Salvação

Foto de MAGNO RIBEIRO

ILHADO

Do negrume daquele instante,
Enxerguei o facho da Tua luz;
Ilhado pelo que me maculou,
O que a partir de Ti reluziu,
Transformou-me numa possibilidade.
Esta possibilidade em espera;
E a espera na Tua definitiva chegada;

Do clarão deste novo instante,
Vi-me carinhosamente embarcado por Ti;
Daquilo que me ilhava, salvação!
Agora em águas claras,
Navego somente em Tua direção;
Tu já és o caminho,
E a verdade de minha vida.

Por Magno Ribeiro em 3/4/2009 às 6h46m.

Foto de Anderson Maciel

ORANDO

de joelhos
intercedendo
fazendo
uma oração
uma interceção
purificando a alma
dando a calma
para poder lutar
as armas estão ai
basta pegar e seguir
caminhar para o céu
seguir para encontrar o véu
ser um vencedor
nessa oração
com esse coração
orando com amor
pedindo em clamor
a minha salvação. Anderson Poeta

Foto de fernando gromiko

ACIMA DE TUDO VOCÊ

SOU APAIXONADO POR VOCE E POR XADREZ
ADORO TE AMAR
MAIS TUDO NA SUA VEZ
PORQUE PREFIRO ANTES JOGAR

AMO VOCE E TE CONSIDERO UMA RAINHA
MAS SE NECESSARIO TE SACRIFICO PELO MATE
MAIS VALE O JOGO GANHO QUE VOCE, "PRINCESINHA"
QUE SOZINHA PODE ME LEVAR AO EMPATE

PARECERÁ GAY AGORA
MAS PREFIRO UM PEAO
TEM CERTAS HORAS
QUE ELE É A SALVAÇÃO

GOSTO DE UMA RAINHA CAPITURAR
MAS PREFIRO JOGAR COM CALMA
POR QUE ACIMA DE TUDO GOSTO DE GANHAR
E PRA ISSO JOGO COM A ALMA

MAS ACIMA DE TUDO SOU UM APAIXONADO
MEIO DIVIDIO, MAIS QUE NO FINAL TE AMA
PORQUE NUM JOGO JOGADO
VOCE É MINHA ALMA E MINHA CHAMA

SOU APIXONADO POR VOCE E JOGO XADREZ
VOCE ME LEVA À VITÓRIA
COM VOCE SOU FELIZ
E ISSO... ISSO NÃO É HISTORIA

GOSTO DE VOCE E DE XADREZ...

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"REVOLTA AMBULANTE"

“REVOLTA AMBULANTE”

Sou o objeto de consumo...
Sou consumista e produtor...
Fui colocado no mundo...
Apenas para ser um consumidor!!!

Sou funcionário da vida...
Caminho, mas nunca andei...
Sou a cicatriz da ferida...
Sou contravenção e sou lei!!!

Sou a salvação da elite...
Que me relegou a coadjuvante...
Sou o ultimo da estirpe...
Sou a revolta ambulante!!!

Sou a comida dos bichos...
No fim da minha jornada...
Antes sou devorador dos caprichos...
Desta triste vida malvada!!!

Enfim sou o projeto dos grandes...
Que agora resolveu pensar...
Não sou mais corpo, agora sou a glande...
Saiam da frente, pois agora vou entrar!!!

Foto de LUIZ NEVES

ESPIRITUALIDADE

ESPIRITUALIDADE

Partindo da idéia de que cada religião tem a sua verdade e importância, por que não ser, então, todas religiões verdadeiras? Vamos ver: ____Segundo as Testemunhas de Jeová existe o céu e nele estará reservado um determinado lugar para uma quantidade escolhida de simpatizante da tal religião, ou seja, alguns viverão no paraíso, enquanto que outros estarão renegados a um lugar menos apropriado.

Os Católicos dizem que o corpo morre junto com o espírito, que vira cinza e fica a espera da ressurreição para no fim, os condenados irem para o inferno {queimar no fogo eterno}; os bons irão para o paraíso.

Os muçulmanos esperam o fim do mundo e, será recriada uma nova terra para eles {a terra prometida}. É, talvez, a religião que se registra mais fanáticos.
O Candomblé absorve a idéia de que o espírito se liberta do corpo e sobrevive numa outra esfera, volta mais tarde num outro corpo, uma espécie de reencarnação.

A Doutrina Espírita diz o seguinte: ____O corpo morre, o espírito é eterno e reencarna diversas vezes até chegar a um aperfeiçoamento espiritual. Diz o espiritismo que fazemos por merecer o nosso sofrimento e, ou a nossa felicidade; construímos e, possivelmente, destruímos nossa estrada, tornando assim a estadia mais ou menos aprazível aqui na terra.

Suponhamos que todos estejam corretos, que tudo o que acreditam realmente virá acontecer, por que não? Ora, Deus é ou não é um ser que tudo pode? Então vejamos que seja realmente dado a cada crença, o poder de fazer realizar-se o desejo de cada um. Se as Testemunha de Jeová acreditam na terra prometida, por que Deus não pode conceder a tal terra prometida? Por que existir uma só verdade, se na verdade, ninguém conhece realmente nenhuma? Os seguidores de Alá podem seguir o caminho que achar verdadeiro, por que não? Acredito que Deus, na sua sapiência, concede ao homem o poder de fazer existir o que imagina existir; para não desagradar a nenhum, ele liberta a imaginação do homem. Ele nos concede uma espécie de Universo paralelo, cada crença determina o caminho para o seu rebanho. Deus faz com que imaginemos o paraíso, o inferno, o fim do mundo!

Na verdade, quem criou tudo isso, transforma cada religião numa única salvação para os seus seguidores, portanto, existem neste universo, lugares para todos, todo tipo de verdade mesmo não sendo a verdade dos outros a nossa verdade.

Agora vejamos: ___Alá, Jeová, Maomé, Cristo, Buda e, ou o Espírito Santo, não importa, todos estavam certos, para cada religião uma realidade; uns vão para o inferno outros para o céu a depender da religião.

Assim, acreditando nos desígnios, cada um segue seu caminho a procura da paz, da perfeição de uma eternidade ao lado do seu criador. É a criatura buscando uma identidade.
É assim o condicionamento espiritual do ser humano, sabemos que a verdade é uma nota desafinada e que ninguém saberá tocá-la perfeitamente; sabemos que o Deus que criamos foi o mesmo que nos criou e, fez de nós, prisioneiros de uma sensação única que intimamente chamamos “vida”. Na realidade é tudo uma fantasia, tudo uma busca fútil que no final descobriremos.

Sigamos então o percurso que melhor nos fizer bem, não importando muito se isso ou aquilo esteja fora do contexto de outras pessoas; buscamos apenas a felicidade e a paz do espírito.

LUIZ NEVES

Foto de Wing0Angel

Réquiem Do Amor ~O Destino Do Coração~

Antes que aquele amor pudesse revelar
Seu imensurável peso exercido sobre meus ombros
Todas as formar de compreensão tentei rejeitar
Ele acabou se transformando em ódio...

Mesmo que tenhamos feito uma promessa
Nos esbarramos sem que pudéssemos notar
Acabei desiludido pelo fato, tendo que te abandonar
A cada encontro entendemos e destruímos um ao outro...

Não me confesse - mesmo se eu confrontá-la...
Não posso escapar das lembranças de minha queda
Encontrarei seus olhos, erguido pela sua calorosa mão
Até o tempo parece selado por aquela união

Talvez nem desvanecendo-se aquele lugar irá mudar
Nossa salvação... Será que iremos buscar?
Como que na pele de alguma pessoa honesta
Estamos dentro de um friável cristal...

Uma vez que invento mais e mais mentiras
Você disse "O amor acaba sempre me machucando"
Estava com medo de acreditar em mim e chorou
Torne-se forte: aprenda com o temor que sua fraqueza criou...

[ Descobrirá o significado do amor verdadeiro,
Antes que todo ele se converta em puro ódio?
Aquilo que eu desejava não era esse mundo cruel;
Incontempláveis dias, desprovidos de razão... ]

A solidão habita o interior dos meus olhos
As mentiras - eles estão cansados de enxergar...
Será que uma delas tentará meu coração roubar?
Daquele caloroso sentimento, não consigo me aproximar

Finalmente parei de acreditar e passei a conviver
Com pensamentos negativos alimentados pela agonia
Não me importo mais com a brevidade da vida
Certamente isso não era o que eu queria...

Um amor perdido naquele lugar...
Se pelo seu significado procurar
Talvez eu possa me transformar
E ser capaz de seguir em frente...

Foto de Mirian Ibanez

presença

a árvore ali
permanece
com a saudade
dos amantes
entre canteiros
e pequenos
canais
de água
translúcida
amor de salvação
para todo
e todo o sempre

Foto de Anderson Maciel

TRISTESA

minha vida é repleta de tristezas
desalegrias que contemplo com proesas
mais certo dia um grande coração um varão
apareceu na minha vida e a mim mudou
tristesa é a minha plenitude para a maldição
infelicidade é um abono triste para o coração
tudo aconteceu depressa que eu nem vi
apareceu mudou a minha vida que ei nem percebi
agora tou aqui felicidade tenho sim
caminhando com quem me deu a plenitude para amar
para poder com ele caminhar
antes eu era um sabor amargo
nem tinha cheiro quando me tocavam ou me xeiravam
agora ja sou nova criatura
com virtide e muita altura
para poder o seu nome adorar
pois me destes vida e plena paixão
me tirastes a tristesa que estava dentro do meu coração
sou muito grato a ti
me elevo para ti
dou a minha vida por ti
caminhos existem diversos
mais todos perversos
menos o que me salvou
que foi o caminho da vida
o caminho que eu escolhi
andar e caminhar com cristo o meu senhor
provas e muitas lutas aparecem, ele esta nos provando
mais sigo essa caminhada cantando
não mais triste não mais infeliz
pois o senhor me alegra e assim em verdade me diz
te amo filho meu não temas pois eu estou contigo
isso me faz mudar
faz-me cantar
o exaltar
o vanglóriar
faz minha vida com cristo mais ainda ter aptidão de levar
pois se ele faz coisas maravilhosas na minha vida pode mudar a sua tb
basta você crer e aceitar ele no seu coração
que ele vai te fazer como eu um novo varão
vai te dar o que queres a salvação
vai te fazer feliz assim como eu sou
sem problemas e assim caminhando vou
ó tristesa ruim obrigado por vim aqui
pois foi de você que eu descobri
o grande Deus que abita e vive em mim
te amo senhor jesus você faz parte completa de minha vida
e te falo os amores ficam pra traz mais o seu não pois ele é eterno
te amo e assim no inverno quero você para me aquecer
te amo meu Deus minha razão de viver. Anderson Poeta

Foto de Osmar Fernandes

O mundo encantado de Isabel

O mundo encantado de Isabel

Em uma terra muito distante, vivia uma menina que se chamava, Isabel. Essa terra, onde ela morava, era um lugar encantado. Havia fadas, gnomos e duendes. Nesse lugar encantado as flores falavam e todos os animais se comunicavam entre si. As nuvens eram feitas de algodão doce e os rios eram formados de sucos, refrigerantes e água potável. A menina Isabel adorava essa terra de sonhos, era o seu mundo encantado. Todos, ali, viviam felizes.
Um dia a menina Isabel e a sua amiguinha – a fada Raio de Sol, ficaram desesperadas ao verem a floresta do mundo encantado pegando fogo. Uma enorme nuvem negra era vista pelos quatro cantos do mundo encantado. Formou-se um cataclismo. Viram que um imenso Dragão do mal estava incendiando a floresta, soltando muito fogo pela sua boca. A menina Isabel ficou muito angustiada, indefesa e sem saber o que fazer. Foi quando teve uma idéia supimpa e falou de supetão à sua amiguinha:
- Fadinha, você tem que me ajudar a salvar o mundo encantado, urgente, antes que seja totalmente destruído pelo dragão do mal. Transforme-me num animal poderoso para que eu possa dominar e conter a fúria desse monstro de asas.
Tristemente, a fadinha lhe respondeu:
- Não posso fazer isso sem a permissão do poderoso mago, Merlin. Ele é o comandante do meu reino. Se ele descobrir que alguma fada principiante, como eu; desrespeitou o livro sagrado, ele a manda para ser julgada no Tribunal das Fadas; e dificilmente a ré obterá a absolvição, pois é falta gravíssima e a condenação é inevitável. Além de perder todo o poder mágico, a fada condenada volta a ser uma simples mortal. Para mim, é sentença de morte. Não posso correr esse risco. O castigo é muito severo.
A menina Isabel, chorando, respondeu:
- O mago, Merlin, nunca vai saber disso. Será o nosso segredo para o resto de nossas vidas. É causa justa, é caso de vida ou morte! Se você não me transformar logo, vai ser tarde demais. Todos irão morrer. Aquele dendroclasta está exterminando o meu mundo. Amiguinhos meus estão morrendo indefesos. Pelo amor do criador do mundo do faz-de-conta, ajude-me a salvá-los, por favor!?
A fadinha amiga, piedosa que era, não vendo outro jeito, comovida, repleta de compaixão, resolveu desobedecer à ordem do seu superior, e, ao estatuto de sua lei, e decidiu ajudar a menina Isabel.
Pôs o seu dedo mindinho no narizinho dela e pronunciou as palavras mágicas, dizendo:
-Pirilim, trintrinc, trimplintrinc... Repetiu três vezes, e, de repente, o corpinho da menina Isabel foi sofrendo uma mutação, e transformou-se numa ave grande e forte e muito formosa – numa Águia Dourada.
Bem baixinho, a fadinha sussurrou ao pé do seu ouvido, dizendo:
- Voa, voa, voa bem alto minha linda Águia Dourada, e salve o mundo encantado e todos os habitantes do reino da menina Isabel.
A ave deu um vôo rasante, e aos poucos começou a voar, voar bem alto e poderosamente, como nem outro pássaro jamais havia voado em todo o mundo encantado.
A fadinha sentou-se muito preocupada diante da sombra de uma bela arvoreta, e, resmungando, disse a si mesma: “Por Merlin! Como vou sair dessa?... Desobedeci o mandamento mais sagrado do livro das fadas. E, agora?!”
Só aí ela se deu conta do que tinha feito. Não havia mais jeito de voltar atrás. O grande problema, além de sua desobediência, era que não sabia desfazer aquela mágica. A menina Isabel poderia viver eternamente como uma Águia Dourada. Era sua primeira mágica, sua iniciação.
Enquanto isso, a Águia Dourada fora ao encontro daquele monstro destruidor da floresta e ao se aproximar dele, furiosamente, disse:
- Por que você está destruindo o mundo encantado da menina Isabel?
O dragão respondeu:
- Porque alguém deste mundo encantado roubou o ovo de ouro do meu povo, e, sem ele, todos os dragões desaparecerão. Será o fim da minha espécie. Eu soube ainda, através da bruxa Doroti, que, o sumiço do ovo foi a mando do mago Merlin, porque ele quer dominar todos os mundos.
A Águia Dourada, ficou entristecida e muito pensativa... Na verdade, o que aconteceu, de fato, foi que a bruxa malvada invejosa queria destruir a felicidade do mundo encantado da menina Isabel, e, ao descobrir o segredo do ovo de ouro dos dragões resolveu roubá-lo, e pôr a culpa no mundo da menina Isabel.
A Águia Dourada, levantando a cabeça, emocionada e preocupada com a mentira da bruxa, respondeu ao dragão:
- Como você pôde acreditar numa loucura dessas! Você sabe que a feiticeira é cheia de inveja, de ira; ela tem ciúme de todo mundo que vive feliz. Você acha que o poderoso mágico de todo o universo, o criador de todo o mundo do faz-de-conta, precisaria mandar alguém do mundo encantado roubar o ovo de ouro dos dragões para aumentar o seu poder e dominar todos os mundos? Você não acha que aí tem coisa? Tem o dedo podre da feiticeira?!
O dragão, fazendo uma pausa, parou e pensou... Deu um vôo extraordinário, foi até o rio do mundo encantado, encheu sua enorme boca d’água, e, sobrevoando a floresta em chamas, como um verdadeiro bombeiro, começou a apagar aquele incêndio, que ele mesmo havia provocado.
A Águia Dourada ficou muito feliz com a atitude do Dragão, e começou a ajudá-lo. Depois de muito trabalho, o fogo foi controlado e apagado, e o incendiário disse à sua ajudante:
- Desculpe-me, perdoe-me! Causei muitos estragos, sofrimentos, tristezas e mortes. Eu estava enfurecido, descontrolado, irado, e não parei para refletir. Acreditei na conversa mole daquela malévola feiticeira e fiquei fora de mim. Acreditei em quem não deveria, e, agora, estou arrependido. Vou tirar isso a limpo, vou até o castelo daquela maldita e vou exigir suas explicações, minuciosamente, detalhadamente, e, se ela não me disser a verdade e não me devolver o ovo de ouro, destruirei aquele lugar fedorento e horrendo.
Animada, feliz com esse procedimento, disse ao Dragão:
- Vou junto contigo, quero olhar bem no fundo dos olhos daquela invejosa, e quero ouvir o que tem a dizer.
O monstro concordou imediatamente, e os dois voaram três dias e três noites rumo ao destino almejado, o castelo da bruxa.
Mas, antes que eles chegassem, a feiticeira foi informada pelo seu olheiro, que vivia no mundo encantado – o seu Piolho, seu puxa-saco – de tudo o que havia visto e ouvido... E que o Dragão e a Águia Dourada estavam a um passo de seu castelo.
A feiticeira não perdeu tempo e convocou o seu exército do mal para impedir a ação do Dragão e da Águia Dourada.
O exército da feiticeira armou uma cilada, uma tocaia para os invasores, que foram surpreendidos, feridos e imobilizados, acorrentados e presos no calabouço do castelo.
Longe dali, no mundo encantado, Dona Arvoreta despertou subitamente e acordou a fadinha angustiada e disse:
- Eu tive um sonho muito ruim, um mau presságio. Vi o seu Dragão e sua amiguinha – a Águia Dourada, tocaiados pelo exército do mal da feiticeira e foram surpreendidos, feridos, acorrentados e presos no calabouço do castelo da bruxa. Correm perigo de vida. Você tem que fazer algo imediatamente, senão eles vão desaparecer para sempre.
Meio sonolenta ainda, e sem compreender direito, a fadinha disse, de supetão:
- Mas, como assim? Que conversa fiada é essa? Quem me diz uma asneira dessa?
Só um pouquinho depois, ela se deu conta de que estava sozinha, que havia sonhado, tido uma premonição ou algo parecido... Confusa, olhou para os lados, não viu ninguém... E dona Arvoreta mais uma vez insistiu, dizendo:
- Não, não é devaneio seu, sou eu que lhe falo.
E, despertando a fadinha, dona Arvoreta lhe mostrou, através do seu espelho mágico, o Dragão e a sua amiguinha, presos. E, contou-lhe tudo o que havia acontecido... e ainda, disse-lhe:
- Somente você pode salvá-los. Faça isso antes que seja tarde demais, pois a bruxa malvada pretende transformá-los em soldados de seu exército maligno. Esse castigo é pior que beber do veneno da própria morte.
A fadinha, chocada com essa notícia, não viu outro jeito, senão pedir socorro para o grande mago, Merlin, e lhe contar toda a história, acontecesse o que acontecesse. Era tudo ou nada! Era caso de vida ou morte! De súbito, transportou-se para o Castelo do grande Mestre. Imediatamente, marcou uma audiência e foi ter com ele, e lhe confidenciou:
- Senhor, criador do planeta da imaginação, do mundo encantado e do mundo do faz-de-conta, cometi um grave erro, um pecado mortal, desobedeci a lei do grande livro das fadas. Sem o seu consentimento transformei a menina Isabel em uma ave poderosa. Mas, afirmo-lhe, senhor, foi por causa justa e urgente, caso de vida ou morte! O Dragão destruidor, estava incendiando o mundo encantado. Perdoa-me, senhor, por isto! Mas, a menina, Isabel, desesperada, vendo o seu mundo em chamas ardentes e os seus amigos morrendo, suplicou-me, e, naquele instante, agi de acordo com o meu coração, e vi que a única forma da menina enfrentar a fúria do monstro era através da minha ajuda, por isso, fiz o que fiz.
A fadinha contou-lhe toda a história, e disse que precisava de sua ajuda para salvá-los das garras da bruxa malvada, senão eles poderiam morrer ou tornarem-se escravos do exército da feiticeira. O poderoso mago, respondeu:
- De fato, você cometeu uma gravíssima falta e será julgada de acordo com o seu erro, pelo Tribunal das Fadas. Se for condenada, nada poderei fazer para ajudá-la. Se for absolvida, dar-lhe-ei poderes para que lute contra o exército do mal e os feitiços de Doroti, e salve os seus amigos.
A fadinha ficou detida no palácio do mago. Mas, naquele mesmo dia, o grande mestre convocou o Tribunal das Fadas, para julgá-la, assim composto: O juiz – O mago Merlin; o defensor público do livro sagrado – o papa das fadas – o senhor Bagú; o advogado da fadinha – o doutor Galileu; O corpo de jurado – formado por sete fadas madrinhas, dois duendes e dois gnomos.
Iniciado o julgamento, o defensor do livro sagrado do mundo do faz-de-conta, disse, após a leitura dos autos:
- As leis do livro sagrado são bem claras, e diz: no seu capítulo I - art. 4°. “-Nenhuma fada iniciante poderá fazer qualquer mágica sem a permissão do grande mago, Merlin. Aquela que desobedecer a lei perderá o seu poder mágico e viverá como uma simples mortal, e será jogada e abandonada para sempre no calabouço do mundo da escuridão.” Por isso, peço ao corpo de jurado que a condene, para que isto sirva de exemplo para as outras fadinhas principiantes. Não podemos abrir nem um precedente, para que não caiamos na ridicularidade em casos futuros. Peço pena máxima para a fadinha desobediente.
Levantando-se, o advogado da fadinha disse:
- Excelentíssimo senhor Defensor se esqueceu de que toda regra tem a sua exceção. A fadinha não fez uma mágica por achá-la bonita ou para se aparecer. Ela socorreu uma amiga em apuro, que, desesperada, implorou-lhe ajuda para salvar o seu mundo da fúria do Dragão e do incêndio da floresta. Foi caso de vida ou morte! Se a fadinha não tivesse tomado essa atitude naquele momento, todo o mundo encantado teria sido destruído e se transformado em cinzas, e todos os seus habitantes estariam mortos agora. Não vejo nenhum crime nisso. Provavelmente, se ela não tivesse tomado aquela decisão, naquela hora, estaríamos aqui, não a julgando, mas condenando-a por omissão, o que seria de fato um crime imperdoável.
Nesse momento, a platéia, que era formada por muitos gnomos, duendes e pelos habitantes do mundo encantado, pronunciaram: “Ela é inocente! Inocentem-na! Salvem-na, antes que seja tarde demais! E o Juiz, o poderoso mago, Merlin, com o seu martelo prateado, bateu-o várias vezes em sua sineta, pedindo: silêncio! silêncio! Senão vou colocá-los para fora do tribunal.
O Julgamento foi suspenso por duas horas. O júri reuniu-se para tomar a decisão final.
Logo depois, recomposto o julgamento, o juiz, o todo poderoso mago, Merlin, perguntou ao Presidente do júri:
- Senhor presidente, qual foi o veredicto do júri?
O senhor presidente respondeu:
- Excelentíssimo senhor juiz mago Merlin, o júri, depois de muito raciocinar, por unanimidade, chegou à conclusão de que a fadinha Raio de Sol é inocente!
A felicidade do auditório foi de grande euforia... E o senhor juiz determinou que ela fosse solta, imediatamente. A Fadinha agradeceu o seu advogado e todo o júri, dizendo: “Muito obrigada! Por Merlin, muito obrigada!” E, foi ter com o juiz, em seu gabinete, dizendo:
- Senhor, meu poderoso mago Merlin, ajude-me a salvar o Dragão e a menina Isabel, eu não sei o que fazer!
Merlin disse à fadinha Raio de Sol:
- A partir de agora, você será uma fada de quinta grandeza e terá poderes de uma fada madrinha. Ordeno-lhe que descubra quem roubou o ovo de ouro do mundo dos Dragões e o puna conforme a sua consciência. Dê-lhe o merecido castigo.
A fadinha, rapidamente, convocou treze amigos, para ajudá-la nessa missão. E partiram para a batalha na hora do crepúsculo.
O exército do bem, representado pela fadinha e seus amigos, iria enfrentar o exército do mal, da bruxa malvada. O risco de morte e destruição era muito grande. O combate seria sangrento e ninguém podia prever o seu final.
Ao se aproximar do castelo maligno, o exército do bem surpreendeu o exército do mal; e a fadinha, seus gnomos e duendes, transformaram o exército da bruxa em estátua gélida... e invadiram o castelo; e de surpresa adentraram o laboratório da megera, e a fadinha Raio de Sol, com os poderes ganhos do seu mestre, disse a ela:
- Exijo que solte os meus amigos agora mesmo, senão, vou transformá-la numa coisa feia, tão feia, que teria sido melhor nunca ter existido. Se não me atender agora mesmo, vai se arrepender por toda a sua existência diabólica.
Sentada no seu trono horrível, a bruxa, desconcertadamente, com ares de coitadinha, disse:
- Não sei do que você está falando!
E, a fadinha, irritada, impaciente, severamente, respondeu:
- Estou perdendo a minha calma, obedeça-me, ou destruí-la-ei eternamente.
A bruxa, notando que a fadinha falava com compostura, com medo respondeu:
- Eu sei que você agora tem poderes, é uma fada madrinha, mas, só vou pô-los em liberdade, se fizermos um acordo.
A fadinha, angustiada, disse:
- Que tipo de acordo?
A bruxa, tremendo de medo, falou:
- Você tem que me prometer que vai conter a fúria do Dragão, para que ele não me destrua. Esse é o acordo. Sei que a palavra de uma Fada Madrinha não pode ser quebrada em hipótese alguma. Isso está escrito no grande livro sagrado das Fadas. Não é?
Raio de Sol, respondeu à bruxa:
- É verdade. Tem a minha palavra! Agora, solte-os.
A bruxa ordenou aos seus malfeitores, que soltaram o Dragão e a Águia Dourada. Foram trazidos imediatamente ao laboratório da bruxa, que ao verem a fadinha, alegraram-se, e o Dragão, enfurecidamente, disse:
- Doroti, bruxa de belzebu, larapia e mentirosa, agora me fale aonde está o ovo de ouro do meu povo?
A bruxa, encurralada, sitiada, resolveu ceder e contar a verdade, dizendo:
- Está bem, eu confesso que o roubei, mas só vou devolvê-lo se me prometer que não vai destruir-me, conforme o acordo que fiz com a Fada Madrinha.
Nesse exato momento, o Dragão fitou a Fadinha, que balançou a cabeça, afirmativamente, e, o Dragão então disse:
- Sendo assim, prometo. Mas, traga-me logo o que é meu, antes que eu mude de idéia.
A bruxa mandou os seus comparsas buscarem imediatamente o ovo de ouro, e o entregou ao seu legítimo dono.
O Dragão, felicíssimo, despediu-se dos seus amigos e mais uma vez pediu perdão para Águia Dourada, pelos danos, mortes e sofrimentos que causou aos habitantes do mundo encantado, e partiu.
A fadinha disse à bruxa malvada:
- Prometi e cumpri. O Dragão não lhe destruiu. De hoje em diante, você não terá mais o poder de fazer mal. Passará o resto de sua vida nojenta condenada a vegetar no mundo da escuridão, no calabouço do seu castelo sujo, sozinha. Conhecerá o sofrimento da pobreza, da solidão e da velhice. Depois pagará os seus crimes conforme o que está escrito no grande livro do mago Merlin. Será, a partir de agora, uma simples mortal, e conhecerá a morte... Seu exército transformá-lo-ei numa tropa do bem, vai ajudar todos os necessitados... Chamar-se-á o exército da salvação dos excluídos. Aonde houver uma destruição, incêndio ou catástrofe, estará lá para ajudar a salvar e depois a reconstruir... Esse é o seu castigo.
Condenando a bruxa, enviou os exércitos para uma missão secreta... A fadinha, despediu-se... E partiu com a sua amiguinha.
Depois de longa viagem, resolveram descansar. Aterrissaram debaixo daquela mesma arvorezinha... E a Águia Dourada disse:
- Estou muito feliz por toda ajuda que me deu. Salvei muitos amigos e meu mundo encantado da fúria do Dragão, e a questão do roubo do ovo de ouro foi esclarecida. Agora quero voltar a ser novamente o que sou, a menina Isabel, certo?
A fadinha tristemente lhe respondeu:
- Virei o meu mundo do avesso para ajudá-la. Fui parar no Tribunal das Fadas por isso. Não estou nenhum pouco arrependida pelo que fiz. Faria tudo de novo. Mas, não sei como desfazer essa metamorfose, não sei como transformá-la novamente na minha amiguinha. Naquele dia eu tentei avisar você, mas tudo aconteceu tão rápido, que não me deu ouvidos, nem tempo para eu falar.
A Águia começou a chorar, desesperadamente, e a dizer para si mesma: “E agora, meu Senhor, Merlin, criador do mundo do faz-de-conta e do mundo encantado, o que será da minha vida? O que vou dizer para os meus pais? O que vão pensar de mim ao me verem assim? Ajude-me!”
De repente, com autoridade, uma voz serena sai da boca daquela arvorezinha e diz:
- Não chore, menina Isabel, não chore! Sou eu, o mago Merlin. Ouvi os seus clamores... Conheço seu coração e a sua grandeza, e vi o amor que sente pelo seu mundo encantado e pelos seus amigos; vi a sua coragem ao enfrentar a fúria do Dragão para salvá-los; o desafio que encarou para provar quem era a verdadeira ladra do ovo de ouro. Todo o seu gesto e toda a sua ação são dignos de aplausos em todo o meu mundo. Portanto, dou à fadinha o poder para que ela possa desfazer essa mágica e você voltar a ser quem era.
O poderoso mago Merlin deu poderes à fadinha, e ela pôs o seu dedinho no nariz da Águia Dourada e disse:
- Pirilin, trintric, trimplintric... Repetiu três vezes as mesmas palavras e mais três de formas inversas, e a menina Isabel, num passe de mágica voltou a ser como era.
O mago Merlin, assistindo a esse momento espetacular, deu um grande “arroto”, fechou sua boca, enorme, e adormeceu novamente. E, a fadinha disse à sua amiguinha:
- Vá imediatamente para o seu mundo encantado e reencontre a felicidade, porque é a única riqueza que vale a pena, é o tesouro; todo mundo a carrega dentro de si mesmo, mas pouca gente consegue encontrá-la.
E, falando assim, abraçou a menina Isabel, deu três beijinhos e partiu...
A menina Isabel, correu para o seu mundo, convocou todos os seus amigos, e disse:
Vamos reconstruir nosso mundo encantado, num mutirão de solidariedade, porque a vida só tem valor e graça se tiver cooperação de todos, em qualquer momento, mas principalmente nos difíceis. O amor, o respeito e a amizade são sentimentos fundamentais para que uma sociedade possa viver em paz. A amizade salvou o nosso mundo encantado da fúria do Dragão e da mentira da bruxa Doroti.

“Lembrem-se que a verdade vem sempre à tona, doa a quem doer... A mentira tem perna curta!... E, o bem sempre vencerá o mal, custe o que custar!”

(Respeite o direito autoral... - do livro de minha autoria Crisálida - a motivação da vida)

Foto de Sonia Delsin

FEITO ENTREGA

FEITO ENTREGA

Te entrego poemas.
Faça deles um colar.
É urgente que se faça.
É urgente que desfaça.
Do viver a mesmice.
Não percebes.
Eu sou a leveza.
Alguma coisa boa da natureza.
Fui colocada diante de ti.
Te entrego palavras e gestos...
Te entrego a capacidade do sonho.
Te entrego, amor, a poesia que pode ser tua salvação.
Deixe que eu te embale com minha canção.
Te entrego meu coração.
Não vivo de senão.

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