Ruas

Foto de Gabrielaa

Estradas da Vida.

Eu conheço essas ruas da amargura sem o seu amor.
Navego entre as marés desconhecidas em busca do navio naufragado.
Cheia de ilusões percorro o mundo driblando a escuridão.
Cansada da tristeza e do sofrimento ao longo do caminho,venho procurando uma luz,aquela no fim do túnel,escondida entre arbustos e folhas secas.
A luz do sol que clareia meu quarto trancado e vazio brilhou em meu olhar.
E com esse brilho,trouxe a paz que eu tanto preciso para mim nesse exato momento.
Essas ruas percorridas por mim que antes eram apenas estradas,hoje são ladrilhos de diamante,pois com voce ao meu lado tudo o que me mais importa é viver intensamente nosso amor.

Foto de Gabrielaa

Chove lá fora.

Hoje chove lá fora e eu trancada no meu quarto estou à sua espera.
Estou vazia,espero pelo tocar do telefone,mas é tarde para pensar no que fiz.
Eu te usei mais uma vez,eu te beijei a boca com o mel,eu toquei o seu corpo,eu conheci todos os seus defeitos e falhas e saí da sua vida correndo sem nenhum rastro.
Você impedia o meu adeus,mas já era tarde para explicações.
Pelas ruas interditadas eu vagava correndo esperando por respostas.
E você sentado continuara a se lamentar.
Eu tentava me recordar e as memórias me vieram a cabeça.
Eu sei,eu apelei para isso acontecer,mas o seu amor foi insuficiente para mim quando eu perdida me encontrava.
Você desapareceu e agora eu quero um foco de luz e talvez um dia quem saiba te amar novamente.
Continuo pelas ruas escuras da cidade e sem saber para aonde ir,para aonde correr tento voltar para você.
Olho para a janela aberta e vejo acesa a luz do seu apartamento e tento subir,mas quando chego lá, você não me quer mais.
E agora chove lá fora e eu continuo trancada no meu quarto a espera de um telefonema seu sabendo que não vai tocar.

Foto de Oliveira Santos

Todo Mundo É Ninguém

Vida curta, mundo estreito
Visão parca, desrespeito
Sobrevivendo nesta feroz competição
Subjugam, sobrepujam
Uns aos outros mais se sujam
A todo momento uma nova decepção

Retração dos sentimentos
Uma nova farsa, um novo tormento
Um novo degrau difícil de galgar
Sempre correndo contra o tempo
Tropeço, queda, derrota e lamento
As mãos nas rédeas sem poder para controlar

Vamos nos recolher à nossa insignificância
Todo mundo é ninguém, o resto é ignorância

O ferro fere, o tempo marca
Dando soco em ponta de faca
Na nossa eterna persistência em viver
Sofre, teima, lima e sua
Todos os dias, em todas as ruas
Esta labuta dá vontade de morrer

Pobres, gays e meretrizes
Também buscam seus dias felizes
Que força é essa que lhes fazem perdurar?
Cai a noite, perco o sono
Meninos de rua, cachorros sem dono
É justo perder as esperanças disso mudar

Vamos nos recolher à nossa insignificância
Todo mundo é ninguém, o resto é ignorância

23/09/98

Foto de Oliveira Santos

Auto Análise

Por quê sempre olho no espelho e vejo um homem de joelhos?
Por quê corro para janela para pular através dela?
Por quê essa dor me corrói a ponto de me deixar assim?
Por quê sinto a dor dos outros como se estivesse em mim?

Ando nas ruas cabisbaixo com medo de olhar para frente
Não quero olhar para ninguém, tenho fobia de gente
Eu corro louco entre as pessoas com medo de olhar para trás
Embora os gritos me atraiam, mas vi desgraça demais

O estampido anuncia que a mais um faltou a sorte
Assalto ou queima de arquivo, qualquer trilha leva à morte
Correndo bocas, becos, bares indivíduos se viciam
E batendo de porta em porta outros coitados se humilham

A fome assola os miseráveis torcendo seus intestinos
Sobrevivendo a todo custo por fibra ou por desatino
O jornal mostra em cores vivas seus sorrisos amarelos
Só assim é possível perceber quão grande é esse flagelo

Seres humanos se maltratam regredindo aos seus primórdios
Se chocando constantemente em relações de amor e ódio
E sempre esquecem seu discurso demagogo e sem moral
Que prega a compaixão eterna além do vivo e do imortal

27/08/97

Foto de Oliveira Santos

Vício

Acabo de lhe ter e já quero você de novo
E fico a garimpar migalhas em meio ao povo
Olhando vitrines, através dos vidros lhe ouço me chamar
Beirando a loucura, fissura querendo lhe saborear

Vício que me domina, que me desanima, me definha enfim
Vício me manipulando, rasgando, matando tudo dentro de mim

Vagando por todas as ruas me apoiando nas paredes
Um farrapo humano de pé que outra vez matou sua sede
Que mente, que engana, que rouba até mesmo seus próprios entes
Interno de um inferno moderno nessa condição demente

Vício que me domina, que me desanima, me definha enfim
Vício me manipulando, rasgando, matando tudo dentro de mim

Não sei o que acontece
É algo assim que cresce
Repentina sensação

Desejo incontrolável
E inalienável
Uma mortal sofreguidão

15/04/98

Foto de Carmen Vervloet

AS ESQUINAS DA ALMA

Alma, este fascinante universo cortado
por ruas em permanente mutação,
onde sentimentos se cruzam nas esquinas...
Emoções em movimento
que tangem a existência
e traçam caminhos...
Caminhos que podem ser
um jardim em flor
cultivado no amor
ou um jardim de espinhos
no ventre infértil do desamor.
A opção é somente nossa.
Eu particularmente prefiro
transitar pelas ruas onde
o sonho engravida a vontade
que se faz inspiração
e gera realização.

Carmen Vervloet

Foto de Camila Senna ☆

A natureza e sua essência...

As árvores são as guardiãs de cada cidade
De cada País
De cada floresta.

Cidade, que tem a urgência da sua essência
País, que implora incessantemente sua permanência
Floresta, que fica em vigília velando de pé por sua cidadela.

Se tiver que ter chama, que tenha nos corações dos desumanos
A chama do amor, com labaredas de sentimentos bons sem pudor
Se tiver que ter luz, que tenha nos emaranhados da mata
A luz divina, a luz do sol.

Que venha também a chuva como um milagre
Milagre que alimenta o solo
Tornando-o fértil, imortal.

Elas guardam segredos...
Nos protegem do sol forte...
Ornamentam as ruas de colibris da ilusão...
Enfeitam os corações dos apaixonados...
Trazem boas lembranças de outrora.

Nos fazem sentir e ter a certeza de como é absoluta a natureza
Natureza que reflete na vida dos que anseiam viver
Viver cultivando as raízes do que é louvável
Viver exalando e perpetuando o calor do amor
Amor que há de se alastrar por toda terra
Civilizando e proclamando o fim da guerra
Guerra contra a natureza e sua grandeza.

((( Camila Senna )))

Foto de Camila Senna ☆

Essência do amor em nós...

Tarde com céu rosado e chuva fina...
Molhava suavemente os carros,
As ruas, os pássaros...
Menos o meu amor.
Ele se tornava abstrato
Porque nele, a chuva não tocava e nem esfriava.

O tempo parou quando nos olhos você me olhou...
Quando na boca você me beijou e delicadamente degustou.
O guarda chuva que eu segurava joguei ao léu...
Me senti como pássaro colibri, livre e dona de mim.
Dona também do teu coração
Que pulsa em mim com toda exatidão.

A chuva que caiu foi fugaz...
Foi cenário para embalar a nossa paixão
Que é eterna fusão.
As árvores da rua que nos cercavam,
Fotografavam sutilmente as sutilezas dos nossos gestos.

O momento em si, parecia ilusão, devaneio.
Engano bobo, era real...
Era visceral.
Não existia alheio, nem credo, era mais...
Era espiritual.
E hoje é sagrado pelos laços do amor.
E esculpido na pedra do simples pecador.

((( Camila Senna )))

Foto de Oliveira Santos

Entranhas Da Noite

Nas entranhas da noite
Adormece o indecifrável
E ao júbilo de alguns
Opõe-se a queda de muitos
E confrontam-se nas horas
A multidão e a solidão
E deparam-se nas ruas
A aversão e a atração

Das entranhas da noite
Originam-se os temores
Os clamores, os horrores
Intrínsecos, inexoráveis
Donde a névoa venenosa
Rarefaz-se em frente aos olhos
E o frio, a fome, a peste
Cata os seres mais simplórios

04/07/96

Foto de Oliveira Santos

No Meio Do Povo (Um poema de carnaval)

Eu corro por todas as ruas tentando lhe encontrar
Nos becos, nos bares e esquinas, em qualquer lugar
E todos os feixes de luz se confundem com o seu olhar
Coberto pela solidão sigo a lhe procurar

Menina formosa, brilhante que me arrebatou
Manifesto de ímpar beleza, canto em seu louvor
Lhe procuro incessantemente, pois quero dizer
Que lhe acho muito especial e eu quero você

No meio de toda essa gente é difícil lhe ver
Mas meu coração ligado ao seu me guiou até você
Finalmente olhos nos olhos estamos nós dois
Agora só você me importa, o resto é depois

Eu corria por todas as ruas tentando lhe encontrar
Nos becos, nos bares e esquinas, em qualquer lugar
E agora o lume dos seus olhos começa a me iluminar
Acabou solidão, só alegria pedindo pra entrar

07/02/97

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