Sentidos

Foto de Margusta

Entrei num poema

Entrei num poema,
e, num gesto só meu
contornei as margens.
Com mãos nuas,
penetrei no centro,
de um sonho escrito.
Toquei as letras,
palpei as palavras,
beijei os versos,
bebi emoções...

Entrei na essência de um poema,
e, na simbologia abstracta,
senti o poeta na emoção suprema.
Respirei os seus sonhos!
Com a polpa dos dedos,
desvendei-lhe os segredos,
soletrei os seus medos.
Devassei-lhe a alma!
Perturbei a minha quietude...

Penetrei nas veias de um poema,
onde, em mística dança,
se cruzavam os versos,
com o sangue do poeta,
em rios de esperança.
Naveguei em territórios proibidos,
percorri-lhe os litorais,
em todos os sentidos...
Encontrei-me na dimensão
do seu ser...

E, agora, num gesto
que não é só meu,
sem explicção,
caminho pela sua mão!...

@Margusta

Publicado no livro " Poemas Sem Fronteiras" do " Ora, vejamos...2008"
Concurso de Poesia 2008

Foto de DeusaII

Aos poucos...

Uma felicidade crescente
Vai dominando, aos poucos, minha alma.
Sinto-me a flutuar acima do meu corpo,
Num estado entre a vigília e a semi-consciência.
Meus sentidos vão despertando
Para uma vida repleta de sonhos e magia,
Para uma vida, entre a realidade e a fantasia.
Meu mundo vai se construindo, aos poucos
E dou por mim a sonhar com um futuro encantado.
O Medo, aos poucos, abandona meu ser,
Deixando-me num estado de alegria quase completa.
Começo então, a identificar-me com aquilo que sou,
E esqueço-me, aos poucos, do que outrora fui.
Meus sentimentos começam a tomar forma,
E sinto um leve formigueiro a percorrer o meu corpo.
Então, uma sensação de paz invade meu coração,
E por momentos, esqueço-me das dores da vida.
Começo a organizar minha mente,
E passo em revista,
Todas as situações que vivemos,
Todas as histórias que criamos.
A calma percorre-me, aos poucos,
Meu corpo relaxa,
E meu sorriso espelha minha alma.
Aos poucos, apercebo-me de minha transformação,
Apercebo-me de como cresci
E de como meu universo mudou.
Então, dou por mim, sem me aperceber,
A olhar a lua e a imaginar o teu sorriso e o teu ar sonhador.
Aos poucos,apercebo-me que estou amando,
E que nada neste mundo é mais importante que o amor.
Apercebo-me que uma vida sem amor,
Morre antes de nascer,
Aos poucos.

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Namorar

*
*
*
*
Namoro, Amor, Paixão, Sedução
Namorar é estar apaixonado
É querer estar ao lado sempre
É querer tocar e beijar sem parar

Namorar é viver comungando emoções
É querer constante paixão
É querer você
É querer me entregar a você

Namorar é pegar na mão de leve
E tocar profundamente o coração
É olhar nos olhos
E ler os sentidos da alma

Namorar é querer estar junto
É um querer sem fim
Que exige presença
Que pede paixão e doação

Namorar é estar apaixonado por você
É fazer morada no teu coração
É cuidado...é desejo
É também "morrer de tesão"

Foto de DeusaII

Talvez assim...

Sentidos perdidos no meio
De um temporal de sonhos.
Corações renascidos por entre lágrimas de paixão.
Almas unidas e separadas,
Por um destino incerto.
E no meio deste turbilhão
Novas palavras renascem.
Novas frases se formam
Para dar sentido a uma nova existência,
Que nasceu dentro de mim.
Os dias passam, e no calor dos sentimentos,
Na esperança do que nunca foi,
Renasci para a vida,
Renasci para ti.
Reencarnei no espírito do amor,
Que sobrevoa um mar infinito de paixões incontroláveis.
Talvez, numa vida passada,
Eu tenha sido tua donzela,
O teu amor mais profundo.
Talvez, até tenha sido a tua alma gémea
Que viajou milhares de anos para te reencontrar.
Talvez assim, seja mais fácil compreender
Este sentimento que atordoa-me a vida
E faz-me querer-te sempre mais,
Faz-me amar cada centímetro de ti.
Talvez assim, eu consiga explicar
Este meu vício já descontrolado.
Este medo sem razão,
Este amor infinito que sinto que já não termina.
Talvez assim, eu consiga perceber
Porque minha alma morre lentamente,
Quando está junto de ti,
E porque o tempo não existe,
Quando nossos corpos unidos fazem magia.
Talvez, numa vida passada,
Por um momento esquecido,
Eu consiga perceber a razão deste fogo
Que se apaga quando não estás,
Para renascer de novo quando te vejo.

Foto de Darsham

A vida do Pesadelo

De quando em vez, em momentos inesperados, carregados de significados surgem no meu pensamento pequenos pedaços da vida, vistos de diferentes vertentes e ocasiões, que me fazem pensar…
Pensar, analisar, questionar o nosso papel como seres humanos, individual e colectivamente neste mundo que nos foi dado, e que posteriormente e numa constante e frenética actividade se modifica ao nosso bel-prazer e à existência das nossas pseudo necessidades.
É-se mil pessoas numa só e ao mesmo tempo não se é ninguém.
Somos os catalisadores das nossas destruições…somos fúteis, e buscamos o prazer momentâneo sem nos preocuparmos com as futuras consequências, que se traduzem na devastação completa de tudo o que temos desde que nos entendemos por gente.
Foi-nos dada a possibilidade de podermos ter o direito de escolher, de ter sempre dois caminhos por onde seguir, sem nada ser imposto nem obrigado, mas com a consciência advertida de que existe um mau e um bom caminho, e que nos cabe a nós construir a nossa consciência, estruturando-a de acordo com a capacidade de distinguir o certo do errado. Esta capacidade traduz-se pelos valores, os nossos valores e que nos comprometemos a viver de acordo com eles, por serem comuns a todos e para que seja possível uma existência pacífica e um usufruto repartido, consciente e justo sobre tudo o que nos é dado sem ser pedido nada em troca: os nossos bens mais preciosos e que são determinantes para a continuidade da nossa existência, os nossos pontos de orientação que nos permitem perceber que a nossa liberdade acaba quando começa a do próximo.
Afirmo com toda a intensidade, que somos abençoados com pequenos privilégios que se estendem pelos nossos 5 sentidos e nos deixam extasiados…sensações únicas, momentos inigualáveis, visões que mais parecem alucinações, ilusões, sons que nos penetram a alma, deixando marcas em nós e ainda a capacidade de podermos esboçar um sorriso de felicidade quando, sem sequer precisar de olhar, sentimos que alguém querido veio até nós (eu sorrio só de pensar).
Somos seres dotados de extrema sensibilidade e inteligência e temos uma exclusividade que nos torna diferente de qualquer ser vivo que exista no mundo…podemos sentir o amor, sentimento tão sublime, que ninguém, em parte alguma o consegue descrever com precisão e exactidão. Sublinho, somos abençoados, 1, 2, 3 vezes, mil vezes por acordarmos para um novo amanhecer, em que abrimos a janela e nos deixamos lavar pela vida …
Verdade, somos acima de tudo ridículos por ter tudo e passarmos a vida acreditar e a lamuriar que nada se tem, destruindo assim, gradualmente o que na nossa cegueira de querer sempre mais, não vemos, ou vemos e ignoramos, já que é essa a nossa natureza, desvalorizar coisas importantes…
Por vezes temos rasgos de sanidade e prometemo-nos a nós próprios que vamos modificar a nossa atitude perante a vida e os outros, mas depressa nos esquecemos, e promessas são levadas pelo vento…
Vivemos numa guerra constante, connosco e com os demais, pelas mais diversas razões, de uma forma continuada e impensada, porque agimos através de ímpetos, que não procuramos controlar, de impulsos que se assemelham aos dos animais, como se todo o mundo fosse uma selva.
Construímos muros em cima de histórias, colocamos pedras sobre o ar que respiramos, valorizamos o mau em detrimento do bom, por o vivificarmos e vivenciarmos constantemente sem dar espaço para a alegria entrar…nós sufocamos a alegria e o bom senso…
Representamos na maior longa-metragem alguma vez feita, numa constante troca de papéis, e nunca acabamos por perceber qual é realmente o nosso. Em vez de nos regermos pelos nossos supostos valores, estamos mais preocupados em agradar este ou aquele, pensando o que poderemos obter dali. Vivemos na era da hipocrisia. Estamos sempre prontos a apontar o dedo, a julgar, como se nós próprios fossemos o modelo inquestionável de perfeição. Representamos o chefe sisudo, de mal com a vida, porque já não ganha tanto como ganhava com o negócio; a colaboradora, que desconhece o simples significado de sorrir, e mostra claramente que está ali a fazer um frete; o médico que nos passa a receita sem sequer olhar para nós; a senhora reformada que passa as tardes no café, falando da vida de toda a gente, criticando e apontando o dedo; a proprietária do pronto-a-vestir, que nos diz que a roupa nos assenta como uma luva, quando nos vemos ao espelho e nos assemelhamos a algo parecido com um ET; o senhor que vende peixe no mercado, e que afirma estar fresquinho, quando o peixe já está completamente vermelho de tanto gelo que levou em cima para parecer “fresquinho”; o político que faz promessas que nunca se virão a cumprir; a professora que está mais preocupada em que os alunos façam tudo certinho e em silêncio, do que propriamente em ensinar, orientar e formar futuros cidadãos; o polícia que está mais preocupado em caçar multas do que velar pela segurança da comunidade; a eterna mãe preocupada e sofredora, que vive num constante receio no que diz respeito ao caminho que os seus filhos irão seguir e que faz disso uma obsessão; o pai que sai do trabalho, cansado e que em vez de ir para casa, segue para o café, onde bebe cerveja atrás de cerveja, até que lhe vão buscar ou até ao fecho do café e que quando vai para casa culpa a mulher por todos os seus infortúnios; o (a) filho (a) certinho (a) que segue à risca tudo o que lhe é incutido no seu seio familiar e que não constitui problemas em contraste com o (a) filho(a) despreocupado(a), que quer curtir e vida, sem perder tempo com coisas que não interessam, procurando sensações cada vez mais arrebatadoras, fortes e loucas, porque é nelas que conseguem agarrar, ainda que efemeramente estados de completa euforia que acreditam conter o segredo milagroso para uma vida plena, e principalmente sem tristeza; a menina gordinha, que na escola é ignorada e gozada pelos seus colegas, em contraste com a menina popular, com quem todos querem brincar; a eterna sonhadora que acredita que a vida é um sonho construído em cima de um castelo de areia; o casal, que cheio de dívidas mal consegue dormir e discute a toda a hora questionando-se sobre como a vida de ambos teve aquele rumo…
Os ricos…os pobres… os arrogantes…os educados…os maus…os bons…os egoístas…os altruístas…os sensíveis…os insensíveis…eu…tu…os outros…nós…
Somos uma mescla de matéria mexida e remexida, produto de nós mesmos e dos nossos ardis, onde a genuinidade se extinguiu…
Vivemos assentes numa liberdade ilusória, mascarada…vivemos mais presos que um detido por homicídio. Nós construímos as nossas próprias barras de ferro, fechamo-nos dentro de algemas e jogamos a chave fora.
E a simplicidade? E a alegria de estar vivo e sorrir sem ser preciso ter um motivo? E a partilha? E a vida, só por ser vida e vivida?
Só existe esta e enquanto não tivermos a plena consciência desse facto e que também passa muito depressa vamos cavando lentamente a nossa própria sepultura e acabamos por ser autores, em parte da nossa passagem para outro mundo que não este.
Sonho e anseio por um dia em que todos nós vamos acordar e perceber que não somos personagens de um pesadelo constante e irreversível, mas sim de uma vida que teimamos transformar nesse pesadelo que já pensamos viver…
Vamos então todos juntos acordar num grito de esperança??? Um dia…um dia, quem sabe…

Foto de Logan Apaixonado

Quem é o Poeta ???

Acredito na solitária existência... Acredito na vivência plena... Acredito na liberdade, pautada na índole benéfica do ser-humano... Acredito no entorpecimento dos sentidos baseado na abundância de sentimentos que inundam nossa alma... Acredito na vida como prova cabal da existência de Deus... Acredito no amor, com todas as suas mazelas e todo o seu êxtase... Acredito na beleza natural... Acredito no plano espiritual... Acredito naquela coisa chmada PAZ... Acredito em mim, pois sou fogo, agua, terra, ar e espírito... Acredito que sou feliz, porque existo, sou e estou apaixonado... Acredito no amor, pois vivo disso... Acredito que você não entendeu metade do que eu disse, porque de minha alma entendo eu...

Foto de DeusaII

Não entendo esta forma de amar!

Esta sede de amor que arrebata-me a alma,
Esta existência sem sentido,
Nasceram deste sentimento infinito
Que atordoa-me a vida.
Nasceram num universo denso e constante
Dominado por sentimentos intensos
Que já não entendo.
Gostava de compreender meu amor, este meu vício,
Este desespero em te ter sempre junto a mim.
Esta ânsia louca que não passa com o tempo.
Gostava de entender,
Este sentimento que não se acalma
E não termina nunca.
Este sofrimento que me aterroriza
De cada vez que não estás comigo.
Esta dor que sinto no peito
Que arde meu coração e queima minha alma.
Esta felicidade infeliz que deixa-me hipnotizada,
Que quebra todos os meus sentidos.
Mas não entendo meu amor.
Não entendo este sentimento
Que me deixa neste estado já meio sem vida.
Não entendo esta alma que vive perdida em ti.
Não entendo esta existência,
Quase sobrenatural,
Que me faz amar-te cada vez mais...
E eu que pensava que não era possível
Amar desta forma...

Foto de Manu Hawk

Noite Quente de Verão (Conto)

"Noite Quente de Verão"

Sexta-feira, mais uma, como muitas outras! Correria, trabalho, trânsito, mas no final do dia a certeza de poder me divertir muito com os amigos. Nessa em especial, melhor ainda, pois conseguimos marcar um encontro onde todos do setor poderiam estar presentes. Colocaríamos o papo em dia, beberíamos, flertaríamos, e dançaríamos muito!!!

Cheguei atrasada, e nem pude confirmar se estava de pé o encontro. Eram poucas pessoas no setor, mas “ele” em especial, era o que mais importava, o que queria confirmar era se “ele” iria realmente. Enfim, chegamos ao fim do dia, e para minha decepção, mais uma vez, “ele” foi o primeiro a dizer que não poderia ir. E logo em seguida, quase todos disseram o mesmo. Desânimo total. Só eu e mais um amigo poderíamos ir. Nos olhamos, rimos da situação e resolvemos ir assim mesmo. Estava bem desanimada, mas logo que chegamos, meu amigo pediu duas cervejas, coisa que não devo beber de forma alguma, rs. E não paramos aí, desce mais duas. Papo vai, fofoca vem, e mais duas. Ele afasta, carinhosamente, o cabelo que caiu no meu rosto. Estava uma noite linda, e quente de verão, quente em todos os sentidos, e merecia mais duas. Brincava com minhas mãos enquanto falava. Nunca havia conversado tanto com “L”, era um cara bem divertido, inteligente, super atraente. Engraçado, não havia reparado nisso antes. Resolvemos dançar.

A partir desse momento tudo mudou, não sei se foi efeito da cerveja, da música alta, ou sei lá do que mais, mas já estava olhando-o de forma diferente. No exato momento em que fomos dançar, mudaram pra pagode, parei e disse que não sabia dançar aquilo. Não tenho nada contra, mas não era o meu forte. “L” riu e disse que não precisava saber nada, era só se soltar e dançar, ele levava. Levou bem, bem demais! Senti aquelas mãos firmes me pegarem, aquele corpo colar no meu, e me levar. Parecia que deslizava, nunca imaginei que dançaria assim, tão solta e tão junto daquele homem. Que cheiro gostoso...

Em alguns momentos sentia as pernas roçarem nas minhas, no ritmo da música, como se entrasse pelas minhas, e depois afastava, rodava e voltava colando novamente, sem vontade de desgrudar mais. Ria muito, nunca dancei tanto, até que nossos olhos se encontraram, estranho, o ritmo mudou, ficamos lentos, algo dentro de mim acelerou, nos beijamos. Um beijo louco, cheio de tesão, começando pela língua de leve na boca, a música alta, e nós ali, no meio da pista, quase que sugando um ao outro. Recomeçamos novamente, agora abraçados, levados pelo novo ritmo que se tornava cúmplice do roçar de corpos. Corpos quentes, gritando de tanto tesão, onde podíamos sentir exatamente o que cada um implorava. Paramos, os olhos diziam tudo, recuar seria impossível, não foi preciso falar mais nada, um minuto e saímos dali. “L” estava no Rio de Janeiro há algum tempo e fomos para seu apart, não acreditávamos no que estava acontecendo, mas também nem queríamos encontrar explicação, apenas seguir nossos desejos. E foi assim o resto da noite, durante a madrugada, vendo o dia amanhecer, e por todo o fim de semana, apenas atendendo aos comandos dos nossos desejos, dos nossos corpos, de uma magia que não podia ser quebrada. Mãos ardentes, roupas no chão, bocas carinhosas, línguas exploradoras, encaixe perfeito, movimentos deliciosamente alternados, doces, furiosos...deleite!

Segunda-feira, mais uma, mas essa como nenhuma outra! Correria, trabalho, trânsito, mas no final do dia a certeza de podermos ficar juntos. E foi assim por todo o mês, até "L" voltar para sua cidade. Mas voltou outras vezes, muitas e muitas vezes, e sempre acontecia igual nos encontros, mas diferente em nossas loucuras, em nossos desejos. Era estranho, poderia passar meses, e quando nos encontrávamos o tesão era o mesmo, parávamos tudo para dar vazão a nossa fúria, roçar nossas bocas e coxas, arrepiar nossas almas e preencher nossos vazios!

O “ele” do setor? Nem lembro mais, e graças à decepção, conheci alguém especial como “L”.

(por Manu Hawk - 21/05/2004)

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Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]
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Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Tua Fêmea para sempre

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Um encontro combinado
Uma atração singular
Fogo da saudade que queima, arde e explode
Na imensidão da paz

Um sentimento tal
Que desperta instintos selvagens
Os teus lábios nos meus lábios
Um amor que não morre jamais

Quero novamente dedilhar teu corpo
Saciar essa paixão acesa,
Esse amor incontido
Com as mãos, lábios e dentes

Despertar um outro sonho
Com carícias indecentes.
Devora meus sentidos :
Sou tua fêmea pra sempre

Foto de Manu Hawk

Perdão

Sou fraca, sou louca,
tesão a flor da pele,
carência maldita,
insana, que impele.

Sou luz, sou trevas,
sentidos explorados,
cavalgada sem trégua,
corpos esgotados.

Sou anjo, sou prostituta,
desejos incontidos,
me perco na luta
do limite permitido.

Sou mulher, sou menina,
choro descontrolada,
busco sexo, adrenalina,
mas quero ser amada!

(por Manu Hawk - 05/07/2004)

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