Solidão

Foto de Alexandre Montalvan

Compaixão

Era apenas um canarinho
Amarelinho
Ele cantava uma linda melodia
Coitadinho
Seu canto transmitia lenta agonia

Talvez as grades
Ou solidão
Talvez saudades
Ou a prisão

Talvez sua dor, fosse somente, falta de amor, e de perdão

Fiquei com pena
E lentamente peguei-o na mão
Podia até sentir seu coração
Arranquei sua cabeça com uma dentada
Não me agradeça por nada
Foi apenas compaixão

Foto de Osmar Fernandes

Cibersexo

A amizade de internet
É casual, sem muro e sem parede.
Estávamos interligados na intranet.
De repente, ela abre a webcam,
E se exibe me fazendo um strip-tease
De perder o fôlego, descomunal.
Fui fisgado nessa rede.
Era a terráquea mais sensacional.

Pensei que fosse uma extraterrestre.
Virtual, lindíssima, sensual.
Descobri o mais lindo campo silvestre.
Despertou-me um fetiche por aquele vulcão.
Pouco a pouco o clima foi ficando real.
Morena fatal explodia em suas labaredas...
O meu corpo implorou por aquele furacão.
Foi tudo novo, irreal, uma beleza.

Esse mundo virtual é mesmo inteligente.
Tudo começa num chat, num site ou no MSN...
Na verdade é uma meiguice gostosa, é tela carente!
Nesse caso não precisa usar camisinha, é sexo seguro.
No terceiro milênio o sexo é mesmo genial...
É de graça, sem compromisso, maduro.
Quem não tem ninguém corre o risco de se viciar.
Quem tem alguém corre o risco de ficar sozinho.

Essa mulher não existe!... É cheia de malícia.
Eu nunca vi tamanha satisfação.
É frio o monitor, mas ela me aquece com a sua imagem.
Não tem corpo que resista a essa delícia.
Morena como essa é um perigo à minha solidão.
Paixão solta saindo da conecção em meio à tela fria.
Toque suave de calor, de desejo e de prazer selvagem.
Graças a deus o gênio inventou essa tecnologia.

Foto de Samir Querino

Lembranças

O silêncio permeia os pensamentos
reflete a saudade que habita o coração.
As lembranças revivem os momentos
que causam tempestade na fria solidão.

Seu rosto esculpido em minha mente
tatuagem permanente desenhada pelo amor.
Sua voz, canção para os ouvidos
acalma os sentidos e leva ao torpor

A tristeza ajuda a compreender
que longe de você a vida não tem graça.
Os sonhos que tenho com você
me fazem perceber que o riso é uma farsa.

O tempo passou e hoje eu entendo
que eu tive a opção de poder decidir:
Enfrentar o mundo escolhendo te amar
ou fugir do confronto e te ver partir

Jamais escolheria fugir e te perder
Porém eu errei por não escolher te amar.
O arrependimento me faz enlouquecer
errei, te perdi, só posso lamentar.

Somente do seu lado meu coração desvendou
o segredo mais sagrado já guardado pelo amor.
Se eu pudesse voltar no tempo, mudaria tudo o que fiz
Pois só encontra a felicidade quem tem coragem de ser feliz.

Foto de Paulo Gondim

Renúncia

RENÚNCIA
Paulo Gondim
05/02/2012

Tua vontade não condiz com tua vida
Elas se desencontram, passam longe
Não te satisfaz, virou compromisso
Num contrato que já não pode ser cumprido

Teus desejos não se realizam
Ficam contidos, reprimidos
Como fruto que não consegue amadurecer
Abortam, nuca se tornarão vida...

Tua coragem, aos pouco se afoga
E, como teus desejos, se torna estéril
E nem tua vontade, teus desejos e tua coragem sobrevivem
São apenas cansaço, buscaram outros caminhos

E, já que não há mais vida, mas apenas mágoa
Melhor esquecer o desejo, a vontade, o querer
Cerque-se da solidão, da indolência
Da indiferença, da renúncia à vida, ao viver

Foto de Lucianeapv

MEU LUGAR FELIZ

MEU LUGAR FELIZ
(Luciane A. Vieira – 27/01/2012 – 09:12h)

Meu lugar feliz
Passa por cachoeiras e sonhos
Passa por recantos rústicos
E tranqüilos... E lúdicos...
Tem em si um quê de
Sonho e solidão
Magia e ilusão...
Meu lugar feliz
Tem verdes matas
Tem corredeiras
Tem sorrisos
Tem algo de patético
Pois em si traz
A paz que sonhamos
E poucas vezes
Encontramos...
Meu lugar feliz
Tem toda a luz que
Eu gostaria de ser
Pois é neste lugar que
Eu conseguiria voar
Com todo o meu coração...

Foto de Anderson Maciel

SORRIR E NÃO CHORAR...

A dor aperta a minha alma
Os meus desejos já não são puros
Posso ver o fim da calma
Com a chegada de um infortúnio

Gritos de agonia eu ouço em meu leito
O sentimento me permeia a mente
Como uma droga vai caindo, lentamente
Deixando-me a beira de uma cruel solidão

Amores dolorosos de vidas perdidas
Pessoas a quem confiar uma verdade maldita
De onde não se vem aquele antigo sentimento
No qual nos faziam sorrir e não chorar. Anderson Poeta

Foto de carlos loures

MUDANÇA

vou embora abraçado à incertezas
na esperança de novas belezas
Vou abandonar pelo caminho
Tantos sonhos que guardei com carinho

É necessário o recomeço
Mesmo longe e distante de tudo que conheço
Deixo para atras muita tristeza e solidão
Angustia e desilusão

O coração vai cheio de amizades
Esperanças e saudades
Também levarei pra onde eu for
A lembrança do seu sorriso
A única descrição que conheço para a palavra amor.

CARLOS LOURES
ITAPEVI
VERÃO DE 2012

Foto de Alexandre Montalvan

Destino

Meu destino me envolve
Sentimento que confunde, distorcido
Medo do desconhecido,
Medo de parar esta alucinante viagem
Que me tornou algo selvagem
Afastando-me de você

Esta dor me consome
Transformando em cinzas o que era dia
Despedaçando minha doce magia
Destruindo emoções, pensamentos, opções
Por entre o caos procuro caminhos
Alternativas, atalhos, soluções

Mas tão somente encontro espinhos
Que rasgam minha carne enfraquece meu ser
Persigo a loucura, continuo sozinho
Meu destino me envolve
Odeio meu destino

Com ferro em brasa queima minha alma nua
Com mãos de fogo reforma a forma
Que já foi tua
E na ferida aberta a dor confusa continua
Como um louco eu luto para abrir meu coração
Como um sensitivo percebo não há jeito
Um anjo maldito escreve a faca em meu peito

O teu nome é solidão.

Alexandre 14/03/2011

Foto de Alexandre Montalvan

Sublime

Existe sempre uma doce lembrança
Que se eterniza em minha alma
Que me harmoniza da esperança
De encontrar luz nesta escuridão eterna
Nesta imensidão de ásperas cavernas
Onde cada eco de profundo delírio
Confunde-me na irrealidade de um desejo
De escapar desta tirânica prisão
Desta dor imensa, minha masmorra, meu martírio
Eu não sou o cadáver que anda
Todo o cadáver tem seu fúnebre cortejo
Meu único ensejo é a solidão
Sou como a chama da lareira na varanda
Que de tão fraca e obscura, só existe na lembrança
Das cinzas de meu pobre coração
Alexandre 27/03/2011

Foto de Alexandre Montalvan

Folha ao vento

Folha ao vento, em uma dança lenta, a folha cai
Ao desprender da origem não sabe o destino, não importa aonde vai
Seus temores são metáforas sua dor é solidão
Em sua liberdade sem sentido ela dança um sonho uma canção
Tanta força a castiga tatuando-lhe carismas
Ela cria movimentos para transformá-los sofismas
O outono é a razão de sua misteriosa existência
Altera verbos para que se perca a eloqüência
Sua tristeza é a antítese das manhãs e dos jardins
Sempre sonha o mesmo sonho
E o que é bom diz que é ruim
Sabe ser apenas uma folha ao vento
Tão simples assim
Vendo rostos conhecidos frios sem sentimentos
Que mudam a todo o momento
Transformando o ferro em aço
Eu me laço
Nos teus braços e abraços
Beije-me
Em teus lábios me enlace
Afaste-me deste inverno
Que me afasta de você
Deixe-me repousar em teu delírio
Renascer em tua aurora
Aquecer-me em tua luz, saborear tua doçura
A cada amanhecer estar agarrado ao teu ser
Pois por mais que eu flutue ao sabor da brisa e do vento
Meu destino você

Alexandre 18/03/2011

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