Enviado por Carmen Lúcia em Ter, 02/09/2008 - 17:01
Minha loucura me leva a bravuras
que a sã consciência
e a tímida prudência
não me permitiriam levar...
Dizer o que penso,
revelar como sou,
livre de consenso,
da moral que pesou...
Minha momentânea insanidade
é meu evangelho de verdades...
Impulsos não reprimidos,
reprimindo inverdades.
Esses discursos inflamados
traduzem meu verbo, meu outro lado...
Então me retrato... corpo, alma e mente,
conjugados em comunhão estridente
contando tudo o que sentem...
Quando me recato, desacato
a identidade, a vontade e a sede de falar...
Por fora me calo, sóbria insensatez...
Por dentro me violento...insensata lucidez.
A lembrança dos doces toques...
Teu cheiro ainda me habita
Vem me abraçar, vem me dar carinho
Atordoada pelas saudades crescentes,
meu corpo todo se ouriça à tua procura.
**Paty Padilha**
Às tuas mãos me entrego sem resistência.
Impiedosas, invadem meu porto.
Já não é mais seguro...
Está à mercê dos teus arroubos
Absoluto nas tuas explorações
Navega em águas tortuosas de desejos
Mata sua sede.
Foi meu sonho...doce lembrança
**Rozeli Mesquita**
Peito apertado...coração dilacerado...
A lágrima que insiste em cair
Na ânsia louca de ter você... te reencontrar
Quero voltar o tempo...
Preciso te amar
**Paty Padilha**
Preciso viver o sonho
Te amar sem medo, sem receio
Acordo na realidade crua
Eu sem você...
Uma doce lembrança
Uma amarga saudade
**Rozeli Mesquita**
Esta sede de amor que arrebata-me a alma,
Esta existência sem sentido,
Nasceram deste sentimento infinito
Que atordoa-me a vida.
Nasceram num universo denso e constante
Dominado por sentimentos intensos
Que já não entendo.
Gostava de compreender meu amor, este meu vício,
Este desespero em te ter sempre junto a mim.
Esta ânsia louca que não passa com o tempo.
Gostava de entender,
Este sentimento que não se acalma
E não termina nunca.
Este sofrimento que me aterroriza
De cada vez que não estás comigo.
Esta dor que sinto no peito
Que arde meu coração e queima minha alma.
Esta felicidade infeliz que deixa-me hipnotizada,
Que quebra todos os meus sentidos.
Mas não entendo meu amor.
Não entendo este sentimento
Que me deixa neste estado já meio sem vida.
Não entendo esta alma que vive perdida em ti.
Não entendo esta existência,
Quase sobrenatural,
Que me faz amar-te cada vez mais...
E eu que pensava que não era possível
Amar desta forma...
Cheio de desejos insanos, profanos
Seu gozo é pura loucura
Seus dedos mágicos por “entre meios”
Provocam-me convulsão
Sua língua nos seios desnudos é desespero
Alicia-me com a tua sede
Arrebata meu corpo quente
Prenda-me com tuas pernas
Faça ginástica comigo
Entra, sai,
Vira, aperta, morde
Sufoca, enrosca,
Beba do meu amor.
Eu vim buscar meu gozo
*
*
*
*
Sinto como me ama!
Tua mão desobediente
Procura meu corpo, teu porto.
Teus olhos confirmam.
Renuncia, loucura, desejos libidinosos
Sou senhora do seu prazer
E com roçar das minhas coxas
Te vejo exposto, ousado.
Sinto como me ama!
É um desnudar continuo
Uma vitrine de vontades e tentações...
Macho e fêmea...Unha na carne.
Um abrir de pernas. Um chafariz de gozo
Perder a noção do tempo...sexo tântrico
Sinto como me ama!
Toma meu corpo à tua boca e consome minha carne crua.
Respiração louca, desejo insaciável...Cio!
Língua com sede de mel
Dedos tateiam pelos molhados...
Que intimidade...
Sinto como me ama.
Rozeli Mesquita
Publicado no Recanto das Letras em 16/08/2008
Código do texto: T1130432
O poeta encanta escrevendo amor.
O pintor encanta, pintando amor.
O poeta e o pintor não têm diferença.
Cada um segue sua crença.
Acreditando em sua obra, mostrando
Em seus requisitos o que lhe é bonito.
Ambos fazem poesia, pintando e recitando..
O poeta escreve pintando a vida.
O pintor pinta fazendo poesia.
O poeta pinta seus sonhos.
O pintor cria sonhos aos olhos.
Na tela o pintor joga suas tintas
Para fazer de seus desenhos
O mundo mais colorido atraído.
Uma bela poesia saída do pincel.
No papel o poeta junta suas letras
Fazenda do poema e poesia.
Uma forma das pessoas
Viverem um pouco de fantasia.
O poeta e o pintor têm a mesma intenção
Em seus trabalhos jogar a poesia no coração.
O pintor ao deslizar o pincel,
Faz da poesia uma grande aquarela.
O poeta com seu escrever,
Faz de seu poema a tela mais linda de se ver!
Imagine agora, poeta e pintor,
Colocando em nosso mundo,
Um pouco de fantasia e cor.
Na tela ou na poesia!
Ambos passam a magia.
Ambos precisam de inspiração.
Ambos atingem a visão e o coração
Do leitor e do apreciador
Ambos são poetas...! ( Anna Carolina )
2ª Poesia: VENHA ME ESCULPIR
Venha esculpir meu corpo
Que pede o calor de tuas mãos.
Esculpir minhas curvas que te
Amolecem de paixão,
Tocam-te a visão.
Batidas aceleram seu coração
Venha me esculpir..
Com sede de seus desejos.
Com vontade dos seus beijos.
Venha esculpir meu corpo
Ser meu artesão,
Fazer carinho com tuas mãos.
Uma bela escultura
Fazer a obra com doçura
Com seu atrevimento.
Torneando-me corpo e alma.
Venha esculpir minha pele
Deixar aveludada e macia.
Delineando cada parte
Porque sou sua arte.
Arte prazerosa
Cheia de detalhes
Serei sua escultura, mas chocante
Não desprenderá seus olhos de mim
Em nenhum instante.
Já que teve o dom de me
Esculpir atreva-se
Agora me possuir...
Com certeza irei saber retribuir....
Sou sua arte viva!
(Anna Carolina Márcia.S. Martins).
3ª Poesia: IMAGEM DA FLOR
O poeta tem a imagem acondicionada
Há muito tempo em sua mente e coração
E sempre a guarda d’uma forma apaixonada
Deixando-a eclodir em momentos de paixão,
Como faço agora quando penso em ti amada
E quero pintá-la com a arte da emoção,
Mas antes encontrar a forma desejada,
Pois é de ti própria que vem a inspiração.
Vejo-te então na tela toda esquadrinhada
Tua face, olhos e boca em sobreposição,
Então vou escolhendo desde a cor rosada
Até o azul do céu e sob o som d’uma canção
Desenho-te como uma rosa avermelhada
Acondicionada na palma de minha mão.