Segundos

Foto de YUSTAV

ÚLTIMO ARTIFÍCIO

Vídeo-Poético:"Último Artifício" by Gustavo Adonias & Raiblue

ÚLTIMO ARTIFÍCIO

"As flores vermelhas
No vaso sobre a mesa
Sangue rubro e quente
Vinho tinto indiferente
Já não deliro
Viajar já não é preciso
Viver também
Restam-me apenas segundos
Neles não cabem absurdos
Nem mesmo um grito
Já não convêm
Bebo o silêncio
Único antídoto
Último artifício
De um sonhador..."

(Gustavo Adonias / Raiblue)

Foto de Soninha Porto

S O N H O

Sonhar de olhos fechados
redemoinhos de imagens
que entontecem minha cabeça
revelam meus guardados
e lá está você... sempre você...
Recosto em teu colo
escuto teu palpitar
murmúrio da voz dos ventos
inebrio-me de palavras de amor
estremeço em sensações
esqueço os ruídas dos lamentos
estanco no peito a dor.
Essa dose de sonho
projeta felicidade
dançamos ao som das ondas do mar
tento evitar que tudo desapareça
até que em segundos
resta a lágrima a divagar.

soninha porto

Foto de PoderRosa

A liberdade de pensar

A angustia permanece enquanto a cabeça pensa
O coração dói enquanto o corpo avança
Passo a passo, pé ante pé
A vontade de chegar demora
O tempo não anda, parece parado
O pensamento voa longe
Vai até o fim do mundo
Viaja entre as estrelas e passeia pelos cometas
Viro poeta enquanto penso
Sinto o frescor do vento no rosto
E minha vida passa pelas lembranças
E percebo que não adianta
Só o tempo vai poder me dar a resposta
Minha vida, seria diferente se seguisse outro caminho?
Seria eu outra pessoa?
Conseguiria enfrentar tudo e todos?
O relógio continua num tic tac incessante
E nunca chega...demora muito
O aperto consegue chegar até na garganta
Os olhos se fecham por alguns segundos
Uma lágrima cai...mas o relógio continua no tic tac
E eu espero mais uma vez
Só pra ver se é hoje...
Percebo que ainda não é
Mas cuido do pensamento
Que ninguém consegue reprimir
Só meus pensamentos me pertencem
Este ninguém pode controlar
Sou eu, a dona dos meus pensamentos
Sou eu quem pode controlá-los
Somente eu...mais ninguém...
Pelo menos, isto ainda não tiraram de mim...
A LIBERDADE DE PENSAR...

Foto de Cecília Santos

O TEMPO TERMINOU PRA NÓS

O TEMPO TERMINOU PRA NÓS
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#
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Nosso tempo juntos terminou.
Os anjos do céu em meu ouvido,
estão à sussurrar.
Tenho que dizer adeus agora.
Pois nas asas plumadas dos anjos
você será carregada.
Nosso tempo juntos terminou.
Antes de você ir embora,
quero te abraçar apertado.
Aconchegar-te em meu peito,
ouvir o seu respirar.
Nossa história não está
terminando agora.
Pelo contrário ela terá continuidade,
pois cada capitulo vivido.
Será uma eternidade de recordação.
Os milésimos de segundos
estão passando.
Preciso deixar-te ir.
Mas não consigo desprender-me de ti.
O cordão é forte demais, o elo é resistente
para ser rompido, interrompido assim.
O tempo acabou, o sopro de vida se esvaiu
Como brisa suave que vai embora.
Levado por uma rajada de vento forte.
Como nuvens esculpidas no céu,
que pouco à pouco se transforma.
Você também se modificará.
Será sorriso de lembrança.
Lágrimas de saudades.
Presença constante, feito magia.
Magia que ilude os olhos, a alma, e o coração,
fazendo-me pensar, que nada mudou.
Na minha íris retratei sua imagem.
Seu sorriso bonito, seus lindos olhos verdes.
Que pra sempre me acompanharão...
Pra estar contigo, basta cerrar meus olhos.
Pronto!!! Estás pertinho de mim...!
Tão longe do meus braços, mas dentro
dos meus olhos e do meu coração.

Direitos reservados*
Cecília-SP/04/2007*

Foto de Osmar Fernandes

Histórias que o povo conta (atenção! - se tiver medo não leia)

História que o povo conta

Cafezinho das três no cemitério

Três horas da tarde, sol ardente. Hora sagrada do cafezinho dos quatro coveiros, que, sentados em um túmulo, contavam histórias de arrepiar.
De repente, o sol se põe. O tempo obscureceu. Começou a trovejar. O céu anunciou chuva, vento forte, temporal. Amedrontados, perceberam que isso só estava acontecendo dentro das limitações geográficas do cemitério. Foi coveiro correndo pra todo lado.
Nesse momento tremularam catacumbas, túmulos, covas abertas, etc. As folhas das árvores choveram sobre o cemitério. Ninguém enxergava mais nada.
Um dos coveiros, espantado, notou que o portão grande do cemitério ora abria, ora fechava, e batia uma parte na outra assustadoramente. Parecia o badalo do sino de Deus anunciando o fim do mundo. De súbito, observou uma silhueta vultosa, esbranquiçada, tentando se esconder da tempestade. Não compreendendo o mistério e tremendo de medo, de sua boca ecoou um grito pavoroso, dizendo: É alma penada! É bicho feio! Valha meu Deus!
Começara a rezar para São Miguel Arcanjo (A Oração contra as ciladas do demônio...).
Dos outros coveiros, viam-se apenas seus olhos esbugalhados fitando aquela figura estranha que parecia bicho de outro mundo.
Um dos coveiros, tenso, pasmo, seguiu com os olhos aquela “coisa”, que flutuava perdidamente, em ziguezague, em busca de abrigo.
Outro, apesar do momento esquisito e do ser fantasmagórico, só pensava nos túmulos que já tinham sido saqueados. Imaginava que se tratava de mais um vândalo ou de um ladrão, tentando assustá-los. (Poucos dias atrás tinha pegado um idiota defecando em cima de um túmulo. Ao flagrá-lo, lhe dera uns safanões, pontapés – este nunca mais se atreveu a importunar o sono sagrado dos mortos.)
Outro dia, dera falta das inscrições douradas, prateadas, de muitos jazigos. (Os parentes das vítimas exigiram das autoridades, justiça.)
O instante era de apreensão, medo, nervosismo. A ventania não parava. Aquela “coisa” esvoaçava como assombração peregrina... E de repente, sumira.
Um coveiro que não a perdera de vista foi ao seu encontro. Por sorte... se viu diante de um vulto mágico dentro duma cova, levitando. (Aquela cova aberta estava pronta para receber seu ilustre morador, que já estava a caminho.)
Assustado, o coveiro chamou um dos colegas, que ao se aproximar, deparou-se com aquela “coisa” dentro da cova. Foi tomado por uma síncope descomunal... Ao sentir-se vivo novamente, tratou de abandonar seu companheiro, seus pertences e deitou o cabelo...
Outro coveiro vendo aquela cena, aproximou-se, e ao ver aquilo, gritou: Sangue de Cristo tem poder! Isso é alma penada mesmo! Minha Nossa Senhora da Boa Morte! Saiu em disparada com as mãos à cabeça, tropeçando, caindo, se levantando, e aos berros dizia: Deus me livre! É o fim dos tempos! Socorro!
O coveiro, o corajoso, que olhava – a “coisa” resolveu lhe perguntar de supetão: - Que faz aí dentro dessa cova que não lhe pertence?!
E “a coisa” com uma voz trêmula do além, lhe respondeu sem pestanejar: - Vocês não me deixam em paz. Sentam em cima de mim contando histórias cabeludas, mentirosas; e ainda por cima, sujam meu túmulo com farelo de pão, de bolacha, café.
O coveiro, o corajoso, então lhe disse: - Vou chamar o padre para lhe dar a estrema-unção. Você não diz coisa com coisa. Ta louca! Ta na ânsia da morte.
E aquela “coisa” ali, como uma alma penada, engoliu a língua por uns segundos, e lhe respondeu: - Não precisa! Já to morto há muito tempo. Não ta me conhecendo? Sou o Luiz. Você que me sepultou. Não se Lembra de mim, Roberval?
O coveiro perturbado pensou: Santo Deus, isso não ta acontecendo comigo!... Vou buscar água benta e vou jogar em cima desta “coisa esquisita.”
A “Coisa” lhe respondeu aborrecida: - Você e os seus colegas estão usando meu túmulo como cozinha de cemitério. Não façam mais isso. Deixem-me descansar em paz. Quero ter o sono eterno que mereço.
E, falando isso, a alma penada elevou seu espírito até seu túmulo – que se abriu sozinho; ao adentrá-lo, pôde enfim dormir em paz para sempre. Ao repousar em sua última morada, fechou-se o túmulo, e misteriosamente, o temporal cessou.
Os coveiros do cemitério ficaram extáticos ao ver aquela alma se refugiar.
Prometeram que nunca mais usariam túmulos para tomar o costumeiro cafezinho das três.

Autor: Osmar Fernandes,

Foto de Dirceu Marcelino

PERDÃO SENHOR

Senhor meu DEUS! Ajoelho-me e te peço.
Rogo! Perdoe-me pelas palavras nefastas.
Ditas em segundos que de ti esqueço.
Tuas palavras não podem ser afastadas.

Mas saem Senhor, quando me aborreço.
Em rompantes de dor, em horas inusitadas.
Sou imperfeito! Sem dúvida. Reconheço.
Mas graças a Ti, elas podem ser apagadas.

Afastada de mim e de quem me estimulaste.
Mesmo inconsciente a proferir tal blasfêmia
Não deixe que me atinja e dela também afaste.

Oriente-me meu Deus! Peço clemência!
Pois sei, que nunca, nunca me abandonaste
E peço que me afaste desses atos de demência.

Foto de Raiblue

Absinto

No beijo
o mais íntimo de mim
a minha nudez plena
o meu secreto poema
a língua rabisca
trajetórias
infinitas
onde me perco
sem medo
não busco saídas
cada vez mais fundo
ela adentra
e devassa
meu secreto
mundo obsceno
em segundos...
beijo que
desperta
a Kundalini
e faz todo
mar jorrar
intenso
profundo...
beijo
que é gozo
meu licor
azul
delicioso
absinto
e sinto a vida
assim
explodindo
e se refazendo
no movimento
das ondas
na língua,
o remo...

(Raiblue)

Foto de Fatima Cristina

Como foi que acabou?

Sento no sofa, entre um copo de licor, a tua voz soa no meu ouvido, acendo um cigarro e passado uns segundos outro.
Olho em volta, vejo tudo mas nao te vejo a ti, a ausencia de um homem que em tempos me fez feliz.
A tua colonia ainda no banheiro, a tua escova de dentes junto a minha, as tuas roupas lavadas no armario, como se nunca jamais me irei ver livre delas.
Um corpo que se foi, uma alma que passeia no meu quarto e se deita comigo, imagino o que fazes com ela, as mesmas coisas que fazias comigo.
Pego numa tesoura e corto o meu longo e encaracolado cabelo, que tu cheiravas sempre pela manha.
O creme que espalhavas pela minha pele, depois de um banho a dois...Tanta coisa que nao existe mais.
Mas e o teu amor?
Como foi que acabou? Como pudeste partir, sem sequer levar contigo os teus pertences que agora sao apenas amargas lembrancas.
Uma cama de casal, meio vazia, meio preenchida e uma dor completa.
Saio para a rua, em passos lentos recordo nos os dois na chuva a rir, o som do teu riso, o sabor do teu beijo.
E sem mais nem menos te foste, nao falaste que ias, apenas me abandonaste...
O que correu mal, que mal fiz eu para te perder ou para nao te merecer?
A musica ainda toca, vezes sem conta a mesma, o nosso cd, uma historia que ficou por contar.
Sera que `e sempre assim, quando comecamos a amar alguem, esse alguem nos deixa?
Um desejo de te ter fica agora num delirio.
A minha lingerie sobre a cama, a mais bela feita de seda, pronta pra ser observada por ti, pra ser vestida por mim e despida pelo teu tesao.
Como foi que tudo isso acabou?
Ligo te, na esperanca que atendas o telefone, oico a voz dela, do outro lado oico a tua, pegas no telefone e dizes "quem `e?"
Eu respondo "Como foi que acabou?"
Dizes " `e engano" e desligas.
Entao tudo fica de repente claro, foi engano teu quando me falavas que me amavas e foi engano meu quando acreditava.

Foi assim que acabou.

Foto de Luana Carla Ribeiro

PENSE

A vida passa
Cabelos ao vento
Vem pensamenos
Tempo deixou

As horas passam
Fim do Tormento
Tempestade ao fundo
Tempo de dor

Minutos passam
Que coisa não?!
Vejo você
Tempo parou

Segundos ficam
Instantes momentos
Sinais do caminho
Tempo de amor

Me vejo assim
Sorrindo sozinha
Dedicando versos
Pensamento sem fim

O dia é assim
Começo belo
Duração curta
Noite apagou

Em um arco-irís
Vejo beleza
Sinto a tristeza
Partir em fim

Assim como sou
Sozinha e perdida
Amiga escondida
Solidão acabou

A estrada continua
Vida ingrata
Feridas marcadas
Amor curou

Penso no fim
Com muito pesar
Felicidade limitada
Momentos eternos

Lembranças são assim
Vem e vão
Vem com alegria
Vão com lamento

Tristeza não me faz chorar
Alegria sim
Tristeza somente...
Fortaleza ao alvorecer

Foto de NuzzyII

Instante do amor

A cada amanhecer
Tenho a certeza de que não
Terei mais o tempo que passou
O presente é o único momento que posso aproveitar,
A cada instante que respiro tento recuperar não o passado,
mas os segundos que ainda me resta para te amar...
Nuzzy Mattos

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