXOU MINHA ALMA CONTENTE
E NA VIDA ESTE SONHAR

ESCREVER ENTÃO MEU FADO
UM DESEJO TÃO PROFUNDO
ESCREVER VERSOS AO PASSADO
DO AMOR QUE É TÃO SAGRADO
E CANTAR ALEGRE AO MUNDO

QUANDO ESCUTO A VOZ NO CANTO
DA GUITARRA O SEU TRINADO
NA MELODIA ME ENCANTO
PONHO O VERSO EM PENSAMENTO
E ESCREVO ENTÃO MEU FADO

NAS RIMAS DA POESIA
O FADO É MEU CISMAR
ESCREVO VERSOS DE ALEGRIA
NA ESPERANÇA DE UM DIA
MEU FADO PODER CANTAR.

28.01.98
ONIL

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SONHO DE MENINO

O SONHO QUE EU TIVE COM ESPERANÇA
FOI SER FADISTA E VIVER PARA CANTAR
ESCREVER MEU FADO UM DESEJO DE CRIANÇA
QUE TANTAS VEZES OCUPOU O MEU SONHAR

NA MINHA MENTE DE CRIANÇA IMPULSIVA
O SOM VIBRANTE DA GUITARRA SE INSTALAVA
ESSE GEMIDO DELIRANTE QUE CATIVA
E FÊZ MAIS FORTE O DESEJO QUE SONHAVA

NÃO VOU ESQUECER ESSE TEMPO DE PETIZ
EM QUE O AMOR JÁ ESCREVIA A RECORDAR
LEMBRANÇAS DESSA INFANCIA TÃO FELIZ
QUE ESCREVO AGORA NESTE FADO PARA CANTAR

O SONHO QUE É TÃO LINDO E INFINITO
PODER ESCREVER E CANTAR SÓ O MEU FADO
OUVIR GUITARRAS COM TRINAR TÃO AFLITO
É ESTE O SONHO NO MEU PEITO BEM GUARDADO

O PEDIDO NA MINHA PRECE AOS CÉUS
QUE DEUS NÃO ME TIRE ESTAS PAIXÕES
PODER PASSAR Á REALIDADE OS SONHOS MEUS
CONTAR A VIDA EM POEMAS E CANÇÕES

E SEMPRE DESSE MEU SONHAR DIVINO
QUE PASSE Á REALIDADE O QUE É SONHADO
VIVER ENTÃO ESSE SONHO DE MENINO
EM QUE UMA NOITE DESEJEI CANTAR MEU FADO

14.9.90
ONIL

Foto de onil

A POESIA

A POESIA ME ENFEITIÇA
A INSPIRAÇÃO ME ATIÇA
PARA SEMPRE ESCREVER
FALAR DE COISAS BANAIS
DE FESTAS E ARRAAIS
PARA NÃO ENTRISTECER

A POESIA É UMA ARTE
ESCRITA EM QUALQUER PARTE
O MOTIVO É DIVERSO
INTERESSA ISSO SIM
QUE O POETA NO FIM
RIME SEMPRE O SEU VERSO

RIMA-SE ENFIM AO AMOR
FALA-SE COM SAUDADE E DOR
DE PAIXÕES DO PASSADO
MAS A VERDADE SUPREMA
É QUE NA POESIA SE AMA
TUDO O QUE NELA É RIMADO

A POESIA CONTÉM
O SENTIMENTO TAMBÉM
EM CADA PALAVRA A RIMAR
PODE-SE ESCREVER DE AMOR
HÁ VERSOS QUE FALAM DE DOR
MAS TAMBÉM FALAM DE AMAR

A POESIA É SAGRADA
QUANDO NO POEMA É RIMADA
É ESSE SEU GRANDE VALOR
TERMINAR CADA VERSO NUM TOM
O QUE DIZER SAI NO SOM
QUE VAI NO VENTO AO SABOR

A POESIA É A MANEIRA
DA EXPRESSÃO VERDADEIRA
QUE NAS PALAVRAS ACARRETA
POR MAIS QUE SEJA SINGELO
UM POEMA É SEMPRE BELO
QUANDO É ESCRITO PELO POETA

TENHO A POESIA NA ALMA
É ELA (A POESIA) QUE ME ACALMA
ADORO AS PALAVRAS RIMAR
FALO DO PASSADO E DO PRESENTE
RIMO AS PALAVRAS NUM INSTANTE
É BOM SER POETA E SONHAR

19/03/010
ONIL

Foto de onil

SONETO DO MAR

SENTEI-ME JUNTO AO MAR
E O SOM DAS ONDAS ME CATIVOU
A ESPUMA BRANCA PRENDEU MEU OLHAR
E O MUNDO NESSE MOMENTO PAROU

VI DO MAR A ÁGUA AZUL SEM TERMINAR
SÓ AO LONGE SE CONFUNDE COM O CÉU
É ESTA BELEZA QUE PRENDE MEU OLHAR
É ESTE MISTÉRIO QUE DEUS NOS OFERECEU

HÁ MAR E MAR DE BELEZA INFINITA
QUE NOS DEIXA MARAVILHADOS
PORQUE A NATUREZA É BONITA

SINTO QUANDO ESTOU JUNTO AO MAR
E DA ESPUMA VEJO OS RENDILHADOS
QUE A SUA BRISA ME VEM CONFORTAR

8/07/09
ONIL

Foto de Fernanda Queiroz

Pedaços de infância

Lembranças que trás ainda mais recordação, deixando um soluço em nossos corações.

Lembranças de minhas chupetas, eram tantas, todas coloridas.
Não me bastava uma para sugar, sempre carregava mais duas, três, nas mãos, talvez para que elas não sentissem saudades de mim, ou eu em minha infinita insegurança já persistia que era chegado o momento delas partirem.

Meu pai me aconselhou a planta-las junto aos pés de rosas no jardim, por onde nasceriam lindos pés de chupetas coloridas, que seria sempre ornamentação.
Mas, nem mesmo a visão de um lindo e colorido pé de chupetas, venceram a imposição de vê-las soterradas, coibidas da liberdade.

Pensei no lago, poderiam ser mais que ornamento, poderia servir aos peixinhos, nas cores em profusão, mesmo sem ser alimentação, primaria pela diversão.
Já com cinco anos, em um domingo depois da missa, com a coração tão apertadas quanto, estava todas elas embrulhadas no meu pequenino lenço que revestia meus cabelos do sol forte do verão, sentamos no barco, papai e eu e fomos até o centro do lago, onde deveria se concentrar a maior parte da família aquática, que muitas vezes em tuas brincadeiras familiar, ultrapassavam a margem, como se este fosse exatamente o palco da festa.

Ainda posso sentir minhas mãos tateando a matéria plástica, companheira e amiga de todos os dias, que para provar que existia, deixaram minha fileira de "dentinhos, arrebitadinhos".

Razão óbvia pela qual gominhas coloridas enfeitaram minha adolescência de uma forma muito diferente, onde fios de metal era a mordaça que impunha restrição e decorava o riso, como uma cerca eletrificada, sem a placa “Perigo”.

O sol forte impôs urgência, e por mais que eu pensasse que elas ficariam bem, não conseguia imaginar como eu ficaria sem elas.

A voz terna e suave de papai, que sempre me inspirava confiança e bondade, como um afago nas mãos, preencheu minha mente, onde a coragem habitou e minhas mãos pequeninas, tremulas, deixaram que elas escorregassem, a caminho de teu novo lar.

Eram tantas... de todas as cores, eu gostava de segura-las as mãos alem de poder sentir teu paladar, era como se sempre poderia ter mais e mais ás mãos, sem medos ou receios de um dia não encontra-las.

Papai quieto assistia meu marasmo em deposita-las na água de cor amarelada pelas chuvas do verão.

Despejadas na saia rodada de meu vestido, elas pareciam quietas demais, como se estivessem imaginando qual seria a próxima e a próxima e a próxima, e eu indecisa tentava ser justa, depositando primeiro as mais gasta, que já havia passado mais tempo comigo, mesmo que isto não me trouxesse conforto algum, eram as minhas chupetas, minhas fiéis escudeiras dos tantos momentos que partilhamos, das tantas noites de tempestade, onde o vento açoitava fortes as árvores, os trovões ecoavam ensurdecedores, quando a casa toda dormia, e eu as tinha como companhia.

Pude sentir papai colocar teu grande chapéu de couro sobre minha cabeça para me protegendo sol forte, ficava olhando o remo, como se cada detalhe fosse de suprema importância, mas nós dois sabíamos que ele esperava pacientemente que se cumprisse à decisão gigante, que tua Pekena, (como ele me chamava carinhosamente) e grande garota.

Mesmo que fosse difícil e demorado, ele sabia que eu cumpriria com minha palavra, em deixar definitivamente as chupetas que me acompanharam por cinco felizes anos.
Por onde eu as deixava elas continuavam flutuantes, na sequência da trajetória leve do barco, se distanciavam um pouco, mas não o suficiente para eu perdê-las de vista.
Só me restava entre os dedinhos suados, a amarelinha de florzinha lilás, não era a mais recente, mas sem duvida alguma minha preferida, aquela que eu sempre achava primeiro quando todas outras pareciam estar brincando de pique - esconde.

Deixei que minha mão a acompanhasse, senti a água fresca e turva que em contraste ao sol forte parecia um bálsamo em repouso, senti que ela se desprendia de meus dedos e como as outras, ganhava dimensão no espaço que nos separava.
O remo acentuava a uniformes e fortes gestos de encontro às águas, e como pontinhos coloridos elas foram se perdendo na visão, sem que eu pudesse ter certeza que ela faria do fundo do lago, junto a milhões de peixinhos coloridos tua nova residência.

Sabia que papai me observava atentamente, casa gesto, cada movimento, eu não iria chorar, eu sempre queria ser forte como o papai, como aqueles braços que agora me levantava e depositava em teu colo, trazendo minhas mãozinhas para se juntar ás tuas em volta do remo, onde teu rosto bem barbeado e bonito acariciava meus cabelos que impregnados de gotículas de suor grudava na face, debaixo daquele chapéu enorme.

Foi assim que chegamos na trilha que nos daria acesso mais fácil para retornar para casa, sem ter que percorrer mais meio milha até o embarcadouro da fazenda.
Muito tempo se passou, eu voltei muitas e muitas vezes pela beira do rio, ou simplesmente me assustava e voltava completamente ao deparar com algo colorido boiando nas águas daquela nascente tão amada, por onde passei minha infância.

Nunca chorei, foi um momento de uma difícil decisão, e por mais que eu tentasse mudar, era o único caminho a seguir, aprendi isto com meu pai, metas identificadas, metas tomadas, mesmo que pudesse doer, sempre seria melhor ser coerente e persistente, adiar só nos levaria a prolongar decisões que poderia com o passar do tempo, nos machucar ainda mais.

Também nunca tocamos no assunto, daquela manhã de sol forte, onde a amizade e coragem prevaleceram, nasceu uma frase... uma frase que me acompanhou por toda minha adolescência, que era uma forma delicada de papai perguntar se eu estava triste, uma frase que mais forte que os trovões em noites de tempestade, desliza suava pelos meus ouvidos em um som forte de uma voz que carinhosamente dava conotação a uma indagação... sempre que eu chegava de cabeça baixa, sandálias pelas mãos e calça arregaçada á altura do joelho... Procurando pelas chupetas, Pekena?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Resernados

Foto de Ayslan

Nenhuma palavra mais para escrever

Nenhuma palavra mais para escrever... Poesia sem inspiração uma canção sem letra e as notas ainda sim me fazem chorar. A porta está aberta esperando você voltar e essas três palavras que quero te falar me atormentam, mas não quero escrever, quero olhar em teus olhos e dizer... Quero sentir o vento o som das folhas secas caindo no chão, os pássaros cantando... Quero te abraçar fechar os olhos e chorar... E quando abrir os olhos não quero mais acorda... Esse sonho silencioso é realidade da minha vida sem você. Estamos lado a lado no ponto de ônibus e olhamos um pro outro... Não consigo lembrar-se da ultima vez que estávamos tão perto um do outro... Nossos olhares se cruzam e todos conseguem notar e ouvir as batidas do meu coração... Todos neste instante me olham como se me conhecessem apenas você diante de quem tanto te ama parece que nunca me viu... Bom quero apenas que saiba "eu te amo"... E que irei te amar e te reconhecer a onde quer que você vá.

Para: Priscila

Foto de Carmen Vervloet

Maria deTal (Homagem a tantas Marias)

Molhada em lágrimas subiu o morro
Olhou pro céu, contou as estrelas
Não se atreveu a pedir socorro
Escondeu as mazelas, tentou esquecê-las

Guardou sua fome em segredo
Descansou sob um florido arvoredo
Estonteada qual louco bêbado
Vomitou na terra a bílis do medo...

Saiu em busca de alimento para a cria
Estendeu a mão implorando esmola
Seu corpo fraco por migalhas vendia...
Sofria tal qual tangida viola...

Salvar os filhos seu desejo ardente
Colheu migalhas na tosca sacola
E alimentou a cria pálida e doente
Maltrapilha, faminta e sem escola...

Entregou pra Deus a sua sina
E tombou ao som de triste toada
Deixando a cria desamparada.

Seu nome apenas Maria de tal
Sem CPF e desempregada
Negou-lhe a vida o fundamental...

Carmen Vervloet

Foto de A ciganinha

Soneto do Vento

Soneto do Vento

Oh vento! Não conheço a tua imagem
Apenas entendo a tua linguagem
No verão passa e o som é silente
No inverno,furioso e veemente

No outono, eriça as folhas dormentes
Na primavera chega menos imprudente
Em qualquer tempo, serás tangente
E as birutas agradecem alegremente

Desce sereno até os mais baixos vales
Ao topo das montanhas sobe grandioso
Impiedosas tempestades causa nos mares

E assim, abstrato, misterioso e impetuoso
Os dias seriam sem teus cantares
Opressos,sisudos sem teu ar precioso

Diná Fernandes

Foto de Vágner Dias

O Amor Está Aqui

É um dia chuvoso e eu dou toda minha luz, do sol...
Tudo é cinza, mas eu te vejo na minha mente
Eu posso acender uma luz e eu sei que vou ficar bem
Eu coloquei uma outra foto sua perto da minha cama
Eu escuto o vento soprar.
É alto dentro da minha cabeça
Eu não quero pensar na distância que nos separa
Voce está sempre aqui, o amor mantem vc próximo

7 dias na estrada você é sempre o destino da minha alma
Cada passo no caminho que parece estar a tomar o meu amor de volta para você
E o tempo passa ... Ela se torna tão claro
Você não está sozinha, o amor está aqui dentro
Eu escuto o som de uma música triste
Eu sei que vou te ver amanhã
Você é o que me motiva a encarar todo o dia
Está sempre aqui, o amor mantém você próximo

As nuvens estão sumindo, voaram pra longe
O sol esta brilhando e o céu esta ficando azul
Cada passo no caminho que parece estar a tomar o meu amor de volta para você
E o tempo passa ... Ela se torna tão claro
Você não está sozinha, o amor está aqui dentro

E o tempo passa ... Ela se torna tão claro
Você não está sozinha, o amor está aqui dentro
O amor esta aqui
As nuvens estão sumindo, voaram pra longe
O sol esta brilhando e o céu esta ficando azul
7 dias na estrada você é sempre o destino da minha alma

Foto de A ciganinha

O som do slêncio

O som do silêncio

O silêncio é o tormento da língua
É uma resposta sigilosa, é uma arte
O som do silêncio, à raiva míngua
Queda a fúria da outra parte

É o desafio que à boca adestra
Ensurdece a acuidade auditiva
A palavra ofensiva não prospera.
O calar, doma a alma sensitiva

Palavras mal colocadas pela euforia
Causam um posterior arrependimento
Calar para que o outro sorria
Evita certo constrangimento

Impulsos incontidos geram conflitos
Da mudez nasce o entendimento
A boca muda digere os atritos
Não macula o comportamento

Diná Fernandes

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