Raiva

Foto de TrabisDeMentia

0 dias antes (O fim)

Tentei por muitas vezes convencer-me que o melhor para ti seria seres livre para gostares de outro e até amar quem sabe, mas hoje o ciúme se agarra em mim e me morde o coração feito cão enraivecido. Sinto o coração aos pulos, não de amor, mas de medo, um medo imenso, um medo tão intenso que me faz até sentir mal, que quase me leva ao desmaio. Tenho medo de te perder. Que é feito da confiança que eu devia ter em ti? Eu não te conheço. Cada vez duvido mais desse teu amor. Cada vez mais eu julgo que sempre tive razão. Que o teu amor era uma ilusão. Apenas uma paixão que veio de longe mas que logo morreu. Só porque não te dei logo aquilo que tu querias. Sexo. Será? Foi? Bom? Até tenho medo... outra vez o medo... de te perguntar como te correu a noite. Será que desta vez te entregaste por inteiro a um homem. Porquê não esperaste por mim? O que te mudou tão depressa? Foi o vento? Viste o meu reflexo num poço?
E ainda gozas comigo! Será que fiz por merecer isto? Estas horas de sofrimento e de dúvida? Será que te dá gozo me veres sofrer? Tu que dizes que não és capaz de magoar aqueles que amas?! Isto é bem pior que uma estalada! É por isto que achas que és má?
Porque é que o meu anjo me abandonou? Tanto amor que eu tenho para dar e tu me deixas assim? Com ele no peito e o coração nas mãos? Que é feito de ti Sara? Que é feito de ti? Porquê me fugiste? Ainda por cima sorrindo. Eu não merecia esta crueldade.
Ou será que mereço? Será que me vais dizer que não se passou nada e que tu sim duvidas do meu amor? Vais dizer que só penso em sexo? Que o amor duma mulher não conhece limites? Ou será que vais desviar os olhos para o chão e sentir remorso? Tu seguras o punhal Sara. Porque o apontas a mim? Porquê me deste esperança? Porquê Sara? Porquê? Esta história só pode ter um final feliz. Tu e eu juntos sem ninguém pelo meio. Porque hoje eu sei o que é o ciúme e eu não o suporto. Doutro jeito só pode haver ódio, raiva, lamentos, e o desejo de nunca te ter conhecido! Tu me sugas a alma, Sara! Não sei por quanto tempo aguentarei viver assim, sem ti.

Foto de Fatima Cristina

Amor...

Castigo me constantemente pela tua dolorosa ausencia.
E penso que fazes parte da historia sempre que fecho as portas do meu coracao...
Achei que o vento te tinha levado mas voltaste na brisa quente de um dia de Primavera.
Qunado te vejo, ja distante,imploro te que voltes,que perdoes,que esquecas...
Quando te toco,e sinto no peito a saudade,exigo um melhor dia.E se tiver que decidir entre o esquecimento e desprezo ou o sofrimento e indiferenca,que importa?Se nao estas mais aqui do meu lado.Que interessa?Se so restam magoas, se so ficou o odio,a raiva,a angustia bela e penosa do meu ser.
Porque talvez seja isso que tenha restado, da minha imagem!
Porque talvez, e nao te censuro, seja isso que tu me sentes!

Ha dias sonhei contigo,um daqueles sonhos em que tudo `e perfeito,porem acordei e olhando a lua naquele exacto instante,regressei a realidade e tive a certeza de que em tempo algum te alcansarei;nem a ti, nem aquela lua!
Se tu mo pedisses,eu roubaria o seu brilho e as suas estrelas e com elas faria a magica porcao do amor eterno...

A impiedosa exigencia do abismo afastou nos, separou nos...
O nosso reencontro traria de novo toda a magia???!!!
Teria o meu amor poder suficiente para ambos alcansar nos a felicidade duradoura e imune??
Sera que pouco a pouco, nao poderiamos juntos construir um mundo nosso e intocavel??
Talvez, talvez tudo isto fosse possivel se a razao e a loucura apontassem aos deveres do coracao que pede ja quase sangrando,ser amado... Por ti meu amor!

E saber como amar te!

Cristina Costa

Foto de Fatima Cristina

Sem saida!

Sei que agi mal e que em tempos passados te fiz muito mal...
Hoje ligo te na esperança que tudo tenha sido deixado para tras...
Engano meu só poderia ser!
Ficou exactamente no mesmo, o ódio, a raiva, o desespero, mas também o amor.
Senti o ao ouvir a tua voz, distante, fria, capaz de fazer desabar o meu mundo outra vez...
Que ilusão pensar que poderíamos remediar alguma coisa, que poderias comparecer no dia mais importante da minha vida...
Esperei a tua mensagem , passei horas a olhar para o telemóvel com fé, até pensei em desistir de todos os planos já devidamente elaborados, e nada.... A noite chegou, os minutos tornaram se em horas e por fim deixei fugir aquela ponta depositada em mim, que julguei crescer...
Agora sei mais que nunca que não vais voltar, que não me vais perdoar, que jamais tiveste essa intenção, que nada tão parecido te passou pela cabeça...
E digo “Merda” pelo tempo que desperdicei a tua espera, pela ilusões que alimentei e criei as tuas custas e do próprio medo que tinha de não te olhar, acabáste com o resto que havia em mim, o pouco que tinhas deixado em tempos esquecidos por ti e recordados por mim...
E perguntou me: “como vou viver sem ti?” e encontro a resposta: “da mesma forma que vivi estes anos, mas agora com a realidade a frente, sem sonhos, sem continuar a sentir que algum dia fizeste parte de mim, que partilhamos o nosso bem estar...
Mas sei que o percebi no dia em que te vi partir e admiti o quanto estava errada, perdi o teu perdão ou abandonei o, porque depois dele veio a solidão, o desprezo e não consigo viver com isso...
Como vou ser forte sem ti, preciso dos teus braços para me abraçarem, preciso do teu beijo para me iluminar, preciso do teu corpo para me aquecer, preciso do teu sorriso para me recordar de que algo tão belo não existe, preciso simplesmente de ti ao meu lado, por perto, junto a mim.
Já não tenho mais forças para continuar a lutar contra o teu orgulho, contra o tempo que corre e me deixa assim...
Estou perdida, completamente á toa agora que me vejo sem ti aquí neste mundo capaz de me devorar num segundo apenas.
Será que adianta pedir te que voltes, que esqueças, que me ames uma vez mais, que perdoes, que não abdiques de mim!!??
Vou sentar me naquela cadeira onde te vi partir e nada fiz, vou regressar ao que vivemos e ficar por lá!!!

Foto de Fatima Cristina

Uma ponta de esperanca!

Talvez nao te recordes deste dia mas eu o recordarei por ambos, nao o deixando fugir pra se juntar a todos aqueles em que a routina se instalara.
Liguei te e por pouco pensei em desligar mas algo me manteve presa e imovel...
Trataste me como se em ti nao houvesse ficado restia alguma de raiva e odio.E entao, peco perdao por estar novamente a sonhar mas fui transportada pela nossa imagem ate um paraiso idealizado pelo meu amor.
Ouvir te do outro lado, levou me a arriscar tudo e a perder todo o controle.
Quis falar te mais!
Quis tocar te apenas!
Quis que aquele momento nao acabasse, porque somente o reconforto da tua voz me liberta.
Tive a impressao de que nao estavas a espera do meu telefonema mas se soubesses que era eu, terias atendido na mesma?
Nao tinha nada de interessante a dizer, apenas quis ouvir te, apenas quis sentir que nao me querias mal...
Fiquei alegre e contente com a tua recepcao, achava que ias desligar, mas surpreendeste me de tal maneira que perdi a nocao do tempo, que esqueci que um dia nao fui justa contigo,que perdoei o meu coracao por me ter enganado...

Quando assoprei as velas do meu bolo de aniversario, pedi um desejo e vou contar to,porque sei que nao se vai realizar.
Pedi a Deus que me levasse tudo em troca de uma ponta de esperanca pelo nosso amor!

Beijo.

Cristina Costa

Foto de Patrícia Amorim

Saudades

Que saudades...
Saudades de um tempo perdido e que talvez só exista em minhas lembranças. Como eu queria saber se você também se sente assim! Queria poder hoje estar ao seu lado, sentindo seus beijos, abraços, carícias, enfim, seu amor. Quanto tola fui, quantas brigas bobas iniciei, quanto imatura fui todo esse tempo...Meu Deus dois anos, dois anos de espera e, finalmente, quando estava em meus braços, ao meu lado te deixei escapar. Que raiva de mim, por ter sido tão possessiva, por querer saber até mesmo teus pensamentos em alguns momentos. Estou eu hoje aqui com medo, com muito medo de não pode mais poder ficar contigo. E sofro, sofro muito essa ausência que já tentei por diversas vezes suprir em outros braços, em outros abraços, porém tuas recordações sempre me vêm à tona. O que será isso? Será obsessão? Não. Um sentimento tão bonito, tão forte não pode ter esse significado. Fui muito imatura, diversas vezes, mas somente hoje compreendo as conseqüências que minhas irracionalidades proporcionaram. DOR, muita dor.Entretanto, aprendi, aprendi que quando amamos devemos ter calma, ter paciência, saber esperar o tempo certo para tudo acontecer. Aprendi que o amor não deve ser sufocado, nem deixado livre demais, assim como a areia da praia que se for demasiadamente apertada em nossa mão se perde entre os dedos e cai ou se deixarmos a mão aberta demais o vento a leva. Devemos sim deixar espaço para o amor respirar, mas também segurá-lo um pouco para ele entender que desejamos que seja nosso. Meu amor, ainda te amo, mesmo tendo dito que não, mesmo tendo dito que não importava...Era tudo mentira...Eu me importo e quero que você também se importe comigo. Talvez seja tarde demais, talvez você esteja com outro amor...Sinceramente, espero que não, mas isso jamais impedirá o que sinto por ti, isso jamais diminuirá meus sentimentos, apenas aumentam meu sofrimento.

Foto de Katia_Pimenta

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO AMOR

Considerando ser o Amor o maior de todos os agentes de Utilidade Pública, PROCLAMA-SE O QUE SEGUE:

Artigo 1º
O amor pode apropriar-se de todo e qualquer coração, com ou sem anuência do dono.

Artigo 2º
Em presença de sentimentos inferiores, tais como a raiva, o ódio e o ressentimento, ao Amor é permitido julgá-los e extraditá-los sem direito a reconsideração da pena.

Artigo 3º
O Amor deve ser respeitado em todas as suas formas, sejam elas dirigidas a pessoas, coisas, vegetais ou animais.

Artigo 4º
Ao Amor é sempre permitida a companhia do perdão, pois que sem este Ele está falsificado.

Artigo 5º
O Amor tem o direito de ficar cego, surdo e mudo quando em presença de maledicências e pode apresentar-se como agente de paz diante de desarmonias e atos prejudiciais a todos os seres do Planeta.

Artigo 6º
O Amor tem licença plena para manifestar-se livremente, independente de raça, credo ou religião.
Ele é incondicionalmente livre para viver em seu habitat natural: o coração.

Artigo 7º
O Amor é bússola que aponta o caminho para a Felicidade e assim deve ser indiscutivelmente reconhecido.

Artigo 8º
A todo aquele que banir o Amor do seu coração será imputada a pena de solidão, isolamento e sofrimento perpétuos.

Artigo 9º
O Amor nunca deverá ser responsabilizado por dores, perdas ou danos e tem amplos poderes para neutralizar todas as batalhas, sejam elas emocionais, familiares ou sociais.

Artigo 10
Ao Amor não se aplicam Leis Trabalhistas:
Ele pode exercer suas funções 24hrs por dia durante TODOS os dias do ano.

Artigo 11
Quando o Amor entra em corações, deve ser bem recebido, bem tratado, bem nutrido e absolutamente livre para agir
em prol de todos os envolvidos por Ele.

Artigo 12
Em nenhuma hipótese o Amor deverá ser álibi para atitudes de más intenções, tais como usá-Lo como desculpa para enganar, iludir ou controlar corações. Também nunca poderá ser instrumento de brincadeira com o sentimento do homem ou da mulher.

Artigo 13
Toda e qualquer tentativa de matar o Amor será tratada pelo Universo como crime contra a vida do próprio mandante.

Artigo 14
O Amor é partidário da Lei de Causa e Efeito:
Ele pode partir em definitivo da Vida daqueles que optam pelo sofrimento diante das adversidades, e também daqueles que se deixam cair em abandono.

Artigo 15
Ao Amor nada deve ser acrescentado e Dele também nada retirado, posto ser o mais perfeito de todos os sentimentos
e manifestação absoluta de Deus.

Parágrafo Único:
Os Direitos do Amor sempre protegerão os legítimos Direitos de Todos os Seres.

REVOGUEM-SE TODAS AS DISPOSIÇÕES EM CONTRÁRIO

Silvia Schmidt
http://www.claudyalessa.com.br

Foto de choicePT

Depressão

Todos os sintomas da vida
Do passado que me fez crescer
Solta-se a raiva contida
Que esconde o medo de perder

Os sonhos que ficaram no ar
De tudo que não posso esquecer
Adormeceram o meu despertar
Tomaram conta do meu ser!

E ela está a chegar
Levando toda a razão
Já sou peixe desse mar
Afogado na depressão

Foto de misteriosa

Momentos

És tu que interrompes inadvertidamente a minha solidão.
Solidão conquistada , paz ...
Nada mais conta, quando surges no meu pensamento, é momento de ternura ,
Momento de carinho, de raiva , de lágrimas invisíveis, porque é o coração que chora , e a cabeça a negar qualquer necessidade de ti.
Menti, pobre coração!
Tantas madrugadas a negar-lhe o que a saudade lhe conta!
Que maldade, lhe conta o vento, e a lua , quando esta estende os seus braços de prata...e cobre de sombra todos os recantos que eu quero ver , para dizer ao meu coração que nada justifica tanta saudade, que a beleza do mundo é nossa .
- Coração ouve: não escutes a infiel saudade, ela mente, não precisas nada mais que solidão...
- Não precisas de abraços, nem tão-pouco de carinho, beijos que te fazem saltar do peito, para que queres tu isso?!
- Paixão que te deixa inquieta, que te fazem acordar! E não te deixa dormir a sonhar com lábios macios e quentes.
Esquece, coração nada disso vale a pena,
São momentos que passam , não precisas deles, para quê lembrar ?
Momentos felizes...
Momentos apenas ...

Foto de Rodrigo obelar

Distante

Atmosférico ar que respiro,
Doce ar que me adoça pensamentos,
Senta-se ao meu lado,
Brancas penas,
Nesse banco de praça,
Onde me consome a tristeza
Onde me embriaga a loucura...

Onde o anjo solene
Declara poemas, versos
Metáforas de amor
Ao tempo, aos dias
As lágrimas, são apenas
Fôlegos ainda vivos,
Etapa sinalizada
As minhas costas
Felicidade 200 km
Boa viajem...

olho...
Ponto vazio,
Ônibus atrasado
Todos
Esperam esse dia
Encontro, família,
Outros passeios, adeus, despedidas...
Ocasião sempre sofridas
Aonde vai doer a saudade.

e...
sentado no banco da praça,
estou,
o mundo parece tão pequeno
mediante ao extremo
de minha atmosfera,
do banco, dos pombos,
barulhos de carros,
sapatos que não
preenchem meu mundo,
mais passa em minha frente
sem notar minha presença.

Acho...
Por eu estar sujo,
Suponho que não exista,
Só porque me acomodo,
Ao banco,
Não sou nada,
Um lugar vago,
Sou o palhaço
Desprendido
De um palco,
Que ri na lágrima
E acalma minha raiva
Que pouco conheço.

Apesar da distância
Que me repele
Das pessoas que passam-
Se deslocam de lado a lado,
Apesar do ônibus
Não chegar e os
Pássaros perderem suas penas
Tudo é normal,
Até mesmo a fome...
Que além de me consumir,
Já é mais uma
A pedir abrigo no meu banco...

Foto de Rafael pereira de souza

Meu grande amor nunca esquecido!!!

Sempre soube terminar os poemas que falam de saudade, de amores finitos, mas nunca começá-los, pois o início  tem gosto de ausência, tem cheiro de perda, tem peso de outrora. Amores passados, perdidos, partidos, apenas convidam ao silêncio, e a confissão, e a solidão, florescem implacáveis na ponta da língua, como brados, como adagas, e então, ao pretender o afago, apenas desenho um lamento profundo, e ao tentar esquecer o inesquecível implanto as lembranças na retina da memória, que dói como se fosse o dia da partida e não a hora das reminiscências.
Mas, sim: aprendi a dizer que não te esqueço; que o eco dos teus pés - que já foram o meu chão - retumba a cada passo que caminho nesta doce amargura escandinava, escondido entre ruivissímos cabelos e branquíssimas mentiras.
Revejo os instantes e vejo que o tempo, a destempo, ensina a dizer que te amo, que te lembro quando é tarde, quando a noite do tempo deitou-se para sempre entre nós, como  água sem barco, como  margens sem rio como um dia sem horas.
Difícil começar a dizer da saudade que sofro, da angústia que vivo, da dor que me ataca, da culpa que sinto, que não é vã, mas justa: mea culpa, mea máxima culpa.
E os minutos, esses que teimam em ficar horas a lembrar-te; e as horas, que ficam dias teimando em reviver os instantes que não voltam, apenas desamarram as palavras que impunes e sem medo se escrevem letra a letra lapidando um pedido de socorro, rabiscando um retorno ao passado, esculpindo um desejo de futuro, conquistando uma chance de ventura.
Sim, não nego: quis construir uma ponte de amor, um dizer de saudade, um grito de esperança, um pedido de clemência.
Nem mais, nem menos, nem muito ou pouco, nem tarde ou nunca: um tudo ou nada.
Sim, um poema de amor manchado de saudade, pintado em cor remorso, é o que tento iniciar e não consigo,
pois dizendo que sim, que te amo e não te esqueço, não começo, mas termino.
E isso faço, começo terminando com um resto de esperança, que é o fim de todos os princípios, e repito, como um disco, que te amo, que te amo, e que deixar-te foi tão duro como te saber distante. E termino começando, pronunciando o teu nome, o que até agora apenas me atrevia: vivendo de amor, e não morrendo, suando de ternura e não de angústia gritando de esperança e não de raiva, é como digo que te amo, minha Kleice nunca esquecida!

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