Quentes

Foto de Neryde

Insônia...agora com amor!

Meus momentos de insônia eram vazios e frios,
Agora são quentes e recheados de carinhos.
Carinhos vindos da lembrança
E, regados com sonhos cheios de esperança.
Esperança de momentos de amor
E, de ouvir novamente suas palavras de calor.
Calor que flui do seu corpo sem pudor,
Que chega à mim e meu corpo recebe com fervor!

Foto de NiKKo

Dias de Inverno

Quando eu te encontrei, nem eu mesma percebi
que por você eu iria de verdade, me apaixonar.
Você foi entrando na minha vida tão mansamente
que mesmo que eu quisesse, não poderia me esquivar.

Meus dias com você se transformaram em sol radiante,
com luz e calor próprios de manhãs quentes de verão.
Por você eu descobri rimas novas, fiz poemas.
Através desse sentimento eu vivi um clima de suave sedução.

Eu fui me entregando de uma forma tão pura e bela
que todos podiam notar a mudança que ocorreu.
Meu sorriso vivia aflorado em meus lábios,
contigo eu era feliz até nos braços de morfeu.

Mas de repente o meu céu ficou nublado,
e tudo que sonhei desmoronou, ruiu.
E isso aconteceu quando você chegou e me disse:
Amo outra pessoa! Disse adeus e partiu.

Hoje sigo qual cego tateando nessa solidão,
busco em outros braços o seu calor,
meus lábios já não trazem nele o antigo sorriso,
meus dias são de inverno e sem cor.

Eu que julguei que seria feliz ao seu lado,
descobri que sem você meu mundo fica deserto.
Percebo agora que tudo somente se iluminava e floria
por eu tinha você sempre por perto.

E hoje nessa solidão que eu me encontro,
tento sobreviver mesmo sem conseguir te esquecer.
Seu nome eu sussurro abraçada ao meu travesseiro,
soluçando reconheço que sem você não sei viver.

Foto de JGMOREIRA

À ESPERA DE DEUS

À ESPERA DE DEUS

Com os olhos borbulhando
sem conseguir evitar olhar
espero, noite após noite
que Deus habite este lugar

Um Deus amplo, acolhedor
de braços longos e quentes
que abrigue toda essa gente
faiscando de pavor

O medo de estar vivo
O medo de estar sóbrio
O medo de mais um dia
o medo de todos os dias

Em tão rápido passar
apenas riscam a vida
Crendo-se sempiternos
correndo a coxia

Esperando Deus em sua chegada
fico, o parvo, observando
os homens pela madrugada
como tochas se apagando

O velho que puxa a carroça
A mulher que serve o café
A moça na janela do trem:
rosto emoldurado em ferro

Fumaça, sonhos e aço
eis a salvação
Todos à procura de abrigo
Aguardando revelação

Com seus instrumentos tortos
vão construindo suas certezas
Rolam dados em busca da sorte
que não os quer por consorte

Canso-me de esperar por Deus
Observando meu descrédito
ele sequer se ergue
quando meu coração se verga

Quatro cadeiras na casa
O homem se senta
separado do ser;
a razão e a emoção descansam

Na cama, apenas o corpo
peso, volume, massa
Guardado por seus apetrechos
sentados, insonos, de guarda

Sem êxtase, o gozo jorra
para que a vida tenha forma
Antes que o cansaço me vença
ofereço-me a Deus em oferenda.

Foto de JGMOREIRA

À PRIMEIRA VISTA

À PRIMEIRA VISTA

Quando tu me viste
Eu já sabia
Que me comerias
Que me beberias
Que te deliciarias em meus cheiros
Líquidos, vasos cheios
Nas noites quentes.

Quando puseste teus olhos
No meu peito, pernas
Eu já sabia que seria tua
Que dançaria na tua estranheza
Que derrubaria o que à mesa
Que te apunhalaria dezenas
Mas, mesmo assim, tu me terias
Enquanto rodopiasse a pena.

Quando me deparei com teus olhos
Acarinhando meus cabelos confusos
Observando meu rosto difuso
Fotografando minhas linhas
Algo me mordeu por dentro
Delatando-me tua tristeza
Tua venida incontida
Que minha vontade queria

Quando me viste, eu sabia
Tu já sabias que me comerias
Que eu não resistiria.
Quando é à primeira vista
Não existe valentia

Foto de Marta Peres

Porto de Lágrimas

Cá estou neste meu porto
tentando entender minha vida,
volto-me para dentro de mim mesma
já não tenho certeza de quem sou.

Novamente meu pensamento veloz,
para dentro de mim mesma
tento buscar tesouros perdidos
no oceano da minha vida.

Mar de lágrimas,
eis o que encontro,
nesse mar de lágrimas
naveguei até encontrar
um diamante que se formou
de uma lágrima de amor.

Amor que perdi...Amor que vivi...
Amor que senti em meu coração,
coração corroído, dolorido
Amor perdido... Amor não vivido...

Apenas restaram as lágrimas,
lágrimas ardentes, quentes
a mim, só uma lágrima restou!
Marta Peres

Foto de Licia Fonseca

Quando as pessoas escutam anjos cantam.

Seguro tuas mãos
Junto às minhas
As tuas quentes...
As minhas trêmulas e frias
Seguras meu coraçao e sinta
como pulsa por te.
Seguro tuas maos e levo até
minha face ainda morna e rouborizada
Segura ainda meu coraçao que bate.

03/09/007

Foto de Ednaschneider

Gostar

Quando eu te conheci nem sabia
Qual era o seu gosto
De que mais gostavas.
Mas sem saber eu já gostei, sabia?
E agora neste mês de agosto
E gostando destas palavras faladas
Gosto de dizer:
Que gosto gostar de você.
Ainda mais quando me chamas de gostosa...
Que gostoso ouvir estas palavras quentes
Que você gostosamente
Fala gostoso em meu ouvido e vai pra mente!
Corpos colados;
Tanto gostar!
Gostosamente grudados!
Assim ficamos.
Tanto amar!
Quando estes gostos nós juntamos,
Gostosamente gozamos.

Joana Darc Brasil *
24 de agosto de 2007
*Direitos Reservados

Foto de Ednaschneider

Recordações

Estou aqui deitada, com minhas recordações.
Sentindo-me a mulher mais amada.
E um pouco cansada...Mas com ótimas sensações.
Afeição de sorriso no rosto estampada;

Tenho motivos para esse sentir
Você estava aqui, comigo!
E me fez levitar, quando veio me possuir.

Tudo começou com um olhar
Uma declaração de amor
você disse que para sempre vai me amar
E se aproximou e me beijou.

Eu sentada na cama estava e assim fiquei
Enquanto você aproximava, eu me ajeitei;
Você veio, me beijou, e eu deixei!
E com teu fogo, com fogo fiquei.

Você segurou meu rosto com tuas lindas mãos
E com um beijo gostoso, com estes lábios macios:
Acendeu-me, meu corpo ficou em combustão.
Não sentia mais frio, você veio preencher meu vazio.

Tua boca desce lentamente
Meu corpo, minha pele toda arrepiada.
Reage com teus beijos ardentes e quentes
Estou loucamente excitada.

Acabam-se neste momento meus medos e receios
Estou com vontade gritar.
Minhas mãos apertam mais teu rosto em meus seios
E você intercalando ora um, ora outro a sugar.

Meu bebê, que estás a me sorver, a me provar!
Tuas mãos em meu corpo passeia com destreza
Eu fico aqui, louca, molhada...A gritar
Enquanto teu sexo se aproxima do meu...Com delicadeza.

Agora somos um ser apenas, uma alma
Você em mim eu em você
Movimentos sem pressa com calma
E somente o prazer...

O beijo, o desejo. O olhar.
O sorriso...As mãos a apertar
A boca na boca e começo a gritar:
ADORO TE AMAR...

Joana Darc Brasil *

Agosto de 2007

*Direitos Reservados.

Foto de Sonia Delsin

AI QUE SAUDADE!

AI QUE SAUDADE!

Um olhar numa flor.
Numa folha de papel.
Um olhar para o céu.

Saudade de teus olhos sorridentes.
De teus olhares quentes.
De teus dedos... De tua boca.

Saudade.
Saudade de tua voz rouca.

Saudade.
Tem dias que a saudade vem nos judiar.
Noutros ela vem é confortar.
Nas lembranças tenho de volta o que pode nunca mais voltar.

Foto de Lou Poulit

NÃO CABEM DOIS MARES NO MEU ABISMO

Não cabem dois mares no meu abismo. Não resplandecem duas estrelas na minha escuridão, nem duas manhãs podem beijar o reabrir dos meus olhares. O meu sonho incauto colhe os ventos rebeldes que o arrebatam, e o peito do alto tolhe as vagas que lhe desafiam, mas no silêncio milenar das suas profundezas o meu amor não se desalinha. Pelas imensuráveis distâncias do próprio cosmo, o meu amor peregrina e das palmas que lhe acariciam esmola: de cada era a prece em que tardo e a bailarina, em quem como um raio ardo e me esvaio, com cada passo tece o cetim no espaço, o olhar que toca a tez amada quando amanhece.

O relâmpago, que a eternidade de um instante proclama, não alforria duas senhoras, nem duas escravas lhe possuem a chama. O hálito morno, que áspero lambe o leito e dessedenta o rio, e como um senhorio crava estrelas em suas areias, só tem uma pataca. Para que dois alforjes? Não são de sandálias as suas pegadas, mas onde aponta o velho cajado ancora-se o frêmito do escuro ao firmamento, como se ao crepúsculo o amor ancorasse o vento e, a se deserdar do fim iminente, sentisse o que o músculo não sente. O corpo da amada não mente, o botão guarda o instinto da rosa. O templo espera, de uma só direção, pela manhã sestrosa que há de lhe dar vida às pedras.

Pois que venha o amor no dia das algas. Abissais, viscosas e quentes, esgalgas algas, crispadas no rastro das correntes, rubras espadas a sua conquista. Virá o tempo do grito rijo, nas entranhas do torpor. Virá a madrugada ao regozijo do repouso. Amada, virá o amor tardio... Ah, o amor vadio, sem peja ou medo, a mais doce peleja, o mais furioso brinquedo. Virá na ponta do dedo, no gume da fala, descabelar a pérola numa luta que na vala brota, de pétalas no fundo da grota... O pórtico exíguo e seu tímido obelisco hão de ser soterrados sob as asas do pégaso amado, para que apenas as suas estrelas rasguem o negrume e habitem o instante. Ah, o amor... Pelo caminho dos pirilampos o amor virá com seu tropel. Mas que não venha pelos campos, nem do mar nem do céu, mas com um canto gutural o amor mais visceral venha do nosso passado... E domado como um bicho amante, pela crina, há de transfigurar-se em doçumes, no vau largo da bailarina, num último cismo de lumes. A manhã pertencida espreguiça o levante, sem posses ou posseiros, sim à vida... E nunca mais aos ciúmes.

(Itaipú, 21/julho/2007)

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