Razão

Foto de Lipito

Te Amo Tanto

Te amo tanto que chego a chorar.
:pois não te tenho aqui pra mi abraçar
Mas te amo tanto que não consigo esquecer
:pois quando te vi,não consegui parar de amar
você!
Mas posso dizer que te amo tanto que eu não consigo parar de viver.
:pois no teu olhar, vejo a razão do meu viver!
Mas te amo tanto que tenho medo de falar o que sinto.
:pois tenho medo de você não gostar,e parar de sentir o que eu sinto.
Te amo tanto que acordo pensando em você.
:pois dês daquele dia,fiquei louco por você.

Foto de Rose Felliciano

A Dor do Aprendizado

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"Todo sofrer por amor
É quase o mesmo dissabor
Serve para aprendizado
E tem sua razão de ser...

Já sofri por merecer
(Mesmo não querendo entender)
Pois já tinha feito também
Outra pessoa chorar

Algo a se pensar...

E antes de magoar
Ou fazer algo impensado
Usar e deixar de lado, feito trapo
Melhor olhar o "telhado"....

Por isso não fujo da dor
E nem me deixo intimidar
Se sou dela "merecedor"
Com ela vou duelar.

Mas se ela só me veio
Apenas por aprendizado,
Tenho até dó do coitado
Que me fez então sofrer...

Vá entender....

Pelo sim ou pelo não
É bom não enganar um coração
Ou terá nova lição
Até um dia aprender....

Que o maior prazer
Nessa vida
É ser por alguém "querida"
E querer por igual também...

E compreender

Que traição é igual sabão
Desliza por todo lado
Pensa então que está usando
Quando na verdade é o mais usado...." (Rose Felliciano)

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*Mantenha a autoria do Poema*

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

QUANDO O AMOR ACABA...

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Quando o amor acaba, fazem-se tudo nublado escuro sem vida,
É como se as árvores não tivessem vida, as folhas caem,
É como as flores, perdem seu perfume,
É como o coração não bate mais forte.
O brilho das estrelas se torna fosco.

A trajetória sozinha é mais áspera....mas obstáculos.
Não olhamos as coisas com os mesmos olhos de antes,
Tornamos-nos mas observador ,perdemos sentimentos,
Quando o amor acaba, os caminhos se tornam mas longos,
e nos tornamos em seres frios...

Quando o amor acaba, já não importa esperar ou correr
Tudo se torna insignificante, passa ser...”tanto faz”...
Quando o amor acaba e difícil dialogar,
Já não se fala a mesma língua, o negócio é falar.

Quando o amor acaba,as melodias se tornam um tormento
Visto que para o momento não é bom ouvi-las,
Quando antes era uma sinfonia ,virou-se agonia.
Hoje perto das melodias temos que fugir,
Para não nos agredir,tudo porque já não há amor.

Quando o amor acaba se perde a razão;
Tudo se torna em vão, nessa grande imensidão
Que é viver sem amor então:
Quando o amor acaba,
Tudo fica diferente ,
Até o jeito da gente.

Anna 21/04/08......00:51

( A FLOR DE LIS *-*)

Foto de Marcos Pinto

Sem título (Cada um dá o seu)

Mais uma vez encontro-me perdido, nessa indecisão, nessas lembranças do que vivi contigo, e mais uma vez o meu coração teima em precisar de ti. E eu, que já tinha apagado todas as lembranças, todos os momentos, e guardado no lado mais escuro do meu coração, onde nem mesmo a minha visão enxergava. Mas, infelizmente, lembrei-me de ti, o meu coração pensou em ti, pensou naqueles momentos felizes onde ele aprendeu que tu eras tudo, onde ele conviveu contigo, onde ele aprendeu que contigo ele estava seguro, que tu eras um sonho descoberto. Mas tem coisas que ele desconhece, tem coisas de que ele não sabe… Ele não sabe que tu mudaste, ele não sabe que os teus sonhos já não são os mesmos, que o teu sorriso já não tem a mesma cor, que a tua voz já não é aquela coisa suave que ele tinha se acostumado a ouvir, mas, ele não admitiu o fato de que tu esqueceste, porque ele acha que deu-te muito, que fez o máximo para ser inesquecível… E mais uma vez, vejo a minha lista telefónica, o teu número ainda está lá, e está gravado com o mesmo nome de registo “Meu amor”, e o coração bate forte e num ritmo acelerado, e uma pergunta paira no ar “Será que ligo?”, a razão não quer fazer isso, mas o sentimento insiste, e sem forças a ligação acontece… Mas ninguém atende, chama e continua a chamar, e mais uma pergunta surge “Será que ela não quer atender-me?”, mas o coração, essa máquina que me comanda, insiste que deve ser hoje, porque ele tem perguntas a fazer-te… e mais uma vez eu ligo, e, ela atende… E ele ouve aquele voz de outro lado, aquele “Oi” sempre tão simpático, não dá pra duvidar que é ela, e tudo começa com uma conversa normal “Oi, tudo bem?”.. aquela coisa educada de sempre, e continua assim, mas no meio, ele pede que ela pare um pouco de falar, e pergunta com uma voz meiga “Será que sentes saudades minhas”.. E ela tenta desviar-se da conversa, mas ele insite “Será que sentes saudades minhas”.. E elas responde um pouco nervosa “Eu já disse que não gosto de falar sobre isso, acabou entende!”… E mais uma vez, lá vai o meu coração tentado arranjar uma razão, um porquê, uma explicação para esta dor que lhe invade, já que habituou-se a estar com alguém, cujas promessas eram imensas, que falava sempre sobre o medo de perde-lo, o medo de estar sem ele e que se alguém o roubasse ela sofreria. Mas eram apenas palavras, todo mundo diz coisas, todo mundo faz promessas, todo mundo diz que ama e diz que vai até ao fim, mas no final não é isso o que acontece. Mas nós seres humanos nos habituamos a viver longe das pessoas que amamos, estamos sempre sujeitos a andar com as pessoas erradas, a viver sonhos que não sonhamos, a experimentar coisas que nunca tivemos a minima ideia de como seriam, mas assim aprendemos que afinal, não devemos escolher quem amar, não devemos olhar para uma pessoa e dizer “Ela será o meu grande amor”, nós podemos nos surpreender com as pessoas, nós podemos amar a criatura mais feia, gostar da pessoa mais quieta, prontos, interessar-se pela pessoa mais anormal possivel, ninguém sabe comandar isso, ninguém controla os seus sentimentos a 100%. Por isso, eu não vou dizer que te esqueci, não vou lamentar pelo que ainda queria viver ao teu lado, tu seguiste o teu rumo que eu antes não apoiava e não queria aceitar, mas agora percebo que eu não mando em ti, que eu não posso controlar ninguém e nem dar opiniões sobre as decisões de cada um, ninguém pode interferir no sonho dos outros.
Tu magoaste-me, e é claro que irão magoar-me várias vezes nesse percursso, e eu também vou faze-lo com os outros, mas tu magoaste-me ainda mais, porque conseguiste destruir o amor e ao mesmo tempo a amizade que tinhamos. E agora, eu liguei para ti, não para tentar procurar respostas, e quando perguntei se tinhas saudades minhas, não questionei sobre as saudades do nosso relacionamento, mas sim, sobre as saudades do amigo que fui, da pessoa que sempre te apoiou em tudo, que sempre deu a sua ideia, a pessoa que nesse mundo só te deseja uma coisa “que sejas feliz”, comigo ou longe de mim, esses são e sempre serão os meus maiores desejos, e é claro que em tempos atrás mas não consegui, e não me arrependo por isso, porque finalmente te esqueci.

Foto de Cabral Compositor

Dia de Cão

Dia de Cão

Caiu do telhado um pássaro do ninho
Sem penas, que pena, sem mãe, sem pai
Não sabia cantar ainda, não sabia nada
Não sabia da vida, das dificuldades dos dias
Não sabia porque tinha bico, não sabia piar
Sem nada, sem dono, sem céu para voar
Caiu um passarinho do céu
Caiu e não sabe voar
Vida sem razão, vida sem noção, vida de cão

Foto de Lu Lena

VEM

vem, preencha com teu amor
esse vácuo dentro de mim
tateando no escuro essa dor
te busco num labirinto sem fim

Vem, e traga-me a luminescência
à esse corpo inerte dê vida
cores sorrisos e indulgência
dessa alma atônita e perdida

Vem, envolva-me num acalento
desnuda-me com tua ternura
indolente e infindo momento

sem coerência nexo e razão
Vem,tira-me dessa insensatez
fantasia, realidade ou talvez?

Foto de Dirceu Marcelino

EMBATE DE TROVAS - DUETO (LU LENA e DIRCEU )

*
* Homenagem a Lu Lena
*

“EMBATE DE TROVA”

Desse jeito eu me acendo...
Reacendo minha inspiração
Com o céu escurecendo
Nestes versos de paixão.... (Dirceu)
***
É essa a intenção...rsrsrs... (Lu Lena)
***
Começo assim te vendo,
Suspirando de emoção,
Balbuciando e crendo
Na voz de teu coração. (Dirceu)
***
“Na voz do teu coração
me encanto pelo
carinho que me dedicas
cheio de emoção.” (Lu Lena)
***
É atrevida e dengosa,
Flor símbolo da paixão,
Aqui já é nova rosa,
Anima da excitação. (Dirceu ) ( Escritos em 13 / 4/ 08
*****

Animando a excitação
em versos que afloram em mim
como lavas de um vulcão
num duelo singelo sem fim (Lu Lena) ( Em 15/4 2008 )

***
Ah! Minha linda inspiração,
Sabe que essa aí de cima,
Também, fala com razão
É uma amiga caríssima...

E como nós tem também,
Olhos verdes de esmeralda
E não fica muito bem,
Eu te por uma grinalda

Pois, senão que pensará
A linda portuguesa? (Dirceu em 15 4 / 2008 )

***

Foto de Maria Goreti

O BEIJO

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O BEIJO

(Oswaldo Genofre & Maria Goreti Rocha)

Pela sua existência, só fantasia.
Eterna viagem ao encantamento,
Ávidos, ternos, de muita alegria.
A imaginação nas asas do vento!

Às vezes, de carinho, molhados.
Com o gosto do desejo, ardente,
Provocadores de tão ousados,
Do paraíso, a própria serpente!

No rosto, doce sinal de amizade,
Na mão e na testa... muito respeito.
O coração a pulsar forte no peito...

O caminho certo para a intimidade,
Chega a fazer-nos perder a razão,
Os corpos, de tão unidos... explosão!

*Direitos Reservados aos Autores*

Foto de Lu Lena

QUEM É VOCÊ?

Quem é você?
que chega assim
devagarinho
infiltrando
sedução e paixão
em meu caminho...

Quem é você?
que me toma
e me desnuda
na Luz
com um jeitinho
encantador
minha alma conduz...

Quem é você?
que me põe à flutuar
no espaço estelar
e na luz do luar
mal piso no chão
perco totalmente
a razão...

Quem é você?
que reacende
minh' alma adormecida
me deixando extasiada
e loucamente envolvida...

Quem é você?
que de sua vida nada sei
será que algum dia
te conhecerei
ou por sorte em meus
braços te terei...

Quem é você?
que me escreve palavras
soltas ao vento
como folhas que se
dispersam ao relento
confundindo minh'a vida
e meus pensamentos...

Quem é você?
que põe em alerta todos
os meus sentidos
despertando desejos
secretos nunca antes
vividos...

Quem é você?
que faz meu coração
disparar...
e um suspiro
profundo silencia
no ar...

Quem é você
que faz eu entrar
num delírio alucinante
tudo o que eu mais quero
é ter você aqui nesse
instante...

Quem é você?

Lu-Lena

Foto de Lou Poulit

A MONTANHA E O PINTASSILGO (CONTO)

A MONTANHA E O PINTASSILGO
(Parte 4)

A se catar, como passara a fazer diariamente durante os últimos anos, a montanha se surpreendeu com algo estranho, entre ramos franzinos de um jovem arvoredo. Já havia visto coisa parecida e sabia não ser nada que a natureza produza de boa vontade. Logo a brisa trouxe um cheiro desagradável e ameaçador de fumaça, e tudo então ficou claro. Aquilo era uma gaiola, dentro havia um pássaro aprisionado e do lado de fora uma rede. O pássaro preso cantaria o seu canto, isso provocaria outro pássaro da mesma espécie, que viria reclamar seu direito aquele território e pronto, ficaria também este aprisionado para o resto da vida. Só pode ser coisa de gente ― asseverou a si mesma ― em nenhum lugar do mundo a natureza é tão cruel por tanto tempo. Embora possa parecer também cruel, o fardo do Criador é leve e o seu jugo é brando. A alguns metros para baixo dois homens, um maduro e outro bem jovem, fumavam os seus cigarros de palha, e riam, sabia Deus do que, tentando não fazer barulho.

Indignada pelo uso das suas encostas para tais fins, ela pôs-se a matutar numa forma de fazê-los correr de ladeira abaixo. Depois, em um segundo passo, encontraria um jeito de libertar o bichinho, de quem já se compadecia por demais. Até porque, ele parecia um pouco com o seu querido pintassilgo. A montanha começou então a produzir uma série de truques, como fogos-fátuos e sismos comedidos, pequenos segredos de uma velha montanha que, entretanto, não surtiram o efeito desejado e ainda assustaram a bicharada. Impaciente, a montanha batucava numa laje com as pontas dos dedos, usando para isso a queda d’água de uma tímida cascatinha que havia por perto, quando o pássaro da gaiola começou a piar a cada vez com mais disposição. Era um indício certo de que logo ele estaria cantando a todo peito. Necessário se fazia que agisse mais rapidamente, o que, para uma montanha milenar, não é lá uma coisa das mais fáceis e cômodas, a se fazer naturalmente.

Como os homens se mostravam inabaláveis, talvez insensatos por sequer imaginar o imenso poder de uma montanha, pensando bem, por demais burros simplesmente, ela optou por tentar impedir que o passarinho desse vazão aos seus impulsos canoros. Para isso, ela se aproveitou de um ventinho e se aproximou do arvoredo dissimuladamente. Chegou-se bem pertinho e, respirando antes profundamente, entrou na gaiola. Todavia, tamanho foi o seu susto, que saltou do ventinho e recolheu-se nas suas profundezas. E lá perambulou durante algum tempo. Aquilo tudo mais lhe parecia uma peça do destino. Vagou por entre as suas lembranças sem fim, relaxou nas suas profundas escuridões, onde os sóis jamais chegaram, e banhou-se nos seus refrescantes lençóis subterrâneos. Reconheceu por fim, que poderia estar fugindo da verdade, e isso é algo que uma boa montanha jamais deve fazer. As montanhas são sábias e fortes. Vivem muito e é justo que o sejam. Não conhecer uma determinada verdade pode ser um direito, mas tentar impedir a sua revelação é uma idiotice, uma fragilidade. A mentira ou a ilusão podem ser mais agradáveis à razão em certos momentos, no entanto corrompem os sentidos de ser e existir. Estava tentando criar uma certa realidade paralela e perdendo com isso um tempo muito precioso, que talvez custasse caro a outros pássaros.

Outra vez tomou-se de ânimo e voltou à gaiola. E lá, todas as suas parcas esperanças se dissolveram, à luz claríssima do sol que já se erguera todo acima do horizonte. Não podia mais negar, era mesmo o seu pintassilgo e, misteriosamente, cantava como um menino. Mas que ironia cruel! Teria que tentar interromper a sua inspiração, depois de tanto tempo lamentando a sua ausência. E nem tinha naquele momento mais tempo para as suas reflexões, pois um outro pintassilgo, pleno dos arroubos naturais da sua evidente juventude, já cantava e fazia manobras rasantes cada vez mais próximas à rede, com intuito de intimidar o outro, um velho inconveniente e abusado, um intruso, imperdoável. Embora não pudesse concordar inteiramente, a montanha percebia os pensamentos e a determinação do jovem, corajoso e afoito como todos os jovens. Mas a Providência concede maior proteção a eles, e ela estava ali para exercer esse papel. Ao antecipar que no próximo rasante ele ficaria preso na rede, numa atitude exageradamente emotiva para uma montanha, ela pressionou suas entranhas com tanta força, que os gases subterrâneos liberados provocaram uma ventania súbita e empoeirada. Correndo para encontrar um abrigo, os homens se afastaram, sem se dar conta de que o ramo não suportara o peso e a gaiola havia caído na relva.

Os segundos tornaram-se angustiadas eternidades. Ela viu os ventos se enfraquecerem até pararem por completo. A gaiola tinha uma pequena porta corrediça que com o tombo se abrira, os homens voltariam para buscá-la a qualquer instante, porém desgraçado era o desespero da montanha, porque o pintassilgo não encontrava a saída. Pulava pra lá e pra cá, estranhava os poleiros que estavam então na vertical, pendurava-se nas varetas de cabeça para baixo, porém nada de sair. Enfim, o mais jovem dos homens chegou a tempo de fechar a portinhola, satisfeito por ver o bichinho ainda do lado de dentro, e voltar ao encontro do mais velho. E a cascatinha afinou-se mais ainda, como o choro triste da montanha, perdeu a ansiedade.

(Segue)

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