Segundos

Foto de Felipe Ricardo

Teus Olhares

Não tivi prazer maior hoje
Do que o de em teus olhos
Olhar e saciar-me com a ternura
Contida em cada brilho de luz

Que tu menina emana menina
Ah como me sinto preso por
Teus olhos hoje me viste neles
Quando por algum segundos
Nos olhamos e finalmente tu
Reparou que sou teu e minhas
Palavras tambem em ti estão
Untadas como agora minha

Libertina essencia que a teus
Encantos suncubiu aos teus
Caprichos tao gostosos que deles
Me faço feliz por sempre te ver menina

Foto de Daniel Mirc

cinco mil

Hoje
Quis você por
5.000 segundos,
Separados um do outro.
Senti por você
5.000 tipos de desejos,
Diferentes um do outro.
Lembrei de você
5.000 bons momentos,
Interligados um ao outro.
Captei no ar
5.000 cheiros seus,
Cada um melhor que o outro.

A próxima vez que eu te ver,
Vou roubar um beijo teu
E logo em seguida,
Vou roubar outro.

Foto de lua sem mar

Onde me perco

“Onde me perco”
05 de Julho de 2009

A lua esconde-se,
Nas nuvens do céu,
O brilho que afasta,
Na nudez que não tem.
Segundos apressados,
Das nuvens escuras corriam,
Como uma luta,
O vento que as move.
Estranha solidão,
Que me aqueces,
Nas horas que não voam,
No sono que te aquece.
Cama quente, sereia bonita,
Mar de tempos,
De frutos,
De estrelas-do-mar,
A contemplar a vida do oceano,
Como se o chão,
Numa lisa camada de areia,
Que me assombra,
Que te seduz.
Um fio de cabelo,
Que vagueia no mar,
Para aproveitar,
As ondas que,
Vêm deslizar.
jnh
lua sem mar

Foto de LuizFalcao

"Fica em Paz"

De Luiz Antônio de Lemos Falcão

Ao recolher-me, ainda forte o vazio,
Herança da ausência tua!...
Deitado, as memórias não me permitem um repouso.
E como dói essa presença que tais memórias me trazem!...Esse vazio tão cheio de saudades!...
E nos teus lugares preferidos, e em cada canto da casa, sinto-te ainda tão presente!...
Vejo passares de um cômodo ao outro nos teus afazeres diários e rotineiros,
E o cansaço que nos últimos dias, te afligia o corpo enfermo.
Vejo no rosto estampada a tua tristeza e no olhar as tuas alegrias que são os teus amores, os teus rebentos.
O Olhar teu, desvendando os segredos dos olhares nossos, decifrando-nos os sentimentos.
Das mãos tuas, o calor intenso do amor que nos aquece o coração.
Sobre as nossas cabeças, as mesmas mãos nos ungem de bênçãos,
E com orações protege-nos o teu amor, movendo o céu, o dedo de Deus ao nosso favor.
Longe, em nossa infância, vão buscar-te mais lembranças trazendo-te pelas mãos.
Novamente aos nossos ouvidos a doce voz do passado que embala o sono,
Ao mesmo tempo em que corrige os nossos erros com severas advertências.
Sinto no rosto, os peitos que naqueles dias mataram a minha fome,
Teu cheiro me faz descansar seguro.

Memórias!...
Levam-me de um lado para o outro e em segundos, tantas lembranças!
De tantos sorrisos, de muitas lágrimas, de esperanças e de força, muita força...
Quanta força em tão frágil ser!...Quanto ser em tão frágil corpo!...
O corpo... Cárcere, sofrido, doido!...Cansado de viver!...
Exausta, minha alma não descansa, e novamente vêem as lembranças.
Tão tristes... doídas...recentes! Novamente me põem diante da pedra fria.
Pedra... Aonde o teu cárcere envolto em mortalha, me fez chorar.
No desatar das amarras, descobria o corpo nú, ao qual novamente cobri com teus melhores vestidos.
Debrucei-me sobre o peito, ainda quente, do corpo pálido e inerte.
O coração em silêncio não fazia mais fluir em tuas veias a minha vida rubra.
Enquanto te olhavam os olhos meus, meu coração perguntava por ti:
Onde estavas minha vida? Para onde foras minha querida?
Onde estava o consolo de tua presença vívida?
Confuso, incrédulo da ausência tua, desesperava-me a saudade.
Saudade!... Salgada, molhada, brotada da lamina dos olhos, dói no peito, rasga a alma!
Quanta saudade se pode sentir, sem sufocar, sem morrer?
Quando enfim, com voz embargada e tremulante pronunciei a palavra adeus, ouvi em meu íntimo tua voz de criança dizendo-me:

“Não sofras...Fica feliz! Estou transpondo os portões da cidade dourada! Minha cidade amada...Meu lar! Vejo todos. Os que amo, me aguardam. Entre eles, o mais Amado! Nos braços Dele, do meu Senhor, de toda luta e dor, de toda lágrima, enfim... Descansar! Sei que sofres, pois também já senti essa dor, mas creia em mim...Tudo passa! O tempo é como a água que escorre entre os dedos e logo se vai. Há de chegar o dia em que estarás transpondo os mesmos portões e eu...Eu também estarei lá aguardando para te abraçar e tu estarás feliz assim como estou agora. Então, viva o tempo que tens da melhor maneira. Viva com intensidade cada segundo, cada momento até que chegue o nosso dia de estarmos juntos outra vez. Fica feliz! Fica em paz!”

E nesse consolo que não consola, novamente me vi chorando num misto de dor e de raiva...Tanta raiva!
E tanto amor! O amor que vinha do fundo das entranhas e que socava as vísceras até explodir na garganta um canto.
Melodias vibravam as cordas vocais e jorraram como um rio não represado, posto que os olhos secaram como a terra sem chuva.
Meu lamento era sonoro. E sonora foi toda aquela noite!
Enquanto outros velavam seus mortos, as notas sofridas fluíram alto... Muito alto na madrugada!
Meu corpo tremia levitando o meu lamento! Elevei as alturas minha dor em cânticos de amor e de saudades.
E nesse instante viajei pelo tempo. No passado distante e no recente.
E lembrei de tudo o que foi e não seria mais.
Pensei nos cantos vazios da casa. Nos olhares que estariam ausentes.
Nos sons dos sorrisos. Nas brincadeiras. Nos beijos molhados em minha face.
E na voz que sempre ouvia abençoar minhas partidas: “Deus te abençoe e te traga em paz”
Enquanto contemplava teu rosto em profundo sono, ouvi em meu espírito novamente ecoar as palavras:
“Fica em paz!”... “Fica em paz!” “Paz!...”

Estas últimas, porem marcantes lembranças, gostaria de esquecer e guardar apenas aquelas que sempre me farão sorrir, mais a vida não é toda feita de momentos felizes apenas, nem de presenças perpetuas, mais com certeza, alegres ou tristes, sempre presentes estarão as lembranças, e nelas mamãe querida, comigo sempre estarás, por onde quer que eu vá. “Te amo”

Em memória de minha mãe Maria de Lourdes Lemos Falcão.
De Luiz Antônio de Lemos Falcão. Rio 19/11/1998.

Foto de diogo_cross

3 segundos..

3 segundos....

3 segundos,o tempo que leva até a água aquecer quando sai do chuveiro, e é incrivel como as coisas ruins parecem demorar
uma eternidade,tecnicamente você nem ao menos sentiria alguma coisas nesses 3 segundos mas parece levar uma eternidade
até que a água quente me alcance.
Como na vez em que vi você partindo,não deve ter durado
mais tempo que isso,3 segundos...
mas me parece que o tempo sente algum prazer em parar
nessas horas,bem provavelmente deve ter sido meu cerebro que parou mas me pareceu uma eternidade,uma das piores coisas que um ser humano é capaz de sentir é ver a pessoa que amou partindo,
mas para quem não sabe eu fiz uma descoberta,
não leva mais que 3 segundos....
Mas nem tudo nesse tempo errante se resume ao sofrimento
3 segundos...
o tempo que levou quando simplesmente paramos
e esperamos,eu já sabia o que iria acontecer
mas me pareceu que o tempo sábiamente parou
para observar,aqueles 3 segundos....
o tempo que levamos até darmos o primeiro beijo...

ass:diogo_vinicius

Foto de Simone.neetoi

O ADEUS

O adeus não é só uma palavra com 5 letras.
O adeus é um monstro, com mil cabeças e tentáculos.

O adeus é devastador como a morte.
Ele não pergunta se pra voce já é a hora, se voce esta pronto, se voce quer.

O adeus é como uma onda do mar que chega na praia derrubando castelos de areia, desmancha num segundo, o que vc demorou tempos e tempos construindo.

O adeus é cruel.
Não bastasse levar o motivo do seu apreço, ele leva sua vontade de tudo mais, ate de viver.

O adeus é medonho.
Ele faz você odiar em segundos, coisas que ate a pouco você amava.
O celular que trazia a voz e mensagens. o computador que trazia emails.....

O adeus molha o seu rosto, mas seca sua alma.

O adeus é desumano.
O adeus é sujo..
O adeus é assassino, mata todos seus planos, sonhos, esperanças e projetos.

O adeus é assim.
Ele te faz ateu.
Ele te deixa vazio, te joga no escuro e te faz perder o rumo.

O adeus é amargo, O adeus dói, O adeus machuca, O adeus corroe.
O adeus macula, O adeus transtorna, O Adeus enoja.

O adeus te joga no lodo da solidão.
O adeus te reduz a pó.
E o pior de tudo isso, que faz a gente desejar ir junto com ele, pro abismo do fim.

O adeus é tão mesquinho,que ele destrói quase tudo. Mas não mata o amor.

(Eu te amo.... E é pra sempre.)

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"PARA QUEM RECLAMAR???"

“PARA QUEM RECLAMAR???”

Caramba sou Brasileiro, tenho 56 anos, tenho três filhos e três netos, o que devo fazer???
São tantos nomes que não caberia aqui, vou deixar um link para pesquisas.

http://br.geocities.com/coninfu/utilidade_publica/listaA.html

Bicho, me sinto sozinho, para onde olho tem ladrão, será que não dá para requisitar ajuda Internacional e mostrar que estamos nas mãos de uma grande quadrilha???

É normal esta situação???
Será que dormi estes 56 anos e acordei no meio de uma guerra???
Parece que nossos representantes roubam até papel higiênico dos banheiros públicos.
A impressão que tenho é que parece que o Brasil vai fechar daqui a sessenta segundos, os políticos roubam tudo o tempo todo, com uma ganância desmedida.
O povo parece que não sabe ler nem ver, elegem ladrões confessos, Renan Calheiros fez o que fez e esta lá, Maluf também, Sarney no meu entendimento é a maior piada, foi Presidente sem um voto, é Senador por um Estado que nunca nem tinha passado, e o povo os elege, isto é surreal.
Não tenho para onde ir, meu País é este, mas meu referencial de político não.
Acredito ainda no ser humano, por tal motivo acho que político não é humano.
Na esperança que eu acorde e consiga olhar algum Parlamentar com a seriedade que seus cargos deveriam merecer, vou dormir!!!

Foto de Bernardo Almeida

Lança fortuita

Lança fortuita

A vida acontece sem que tenhamos tempo para decidir
Sobre o que parece, o que é e o que perece
Apenas vislumbramos um foco de exatidão
Um calafrio pela não vivência, pela incerteza
Devemos fazer dos próximos segundos
O desafio sagrado de nossas existências
A vontade não-linear do risco inevitavelmente estabelecido
O compromisso assumido, a verdade renegada
A geração do modelo reprovado, a superação do possivelmente aceito
O estalo canhoto da fortuita intenção imprevisível
A espera que nunca alcança, a vela que jamais apaga
Como o espetáculo que nunca se finda ou o barco que jamais naufraga

Bernardo Almeida (www.bernardoalmeida.jor.br)

Foto de LoganF.Mackenzie

Eternamente enamorados...

Cá estou a te observar,
Com este enorme sorriso no rosto
E meus olhos a brilhar...

Sei que estou apaixonado...
Não há dúvida em meu coração!
Pois toda vez que passas ao meu lado,
Sinto no peito forte palpitação.

Não sei se meus gestos condenam
A grande força de meu sentimento...
Mas teus olhos que me fitam
Por igual dizem o que tens aí dentro.

Agora sei que é recíproco!
Então por que fugir?
Ao invés de assumir?

Como ondas turbulentas,
Em segundos meu coração se agita!
Saem de minha boca palavras atentas,
Para que eu não lhe deixe aflita.

"Eis-me aqui mi lady,
Um alguém que vai te amar.
Eterna e verdadeiramente,
Prometendo lhe afortunar!

Não medirei esforços
Para trazer-lhe a felicidade.
Fique comigo só e apenas
E verás que é pura verdade!

Olhe em meus olhos agora...
Diga-me que condizes!
Pois do contrário vou embora,
Com uma ferida que há de deixar cicatrizes..."

Com seu "-Sim" meu corpo se acalma!
E surge um abraço que nos aquece a alma!
Dando-nos certeza que de agora em diante,
Seremos felizes, juntos, a todo instante.

Foto de pttuii

Fado do tempo que corre

à senhora mais menina da esquina
menos feminina deste mundo que já foi homem,
tornaste são o suspiro entre
o meio do genitivo composto de fim de semana,
tardam meios de te ter,
fábulas para esquecer,
resguardos improvisados e desnortes com sal de morte,
ao final de um dia destes,
parecido com o de anteontem,
e ansioso pelo que vem,
resguardado do pó dos segundos que,
juntos,
fazem muros de horas,
lamento-me de que embora,
tenha assim o minuto perdido,
de ao dizer a mim mesmo,
que sou preciso para terminar o conjunto,
de dois dedos de rima com um de impoluto
desejo.....

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