Próprio

Foto de Rosinéri

APOSTE NISSO

Todos sempre estão falando de mim
Todos estão tentando entrar em minha mente
Eu quero ouvir meu próprio coração falar
Eu preciso contar comigo mesmo
Você já
Se perdeu pra conseguir o que queria?
Pegou uma carona e quis sair?
Afastou quem deveria ter mantido próximo?
Você já deixou acontecer? Você já deixou de saber?
Eu não vou parar, essa é quem sou.
Eu vou dar tudo o que tenho, este é meu plano.
Eu encontraria tudo que perdi, você sabe que pode.
Aposte nisso, Aposte em mim
Eu quero fazer isso certo, este é o caminho.
Dar a volta por cima, hoje é o dia.
Eu sou o tipo de cara que disse que seria?
Como vou saber se há um caminho certo pra seguir?
Eu deveria questionar todos os movimentos que faço?
Com tudo que perdi, meu coração está se partindo
Eu não quero cometer o mesmo erro.
Você já
Duvidou que seus sonhos se tornariam realidade?
Culpou o mundo, mas nunca se culpou?
Vou tentar viver uma mentira novamente
Eu não quero ganhar esse jogo se não puder jogar da minha maneira.
Espera
Me dê um tempo pra pensar
Traga isto agora
Vou trabalhar, vou fazer minha própria coisa
Não é muito bom
Se ver e não reconhecer seu rosto
Fora de mim
É um lugar tão assustador
As respostas estão todas dentro de mim
Tudo que tenho que fazer é acreditar
Eu não vou parar
Não vou parar até receber minha recompensa
Este é meu plano
Vou terminar no topo

Foto de caetano trindade

A Fernando Pessoa

A Fernando Pessoa2,

Hoje sou a saudade da estrela D’alva
Do que já na existência que em mim vivi
Eu próprio sou aquilo que senti

E nesta linha vertical para curva
Floresce Brumen imperatriz turva
As ervas no planeta que comi

Eu que nao sei onde ou como vivi,
Uma coisa me parece ser,
O ser entre o que sou e que vi
No sono do encoberto aparecer…

Fui assomo doirado nas artes gnômicas,
Com assoma fui Gandhi em terras temporândicas
Daquilo que aqui na vida näo me houvesse pertencido
No meu intuito com alas do meu único pomo ido

Fosse eu um símbolo de linguagem em algum livro subserviente
Dum amigo „caritatoso“ na penungem sedenta de ferrugem
Ele ergue as espadas no crepúsculo do deus doente
Na frutrica bandeiras levanta a semente no império pool demente

Prefiro ficar ignomado no meu destino preso entre eleos e palios sempre a vista
Num painel dourado de chispas de douros contornados num hino incivitas,
No meu hiperponteado de frases com soletrasapos onde o desatino póstumo atino levanta,
Cuja arremecada é um fagulho vitalino que alcanca…

E pelos meus campos ricos de ócios entrevio em mim antilhas musas orfeônicas
Através de, com palavras findando os apartados, a frênesi arte idiônica
Ela me pega de pousada fazendo acrobacias com pórticos velados
Ao sentido velo o mar que veio na noite arraiar sentidos constelados
Em constelacöes triunfosas esguiam partidas mercuriosas
em ritos estrelados
Do alto infinito!

Foto de jcguimaraes

22 ARCANOS





O Mago da natureza
exibe em forma de jogo,
repousados sobre a mesa,
terra, água, ar e fogo.

A influente Sacerdotisa,
símbolo da imortalidade,
dá à alma que agoniza,
a paz da espiritualidade.

Imperatriz e Imperador
que educam nobres herdeiros,
mostram que a fome e a dor
são sofrimentos passageiros.

O sábio Sumo Sacerdote,
grande voz do conhecimento,
antes que o mal nos derrote,
dá-nos luz e discernimento!

O jovem Enamorado
que corta o laço materno,
busca o amor açorado
para que seja eterno.

O Carro conduz, na verdade,
a vontade de seu condutor,
seu destino é a liberdade
seu desejo, o libertador.

A Justiça nos faz entender
que no peso de cada ação,
a balança deve pender
para o lado da razão.

O Ermitão se isola do mundo
para rever o seu próprio eu,
e num mergulho profundo
percebe o que não percebeu.

A Roda da Fortuna gira
como um ser em evolução,
que do passado retira
a herança da geração.

A Força dos nossos instintos
que nos faz agir sem pensar,
é caminho de labirintos
sem saída para encontrar.

O Enforcado nos aponta
o sentido da iniciação,
é quando a fé se confronta
com a grande transição.

A Morte nos faz renascer
com a purificação do fogo,
pois, das cinzas vamos crescer
para a nova etapa do jogo.

A Temperança realizadora,
é a força da purificação,
a alquimia que sintetiza
o poder da transformação.

O Diabo traz o oculto,
que perturba a nossa mente,
para um confronto adulto
com o que nos faz impotente.

A Torre destrói padrões,
quebra a estrutura do ser,
rompe com as relações,
para voltar a crescer.

A Estrela é inspiração,
é toda leveza do amor,
é o espírito em ascensão,
é a vida com esplendor.

A Lua nos faz mergulhar
nas profundezas da dor,
e descobrir ao chorar
a nossa força interior.

O Sol ilumina os caminhos,
da jornada espiritual,
na qual não estamos sozinhos,
como num grande ritual.

O Julgamento é necessário
no confronto de valores,
pois, senão, do contrário,
de nada valeram as dores.

O Mundo é o fim da jornada
que une os lados distantes,
é a premiação almejada,
o fim da busca incessante.

O Louco segue adiante,
na sua eterna procura,
um cavaleiro errante,
movido pela aventura.

Foto de Darsham

Unicidade e Diferença...

Há coisas que definitivamente nos passam ao lado. Os dias vão passando, a vida sucede-se e de uma forma quase imperceptível, forças há que limam as nossas arestas de uma forma gradual e progressiva e nos fazem crescer…quem é que nos dias que correm tem tempo para olhar dentro de si próprio e perceber quando as mudanças ocorrem? Quem consegue situar o momento em que deixou de gatinhar para começar a andar, ou o momento em que deixou de ser criança para começar a ser mulher/homem? Quem se deu verdadeiramente conta quando deixou ter os brinquedos como companhia e começou a experimentar diferentes personagens na vida real até se ir lentamente descobrindo e começando uma construção que leva toda uma vida: a construção da nossa identidade?
Agimos de uma forma tão standard, na sua generalidade, que não prestamos atenção em pequenos detalhes que são tão importantes e que são o verdadeiro milagre da vida…a transformação, a adaptação, a construção…o emergir… é como vermos um pintainho sair de dentro do ovo…e dar os seus primeiros passos…
Dentro de cada um de nós está um poço de sensações e descobertas que são únicas e preciosas e quantos de nós se perdem na vida procurando por respostas e nem por um momento param para olhar para o seu interior, constatando que é lá que está a resposta…
É triste reconhecer que a grande maioria das pessoas acaba por falecer sem se conhecer verdadeiramente porque durante toda a sua vida acreditaram que eram iguais a todos os outros e nunca deixaram que a emoção, a sensibilidade fizessem parte dos seus dias, por achar que isso só atrapalharia, que demonstraria fragilidade…
A verdade é que cada um de nós é um ser único, semelhante, mas cheio de diferenças, que completam a nossa unicidade…a forma como pensamos, como vemos, como sentimos, como amamos…os significados que atribuímos a gestos, a momentos, as lembranças e recordações que guardamos dentro de nós e tantas outras coisas que são só nossas, porque não existe ninguém no mundo que as vivencie e sinta como nós…
Então, penso, afinal de contas qual é o nosso papel aqui? De que vale termos a enorme dádiva de vivermos para além da realidade, termos sonhos, ilusões, sensibilidade, 5 sentidos para absorver tudo ao nosso redor…se permanecem fechados, ignorando todas estas possibilidades?
Nascimento…ser protegido, acarinhado… aprender na escola…ser adolescente…descobrir que o coração pode bater mais forte…arranjar um trabalho…
Comprar uma casa…casar…ter filhos…viajar…ver os filhos crescer…ter netos…pertencer a uma comunidade...envelhecer…este é um modo simplista e talvez egoísta de analisar a vida, mas é assim que a maioria das pessoas passa pela vida, não vivendo, mas sobrevivendo.
É mais importante mostrar aos outros o que eles querem ver, do que nos tentarmos conhecer e afirmarmos a nossa identidade…e no fundo é tão mais fácil…
Mas se perdermos um pouco de tempo a tentar conhecermo-nos a nós mesmos iremos descobrir o que dá sentido à nossa vida e veremos o “outro” de maneira diferente, porque ao nos apercebermos do que vai dentro de nós ganhamos uma nova visão sobre aqueles que nos rodeiam. E assim a vida tem um outro sabor…pois olhar para dentro de nós próprios é conhecermos um mundo que só tem uma morada: a praceta do coração…

Foto de jcguimaraes

Meus eus

Compartilho sonhos
com meu próprio eu...

Com meu eu solitário,
das batalhas perdidas,
das vitórias sofridas,
das ilusões vividas.

Compartilho dúvidas,
com meu próprio eu...

Com meu eu néscio,
aprendiz constante,
andarilho, caminhante,
cavaleiro errante.

Compartilho lágrimas,
com meu próprio eu...

Meu eu sensível,
das velhas emoções,
das únicas devoções,
das não-aceitações.

Compartilho esperanças,
com meu próprio eu...

Meu eu idealista,
dos eternos fervores,
dos únicos amores,
dos poetas, dos cantores,
dos piratas, dos conquistadores,
dos heróis, dos desertores,
das guerras, das flores,
dos teatros, dos autores,
das atrizes, dos atores,
dos palcos, dos bastidores,
dos vitoriosos, dos competidores,
dos contrapontos de valores.

Compartilho meus poemas,
com todos os meus eus...

Meus eus incertos,
fechados, abertos
e os ainda não descobertos.

Compartilho meus eus com os seus.

Foto de jcguimaraes

Abre-te a ti mesmo - ORAÇÃO

Nasce da luz intensa,
no silêncio da perfeição
e flutua na superfície
do teu oceano de paz.

Teu senso dispensa direção
nesses caminhos infinitos
que te levam ao Todo,
vibrando na inércia do Uno,
pois, só existem paradoxos
na mente comparativa
do cérebro ternário.

Tens de partir,
descer, subir,
ir, retornar,
nascer, renascer,
crescer, viver
e reaprender
a voltar.

O livre-arbítrio te encarcera
na cela vigiada, noite e dia,
pelo carcereiro do teu próprio eu.

Habeas-Spiritus!

*"Toma a tua chave por amor,
abre-te a ti mesmo, integra-te
e com a tua luz
vasculha o universo."

E encontrarás o caminho
de retorno ao PAE.

*Pólo Noel Atan

Foto de jcguimaraes

Esse teu meigo olhar

Esse teu meigo olhar,
às vezes cabisbaixo e triste,
guarda a súplica silenciosa
dos teus desejos contidos
nos becos da tua alma.

Tentas mostrar-me que és
mais do que os olhos vêem,
do que os instintos desejam.
Conheces mais sobre mim
do que o meu próprio eu.

Reconheces os meus valores
que sempre guardei expostos,
por não valerem nada sozinhos.
Eu e eles somos um,
dependentes e indissólúveis

E agora que já percorri
os becos da tua alma,
entendo o que escondias
por trás desse meigo olhar,
às vezes cabisbaixo e triste.

Conhecias os meus valores,
mas não conhecias os teus.

Foto de Osmar Fernandes

O professor de iTU

O professor de Itu

Tudo começou com o requerimento do professor Bosco, que solicitou aposentadoria por tempo de serviço. Analisado pelo departamento pessoal, foi deferido pelo chefe imediatamente.
Dessa forma, foi aberta uma vaga na disciplina de História. O diretor da escola, depois de analisar alguns currículos, optou pelo professor Beto, de Itu. Solicitou à secretária que entrasse em contato com ele e o convidasse para uma entrevista.
A notícia espalhou-se rapidamente pelo colégio, ganhando, inclusive, manchete de destaque no jornalzinho dos estudantes. Todo mundo estava curioso. Afinal, a fama de Itu é grande. Do servente ao diretor, não se falava em outra coisa. O assunto corria solto e malicioso de boca a boca.
Dois dias depois, o diretor perguntou à secretária Beth:
— Você já falou com o professor Beto?
— Telefonei e deixei o recado na secretária eletrônica, mas até agora ele não me retornou a ligação.
— Então tente outra vez.
Beth telefonou novamente para o professor. Dessa vez teve mais sorte e foi atendida por ele.
— Alô, quem fala?
— Aqui é o professor Beto.
— Oi, professor, tudo bem?
— Tudo bem, graças a Deus.
— Aqui é a secretária Beth, da Escola Padrão da cidade de Crocal. Nosso diretor, o senhor Pedro, está lhe convidando para uma entrevista, pois o nosso professor de História se aposentou e estamos precisando urgente de um substituto.
O professor respondeu que iria na segunda-feira. Chegaria às quinze horas. A secretária ficou deslumbrada com o vozeirão do professor. Chegou na sala de reuniões tremendo, tomou um copo d’água e exclamou:
— Nossa!
A professora Dayane espantou-se:
— O que foi, menina?!
— Que voz grossa e linda ele tem!
— Ele, quem?
— O professor de Itu.
A aluna Almerinda, que ouvia tudo, saiu de fininho e foi logo contar a novidade para os colegas. Era intervalo, e no corredor o papo foi um só:
— Gente! Vocês não sabem da maior: o professor de Itu chegará na segunda-feira, às quinze horas. A Dona Beth falou com ele no telefone e chegou a passar mal só de ouvi-lo. Se a voz a fez tremer, imaginem como deve ser o resto...
A malícia ganhou corpo pelos corredores. Já havia aluno com ciúmes do professor. As meninas não comentavam outra coisa: “Este professor deve ser uma loucura...”
Pisquila, o “bichinha”, ficou enlouquecida com a notícia. Desmunhecou o tempo todo, fantasiando loucuras com o novo professor. O clima era, no mínimo, estranho para um colégio particular de classe média...
Um colega dele desavisado perguntou-lhe:
— Por que há tanto falatório sobre o novo professor?
— Porque ele é de Itu, meu bem! Uma cidade linda do interior de São Paulo.
— E o que isso tem a ver?
— Você não sabe, queridinho? Lá, tudo é grande!
Missada ficou sem entender. Envergonhado, não quis prosseguir o diálogo e saiu discretamente.
A professora Carlota era “viciada” em homem, mas na escola passava a imagem de santa, de virgem adormecida... Chata, moralista, dava lição em qualquer um que se atrevesse a comentar maliciosamente sobre o professor de Itu. Passando pelo corredor, ouviu uma aluna cochichar:
— Esse professor deve ser mesmo um gostosão! Deve ter tudo bem grande, ENOOORME!!!
A professora, por alguns segundos, “viajou na maionese” e imaginou o professor de Itu fazendo “strip-tease” exclusivamente para ela. Em sua fértil imaginação, o homem era um fenômeno sexual, um gigante carnal...
Arrepiada, saiu correndo para a sua casa. Chegando lá, foi direto para o banheiro tomar uma ducha fria.
Era segunda-feira, quinze horas. Na frente da escola estava reunido um comitê de recepção. Tinha mais de quinhentas pessoas aguardando a chegada do mais novo e esperado professor do colégio. De repente, parou um táxi. No banco traseiro estava sentado um passageiro exótico... Todos ficaram pasmados, o espanto foi generalizado. Desceu do carro e disse:
— Boa tarde! — Sorridente e feliz ao ver tanta gente a sua espera, perguntou: — Quem é o diretor da escola?
O diretor, meio sem graça, respondeu baixinho:
— Sou eu. E o senhor, quem é?
— Sou o professor Beto, de Itu.
Nesse instante, Pisquila, o “bichinha”, de supetão gritou escandalosamente:
— Meu Deus! Que é isso!! — E desmaiou.
Foi imediatamente socorrido pelos amigos e professores. Não foi nada grave. Socorreram o aluno e as pessoas foram esvaziando o local rapidamente.
O diretor, extasiado, convidou o professor Beto para ir ao seu gabinete. Fez a entrevista e ficou entusiasmado, contratando o novo mestre. Mas, intrigado com o episódio do aluno, o professor Beto perguntou:
— O que houve com aquele garoto?
— Bem... O senhor deve imaginar a reação das pessoas quando se comenta que alguém é de Itu.
O professor discretamente sorriu, não entrou em detalhes e começou a lecionar.
Decorrido seis meses, o professor conquistou o seu espaço na escola. O seu sucesso era reconhecido pelos alunos, pelos pais de alunos, pelos funcionários, pelos demais mestres, e principalmente pelo diretor. Sua sabedoria era descomunal... A Escola Padrão não era mais a mesma. Passou a ser um exemplo de ensino, de conhecimento, de disciplina e respeito na região de Crocal.
No dia 7 de setembro, em frente ao Paço Municipal, estavam reunidas todas as autoridades e todas as escolas da cidade, e o professor de Itu, em seu discurso, disse:
— A grandeza do homem está dentro dele. Temos que DIVIDIR A RESPONSABILIDADE, SUBTRAIR A DESORGANIZAÇÃO, MULTIPLICAR O CONHECIMENTO para podermos vencer os grandes obstáculos da vida... Pequenos ou grandes, o tamanho não importa. O importante mesmo é ser capaz de conquistar o seu próprio sonho, e ser feliz fisicamente, como você é. Eu sou ANÃO, mas sou um homem realizado. Há muito tempo dizia o sábio pensador:

“NEM TUDO QUE É GRANDE É BOM, MAS TUDO O QUE É BOM É GRANDE”. Obrigado!

Foto de Rosinéri

EU ESTAREI LÁ

Eu creio que desta vez você realmente vai embora,
Eu escutei sua mala dizer "adeus".
E enquanto meu coração partido fica sangrando,
Você diz que amor verdadeiro é suicídio.
Você diz que chorou mil rios
E que agora está nadando para a margem.
Você me deixou afogando em minhas lágrimas,
E você não me salvará mais.
Agora estou pedindo para Deus que
Você me dará mais uma chance, garoto.
Eu estarei lá por você,
estas cinco palavras eu prometo a você.
Quando você respira, eu quero ser o ar para você.
Eu estarei lá por você, eu viveria e morreria por você,
Roubaria o sol do céu por você.
Palavras não conseguem dizer o que o amor pode fazer,
Eu sei que você sabe
que nós tivemos alguns bons momentos,
Agora eles têm o seu próprio local secreto.
Eu posso prometer para você o amanhã,
Mas não posso comprar de volta o ontem.
você sabe que minhas mãos estão sujas,
Mas eu queria ser o sua namorada.
Eu serei a água quando você ficar com sêde,
Quando você ficar embriagado, eu serei o vinho.
Quando você respira, eu quero ser o ar para você.
Eu não estive lá quando você estava alegre,
Eu não estive lá quando você estava abatido,
Eu não tinha a intenção de perder seu amor,
Eu queria ter visto você ir embora.
Para poder correr até você e pedir pra ficar comigo.

Foto de Graciele Gessner

Quebra-se o Silêncio da Hipocrisia. (Graciele_Gessner)

Pergunto-te, o que é ser hipócrita? Você tem certeza que conhece a definição desta palavra? De tudo que vivi e por tudo que presenciei, conclui que ninguém é tão verdadeiro como declara. Somos todos um pouco hipócritas. Já dizia Fernando Pessoa, “O poeta é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que é dor. A dor que deveras sente”. Sábio foi Fernando Pessoa em descrever com perfeição a hipocrisia do poeta. A hipocrisia nada mais é do que fingir, mentir, simular algo que não procede, que não seja verídico.

Até aquele que no silêncio fica a observar, está no fundinho fingindo algo ou omitindo alguma informação. E se não bastasse vive muitas vezes tirando conclusões precipitadas e infundadas.

Recentemente passei por uma situação desta, a hipocrisia esteve atuante. Hoje, a pessoa que tanto se chama de digno e grandioso, omite a verdadeira fatalidade dos acontecimentos. Lembro-me que à meia-noite de Portugal, esta mesma pessoa pediu desculpas na página principal do site, mas no dia seguinte, o que se encontrou no lugar desta consideração humilde, um belo e ridículo texto. Fez-se de hipócrita perante todos. Não admitiu que errou. Foi mais um entre tantos. Hipócrita e orgulhoso. Defende até hoje a história de ter sido plagiado por uma “moderadora”. Fez-me rir. Quanta alucinação!

Vivemos miragens, vivemos histórias fantasiosas, dizemos ser o que no fundo não somos; limitamo-nos e para finalizar inventamos historinhas para engrandecer o próprio ego. Penso que isto não é só hipocrisia, é falta de autoestima, de amor-próprio.

Das ações tomadas, a revolução de um ser. O cordeiro virou raposa e a vítima de seu comentário sem respeito virou a vilã da história. Pois é, este é o nosso mundinho virtual, que mexe com nossa integridade sem reserva e sem pudor.

Não adianta fazermos boa imagem, ser boazinha; não adianta pregar somente a verdade, alguém sempre puxará o seu tapete. Se dermos abertura se acham no direito de ser íntimo. Se falarmos um pouquinho da nossa vida já acha que podem invadir a nossa privacidade.

Para ser íntimo é preciso respeito, afinidade e muita confiança. Jamais teria tal atrevimento de despedir-me com as seguintes palavras, “Seja Feliz”. Ainda mais se lá no meu íntimo me sentir perturbada. Jamais diga tais palavras otimistas, se não souber dar sequência a vida.

Todos nós temos o direito de recomeçar e de fazermos as pazes, estender a bandeira branca de recuo, de paz. Estou fazendo a minha parte, estou com a consciência tranquila, ainda tenho meus princípios e a boa educação recebida em casa.

Finalizo deixando um recado: caso não tenha interesse da minha forma de escrever, da minha virtual amizade, e se não deseja receber o meu comentário em sua postagem, agradeceria que mencionasse: “você não é bem-vinda”. Retiro-me e jamais volto a me pronunciar, respeitando o seu espaço e sua decisão. Eu ainda sei jogar limpo.

Hoje, quebrei o silêncio. Farei apenas o que sempre fiz... Escrever com o coração e a minha alma. Desde 2006, quem já me conhece deste tempo, sabe que escrevo daquilo que vivo, observo, sinto. Não estou neste mundinho virtual para ganhar aplausos ou aceitação.

Tenho dito.

21.10.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

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