Razão

Foto de Henrique Fernandes

SAUDADE DE AMOR

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O meu relógio em silêncio da madrugada
Alimenta-se da minha rude insónia imposta
Por uma falta imensa de ti no meu nada
Nas perguntas que faço ao escuro sem resposta
Vasculho meu espaço oco pelo teu toque
Com apenas tua presença nos meus sentimentos
Lamentando tua ausência em estado de choque
E realça desejo de te tocar nos meus momentos
Ao mesmo tempo neste remoinho de saudade
Evolui certeza que desmente esta distância
Que o destino nos proporciona com maldade
Dos impossíveis aos possíveis da consciência
Uma viagem a passo lento na alma que chora
Sem consolo nesta vontade de te amar
Faminto em jejum de conforto que devora
Meu rosto com desejo de agora te beijar
Neste nós longe ao invés de enfraquecer
Fortalece a razão do nosso cruzamento
Num nada frio de agora difícil de viver
Que superaremos após nosso momento
Envergando esperança perfumada de paixão
Um todo de uma reviravolta na nossa vida
Cheia de tristeza acorrentada ao coração
Mas próximos recompensaremos as feridas
Provocadas pela falta imensa de nós
E em breve nossa união brotará das fontes
Dizimando a saudade que dá luto da voz
Findando em amor esta viagem sem pontes

Foto de Joaninhavoa

CORAGEM

De joelhos na pedra cinzenta
ainda quente pelo sol...

Indago meu mentor
Para sugerir em seu esplendor
Que hei-de eu responder
Que hei-de eu fazer!...

Coragem! Vais ter coragem
Esta é a palavra mágica!...

É uma espiral
E quantos alvos
São tantos olhos
Sem Sinfonia! Material

Coragem! Vais ter coragem
Esta é a palavra mágica!...

Circuíto invertido, artificial
Alvos destorcidos, manípulados
D`ideais desfocados, aliados
Espiral em voo astral

Coragem! Vais ter coragem
Esta é a palavra mágica!...

Invoco-te! Verdade das Verdades
Verdade Suprema!
Inspira em mim
Teu espírito sagrado, elevado
Desviado lavrado! Da mais alta
pena! Seja Louvado!

Coragem! Vais ter coragem
Esta é a palavra mágica
As Valquírias te acompanharão
Dando apoio à razão e à emoção!...

Coragem! Vais ter coragem
Esta é a palavra mágica!...

JoaninhaVoa, in "Valquírias, meus amores"
(em 2008/02/24)

Foto de Henrique Fernandes

SERMOS NÓS PRÓPRIOS

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Sabe tão bem parar
Para ouvir os sentimentos
Ouvir a sua fiel voz
Que não mente não engana
É preciso parar
Atender a nós próprios
Estar atentos sem folias
Ouvindo o que temos para nos dizer
Julgamos por vezes
Sermos a raiz do problema
E até a somos por vezes
Não paramos para nos escutar
E sentirmo-nos a própria solução
Ao seguir os sentimentos
Mas senti-los com egoísmo
Só nosso de bem dentro de nós
Só assim saberemos quem somos
E o que desejamos sem interesse
O melhor porquê da razão
Se não paramos em nós
O ego fica sem sentido
Fica esquecido num espelho
Que só ao nada reflecte
Ao nada a que chegaremos
O nada é não sermos nós

Foto de Sirlei Passolongo

Sei que te quero

Eu sei tanto de você...

O que teus olhos falam
Quando teus lábios calam

O que te faz sorrir...
O que te faz sofrer

Sei a razão da tua insônia
O que move os teus sonhos

O perfume que te tira do sério
Sei o caminho dos teus mistérios

Eu sei tanto de você...

E sei que você
é tudo que mais quero.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Dirceu Marcelino

LIBERDADE É PODER (Ensaio de Pantum, homenagem a Vanessa Brandão)

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“A liberdade de ser é o seu poder”!
Então! Revigore-se e se levante.
Sim! Pare agora! Deixe de sofrer.
Pense em Deus e siga adiante...

Então! Revigore-se e se levante.
Esqueça esse ser inescrupuloso
Sim! Pare agora! Deixe de sofrer.
Esqueces de quem é preconceituoso,

Esqueça desse ser inescrupuloso,
Este sim é que merece sofrer.
Esse ser abjeto e rancoroso
Não sabe qual é a razão do viver.

Este sim é que merece sofrer.
Não sabe qual é a razão do viver.
Por isso ele é que deverá ceder
Faz isso para poder sobreviver.

Não sabe qual é a razão do viver.
Erga a cabeça e siga em frente
Faz isso para poder sobreviver.
Portanto, pare agora e pense.

“A liberdade de ser é o seu poder”!

Foto de Henrique Fernandes

OLHAR DE POETA

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Paro o meu olhar pensativo e sério
Sobre uma árvore sozinha na paisagem
Despenteada pelos ventos de Outono
Assim como eu desfolho as minhas folhas
Numa escrivaninha que sabe os meus sonhos
Tal como aquela árvore estou em mudança
Ela pelo vento e eu pelo fogo da vontade
Reduzindo a cinzas os males de ontem
Sobrevivi a tristes acontecimentos
Libertado do sofrer por família e amigos
Preenchendo a minha paisagem de todas as cores
Desenhando traços sorridentes na minha tela
Pendurada ao nível das minhas mãos
Agradecidas pelo talento da minha vocação
Renascendo para a vida com minhas vivências
Acompanhado por uma qualquer fantasia de tantas
Mas acima de tudo como aquela árvore
As minhas raízes enterram-se profundas
Alimentando-se nas veias da confiança
Nessa terra que reclamará sem benevolência
A si a podridão da nossa carne mortal
Mas a razão bela da primavera sugará
Nossa alma inocentemente imortalizada
Na eternidade que o tempo expõe infinito
Comigo, aquela árvore ali despenteada
Deixaremos ambos de ser, seres solitários
Diante dela escrevo verbos de encorajar
Sobre o conforto da minha fiel escrivaninha
Escrevendo o meu faz de conta tão real
Como as folhas que regressarão aquela árvore

Foto de housy

De La Habana ... para ti !

Desta vez não te falei que ia. Só na volta te enviei uma mensagem a dizer que já tinha chegado. Talvez por essa razão tenhas estado tão presente nas ruas por onde passei em Havana.
Quis escrever-te logo ali mas não pude. Quis colocar-te dúvidas e perguntar-te se sabias porque é que tudo aquilo me estava a impressionar tanto. No meio de todas as ruas degradadas da cidade, de casas que caem destruídas por falta de reconstrução, de um militar a cada esquina, existe um povo que sorri e canta sem razão aparente.... um povo que me faz lembrar que os meus problemas são só meus e sem valor ou peso. Impressionaram-me os murais escritos nas paredes, os "hasta la vitória siempre" que li. Impressionaram-me os hotéis de 50, as mesas e cadeiras de verga, as bandas nos bares de daiquiris, as margueritas em cima das mesas, os Chevrolets que povoam a cidade e estacionam em ruas onde quase não cabem e lhes conferem um ar que, por muito que tente encontrar outra explicação, só consigo achar que se existe um local onde um carro assim faz sentido é ali, estacionado naquela rua que já teve vida e época e onde agora existe alma, música, run e o sorriso de uma ou outra criança, de um ou outro velho que te olha sentado no poial de uma porta aberta que não esconde um olhar para dentro, que eles permitem. Dentro da casa, dentro dessas vidas.

Impressionou-me a vontade que tive de te ter ali, de te perguntar se sabias se em 50 se vestiam fatos de linho branco, se as tardes eram passadas em bares e hotéis de cadeiras de verga, a olhar o fumo de charutos a subir, a beber run, daiquiris ou mojitos ao som de música que só em países assim se consegue produzir.
Quis perguntar-te porque é que eu acho que são poucos, muito poucos os beneficiados de um regime, seja ele qual for, cujo maior interesse nunca é o das pessoas. Achei revolucionário e inconformista da minha parte mas não consegui evitar o pensamento. Talvez a minha democracia, no final, também não seja tão justa assim. Só me dá mais dinheiro... não me dá o sorriso.
Antes de sair daqui, li tudo o que pude sobre Cuba mas nada me preparou para as sensações que tive. Uma Havana destruída mas cheia de charme que a todo o custo eu queria que partilhassem comigo e da qual queria ficar ali sentada a ouvir... para que me contassem histórias. Dessa e doutras cidades, contadas por alguém que soubesse muito mais que eu. Por alguém que tivesse uma sensibilidade maior que a minha.

Estas e muitas outras foram as minhas percepções de uma viagem que terminou hoje ao fim de 22 horas entre esperas e aviões. Algumas são coisas que não te direi por receio de ouvir o que não goste e destrua o estúpido romantismo que ainda tenho quando vejo alguma coisa que mexe as minhas emoções....

Talvez tenha ido para férias frágil demais ...

Um beijo
Sempre!

Foto de NiKKo

Preciso de alguém.

Minha mente me diz que quer voltar a amar.
Diz que está cansada de enfrentar sozinha a solidão.
Fala-me que lá fora, há pessoas como eu que buscam,
alguém que compartilhe e aqueça lhe o coração.

Mas o que meu coração não entende,
é que ainda trago na alma marcas de um antigo amor.
E embora a minha razão me diga que tudo acabou faz tempo
é ele que ainda me rouba a alegria e me envolve com a dor.

Mas confesso que estou cansada de voar sem rumo,
pois preciso de um ninho onde eu posso me aconchegar.
Estou cansada de sobreviver sem ela ao meu lado,
estou cansada de tanto sofrer, de tanto chorar.

Acho que preciso realmente sair em busca de alegrias.
Preciso encontrar quem me queira e me dê valor.
Talvez assim eu possa voltar à vida e deixar de ser tão triste,
quem sabe assim eu volte a cantar e escrever sobre o amor.

Pois minha poesia hoje só fala de tristeza e amargura
pois elas retratam o vazio que alguém deixou em minha alma.
Mostram os soluços que trago reprimido na garganta,
muito embora com os lábios eu demonstre falsa calma.

Eu preciso aceitar que ela não me ama.
Por um fim nessa dor que assola o meu coração.
Preciso voltar à vida urgentemente.
Preciso de alguém que me estenda à mão.

Pois eu me sinto só e perdida neste meu céu,
onde as estrelas parecem brilhar apenas lá no infinito.
Minhas lágrimas correm soltas pelo meu rosto
mas soluçando minhas mágoas ao vento, o nome dela eu grito.

E enlouquecida de dor e de saudade,
entorpeço a minha mente buscando tudo isso esquecer.
Por isso eu necessito de alguém que me estenda à mão,
que tire de mim essa amargura e devolva-me a vontade de viver.

Foto de NiKKo

Vento da saudade

A tristeza tomou conta de meu peito há muito tempo.
Não há nada que faça meu coração voltar a ter alegria.
Tudo ao meu redor parece que está morto,
a minha vida parece suspensa em total letargia.

Hoje eu já não quero ouvir a nossa melodia,
pois ela em vez de me alegrar me traz tristeza.
Não consigo sentir alegria em mais nada
para mim tudo perdeu a graça e a beleza.

Eu só sei sentir em meu peito essa dor
que me consume e me faz chorar.
Tudo porque um dia eu te dei meu amor.
Tudo porque sei que você não vai mais voltar.

Mas eu me pergunto sem encontrar a resposta
por que razão você um dia disse que me amava?
Por que criar em meu peito essa doce ilusão
se para você eu nada representava?

Eu choro, não me vergonho de expor minha dor
pois em peito a saudade fez ninho e não quer abandonar.
Meu coração sangra vivendo só no passado
relembrando nossos momentos que não vão mais voltar.

E juntando fragmentos de tudo o que vivemos
eu vou costurando meus versos com meu sofrer.
Vou falando de amargura, solidão e tristeza
vou buscando forças nas lembranças para continuar a viver.

Pois é só no passado que hoje eu posso te encontrar
o que faz com que, no meu presente, eu não tenha alegria
e assim escrevo minhas poesias retratando o que sinto
registrando minha dor e o meu morrer dia a dia.

E talvez um dia quando você olhar para o passado
esse mesmo que hoje me causa tristeza e desgosto.
Sinta rolar pela sua face uma lágrima silenciosa
como se fosse meu beijo a tocar teu rosto.

Mas como eu te amo, eu te peço
não deixe essa lágrima e tristeza persistir.
Seque ela com minhas rimas nesta folha solta
pois eu ainda faço tudo para te ver sorrir.

E mesmo que eu esteja distante e solitária
meu coração não pode esse sentimento negar.
Pois foi seu amor que me levou ao infinito nos sonhos
me fez ser livre, leve e solta e deu-me asas para voar.

Foto de Henrique Fernandes

ESSE ALGUEM SOU EU

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Há alguém que sonha contigo e suspira
Sentindo-se completo por existires
Que por ti sua solidão partira
Pelo teu olhar que sem mentires

E sorri destravadamente por te encontrar
Alguém perdido de amor e emoção
Que canta até tarde pelas ruas sem parar
Canções românticas de um só refrão

Pensando em conforto no teu ser
Imaginando-te como sua
E sente-se sexy por ti mulher
Dizendo olás á superfície da lua

Há alguém a quem preenches o vazio
Querendo o seu eu ocupado por ti
Alguém a quem teu sorrir tira o frio
E que apenas diz “ que bom que nasci”

Há alguém que escreve o teu nome
Na razão especial dos seus sentimentos
Alguém que de paixão não passa fome
E faz de ti a musa dos seus momentos

Que na tua ausência partilha contigo
O melhor da vida exposta no céu
Alguém que sem te ver é castigo
E sabes que esse alguém sou eu

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