Próprio

Foto de Carlos eduardo S. Rocha

Só temos que dormir para sonhar!

Enquanto o tempo passa
Arrastando as correntes do passado
O remorso e a dor voam com o vento
No horizonte o portal dos tempos
Lá se encontra o mundo esquecido
E junto à certeza que um dia irá mudar
Só temos que dormir para sonhar!
E voando cada vez mais alto
Atravessando as barreiras do mundo
Só não podemos parar de amar
Devemos navegar no universo
Em busca das respostas sem perguntas
O que brilha finito continua a vida
Nem as estrelas vivem solitárias no céu
Só precisam de alguém para sonhar
Somos arte perfeita
Que pensa
Que sofre
Que ama
Sobre a inocência do viver
Devemos aprender!
Onde se acaba é o próprio começo

Foto de RICHARD ELIAS DA SILVA

Amor no seu coração

Às vezes um grande amor e tudo pra você
Mais quando você para pra pensar
O que e amor pra você
Você ficar ser saber o que falar no momento

Mais para só pra pensar
Que você não pode falar
Do seu próprio sentimento

Então pensar que você não tem amor
No coração
Pra sentir amor não precisa
Está apaixonado
Mais sim tem amor por si mesmo
Em primeiro lugar

Podemos busca o amor em outra coisa
Que fazer agente ser sentir bem
Com a natureza
Com a paisagem
O carinho das pessoas
E principalmente da sua mãe.

Amor e uma coisa termos
E sempre teremos não
Importar o que aconteça
(você sempre vai está com amor no seu coração).

Ass. (RICHARD ELIAS DA SILVA).

Foto de joão jacinto

Mortais pecados

Olho-me ao espelho, debruado de talha,
luminosamente esculpida, dourada
e pergunto-me ao espanto das respostas,
na assumida personagem de rainha má,
quem sou, para o que dou, quem me dá.
Miro-me na volumetria das imagens,
cobertas de peles enrugadas,
vincadamente marcadas,
por exageros expressivos,
de choros entre risos,
plantados nos ansiosos ritmos do tempo.
Profundos e negros pontos,
poros de milimétricos diâmetros,
sombras cinzentas, castanhos pelos,
brancas perdidas entre cabelos,
perfil de perfeita raiz de gregos,
boca carnuda, gretada de secura,
sedenta de saudosos e sugados beijos
de línguas entrelaçadas,
lambidelas bem salivadas.

Olho fixado no meu próprio olhar,
de cor baça tristeza,
desfocando a máscara, de pálido cansaço
e não resisto ao embaraço de narciso;
sou o Deus que procurei e amei,
em cumprimento do milagre
ou o mal que de tanto me obrigrar, reneguei?
Sou o miraculoso encantador a quem me dei
ou a raposa velha, vaidosa, vestida de egoísta,
com estola de alva ovelha, falsa de altruísta?

No meu lamento, a amargura porque matei;
sangrando a vítima, trucidei-a em ranger de molares,
saboreei nas gustativas variados paladares,
viciadas no prazer da gula do instintivo porco omnívoro.

Rezo baixinho, cantarolando, beatas ladainhas
de pecador que se rouba e se perdoa,
a cem anos de encarceramento.

No aliciamento cobiçante de coxas,
pertença de quem constantemente
me enfrenta, competindo nas mesmas forças,
traindo-me na existência do meu possuir,
viradas as costas, acabamos sempre por fingir.
Entendo velhos e sábios ditados,
não os querendo surdir em consciência.
Penso de mim, a importância de mais,
que outros possam entender,
sendo comuns mortais,
minha é a inteligente
certeza do enganar e vencer.

Sadicamente bofeteio
rechonchunda face de idealista tímido,
de quem acredita e se deixa humilhar,
dá-me a outra, para também a avermelhar.

Vendo-me a infinitas e elegantes riquezas,
de luxúrias terrenas, orgias, bacantes incestuosas,
sedas, glamour, jóias preciosas,
etiquetas de marca,
marcantemente conotadas
que pavoneiam a intensa profundidade da alma.
Salvas rebuscadas, brilhantes de pesada prata,
riscadas de branco e fino pó.
Prostitui-me ao preço da mais valia,
me excita de travesti Madalena,
ter um guru para me defumar, benzer e perdoar,
sem que me caía uma pedra na cauda.

Adoro o teatro espectacular,
encenado e ensaiado em vida,
mas faço sempre de pobre amador,
sendo um resistente actor.
Escancaro a garganta para trautear,
sem saber solfejar.
Gargarejo a seiva da videira,
que me escorre pelo escapismo do meu engano,
querendo audaciosamente brilhar,
descontrolando o encarrilhar,
do instrumento das cordas da glote,
com a do instrumento pulmunar
e desafino o doce e melódico hino.

Sou no vedetismo a mediocridade,
que se desfaz com o tempo,
até ser capaz de timbrar,
sem ser pateado.

Acelero nas viagens
que caminham até mim,
fujo do lento e travo de mais.
Curvas perigosas, apertadas,
que adrenalinam a fronteira do abismo.
Fumo, bebo a mais
e converso temas banais,
por entre ondas móveis,
que me encurtam a pomposa solidão,
nada é em vão.

Tenho na dicção um tom vibrado e estudado,
de dizer bem as palavras que sinto,
mas premeditadamente minto
e digo com propósito sempre errado.
Sou mal educado, demasiado carente,
enfadonho, que ressona e grunha durante o sono.
Tenho sempre o apreçado intuito do saber,
do querer arrogantemente chamar atenção,
por me achar condignamente o melhor, um senhor,
sem noção do que é a razão e o ridículo.
Digo não, quando deveria pronunciar sim.
Teimosamente rancoroso, tolo,
alucinado, perverso, mal humorado,
vejo em tudo a maldade do pecado.
Digo não, quando deveria embelezar a afirmação.

Minto, digo e desfaço-me de propósito em negação.

Mas fiz a gloriosa descoberta do meu crescer,
tenho uma virtuosa e única qualidade;
alguém paciente gosta muito de mim.

Obrigado!

Tenho de descansar.

Foto de Anjinhainlove

Felicidade arrancada

Se pudesse voltar atrás nada teria sido assim. Infelizmente, aconteceu, e terei de carregar com a minha sina até que o meu coração deixe de bater.
Perder um amor é sempre difícil, mas, e quando esse amor jamais voltará? E quando uma simples briga se transforma num castigo eterno? Então passo a contar.
Era Inverno, nevava intensamente, mas no meio de tanto frio, algo ainda mais frio estava para acontecer…
Era só mais uma briga, parte da rotina de um casal funcional, tinha chegado mais tarde do trabalho e deixado ela à minha espera. Mas estava cansado. Cansado do trabalho, cansado das brigas que, ultimamente, se estavam a tornar mais frequentes, cansado de tudo, e não queria ter de suportar mais uma briga por uma razão que não podia controlar, então virei as costas, abri a porta e saí. Encaminhei-me para o meu futuro. Ai se soubesse o que me esperava teria voltado atrás e beijado aquela mulher com todas as forças que me restassem. Mas não sabia.
Fui a caminho daquele novo bar que tinha aberto, gastar os meus últimos lucros. Embebedei-me tanto que posso jurar que não me lembro realmente do que aconteceu, só mais tarde soube pela nova pessoa que entraria na minha vida.
Ao embebedar-me perdi a consciência de tudo, até de que amava uma pessoa que me esperava em casa, num sofrimento calado, e entreguei-me aos braços de uma mulher. Não a conhecia nem tinha amor por ela, mas no estado em que me encontrava não podia lutar, apenas entregar-me.
Não é muito difícil adivinhar o que aconteceu. Fomos para o apartamento dessa mulher e entreguei uma noite a uma desconhecida completa, mas, claro, não me lembro de pensar, não me lembro de mais ninguém.
Voltei para casa com aquele nó na garganta… Tinha traído a pessoa que eu amava e que me amava, tudo por uma briga sem razão. Dava tudo para voltar atrás, mas não podia, era tarde demais. Mas sei que contar a verdade ia ser demasiado doloroso para ela e seria um acto egoísta meu aliviar a minha dor para ela e deixei passar o tempo, mas o pior ainda estava para vir.
Meses mais tarde aquela mulher apareceu em minha casa. Tinha uma cara angustiada e muito diferente da que tinha quando a conheci. Senti um aperto no coração quando a vi, se tivesse um buraco no chão entrava lá e não voltava mais, mas tinha de enfrentar, mesmo sabendo que a visita dela não era casual. A notícia finalmente chegou. Produto daquela noite, uma vida estava dentro dela. Uma vida inocente, mas que, mesmo assim, iria provocar uma volta na minha vida. Aquela que eu amava deixou-se cair no chão e só me lembro de a ouvir dizer “Porquê?”, deixando-se cair em lágrimas, prantos e gritos desesperados. O coração daquela mulher estava despedaçado, completamente partido em pedaços que nunca voltariam a ser colados.
Não sabia que fazer, só sabia que tinha errado profundamente e acabado com 3 vidas.
Ela mudou, decidiu que perdoar-me-ia, mas eu sabia que lá no fundo eu não estava perdoado. Os seus lindos olhos castanhos e grandes tinham-se tornado em abismos negros, sem expressão, sem felicidade. Tinha-se tornado numa caixa… uma caixa que segurava os bocadinhos do seu coração. A sua alma tinha-se ido mas eu sabia que ela me amava, agora mais que nunca, e sabia que vivia num profundo desespero. Eu não tinha esse direito. Sentia-me uma pessoa sem coração, mas que, mesmo assim, amava aquela mulher tanto que estaria disposto a morrer por ela, mas não foi assim.
O bebé nasceu. Era um ser que eu amava, mesmo sendo produto de uma noite fria e sem amor, mas era meu filho. Seria uma criança feliz, foi uma promessa que eu fiz a mim mesmo. Mas a pessoa mais importante da minha vida vivia infeliz e isso estragava qualquer oportunidade que eu teria de ser feliz eu próprio.
Mais tarde, num dia como qualquer outro, em que as negras e pesadas nuvens se abatiam sobre a minha cabeça, tive a pior notícia da minha vida. Ela desaparecera. Sem um único bilhete, sem um único adeus, sem um único rasto. Desaparecera da minha vida, tal como a felicidade tinha desaparecido naquela noite fatal. Vinte e quatro anos já se passaram e nunca mais ouvi falar dela.
Sou um ser vazio de amor, tudo me foi retirado. O meu filho era feliz, mas passados os dezoito anos tinha seguido a sua vida para longe e já há dois anos que não me tenta contactar.
Limito-me a colher a vida que eu próprio plantei. Vivo dia após dia em arrependimento. Nunca deixei de amar aquela mulher que sofreu por mim. Desejo todos os dias que ela seja feliz e que tenha encontrado uma pessoa que lhe dê a felicidade que eu não consegui dar. Até lá espero… e desespero… coberto pela eterna infelicidade de saber que podia ter sido feliz, mas uma noite fria de Inverno roubou-ma.
Se pudesse voltar atrás nada teria sido assim. Infelizmente, aconteceu, e terei de carregar com a minha sina até que o meu coração deixe de bater.

Foto de Tonybezerra

Um beijo, um minuto...

E pela noite clara, surda, muda, chuvosa,
Pelas ruas escuras, as quais suas calçadas
Sabiam segredos da noite anterior,
Desta vez, era a chuva quem aproximava
Mão da mão, ombro do ombro,
E, dava o tom de romântico ao
Novo cenário, o cenário do pouso,
Pouso do pássaro vermelho de tua boca
No ninho dos lábios meus.

Que silêncio fabuloso! o mesmo que
Denunciava os passos do medo,
O mesmo que rompia o doce mel do beijo
E o cheiro do banho
Tomado com água de encanto.
E como desencanto passava-se
O tempo e encurtava-se o caminho, até a hora
De sonhar mais uma vez em meu próprio ninho.

Foto de Emerson Mattos

Tudo Muda

Autor: Emerson
Data: 01/09/05

Um dia minha manhã surgiu
Uma manhã bela e alegre
Cujas alegrias eram constantes
E muitas manhãs brincavam
E minha manhã estava com elas

Sutil o entardecer veio chegando
O entardecer era muito bom
Pois era o entardecer juvenil
Em cujas forças e alegrias
Estavam, ainda, o vigor da manhã

Mas o entardecer ia desfalecendo
Havia sem dúvida um pouco de força
Mas a alegria estava desgastada
O próprio tempo a havia saturado
E no horizonte já se podia ver a noite

A noite até que surgiu esplendorosa
Não havia arrependimento pela sua vinda
O céu estava claro e a brisa lhe fazia carinho
A verdade bela em um lençol de estrelas
Não era esperada uma madrugada sombria
Pois melhor do que estava, estragaria

Mas de repente o tempo se fecha
O lençol estava entorpecido pelo breu
A Lua não podia mais se mostrar
O clima sumariamente começou a gelar
O vento mais forte começou a soprar

Estava tudo deserto em todos os lados
Não havia um corajoso que ali ficasse
Pois a noite, agora, metia medo em todos
Aquele dia: manhã, entardecer e noite
Havia desaparecido até mesmo da memória
Tudo acabou numa noite consternada

Foto de Emerson Mattos

Amor Virtual

Autor: Emerson
Data: 05/08/06

Em frente ao monitor
Com os dedos nas teclas
Eu sou o próprio autor
E faço as regras

Tenho a opção da verdade
Ou posso vestir a mentira
Opto pela realidade
Não quero ferir com mentiras

Não devo ser segredo
Deveo me detalhar
Quero ser verdadeiro
Pra fazer apaixonar

Apaixonar na amizade
Apaixonar na vontade
Apaixonar de verdade
Na minha realidade

Espero veracidade
De ambas as partes
Assim poderá haler
Um sentimento de verdade

Sentimento virtual
Não é normal
É um sonho igual
Ao desejo final

O que vai importar
Será toda a palavra
Ela confimará
Que a verdade é a prova
do sentimento que aprova

Seria legal
Um amor virtual
Se tornando real
Se tornando especial

Foto de Emerson Mattos

O Amanhã

Autor: Emerson
Data: 01/04/06

Cultivar a vida recente de carência
Que o sol vem ofertar gratuitamente
Com largos braços de afabilidade
Que não tarda envolver com a penumbra

A brisa vem afastar os efeitos
Desimpregnar o aroma amargo
Do próprio teor deixado pelo mormaço
Sentido na cútis exposta aos efeitos

Estagnado é o tempo da vida
Na inconsciência que suplicia
Com imperativas inquirições da razão
Que exasperam a falência dos atos

As metamorfoses súbitas dos eventos
Desestabilizam a crença racional
Originando o descrédito de todo o esforço
Esforço sobre-humano sofrível

O crepúsculo da fé é patente
O pôr-do-sol vem desalentar
A tenebrosa sombra faz cegar
Cegar o escopo de persistir

A ânsia da sombra do sol
Parece uma miragem no ermo
Que faz do lugar almejado
Um oásis jamais alcançado

O amanhã clareia o sonho, alvorece
Faz desabrochar nova esperança, encoraja
Preterindo os fatos passados, malogro
Bonança anima a vida, revitaliza

Brota a esperança atleta, robustecida
Regada pelo gradual êxito do amanhã
O pinga-gotas da auto-estima esguicha
A vida adolesce, enflora, brota e não fenece

Foto de Gilbertojúnior

Desabafo

To sozinho, to passado, to sofrendo
Não soube conduzir o meu destino
Meus sonhos de união estão morrendo
E a frieza no meu corpo está surgindo

Minha alma está deitada ao relento
Vagando seu olhar no infinito
Na cadeia do destino sou detento
Onde o silencio abafa o próprio grito

As lagrimas que caem me embriaga
De dor, de sonhos, de ilusão
É a esperança de vida que não acaba
Mas deixa sangrando o coração!

Foto de amanda maia vidal

imaginários

Fiquei um tempo com receio
Do tenebroso passado dos meus medos
monstros chamando meu nome...

e as vozes dos ventos dizendo;
não tente se esconder ainda posso te ver
as gotas de chuva,contam uma história.

No meu campo de flores secas
E nuvens carregadas,
Eu deito e fico paralisada
e vejo meu céu roxo voar por sobre mim

não digo que estou fora de alcance

Com sua realidade de extremo caos

Eu sei bem o que há além do meu dormente refúgio
No pesadelo eu criei meu próprio mundo para fugir
mas trouce assim meu medo

Porque por dentro, eu posso não lembrar
Algo espera por mim
para respirar de novo

ao som do meu grito
Não posso cessar o medo
Das noites silenciosas e escuras
Oh, quanto eu pesso pelo profundo sonho dormente
A deusa da luz imaginária me deixar libertar
e assim viver novamente
longe do medo e dos sonhos que vem me atormentar.

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