Pudor

Foto de Cleber Dantas

CORPO

Seu corpo sem trajes
com curvas insinuantes
me apaixonando perdidamente
mostrando toda sua sensualidade
quero te-la sem receio, sem pudor
nos meus braços nus
tocando-as, sentindo o teu cheiro
das luxurias formas
sentindo o teu corpo em mim
formando uma só carne

Foto de sonhos1803

Hoje

Hoje,
Sai com a fúria do mundo,
Vivendo sob um escudo,
Para proteger meu corpo mudo,
A correr sem ver,
A falar sem palavras,
Pra que lutar?
Pra que lugar?
Caminho por caminhar,
Não tenho mais em meu olhar,
O desejo de tanto amar,
Meus sonhos são mais uma chuva fina,
A molhar teu carro que dobra a esquina,
Meus passos são lentos,
No mais suave veneno,
Vou ao ritmo de quem dormita,
A confundir a noite com o dia,
Sou um camaleão machucado,
Vou entendendo aos poucos o recado,
Não mais mudo,
Nem me escondo sob o muro,
Fico ou me perco,
Em cada beco,
No estreito,
Entre o caminho do meu peito,
Respiro o transpiro,
Da tua boca morna,
Mas a esta hora?
Rio como um louco que comemora,
A verdade que me apinhá-la,
Na realidade velha ferida gasta,
Lambo minhas dores,
Perco meu pudor,
Como uma manha sem calor,
A enrolar nos lençóis,
Suspiros de quanto estamos a sós,
Relembro,
O velho passado,
Com o desalento,
A curtir teu talento,
A uma verdade planejada,
Pela minha janela gasta,
Em um mundo de mentiras.

Foto de Emerson Mattos

Você e as Estações

Autor: Emerson
Data: 08/04/06

Sentado eu contemplo
O belo pôr-do-sol
A brisa me faz sentir bem
Eu sinto o outono

Eu vejo as folhas caírem
O clima está agradável
Fico pensado na vida
Relembro belos momentos

É nesses momentos
Que eu tenho você
Na minha memória
Que eu não consigo apagar

Como posso eu apagar?
Um passado bonito
Vivido intensamente
Num verdadeiro amor

Eu acho que chorei
Porque a brisa é mais fria
Nas minhas bochechas
E os dedos testemunham
Ao secar minha face

As lágrimas saudosas
Correm pelo rosto
Sem qualquer pudor
Como se quisessem
Lavar a memória
Da nossa história

Às vezes procuro esquecer
Mas reluto em não esquecer
Me apego as lembranças
Esse é o meu alento

As noites de verão
As tardes de outono
Os dias de inverno
E também a primavera
São as nossas estações
Não posso viver sem elas
Não posso viver sem você

Foto de Claudio Bartels

O amargo da navalha

O sonho se perdeu no tempo
as juras não foram eternas
choro uma lágrima por dentro
por teu sentimento insincero

o sonho mergulhou no abismo
formado pela escuridão
pela tua falta de juízo
quando falavas de paixão

Juras, eram cardápio de uma ceia
que escrevestes a preparar
em tua infame e odiosa teia
despida de pudor e do amar

Sonhos, juras, lágrimas
tudo agora faz sentido
no gosto amargo das palavras
por teu amor tão impreciso

A falta do amor sonhado
corta sentimentos e inspiração
e como um fio de navalha
decepando minhas mãos...

Foto de TrabisDeMentia

Daynor

Onde estão ancorados os teus olhos?
E a tua boca que me devora?
O teu lugar é aqui,
Nos meus braços...
Sinto saudades de ti,
Te penso,
Te imagino,
Estarás pensando também em mim?
Sentindo aquela dorzinha no peito?
Tateando no escuro da tua solidão,
Algum ponto do meu corpo para te apoiar e te lembrar?
Sinto que me queres,
Mas me perco no rumo deste silêncio...
Ouço a tua voz no cálido vento, que anda lento comigo, sonolento,
triste tormento...
E no eco deste momento posso sentir o cheiro da tua pele...
Fingir que não estou só...
Sentir que na certeza absoluta te quero.
Que desejo reclinar a minha cabeça no teu ombro
E adormecer assim...
Anoitecendo em teus braços...
Despertando em teu peito...
Vendo beijos amanhecendo em mim.
Mas voçê reage e para longe foge,
Quer explodir e não pode,
Quer se esconder e não sabe,
Quer se livrar do jugo da paixão,
Mas não quer que ela acabe.
Mas estávamos dispostos a sermos julgados,
E absolvidos em nome do amor. Não era não?
Então?
Porquê fugir?
Não fujas de mim!
Deixa eu te amar!
Me ame!
Deixa eu te fazer feliz!
Me faça feliz!
Me deixe adormecer, acordar e, novamente delirar...
Num delírio que só nós dois sabemos...
Deixa que julguem e vem, vem...
O meu amor não tem pudor, nem acanhamento...
Não tem paciência, não agüenta mais a urgência do desejo...
O meu desejo de pecado...
Deixa que a tua fé caminhe com ele lado a lado
Na nudez premeditada
Nos rios subterrâneos do meu corpo
Fonte a jorrar em devaneios
Vem...Vem fugaz como um desejo,
Talvez te mate,
Talvez te salve,
O veneno do meu beijo.

(Este poema uma homenagem ao nosso amigo Daynor. É composto por excertos de poemas de Daynor, com apenas algumas alterações subtis. Isento-me por completo de qualquer direito pela autoria do mesmo)

Foto de Zedio Alvarez

Amiga Cigana

O que estar acontecendo?
Você de “InSaNnA” não tem nada
Vejo uma Cigana determinada
Aventurando-se para ser amada

Sem guardar pudor
Viajando por terras distantes
Ainda que para pernoitar
Em algum lugar num instante.

Estou esperando você
Para te dar um abraço
E te dizer que tudo mudou
Depois que reencontrei meu amor

Você traçou o meu destino
Mostrando-me o caminho
Quando leu a minha mão
E viu alguém no meu coração

Foto de InSaNnA

Fantasias_1

Em noites de amor que meu desejo tanto implora..
Teu corpo me invade com furor
Eu me perco entre suas pernas,
ali perco todo o meu juizo
E me submeto as tuas vontades
Faca as sua requisicoes!
elas serao liberadas
Suaves..carnais..animais..
Jogo fora meu pudor junto com minhas vestes
Voce me diverte
Eu me perco..
quero mais,mais,sempre mais
Voce faz todas as minhas vontades
Mas hoje eu quero te dominar..
Hoje..vai ser diferente..
Hoje,
eu mando,
eu comando,
eu ordeno !
Vendo seus olhos,prendo as suas.maos.
Acho engracado a sua preocupacao..
Te acalmo e surssuro.._é um jogo de seducao..
a brincadeira vai ser boa!
Relaxe e sinta,o meu delicioso castigo
Sinta a maciez de minhas maos a passear por teu corpo
e com meus labios beijar te por inteiro
com a delicadeza de um anjo
falo meus poemas de amor no seu ouvido baixinho..
e no final,liberto-te ,ordeno..
Depois de tanta tortura..
_Vem se vingar!
Nao me negues.esse prazer..
Vem..sua vitima,ja esta pronta
para enloquecer!

Foto de InSaNnA

O caminho das estrelas

Como explicar isso?
eu sinto...apenas sinto!
parece um tormento
Meu menino..Você e meu alimento!
Essa estonteante fome de você
Tao perversa e dolorida
Faz o meu corpo a procurar-te
com ansia!
Ao seu lado,tudo fica belo..
A vida,a morte,
a dor,a sorte
Fruto dessa tua alma que me leva..
para dentro de ti!
Me sinto louca,
quando as suas mãos
tateiam-me sem parar
meu corpo vibra !
Em um misto de desejo e alegria,
que desagua em meu intimo
em plena harmonia..
E assim seguimos nesse jogo tão gostoso..
de pura seducão
a espera do gozo..
Beijos,longos,pelo meu corpo,
tua saliva,desmancha meu pudor
Tras a tua boca.
procura minha menina..
abres as minhas pernas,como pétalas de flor!
ela é tua !
e assim,agora,saio na minha busca..
no teu fruto,colho teu mel..
Meu corpo balanca no seu,como as ondas do mar..
e o seu olhar a me seduzir,como a luz do luar..
e sinto toda a tua docura a .derramar pelo meu intimo..Nua!
E eu te digo amor..
--Isso sim, é a vida!
O sangue,a pulsar nas minhas veias..
de desejo!
me avisa que estou viva
E com a alma embriagada,de você
embalada pelo prazer..Me leve!
estou pronta para ser levada aos céus!
Com voce ,conheci o caminho das estrelas..
E agora...nessa hora que o prazer me domina..
Sei estou pronta para recebê-las!

Foto de InSaNnA

Tua deusa InSaNnA

Sinta o calor do meu corpo..
Sabor de um intenso desejo..
Efeito do nosso grande amor !
Esse amor despido de pudor..
Venha para perto de mim..meu menino...
Preciso..de voce..te pegar de jeito..
Deleitar-me de todo o seu corpo..
no teu altar..(O teu leito..!)
Coloca esse teu mel na minha boca..
liquido,puro e sagrado..
Da nossa total.entrega..meu amado
Me desmorona..enloquece,nas tuas maos
Descobre todos meus misterios.
Estou incontrolavel..me leve ao prazer!
Sintas tambem o gosto doce de minha fruta
Que pra voce nunca sera proibida..
Me perco..toda..em suas lambidas
Vamos chocar os puritanos..
Ruborizar os santos..
Eternizar o nosso prazer!
Por voce,me fiz acontecer..
Um dia,eu que fui puritana..
Hoje sou a tua pervertida..
Sou totalmente perdida..
De amor.perdida em teu corpo..
Sou a tua fulana..sacana..
A tua deusa InSaNnA..
Que hoje reina absoluta,na tua cama..

Foto de paulobocaslobito

Apaixonado em loucura!!!

Por quem me tomaste
Lua menina e bela?!
Por acaso julgaste-me
Ser eu mais um comandante
Ou um arrebatador de donzelas?!
Julgaste-me, quando queria só
E apenas falar-te.

Eu sou um homem-poeta,
Quase um super-homem
Quase um homem-aranha!

Eu sou aquele que não viste
Sou quem não tens.
Adoro escrever-te e escrevinhar,
E não quero o coração dos outros roubar
Tão pouco deles conquistar...
Por serem doutros, d´alguém.

Perdão!
Se, mal me fiz passar
Perdão!
Não foi para te magoar.
Perdão!
Eu só te queria falar.

Na vida, vale mais a amizade
Que um amor enganado.
... Onde andam muitos a habitar.

Na vida em luta sempre constante
E concorrida,
Não tenho o dom de saber
E muito gostava de poder querer.

Sou um mistério...
Torno-me a desculpar,
Pois só a ti sei escrever;
... Não te queria magoar,
E depois, e depois...
.............................
Não sei quais os olhos com que me vês.

Quem escreve não é infiel,
E o papel é o meu melhor amigo
Nele digo os meus sentimentos,
Nele sonho e sorrio,
Nele sou tu...
Pois não tenho mais ninguém
E odeio a mim querer!

Só te queria falar,
Sem ter de te enganar
Por não me saber muito expressar.

Juro, este é o meu último poema,
Depois... depois quem sabe: morrerei.
Morrerei no mundo que conheço,
No mundo em que habito: o silêncio!

O silêncio,
Onde basta o teu olhar
Para me despertar,
E é bom de viver.

Pobre sinto-me
De ti culpado e envergonhado;
Já não sei se hei de me julgar
Ou disfarçar e de ti fugir.

Sou puro, selvagem, lírico e inocente,
Sou da lua
A mesma e sempre a velha madrugada.
Sou o coração do filho
E a carne do santo,
Do espírito e do amém.
Sou o olhar brotante
Das sereias desacordadas
Que me castigam;
Eu homem...
Um ser ignorante,
Fruto do pensamento,
Fruto da terra,
Fruto da carne.

Sou a vida debatendo-se numa imensa avalanche,
Descendo aos trambolhões pela montanha
Numa viagem de amor puro
Languescida como uma múmia
De poesia.
Onde os teus olhos
Me fitam
Cobertos de ligaduras,
Para não te envergonhares
E ocultarem...
Os meus
Dos teus.

Em minhas mãos o orvalho do teu nome
Soa sereno sobre um céu de Maio
E nas estrelas
Estacadas do teu perfume
O teu corpo brinda-me desfolhado,
O amor sagrado
Do teu ventre de música sangrenta.

Então; estaria triste
Entre as flores virgens
Ausente...
Ao ver os teus seios desabrochados
E palpitantes,
Agoniados de dor
Nas lágrimas de um anjo.

E os teus lábios cantantes
Como braços frágeis
Fremeriam nos teus cabelos soltos
Dançando...

A tua nudez é perfeita
No fogo do céu
E és tu a minha fonte,
O meu pensamento.

Tu és a forma do rosto
No meu peito transfigurado,
Embalado pelas harpas,
Às quatro da madrugada.

Tu és o rosto da ângustia
Que se veste de branco
Nas trevas dos anjos acordados
Sonâmbulos e libertos
Da estéril agonia
Imutável ante o meu olhar.

... Os teus seios tumulos,
Teu ventre um sarcófago;
Que horror!

Silencio!

Silencio!

Coração despojado
Dormente entre as flores.
Braços insensíveis,
Orquídeas parasitas.

Não há lamentação
Só há vaidade,
Plantas carnivoras,
Que no meu corpo gelado
Correm as lágrimas dos meus olhos
Em alucinante fuga
Para o desconhecido.

Pára!

Pára meu amor!
Pára por favor!
Amo-te tanto!!!
És tão bonita...
Ó a minha namora é linda
Tem olhos como besourinhos do céu
Tem olhos lindos como beijos de mel,
É tão bonita!

Tem o cabelo fino
E um passinho pequenino
Boca de jackpot
E morre de amores por mim.
É doce
A minha namorada!

A minha namorada,
Anda sobre o coração de Deus,
E só Deus a escuta andar.

Tem cabelos castanhos
Mãos de seda
E é louca por mim.

Tem lábios de pitanga
Um rosto menino
E o seu dorso é um campo de rosas.

Tem a boca fresca e macia
Mil cores no cabelo,
E os seus pelos são relva amena e boa.

Seus braços são cisnes
Sua voz a ventania,
O seu nome estremece o meu corpo
De perfumados odores,
Que me beijam em versos
Num amor de cobras;
Única entre todas...
Tão bela!

No seu colo
O meu choro desce serenamente,
Para se embebedar no seu sexo,
Que confuso me contém
E, de onde não me posso esconder;
E, não é um sonho!

Tem pudor,
É luz e cantiga e esplendor.
Meu anjo mendigo,
Minha namorada.

Preto-branco...
Preto-branco...
Preto-branco...
Preto-branco...
Preto-branco...

Moça carne cor de rosa
Verde jovem, formosa.
Moça brancura de louça
Negra do meu ventre puro.
Moça joga entreaberta e nua,
Eu sou a triste noite sem lua.

Sombras decapitado
Entre os campos,
Cadavér que não se enterrou,
Lua se consumiu.

Mar rugente e forte
Vertigem da morte.
Oh, em busca de um amante,
Oh, anti-deusa!

Quem me dera nunca te ter amado,
De certo morreria mais feliz.

Moça carne cor de rosa
Verde jovem, formosa.
Moça dos céus vinda pelo espaço,
Moça; uma bomba atómica!

Moça branca...
Via lactea...
Nua, ante o brilho dos meus dentes.

Moça errante...
Cheiro de pimenta,
Cabeça no meu ombro.

Moça seios de arame
Que ostenta reclamando uma salada mista.
Moça um copo de sumo de tomate,
Meias de nylon
Andar de rumba
E uma colt quarenta e cinco.

Moça pernas entre as minhas,
Mil à hora por minuto.
Moça chifon
Pele de ganso
Channel e cartier.

Moça mercedes-benz
Sais de frutos
Moet e comida italiana.

Moça sapatos mocassim
Suéter elástico, e uma orquídea assexuada.
Moça coca-cola gelada,
Moça cheiro lilás.

O teu rosto lembra-me um templo...
Oh ângustia desvairada.
Amo-te como amigo
Numa diversa realidade,
Amo-te como amante
E com liberdade,
Com desejo maciço e permanente.

E de te amar assim tanto
É que em teu corpo de repente,
Hei de morrer por te amar mais do que pude.

Paulo Martins

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