Soneto do Vento
Oh vento! Não conheço a tua imagem
Apenas entendo a tua linguagem
No verão passa e o som é silente
No inverno,furioso e veemente
No outono, eriça as folhas dormentes
Na primavera chega menos imprudente
Em qualquer tempo, serás tangente
E as birutas agradecem alegremente
Desce sereno até os mais baixos vales
Ao topo das montanhas sobe grandioso
Impiedosas tempestades causa nos mares
E assim, abstrato, misterioso e impetuoso
Os dias seriam sem teus cantares
Opressos,sisudos sem teu ar precioso
Diná Fernandes