Sede

Foto de andlusan

Vazio

Sabe o que é ser vazio?
Se sentir oco por dentro?
O peito implodindo
No silêncio do cio
Que reje o desencontro
À tudo que se deseja criar
E só se vê fugindo?

Sabe o que é ser vazio?
É alimentar o fogo;
Fomentar tempestades.
E só ter estio
Ou da recíproca devasta
Ver casta
O que deseja incasta.

Sabe o que é ser vazio?
É não ter
O que se sabe que tem;
É ter de ser
Justo o contrário do bem;
Prender um coração
Que nasceu para ser vadio
Como a canção.

Sabe o que é ser vazio?
É ter o doce à boca
E só sentir o armago;
É ter sempre do cigarro
O último trago;
A casa como toca.

Sabe o que é ser vazio?
É omitir o poema;
Destruir o poeta;
Rasgar o fardão;
Quebrar a pena;
Dobrar a reta;
Alcançar horizontes,
Que continuam distantes
De antes, de antes
Das gentes...

Sabe o que é ser vazio?
É claro que sabe!
Pois que também tem
Desejo e sede
De beber remédios e venenos
Fortes ou amenos
Para curar a ferida
Ou supurar de vez;
Ser a mocinha do amor
Ou flor bandida
Ou talvez...
Ou talvez não:
Roi a corda
Fecha a mào...

Ou talvez...
Ou talvez sim,
Seja assim
Só a bonança.
Não suspire desvairada.
Mas, encantada ainda
Com algo que não encanta,
De que adianta?

Não volta a primeira vez
No brilho ou no cheiro da tez...

Quando o beijo morde;
O abraço enforca...
Se antepor a razão
É de ante mão
Cair em contradição.

Andlusan em 1988

Foto de KEKE

Volta meu amor (Concurso Meu grande amor )

Meu amor , eu não quero viver de ilusão
Não posso ficar sem você
Enganar o coração
É dizer não te querer

Minha alma está em tormenta
Meu interior aflito
Que coração agüenta
Ficar tão esquecido?

O que mais quero é você por perto
Cuidando de mim
Isso que é certo
Nós dois juntos até o fim

Vem meu amor , libertar meu coração
Aliviar o meu sofrer
Me tire dessa solidão
Eu não agüento mais ficar sem te ver

Meus dias já não são coloridos
Levo-os por levar
Quando o tiver comigo
Vou poder me alegrar

Ô meu Deus , o Senhor que tem todo poder
Traga o meu amor pra mim
Eu preciso viver
E não vegetar assim

Devolvam-me o sorriso
Me deixem viver novamente
Com meu amor posso sentir-me no paraíso
Eu o quero pra eternamente

Deixem-me sentir o seu toque suave
O seu carinho sem fim
Quero que minha alma lave
E leve essa angústia de mim

Só o meu amor pode me entender
Me fazer feliz de verdade
Sem ele meu coração está aos poucos a morrer
Essa é a realidade

Volta meu amor , vem alegrar meu sedento coração
Coração que tem sede de você
Que não quer sofrer na solidão
Que só sonha em te ter.

Foto de Jessik Vlinder

A tua falta

A carência do calor do teu corpo congela a volúpia da minha pele
A falta da umidade da tua boca insaceia a malícia do meu beijo
A indiferença da paixão dos teus olhos cega o sarcasmo do meu olhar
A necessidade do sussurro da tua voz emudece os desejos do meu inconsciente
A lembrança do teu perfume faz murchar as rosas do meu prazer
A saudade do teu vigor exausta minha disposição
A sensação da audácia da tua mão inocenta as fantasias do meu atrevimento
A fuga da liberdade dos teus movimentos eterniza a continência da minha sincronia

“A tua ausência me condena à prisão dos desejos insaciáveis, me subordinando à eternidade da espera de um passado letargicamente imortal, porque o meu medo vive pela tua segurança, minha solidão pela tua presença, minha tristeza pelo teu sorriso, meu frio pelo teu abraço, minha sede pelo teu beijo e meu prazer pelo teu sexo, porque ele só se satisfaz com o teu desejo...”

Estou morrendo dentro da ilusão das lembranças!

Jéssica Gomes Andrade

Foto de DeusaII

Beija-me...

Teu olhar trespassa o meu
Como ondas flutuantes
De um calor que me queima a alma.

Meu coração brilha de emoção
De um desejo intenso,
Fantasias recalcadas.

Minha vida,
Começa e acaba em ti.
Dominada por um poder
Que emana do teu corpo.
Minha imaginação
Flutua por entre tuas memórias...
Sentimentos aflorados
Por um beijo que me enlouquece.

Sinto teus doces lábios
Em minha pele...
E um arrepio percorre-me
Deixando num estado de pura excitação.

Sinto-te perto… quase dentro de mim,
Como se teu mundo fosse meu,
E o meu pertencesse a nós.

Como uma vibração quase satanica
Que me leva em tua direcção.
Um laço… que não pode ser quebrado….

Por isso, beija-me amor
Como se mundo acabasse amanhã,

Faz-me esquecer quem sou,
Troca-me os sentidos,
Deixa-me atordoada,
Presa em teus doce sabor…

Hipnotiza-me com teu olhar,
E faz-me pedir por mais.

Beija-me, amor
Leva-me ao delirio, à loucura…
Mata-me de amor, de paixão.
Desperta todas as minhas fantasias
Percorre todos os meus anseios,
Queima toda a minha existência.

Beija-me, amor
Sacia esta minha sede de ti,
Esta minha fome, que não tem fim.
Entrega-me aos anjos, ao demonio…

Beija-me amor,
Faz-me de mim o sol da tua vida,
O fogo do teu inferno…

Apaga todos os meus pensamentos,
Elimina todos os meus sentimentos,
Substitui todas as minhas vontades.

Beija-me, amor,
Com uma sofreguidão deliciosa,
Alimenta-te do meu corpo, de mim….

Vamos esquecer quem somos…
E viver esta paixão que nos incendeia,
Que nos queima….

Infinita, ou não… não importa…
Porque o momento é este…

Foto de Fernanda Queiroz

Amor e loucura

"Contam que uma vez se reuniram todos os sentimentos
e qualidades dos homens em um lugar da terra.
Quando o aborrecimento havia reclamado pela terceira vez,
a loucura, como sempre muito louca, propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
A intriga levantou a sobrancelha intrigada
e a curiosidade sem poder conter-se perguntou:
- Esconde-esconde? Como é isso?
- É um jogo, explicou a loucura, em que eu fecho os olhos
e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem,
e quando eu tiver terminado de contar,
o primeiro de vocês que eu encontrar
ocupará o meu lugar para continuar o jogo.
O entusiasmo dançou seguido pela euforia.
A alegria deu tantos saltos
que acabou por convencer a duvida e até mesmo a apatia,
que nunca se interessava por nada.
Mas nem todos quiseram participar:
a verdade preferiu não esconder-se.
"Para que se no final todos me encontram?" - pensou.
A soberba opinou que era um jogo muito tonto
(no fundo o que a incomodava era que a idéia não tivesse sido dela)
e a covardia preferiu não se arriscar.
- Um, dois, três, quatro, ... - Começou a contar a loucura.
A primeira a esconder-se foi a pressa
que caiu atrás da primeira pedra no caminho.
A fe subiu ao céu e a inveja
se escondeu atrás da sombra do triunfo que,
com seu próprio esforço,
tinha conseguido subir na copa da árvore mais alta.
A generosidade quase não conseguiu esconder-se,
pois cada local que encontrava
parecia perfeito para algum de seus amigos:
se era um lago cristalino, ideal para a beleza;
se era a copa de uma árvore, perfeito para a timidez;
se era o vôo de uma borboleta, o melhor para volupia;
se era uma rajada de vento, magnífico para a liberdade.
E assim acabou escondendo-se num raio de sol.
O egoismo, ao contrário,
encontrou um local muito bom desde o início.
Ventilado, cômodo, mas apenas para ele.
A mentira escondeu-se no fundo do oceano
(mentira! ela se escondeu mesmo foi atrás do arco-íris)
e a paixao e o desejo, no centro dos vulcões.
O esquecimento... não me recordo onde se escondeu
mas isso não é o mais importante...
Quando a loucura já estava lá pelos 999.999,
o amor ainda não havia encontrado um local para esconder-se
pois todos já estavam ocupados, até que encontrou uma rosa e,
carinhosamente, decidiu esconder-se entre suas pétalas.
- Um milhão! - terminou de contar a loucura e começou a busca.
A primeira a aparecer foi a pressa,
apenas a três passos da pedra.
Depois, escutou-se a fe discutindo zoologia com Deus no céu.
Sentiu-se vibrar a paixao e o desejo nos vulcões.
Em um descuido, encontrou a inveja e claro,
pode-se deduzir onde estava o triunfo.
O egoismo, não teve nem que procurá-lo.
Ele sozinho saiu de seu esconderijo,
que na verdade era um ninho de vespas.
De tanto caminhar, a loucura sentiu sede
e ao se aproximar de um lago,
descobriu a beleza. A duvida foi mais fácil ainda,
pois estava sentada em uma cerca
sem saber de que lado esconder-se...
E assim foi encontrando todos:
o talento entre as ervas frescas,
a angustia numa cova escura, a mentira atrás do arco-íris
(mentira! na verdade estava no fundo do oceano)
e até o esquecimento, a quem já havia esquecido
que estava brincando de esconde-esconde.
Apenas o amor não aparecia em nenhum local...
A loucura procurou em baixo de cada rocha do planeta,
atrás de cada árvore, em cima de cada montanha...
Quando estava a ponto de dar-se por vencida, encontrou um roseiral.
Pegou uma forquilha e começou a remover os ramos, quando,
no mesmo instante, escutou um grito de dor.
Os espinhos haviam ferido o amor nos olhos.
A loucura não sabia o que fazer para desculpar-se.
Chorou, rezou, implorou, pediu desculpas e perdão
e prometeu ser seu guia eternamente...
Desde então, desde que pela primeira vez
se brincou de esconde-esconde na Terra:
O amor é cego e a loucura sempre o acompanha."

Sofia

Foto de geovana_tita

ARTE

O que dizer da Arte?
Será que existe algo não dito?
O que falta para perceberam que é o princípio?
A arte é mãe de um grande e forte personagem chamado Dom,
Sem ele onde estaríamos?
O Dom levou alguém a inventar algo fundamental à vida humana,
Sem este personagem jamais seria criado o poder de criar,
Seja carro, computador, português, matemática e até mesmo celular.
Onde está a valorização de quem sede sua vida à arte e através dela transmite sua mensagem?
Luz...
Palco...
Figurino...
Maquilagem...
Um excelente texto e...
Ação!
Onde está a população?
Este resposta é de fácil dedução:
Em casa assistindo televisão.
Algo que também transmite arte, mas às vezes...
Com vulgaridade, com politicagem,
Muitas vezes com má fé
Tornando cada vez menor quem o deixa cada vez maior.
Não convém aos grandes cofres, a evolução do homem
Mas convém a cada homem buscar a sabedoria, respirar a arte,
Unir-se ao dom.
As cartas estão na mesa minha gente!
Basta erguer as mãos e evoluir a mente, vamos formar bons cidadãos.
Valorizar o que temos de melhor em um mundo
Criticado por muitos e julgado o pior
A sorte está lançada
Feliz do homem que agarrá-la.
Enquanto a arte espera sentada,
O dia de ser apresentada.

Foto de Manoel Lúcio de Medeiros

ANZOL DA SAUDADE

ANZOL DA SAUDADE!
Soneto de Malume (Manoel Lúcio de Medeiros).
Fortaleza – Ceará – Brasil. 04/05/2009. 22h00min.
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Vou Lançar o anzol desta saudade,
No fundo do rio do nosso amor,
Quero pescar na sede da vontade,
Lembranças do teu beijo encantador!

Vou mergulhar nas águas do desejo,
Nadar em busca do teu coração,
Relembrar novamente teu cortejo,
Encher a minha alma de emoção!

Eu quero me afogar lá no teu leito,
Deixar sangrar toda minha paixão,
Fazer dilúvio de amor na terra!

Eu quero o meu socorro no teu peito,
Pois me perdi no mar da solidão,
“Quem ama tem certeza e nunca erra”.

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Poeta Malume.
Direitos autorais reservados.

Foto de J.

Futuro?

Com todo esse fogo que queima meu corpo
Me arrebata e leva à você
Eu danço, canto, vibro de paixão
Com sede de ar.
Sou sua e somente sua...
Brindo aos nossos beijos
Declamo nossas juras
Sussurro nossas promessas
Folhas verdes da primavera
O cheiro do mato nos excita
Assim nos amamos
Entre uvas, madeiras, músicas
Essa festa se mistura à natureza
De nossos corpos
Somos um entre muitos
Dois seres unidos por uma força maior
E indissolúvel
Nos encontramos por acaso
O acaso nos mantém...
E agora construímos uma história
Única e singular
O futuro?
Prefiro não pensar nisso...

J.

Foto de magomerlyn

O ato de amar

Mata a sede de desejo
Que me invade e me faz procurar tua boca
Na vontade de um beijo.

Me deixa descobrir o que deixa louca
Passear minhas mãos pelo teu corpo
Te ouvir gritar com a voz rouca
Enquanto te embriago de prazer.

Se mostra inteira e sem pudores
Deixa eu matar a tua fome
Tuas vontades mais secretas
Vem ser mulher, serei teu homem.

Cola teu corpo me aperta
Deixa o instinto te levar
Quero teu gosto em minha boca
Sorver teu doce, te provar.

Abraça-me, arranha minha pele
Num gozo explode satisfeita
Mordendo os lábios, me olhando
Diz que a noite foi perfeita.

Serei pra ti o que quiseres
Em tua cama, serei tudo
Direi se queres, que te amo
ou se quiser, ficarei mudo.

Vem minha fêmea insaciável
Loba, se solta em minha cama
Esqueça todos os limites
Cola em meu corpo, que te chama.

Depois cansada, sobre a cama
Teu corpo nu, quero beijar
O teu suor, gosto de pele
No ato doce de te amar.

Foto de HELDER-DUARTE

AMAR

Eis, que é o vosso dia!
Sem que a noite, seja fria…
É dia de amor, nesse longo escurecer.
Mas que o vosso amor, faz nele, a luz nascer…
Amai! Neste jardim de rosas brancas.
Nesse amar, infindo, onde as pombas,
Voam ao vosso redor e cantam…
Sim!... Cânticos dos anjos, entoam…
Não façais … como eu fiz!
Que fui infeliz, no meu amar!
Mas amai! Amai!... Sem parar.
Pois, eu vosso amigo…
Também, assim fazer o quis!...
Mas vós! Sede! Zelosos e amigos…
Levai esse ramo de rosas, juntos!
E olhai para os Brancos cisnes,
Porque, vede! Como nadam,
No lago dos juncos…
Onde também!...
Há andorinhas!
E coelhos saltam, até ao ar…
Em redor, desse lago,
Que é vosso e das avezinhas.
Fazei, vosso ninho, oh rouxinóis!
Vós os dois, nesse eterno amar!...

Dedicado aos noivos…

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