Realidade

Foto de Anderson Maciel

TRISTE REALIDADE

A minha vida começa aqui
triste, vazia, isso é tudo
não tem a doce alegria
mas um caos profundo

A dor reina dentro de mim
tragado eu sozinho lamento
por saber que já estou no fim
desta vida cheia de sofrimento

Quem dera poder dormir
sonhar com a felicidade
sair dessa triste realidade
que permeia dentro de mim. Anderson Poeta

Foto de Rosamares da Maia

O Presente do Silêncio

O Presente do Silêncio

Maravilhoso presente é este silêncio.
Muda transparência que reedita pensamentos,
Devolvendo-me imagens tuas, sem ruídos,
Tão limpas e claras que consigo ver-te a alma.
Capturo e posso sentir cada um dos teus gestos,
Afagos antigos devolvendo a ilusão do teu afeto.
O brilho do teu olhar, a tua ansiedade contida.
Mesmo o improvável aroma da loção em tua pele,
Perfuma meus sonhos e a realidade deste silêncio.
E sinto o quanto esta tua ausência me é essencial,
Quando o pranto soluça alto preenchendo o quarto,
Rompe o silêncio como um frágil cristal quebrando.
Perde-se o precioso presente desta minha solidão.
De mim te ausentas e de ti me perco para sempre.

Rosamares da Maia
30.08.2004.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Nome do Amor

O amor verdadeiro sempre foi de graça. Sempre esteve ao seu lado, ali, jogado num canto. O amor te abrigou no dia frio e cinzento da realidade nua e crua, o amor te guardou na chuva, te abriu as portas de um sonho bom. O amor não te pediu identidade, não te cobrou ingresso, não olhou a sua cara antes, foi cego, te amou assim que te sentiu. O amor te prendeu como uma corrente que segurou seus pés e suas mãos, não deixou você sair mais, se arrastou em suas pernas quendo você foi na esquina, te arranhou, te castigou para o seu bem, te xingou, de tudo quanto era nome, quando o único que pensava em dizer mesmo era o seu. O amor se declarou sem você pedir, te desejou até quando você esborrachou a cara no chão, ao não olhar direito a pedra que tinha no meio do caminho.

O nome do amor é o nome do meu viver.

Foto de Maria silvania dos santos

Sabemos tudo, sabemos nada!

Sabemos tudo, sabemos nada!

_Para te amar, não preciso te conhecer, apenas um pouco suficiente para o amor nascer...
Para te amar, não preciso te confessar, apenas te namorar com um fitar de olhar...
Para te amar, nem sempre preciso te agradar, apenas lhe respeitar e com o tempo irei te conquistar...
Posso ser doce, posso ser amarga...
Posso te amar e até mesmo nem confessar...
Sou humana assim como você, sei amar e meus sentimentos esconder...
Nós dois somos humanos com igualdade, ao mesmo tempo somos diferente e esta é a realidade...
Tenho defeitos, você também,
Sabemos tudo, sabemos nada, tudo a respeito, cada um de te, nada a respeito de um ao outro...

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Gabriela Bedalti

Fiz tanto pensando em você...

Já chorei tanto em cima do meu teclado
Já conversei com sua foto no monitor
Já quis te abraçar, mas nossos braços não se encontraram
Já quis te beijar mas nossos lábios não se tocaram
Já tentei passar a mão no teu rosto
Mas o vidro da tela me impediu de sentir a maciez da sua face
Já coloquei as mãos na cabeça e gritei ahhh
Já fechei os olhos pra ouvir sua voz me dizer ”eu te amo”
Já sonhei coisas que nunca aconteceram
Já vivi coisas que nunca imaginei acontecer
Já tive você do meu lado e deixei a oportunidade passar
Já esperei sua chegada em vão
Já sofri por pensar que só posso ter você como uma foto no monitor
Já quis estar no lugar da moça
que você está abraçando na fotografia
Já entrei na imaginação e me frustrei
Por não ser realidade
Já te quis tanto que percebi que estou completamente só.
Foi nessa solidão que descobri que seja lá o que acontecer
Eu amo você!

Foto de Peter

Mensagem de despedida

Vou sair para não voltar
Sei que nunca me vais amar
Mas eu nunca te vou esquecer
Sei que não te posso ter
Mas desejo-te a maior felicidade
Nunca vou encontrar alguém como tu
Essa é a pura da verdade

Nada se compara contigo
Mas por esta porta eu sigo
Levo comigo os bons momentos
Guardados nos meus alentos
Tenho o coração partido
Mas pronto para ser reconstruido

Porque contigo aprendi a lição
Que não posso viver na ilusão
Por mais que dura que seja a realidade
E melhor que uma falsa felicidade

Fecho para sempre esta historia
Recheada de gloria
Mas apenas tinha que terminar
Para não me arruinar

Um adeus para sempre

Foto de Maria silvania dos santos

A saudade é só minha!

A saudade é só minha!

_ Já faz algum tempo que perdi um grande amigo, talvez ano , não me lembro bem quanto tempo faz, mas de sua pessoa, simplesmente minhas lembranças se refaz...
Em uma de nossas conversa, você brigo comigo, não quis ser meu amigo, hoje meu coração está ferido, perdido, sem um rumo certo a destinar, acho que a saudade vai me matar...
Ainda me lembro de sua pessoa, o quão era tão bom...
Falei coisa sem pensar, não imaginei que seu coração eu iria magoar e de mim você iria afastar...
A dor do arrependimento e da saudade em meu peito, agi como faca afiada, faz feridas, depois faz que vai embora, mas em seguida volta ao meu coração bater, porque tanto tenho que sofrer?...
Sincero carinho te ofereci, eu não queria ficar sozinha.
Mas de nada adianto, nosso amizade o vento levou...
Te pedi perdão, mas você inguinorou, diz que minha amizade para você tanto faz, enquanto eu te esquecer não sou capaz...
Hoje sinto sozinha, seu lugar de amigo em meu coração está vazio, ele é teu, venha o ocupar, estou a te esperar, se demorar, a saudade irá me matar, sei que a saudade é só minha e está sobrecarregando sobre meu peito, de saudade e não tem jeito...
Sei que vou sempre sentir saudade, mesmo que parta meu coração em estilhaço, viverei minha realidade, e sabe qual a minha realidade? É que te amo de verdade...

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Maria silvania dos santos

Renovada de esperança!

Renovada de esperança!

A cada dia uma nova fantasia, o que fazer com esta agonia?
A ansiedade toma conta da minha realidade, o que fazer para matar minha saudade?
De tempos em tempos, sonhos renovados, me encontro no tempo paralisada.
O que fazer para me desperta, é que eu só quero um amor de verdade para me amar.
No ar , sinto-me flutuar, é que renovada de esperança sinto-me como uma criança!

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de WILLIAM VICENTE BORGES

É PRÓPRIO DE NÓS DOIS

É PRÓPRIO DE NÓS DOIS
Por: William Vicente Borges

É próprio de nós dois , esquecer do mundo que nos cerca só para ficarmos juntos num momento eternizado na história da esperança.
É próprio de nós dois, permitirmos que o dia vire noite e a noite vire dia sem nos apercebermos que o tempo está passando a nossa volta tentando nos parar.
É próprio de nós dois , olharmos um para dentro do coração do outro e ainda assim imaginarmos que de alguma maneira ainda existem sentimentos que ainda não foram examinados em toda a sua intensidade.
É próprio de nós dois, rirmos até o extremo da alegria e logo em seguida chorarmos a distância que nos é imposta , que nos é proposta e que ainda assim é a nossa sorte.
É próprio de nós dois, rirmos um do outro e chorarmos um do outro num misto de prazeres e dores que inoxorávelmente nos arremetem ao limiar das nossas emoções mais profundas , que nos deixam as vezes mudos e sem ter a mínima vontade de entender nada.
É próprio de nós dois, corrermos o risco de estarmos num interminável colóquio emocional onde permeiam o amor e o respeito em doses nem sempre homeopáticas.
È próprio de nós dois, lermos os pensamentos um do outro, ou será lermos só o que nos interessa saber numa cumplicidade total de vontades.
É próprio de nós dois, nos darmos as mãos e não querer soltar mais, querendo que tudo nos fosse favorável até que o infinito nos presenteasse com a segurança que ansiamos.
É próprio de nós dois, tentarmos disfarçar sentimentos que hoje nos são totalmente impróprios, mas que cabe bem em nossa concha submarina que se chama amar.
É próprio de nós dois, sermos mais que amigos , sermos mais que almas, sermos mais que dois, sermos um, um só momento, sentimento, cabimento, acanhamento, e ainda assim não admitirmos nada que vá além do puro e simples momento de conversar.
É próprio de nós dois, querermos olhar o futuro e não nos vermos lá, juntos, caminhando, ou de joelhos a orar, como se tudo já estivesse traçado e que nada nem no céu e nem na terra fosse capaz de alterar, mas ao mesmo tempo vagueia no interior mais distantes de nossas almas uma esperança bem vaga de que pelo menos antes do tempo final de cada um, possamos ter a chance de pelo menos uma vez só, só uma vez, talvez possamos nos encontrar para sempre.
É próprio de nós dois, querermos ir além do que os outros podem ir, sem receio de sermos felizes novamente sem medo de fracassar ou do que os outros irão pensar.
É próprio de nós dois, nos olharmos no espelho e nos sentirmos um pouco pequenos, sem jeito e pensarmos: já que Deus ousou nos abençoar , Ele poderia ter nos feito um pouco maiores ou mais bonitos, e é aí que nos enganamos mais uma vez . Pois Deus quer nos abençoar como Ele nos fez.
É próprio de nós dois, amarmos intensamente e por isso sofrermos também e para piorar ter a terrível mania de sempre se apaixonar na hora errada, pela pessoa certa, no tempo errado.
É próprio de nós dois, olharmos demais para as nossas incapacidades ao invés das possibilidade, e se rompemos e seguimos em frente é por pura obra da providencia.
É próprio de nós dois, ser, e realmente ser quem somos , sem máscaras ou dissimulações, e isso é o mais chocante, pois sendo quem somos estamos fadados a parar de nos contatar, a parar de nos alegrar.
É próprio de nós dois, não fazermos loucuras, não agora,não neste momento, não neste tempo, não neste contexto de vida, tua vida, muitas vidas que estão ao redor das nossas e que no sugam sem parar.
É próprio de nós dois, sonharmos um com o outro, mas sem deixar que tudo não passe de um sonho, só para lembrar depois.
É próprio de nós dois, nos abraçarmos, darmos as mãos, olhar nos olhos e dizer coisas um para outro que nunca serão esquecidas vivendo o vértice da imaginação e realidade.
É próprio de nós dois, pegarmos o papel e nele colocarmos nossas palavras mais vivas, mas ao mesmo nunca escrever o que no coração foi gravado com fogo, e que só nós podemos ler.
É próprio de nós dois, esta razão sempre presente, este juízo sempre inerente, que nos refreia, que inibe as palavras, os sentimentos, que nos induz a não continuar e que um dia dirá de forma implacável: __Se afastem!
É próprio de nós dois, esperarmos pelo dia do não, pelo dia do adeus, pelo dia da separação, pelo dia da distância, pelo dia do inevitável fim de nossos momentos, sonhos, ilusões e tudo o mais que acompanha este amor infinito.
Mas ainda bem que é próprio de nós dois, guardarmos as lembranças.
Mas ainda bem que é próprio de nós dois, nunca se esquecer de quem foi especial um dia.
Mas ainda bem que é próprio de nós dois, nutrirmos sempre uma mínima fagulha de fé de que Deus marcará na eternidade um momento para nos revermos.
Mas ainda bem que é próprio de nós dois, entender bem que tudo o que nos aconteceu foi inicio e que os sentimentos foram únicos, que os motivos foram puros.
Mas ainda bem que é próprio de nós dois, remexermos nas lembranças antigas e nos depararmos com algo que nos faça lembrar um do outro, então choremos de saudade, mas também de alegria agradecidos porque tantos momentos maravilhosos existiram.
Porque tudo isso é bem próprio de nós dois.
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Foto de Bruno Silvano

O olhar de uma estrela

“Estrelas, para muitos apenas mais uma grande esfera luminosa sem vida e sem importância. Ao olhar da astronomia um grande astro celeste, de incomparáveis magnitudes, altitudes, diversidades. Muito valorizada pelos astrônomos, podem simbólica e afetivamente representar algo muito importante, bonito e necessário em nossa vida” Foi isso que me chamou atenção no livro.
Para mim não era diferente, era um garoto sonhador, no apogeu da adolescência, minhas expectativas para o futuro eram todas voltadas aos céus, sonhava em ser astrônomo, não importava a que patamar de fama, ou até onde eu seria reconhecido, mas tudo que queria era poder estar dentro daquele mundo de astros, que mesmo sendo apenas um sonho me sentia fazendo parte disso. Vinha de uma família de classe media baixa, uma grande parte da minha infância foi marcada pelas dificuldades, que apesar de serem imensas, nunca tiravam o sorriso do meu rosto.
Era uma noite, não como outra qualquer, era fria, caia aquela chuva fina que passavam pelas gretas do telhado e encharcavam tudo minha cama, a casa só tinha 2 quartos e o jeito era me refugiar no quarto de meus pais. Estava sozinho em casa meu pai havia ido trabalhar como de costume, ele era mineiro e seu turno era na madrugada, minha mãe havia saído as pressas para algum lugar, sem me especificar para onde.
O vento gelado começou a soar ainda mais forte, formando um barulho amedrontador que dava a impressão de arrancar a casa do lugar, o clima ao meu redor começou a ficar pesado, escutei gritos e tiros na parte de fora da casa, corri e me escondi em baixo da cama. A energia havia caído e fiquei iluminado somente pela luz das estrelas e da lua. Passei a observa-las com intensidade, nunca havia me encantado tanto com uma estrela, talvez o medo dos tiros e o nervosismo me fizeram ver coisas, era acostumado a ter observações noturnas no céu, mas nunca havia me deparado com aquela constelação, era muito diferente das outras, era formada por estrelas de grandes magnitudes e parecia formar um diamante e dentro dele parecia estar escrito “Júlia”. Meus olhares se prenderam a aquele lugar, cada vez ia ficando mais lindo e aquilo me acalmou. Continuei por ali e acabei pegando no sono.
Estava encantado com o que acabará de ver, era uma visão perfeita e aquilo me induziu a ter um belo sonho. Era metade da madrugada continuava ali intacto observando-a, não tinha certeza se fazia parte do sonho ou se era realidade, mas nem queria saber, apenas não fiz movimentos bruscos para que aquilo não acabasse. A estrela parecia estar cada vez mais perto, era como um pingo de luz com vida propria, soltava perfume de flor, parecia muito com o de uma dama da noite, era muito cheirosa, dali foi se criando uma mulher, não era muita alta, não emitia nenhum som, mas sua presença deixava um ar de suavidade no lugar, parecia uma deusa. Não permaneceu ali por muito tempo, logo foi embora.
Não tinha certeza se havia sido um sonho, mas no outro dia quando amanheceu brotou ali 3 lindas flores e a guria havia perdido ali um colar de diamantes que por coincidência estava escrito “Julia”.
Mais tarde havia recebido a noticia de que minha mãe havia sido assassinada durante a madrugada, mal pude permanecer em pé. Foi a ultima das quedas que tive. Eu e meu pai tivemos que ir para outra cidade, longe daquele que trazia fortes lembranças de minha mãe. Depois desse dia nunca mais fui o mesmo, jamais havia aberto um sorriso.
A partir daí nunca mais vi aquela misteriosa garota dos meus sonhos, e muito menos visto a constelação de “Júlia”.
Os dias foram passando, passará horas e horas estudando para a faculdade, em qualquer livro ou explicações de professores, não era relatado não sobre aquela constelação, me pergunta se havia aparecido para a outras pessoas e me sentia honrado por até o momento ter aparecido exclusivamente para mim.
A base de muito estudo, ingressei em uma universidade de astronomia, em porto alegre. Havia guardado comigo aquele colar de diamantes que ela esqueceu em meu quarto, todas as noites me perguntara quem era ela, o porque deixará aquele colar comigo, e porque apenas eu avistei aquela constelação. A cada indagação surgia ainda mais duvidas. Desde o falecimento de minha mãe passará a pensar sozinho em voz baixa, até que o barulho da campainha me tirou da transe de meus pensamentos, era uma colega de faculdade, nunca a havia visto, mas logo a reconheci, pensei estar sonhando novamente, mais o colar de diamantes começaram a brilhar em sua presença, não sei se seu nome era Júlia, mas como no sonho estava linda, ela havia vindo atrás de seu colar, também não sei como sabia que ele estaria ali, mas fui recompensado por ter cuidado daquilo com um dos melhores abraços que já tive ganhado. Mas como no sonho foi embora rapidamente, sem se quer dizer o seu nome.
Fiquei ainda mais confuso, mas a noite passará rapidamente e já era hora de ir para a faculdade, era o primeiro dia, cheguei ainda com olheiras na sala de aula. Era palestra com um astrônomo renomeado, um dos meus maiores ídolos. Peguei a caneta para assinar presença, logo surgiu uma mão apreçada que a pegou antes que eu, assinou em “Júlia” e saiu rapidamente, olhei para trás e vi em seu olhar o brilho de uma estrela, não demorei pra perceber que deveria correr atrás, antes que ela desaparecesse novamente.

Bruno Silvano

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