Receio

Foto de RuFiAzInHa

][ Indeferença pelos sentimentos ][

Tive que me armar em estúpida
Fingir que nada via
Para conseguir ver-te partir...
Tive que me isolar de tudo
Tentei não lembrar-me de ti
Pois corria o risco de pensar em tudo
E todo o meu mundo se desmoronaria...
Tive que tratar as pessoas com brutalidade
Para que não me falassem mais de ti...
Tentei não te procurar...
E para tentar conseguir seguir
Para tentar dar mais um passinho para a frente
(Pois senti que precisava disso)
Fugi do meu mundo!
E aí...
Formei uma barreira circundante ao coração
Para não olhar para trás!
Agora pergunto-me se valeu de algo!?
Não sei...
A vontade de te procurar continua lá...
A saudade permanece lá...
O receio de que me falem de ti continua lá...
O medo de olhar para trás permanece lá...
Lá... quem me dera que tudo permanecesse lá,
Mas não... tudo permanece aqui...
No meu coração!
As lágrimas continuam a cair...
O desejo de te ter ao meu lado é cada vez maior...
As saudades de ti corrempem-me
Até ás minhas profundezas!

Estou prestes a fazer algo...
Seja o que for...
Tudo.. menos ficar aqui, assim!
E continuo a olhar em frente
Mesmo sem nada ver...

Foto de Foxylady

Masmorra

Final de tarde.
O vermelho no céu anunciava o calor que passara e se iria sentir no dia seguinte.
A luz fugidia desvanece e mal se vislumbram as sombras naquelas paredes semi- rebocadas.
Entram sons quase imperceptíveis pelas grades da pequena entrada, vejo pés que passam e outros que se cruzam indeléveis no caminho a percorrer.

Tento sacudir a cabeça na tentativa falhada de não entrar sangue nos olhos, em vão me debato, o mesmo escorre em gotas finas lânguidas e demoradas e já o saboreio...Posso reparar que pousa nos meus peitos desnudados e hirtos pela frescura do tenebroso lugar.

Virou costas e saiu.
Permaneço imóvel, imutável, imobilizada, mortal...
Desesperadamente indefesa.

A sós com os meus pensamentos encurralada entre 4 paredes decadentes, a ferrugem das grilhetas corrói-me a pele, estremeço no receio e na incerteza do futuro...

Rodas guincham num derradeiro esforço, entra uma mesa putrefacta com uma toalha preta disfarçando o rude artefacto.
Mais relevante o que nela jaz pousado: chibata, correntes...palmatória... venda...Gag...os punhais...velas vermelhas e pretas qual aparato satânico que faz ranger os dentes e elevar cada pêlo do corpo...

Não me atrevo a chiar um "ai". Observo apenas.

Levanta a mão, dirige-se num gesto para mim, calculo que vá aliviar minha dor, da coroa de espinhos que me martiriza mas em vez disso puxa por meus cabelos misturados de vermelho e atira minha cabeça com força para trás na cruz que me segura...

Quer me ouvir a implorar, caso ceda sofrerei torturas.

Meu mestre permanece calado, inamovível, inabalável de sua missão, limpar meus pensamentos de luxúria pecaminosa que me invadem os sonhos e me soltam a voz enquanto durmo, cheiro de mulher para mim estava off limits porque ele assim o ordenava.

De palmatória em riste, olhar maquiavélico que me cega, defere golpes em meu sexo.
Nada posso fazer senão respirar fundo a cada investida, dolorosa, que me arreganha as entranhas e me faz entregar assim de maneira inteira.
Afasta meus lábios, e agora acende a vela, a chama eleva-se majestosa e começa a soltar gotas que me marcam e ferem a fenda humedecida por um turbilhão de emoções, uma amálgama de sentimentos que me faz perder os sentidos.

A cera misturada com meus sucos cai no chão enquanto mais continua a cair em mim, estremeço ainda com cada gota, cada gota me arrepia e ferve o sangue cá dentro na ânsia e receio de o sentir.

Palmatória outra vez, castiga-me friamente, sua respiração denuncia o prazer animal e grotesco que suga de todo o cenário.

Os lábios inchados cobertos de cera começam a ser revelados à medida que a cera vai caindo a cada investida, ora nos mamilos hirtos do frio da noite que nos abraçou.

Engulo os queixumes, debato-me em vão, ele aumenta a intensidade...
Não aguentando mais perco os sentidos, o sentir mata-me aos poucos e colapso no escuro.

Acordo (quanto tempo terá passado?), o seu corpo aperta-me e um punhal no pescoço trava-me um hipotético gesto. Com a lâmina faz pequenos golpes no meu pescoço que chupa sofregamente, eu mal me atrevo a respirar horrorizada pelo seu olhar encerrado naquele capuz hediondo. Respiro tremulamente, dificilmente me lembro do frio, somente sinto o fio que corta minha pele enquanto me aperta cada vez mais.

Sinto seu membro encostado ao interior de minhas coxas, sofro por senti-lo...

O mestre respira ofegante, sinto seu perfume que me entesa mais ainda.
Sem contemplações nem avisos, de uma só golpada sinto-o todo vibrante dentro de mim...A cada investida enterram-se mais os espinhos que me ornamentam a fronte.
Largou do punhal e arranca-me a gag por onde fios de saliva escorrem para me dar a mão inteira na boca antes de poder gritar.
Ferrei com a força toda que advinha do prazer, sei que ele gosta que eu sofra e que me perca nos meandros das sensações do meu corpo...

Banhada na loucura o calor imenso que me sufoca e sobe corpo acima até me deixar desfalecida em seus braços enquanto ele me presenteia com o seu auge...

Beijou-me.
Soltou minhas mãos, beijou cada uma com devoção.
Soltou meus pés, beijou cada um com igual devoção.
Levou-me ao colo, deitou-me num banho quente com sais...

– Agora és minha Rainha, sirvo-te eu!

Foto de Aledoanjo

Ser amigo é ...

Ser amigo é...

Andar junto, mesmo que distante...
É ser legal, jamais superficial...
Dizer o que pensa, sem ofensa...
Calar para ouvir, sem intervir...
Falar sem rodeio, sem receio...
Guardar o segredo, secar o pranto, dar o ombro...
Estar para o que der e vier, e jamais abandonar...
É ser alguém com quem sempre se pode contar...

Ser amigo...

Afinal é ser especial!

"Autor desconhecido"

Foto de Jainara Martiny

ENCONTRO

Teus braços me envolvem com paciência
Meus dedos contam teus pêlos
Vibrando. Ardendo de desejo
Teus gemidos levam aos poucos minha consciência

Tudo o que recebe o toque da tua mão
Queima. Teu cheiro denso me alucina
Deixa meu corpo em ponto de ebulição
E eu preciso beber da água fresca da tua língua

Minha boca toma o doce do teu suor sem receio
Isso umedece o meu medo
Acalma tudo o que grita em mim

Teus dentes me marcam forte
E eu encontro a vida...
A vida, numa lenta e viciante morte...

Foto de mrslob

Em busca da felicidade

A vida nos reserva várias surpresas,
E uma delas tem sido você!
Não sei como explicar,
Mas estou muito feliz do seu lado,
Um sentimento que a muito não sentia,
Um sentimento que me faz sorrir sozinha,
Um sentimento que me faz querer tentar,
Você me faz feliz!
Espero que você possa entender meus sentimentos, e correspondê-los...
Às vezes tenho medo, ou talvez seja receio,
De que eu esteja sonhando muito alto,
De que esteja fantasiando tudo,
Mas você me faz feliz e quero tentar!

Foto de caiozago

Meus Medos

Tive medo de apaixonar-me por ti
E por um instante desistir de ser feliz
Tive medo e não consegui
Pois sem perceber você já fazia parte de mim .

Tive medo e não quis me apegar
Mas de nada isso adiantou
Tive medo e tentei te evitar
Mas com um olhar você me conquistou .

Tive medo quando senti algo mais forte
E esse receio me fez sofrer
Tive medo de amar alguém novamente
Mas meu coração só quis saber de você .

Tive medo de me machucar
E de viver uma outra ilusão
Tive medo de me deixar levar
Pelo sentimento de uma paixão.

Mas para sentir medo
Não me há mais nenhuma razão
Hoje estou ao seu lado
E é seu o meu coração .

Dedicado a minha namorada Thaís Cristina Guerra de Carvalho a que amo muito .

Foto de Carlos eduardo S. Rocha

Separação

Quero partir sem saudade
Mesmo que o dia me traga lembranças
Desprezo, incomodo, medo e receio
Estou descontente

Praga, víbora, cascavel
Me envenenaste com seu beijo
Perturba os meus sonhos
Aterroriza meu peito

Me mataste de horror
Apunhalaste minhas costas
Com sua faca mascarada
E rasgaste meu coração

Embrulhado feito em pedaços
O sangue vermelho escorre
E o mal que me fez será a minha tristeza.

Carlos Eduardo S. R.

Foto de Cleber Dantas

CORPO

Seu corpo sem trajes
com curvas insinuantes
me apaixonando perdidamente
mostrando toda sua sensualidade
quero te-la sem receio, sem pudor
nos meus braços nus
tocando-as, sentindo o teu cheiro
das luxurias formas
sentindo o teu corpo em mim
formando uma só carne

Foto de betoquintas

Quarta sagração (Sarcanomia)

Fraternitas
Hino do Cordeiro ao Leão

Bom e querido amigo!
Enfim posso em teus braços descansar,
Recarregar em teu leito,
A força e a coragem.

Por tempos fui sufocado
Por uma armadura,
Pelo cargo de general,
Pelo oficio da batalha.

Buscando na guerra,
Esquecer essa paixão,
O maior enganado era eu!

Cercando-me de louvores e adoração,
Provocando a discórdia e o preconceito,
Mas o pior admirador masculino
É aquele que usa a máscara do macho.

Muitas ovelhas eu arrebanhei,
Mas apenas aos Apóstolos me aproximei.

Agora deixo o rebanho
Aos cuidados do Lobo
E que os que me seguem
Que conquiste seu Leão.

Cumplicidade
Hino do Leão ao Cordeiro

Venha, sem demora!
Não faz idéia da dor
Que a cada chamado ignorado
Tu me causavas ao coração.

Por tantas vezes me ofendia,
Dirigindo suas flechas
Ao invés de seus carinhos,
Perseguindo a minha gente,
Como se não fossemos irmãos!

Venha, para reavivar a paixão
E que esse eterno amor
Possa servir de exemplo
E as pessoas se lembrem
Das palavras do profeta da carne.

Toda existência é divina,
É macho e fêmea,
Ambas e nenhuma.

Que os fanáticos descubram
O verdadeiro sentido
Do amor que ensinaste:

Amor sem restrição,
Paixão sem forma,
Prazer sem culpa.

Memória
Hino dos deuses ao Cordeiro

Frágil e fraca criança!
Por nossa imensa bondade
Nós mantivemos a lei,
Apesar de seus ávidos esforços.

Da fúria religiosa,
Protegemos a saúde do Leão
E o futuro das criaturas.

Dispensamos pelo mundo
O guarda e vingador máximo,
O que entrega franca e livremente,
A Lei da Vida a toda gente
E, na forma do Lobo,
Resgata as ovelhas da ignorância.

Mas não é tempo e momento
De julgamentos e condenações,
Este oficio é de tua estação,
Agora reina a Primavera!

Entre sem receio,
Misture-se na festa,
Brinde com seu Leão
E sorria com o Lobo
Alegre-se e viva!

Responsabilidade
Hino dos deuses ao Leão

Bendito seja, verdadeiro rei,
Aquele que lidera sem oprimir,
O que toma a paixão por nobreza,
O que faz do amor autoridade
E põe o prazer no trono.

Bendito seja, amor manifestado,
Arrebatador, incondicional,
Divulgador e promotor da lei,
Entrega-se aos devotos
Mais amor que estes exprimem.

Lembre ao Cordeiro a verdade
E mostre às ovelhas a forma,
Ao Lobo abra caça à castidade
E aos Apóstolos proíba a homofobia.

Que a toda criatura,
Veja, sinta e desfrute
A plenitude da Vida!

Defesa
Hino do Cordeiro aos deuses

Anciões da Eternidade!
O tempo do Inverno
É pesada lembrança
De meu cruel oficio.

Tudo que eu trouxe
Foi medo, ódio e guerra.

Por ser luminoso como vós,
Tornei tudo ao meu redor
Em sombras densas
Para destacar meu brilho,
Eis meu orgulho e vaidade!

Quis converter a todos e,
Para disfarçar meus defeitos,
Impus aos crentes ordem e disciplina.

Os cânticos me elogiam,
Os homens me clamam,
Eu sou o Messias.

Mas diante do Sol,
Mostro minha verdadeira face,
Eu sou a Estrela Dalva,
A Estrela Vespertina.

Eu apenas sou um luzeiro,
Diante do fogo do Amor!

Coragem
Hino do Leão aos deuses

Fraco eu sou também
E indigno de uma coroa,
Feliz em receber amor,
É imperativo distribuir.

Nada fiz de extraordinário,
Apenas segui a vontade natural.

Debaixo do Amor,
Estou sob as ordens do menor
E rendido ao vencido.

Ainda que seja objeto de escárnio,
Eu sempre hei de amar o Cordeiro.

Nosso amor não enxerga diferença,
Somos ativos e passivos,
Vivemos nosso lado feminino
Para elogiar nosso lado masculino.

O macho é figura em extinção,
Todo herói sabe-o bem,
Mais coragem se exige
Em desafiar infundado preconceito.

Foto de betoquintas

Terceira sagração (Sarcanomia)

Aula
Hino do Lobo às ovelhas

Venham todas, sem demora,
Mesmo a menor e tímida.

O pastor está morto,
Foi derrubada a trave do cercado.

Não temam explorar a pradaria,
Sintam o gosto do horizonte
E a força da liberdade.

Eu as ensinarei estas coisas,
De que fonte beber;
De que fruto comer
E todos os caminhos.

Conhecerão seus corpos
E conhecerão o meu.

Poderão aproveitar a vida
E saborear este festim.

Eu as farei tocar
Em seu intimo divino
E as farei dançar
Em meu externo mundano.

Receio
Hino das ovelhas ao Lobo

Bom senhor e conhecedor,
Tenha calma e paciência,
Sabemos e sentimos sua verdade,
Mas ainda tememos e receamos!

Vivemos por muito tempo,
Vendo o mundo por uma fresta,
Suportando o peso da lei fria
E recebendo um amor sem paixão.

Agora sabemos e percebemos,
Que possuímos corpo e desejo,
Que isso é natural
E, portanto, divino.

Faça-nos conhecer,
Estes deuses da natureza,
Que bendiz e honra sua gente.

Queremos conhecer,
O toque sagrado
E, como as vestais,
Sermos inundadas.

Nos mostre como nos elevar
E nos eleve em ti.

Aceitamos este acordo,
Tu te nutres de nós
E nós nos completamos em ti.

Consolo
Hino dos deuses às ovelhas

Não vos envergonheis!
Mais vergonhoso foi o pastor
Que, fazendo papel de deus,
As manteve em um curral!

Muitos são os gados,
Tanto quanto os feitores,
Mas mesmo o terrível juiz
Deve obedecer a lei!

Aquele que escreve a norma,
Põe a si mesmo sob juramento,
Mas a lei que não se escreve
E, entretanto, é observada naturalmente,
Mais forte que o poder
E o medo do castigo,
Esta é a lei do Universo.

Amor como nome,
União como forma.
Os deuses em carne existem,
Os humanos em espirito vivem.

Então, recebam as dádivas divinas
E aproveitem as ofertas mundanas,
Nós nos fazemos presente em vós
Quando em vós se fizer presente o Lobo.

Conselho
Hino dos deuses ao Lobo

Bom e fiel guerreiro!
Tomai essas ovelhas
E as conduza pelas pradarias.
As alivie do remorso
E evite o rancor.

O pastor é digno de esquecimento.
Nós somos bem servidos,
Com sua força e língua,
Teu corpo satisfaz as deusas.

Você é a lei natural manifesta,
Seu nome é grande entre os homens
E sua figura temida entre os deuses.

Por causa de seu vigor voluntário,
Pedimos um disfarce ao seu nome.

Não esmoreça na batalha,
Continue a espalhar
A toda criatura consciente
A Lei da Vida.

Que o seu membro
Seja o medianeiro ideal,
Entre a morada dos deuses
E a morada dos homens!

Gratidão
Hino das ovelhas aos deuses

Bons e agradáveis deuses,
Que nos acolhem e aceitam,
Tal qual somos, naturalmente.

Não estigmatiza o que é puro,
Nem corrompe o que é virtuoso.

Estivemos tão longe da verdade
E tão afastadas da realidade,
Que estranhamos nossa natureza,
Mas nos entregamos aos sentidos.

Pedimos para que nos amaciem,
Nos penetrem e nos invada.

Assim preenchidas,
Por cima, pelos deuses;
Por baixo, pelo Lobo;
Renascemos e recuperamos
A posse sobre nós.

Nos inundem com este leite,
Nos consagrem com a seiva
E nós não cessaremos o rito,
Espalharemos o louvor dos deuses,
Fazendo amor repetidamente
Por todo este mundo.

Confiança
Hino do Lobo aos deuses

Soberanos dos mistérios!
De quem recebi feliz missão
Da guarda e entrega da lei.

Dotaram-me da força,
Do vigor e plenitude,
Necessários para sagrar a vida.

Tendo vosso apoio,
Eu sirvo o palo,
Testemunha firme
E durável da lei.

Ainda que siga solitário,
Vivendo na sombra e rejeição
Devido ao temor dos demais,
Pelo meu excesso de vontade
E extrema paixão na forma,
Continuo com meus votos
Para, pelo meio das donzelas,
Abrir o entendimento
E preencher o conhecimento.

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