Olho para o céu nublado na noite fria
Deste falso inverno em que vivo,
Vejo as estrelas brilhando oscilantes,
E me lembro dos seus olhos.
Aqueles olhos negros que escondiam
Uma pessoa tão bonita e simples
Olhos que me contavam segredos,
A cada olhar diferente que me lançavam.
Olhei para a lua minguante e,
Lembrei da tua pele clara,
Da suavidade que ela tinha,
Sentia arrepios quando você segurava minha mão.
Até hoje tenho dúvidas se afinal,
Seus poemas eram sinceros,
Se sua inspiração era real,
Se eu representei algo para você.
Olho para as nuvens
Plenamente carregadas,
E lembro da tua coragem de andar na chuva,
Me chamando, dizendo que não ia fazer mal.
Sinto a chuva caindo sobre meu rosto,
Escorrendo sobre mim,
E lembro que você transpirava alegria,
E me abraçava, feliz, eufórico...
Escuto as músicas que você compunha.
Leio os poemas que você escrevia.
E sinto uma imensa saudade,
De ficar em silêncio, ao teu lado.
Sinto falta de quando deitava em teu colo,
Me sentia tão bem que esquecia de tudo,
Estar ao teu lado era o bastante.