Presente

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Minha Elis – Parte 2

Passaram-se quase três meses desde que escrevi a primeira parte dessa homenagem à Elis Regina. Não mudou muita coisa na minha vida. Continuo o mesmo. Para os americanos, a expressão “loser” serviria para designar o atual momento pelo que passo. O equivalente ao termo em português brasileiro seria “trouxa” ou “vacilão”. Pois bem, eu que me lasque. Quero falar da minha cantora favorita, que nunca terei a oportunidade de encontrar, mas que eleva minha condição e compreensão além das possibilidades naturais. Elis morreu em 82. Não ligo para o tempo. Sua expressão se faz influente e positiva, como artista brasileira, que soube mostrar nossa identidade em uma obra curta, mas consistente.

Voltemos ao ano de 2008. Lá, o bicho pegou um pouco para o meu lado. Eu tinha dois trabalhos, estudava, cuidava da minha irmã e ainda escrevia. Vínhamos de um despejo e da recente morte de um parente próximo. Nada parecia promissor, o que não se difere muito da situação atual, mas quem me dava força era Elis. As pessoas que se lembram da novela “Ciranda de Pedra”, versão de uma novela da Rede Globo de 81, sabem que a nova abertura era a música “Redescobrir”, composição de Gonzaguinha. Tanto ele como Milton Nascimento e Ivan Lins tornaram-se parte do meu gosto musical por influência da saudosa gaúcha. O que escrevo foi orientado de maneira decisiva pelas construções desses artistas. Algo que não tem preço, que tem valor inesgotável e inestimável.

Mas Elis morreu cedo, em demasia. Aos trinta e seis anos. Vítima do abuso de drogas. Da mesma causa faleceu Amy Winehouse, nascida em 83. Era muito talentosa também, a inglesa Amy. Então me pergunto: como seria Elis se estivesse viva? Ou melhor: como seria o Brasil se Elis estivesse viva? Elis, que vendia menos discos que uma Gretchen ou um Sidney Magal, na ocasião de sua partida, provocou uma comoção muito forte, recordada não apenas por seus fãs. Elis provavelmente teria participado dos movimentos de abertura política, dos quais já era simpatizante. Mas será que manteria a condição de mito? Se uma Elza Soares, cantora de nível parecido tem o reconhecimento internacional significante, seguiria Elis o mesmo caminho? Ou iria ao caminho dos tropicalistas, que se envolveram ainda que timidamente com o governo e hoje recebem algumas críticas severas por seu comportamento? De qualquer forma, ficam os vazios da carreira interrompida e do exemplo questionável. A obra de Elis é indelével, seu talento indiscutível, mas seu final foi trágico. Logo essa interrogação se torna mais delicada, tal como a da artista inglesa, o que transforma o paralelo em questão atual, em como o tempo passou, mas a situação da alteração de consciência não foi sequer tocada, frente ao que se

decorre disso. Dói saber que a morte de Elis podia ter sido evitada. Dói saber que isso influencia que outras pessoas também se deixem levar pelos vícios e excessos. O mesmo vale para Amy, e para tantos outros.

Elis Regina, na sua arte, passava uma postura ao mesmo tempo melancólica e otimista, emocionada e realista. Copio, por assim dizer, esse estilo. O subtexto encaixado nas metáforas características da produção da década de 70 é bastante parecido com o que tento apresentar hoje nas minhas linhas. Já Allan Sobral, meu amigo abençoado e crente, que sempre cito pela espécie de rivalidade camarada que nutrimos, vai por uma trajetória totalmente divergente, embora também muito digna e mais interessante. Allan Sobral é um tórrido romântico, tão apaixonado que quase já o admite. Seu estilo de escrever vai diretamente de encontro à proposta do site Poemas de Amor. É um fã confesso de Casimiro de Abreu, e adora o samba mais clássico, de Noel, Cartola e Paulinho. Outro dia, diz ele, sonhou com o João Nogueira. E no sonho recebeu o que todos esperam ter de um grande ídolo: Allan foi agraciado com um dessas bênçãos que só quem merece muito recebe. Ele abraçou o João Nogueira, falou com o João Nogueira. Desnecessário dizer que isso me deu uma inveja daquelas. Ainda assim, fiquei feliz: meu amigo ganhou um presente que nunca podia imaginar. E se ele pode, porque eu não? Tudo bem, o Allão é um grandíssimo poeta, sabe o que faz e vocês o conhecem. Mas, sei lá, a sorte também pode vir para o meu lado, se bem que a Elis deve estar muito ocupada, cantando para Deus enquanto Ele escolhe se teremos seu perdão ou não...

Bom, o que eu quero dizer mesmo é que sempre devemos lembrar-nos de Elis e seu canto. Basta ter a sensibilidade de ouvir sua mensagem, tão brilhante em vida. Se Elis se foi pelo mal, isso não anula o bem que ele nos deixou. Tenho certeza que é isso que ela me diria, se me encontrasse.

(Continua...)

Foto de Hirlana

Saudade

Por que sinto essa saudade
Por que tanta vontade
De abraçar
De encontrar
De falar
De beijar

Por que essa dúvida
Em te amar
Em meu coração entregar
Em ir
Em ficar

Por que esse medo
De te perder
De não ter tempo
De não recomeçar
De apenas esperar

Por que não posso
Seguir meu caminho
Não olhar para traz
Mesmo sabendo o que tua falta faz
Recomeçar meu dia
Viver com alegria
E esquecer o que não volta mais

É saudade
Deve ser saudade
Esse sentimento que invade
Não pede licença
Entra e marca presença
De traz aqui

Volte meu amor
Você não pode ir
Me deixar aqui
Não é isso que se faz
Meu coração te ama
Mesmo com tantas dúvidas
Ele não se engana
É a você que ele ama

Não deixe essa saudade aqui sozinha
Escuta
Meu coração te ama
Ele não me engana
Esquece o passado
Reconstrói nosso amor
Nada de dor
Vem viver comigo
Nosso amor não é castigo
É presente
Fica contente
Vem me amar de novo...

Foto de CarmenCecilia

GRÉCIA - ILHAS GREGAS - PALEA KAMENI SANTORINE GREECE Σαντορίνη

GRÉCIA - ILHAS GREGAS - PALEA KAMENI SANTORINE GREECE Σαντορίνη

Site: carmemceciliapoemas.blogspot.com

GRÉCIA - ILHAS GREGAS - PALEA KAMENI SANTORINE
EDIÇÃO EM VÍDEO: CARMEM CECILIA
FOTÓGRAFO: ROBERTO MATHEUS
FRASES: ARISTÓTELES PLATÃO SÓCRATES
MÚSICA: ZORBA O GREGO ( BOUZOUKI - GREGO)

FOTOS INDESCRITÍVEIS DE BELEZA EXTRAORDINÁRIA DO MEU GRANDE AMIGO ARQUITETO E FOTÓGRAFO ROBERTO MATHEUS
UMA HONRA PODER EDITAR EM VÍDEO.
GREECE - GREEK ISLANDS - SANTORINI PHOTOS PALEA KAMENI EXTRAORDINARY BEAUTY OF MY GREAT FRIEND AND PHOTOGRAPHER AND ARCHITECT ROBERTO MATHEUS

ΕΛΛΆΔΑ
ΣΑΝΤΟΡΙΝΗ Παλαιά Καμένη

ΕΛΛΗΝΙΚΑ ΝΗΣΙΑ

Santorini ou Santorino (em grego: Σαντορίνη) é um arquipélago vulcânico circular localizado no extremo sul do grupo de ilhas gregas das Cíclades, no mar Egeu, a cerca de 200 km a sueste da cidade de Atenas,

A ilha foi criada quando Eufemo, um dos argonautas, jogou ao mar um pedaço de terra, presente de Tritão. A ilha então passou a se chamar Kalliste, a mais bela, e serviu como lar para os descendentes de Eufemo.
Mais tarde a ilha se chamou Thera, por causa de Theras, filho de Autesion, filho de Tisâmeno, filho de Tersandro, que liderou um grupo de colonos para a ilha
Segundo Estrabão, Thera, colônia dos lacedemônios, era a metrópole de Cirene

Ilhas

Nea Kameni - ilha de grande interesse científico, assumindo-se como um monumento natural protegido. "Local histórico de beleza natural excepcional", palavras do Centro Cultural Helénico para decrever não só Nea Kameni, mas também todas as ilhas que formam Santorini.
Palea e Nea Kameni -- grupo central de ilhas -- e a área da caldeira foram também nomeadas como monumentos geológicos na lista do Património Mundial. A beleza singular de Nea Kameni é reforçada pelo facto de ser a forma vulcânica mais recente do sudeste mediterrânico. Contudo, sofreu uma evolução gradual, onde a erupção mais antiga surgiu há 430 anos e a última em 1950. A ilha apresenta uma forma extremamente irregular e de declives acentuados, depósitos piroclásticos de dimensões variadas todos eles provenientes de seis pontos de erupção diferentes.
Palea Kameni - ilha de características semelhantes mas de dimensões reduzidas, tem a particularidade de apresentar fontes termais, um conjunto de vapor de água, dióxido de carbono, enxofre e outros elementos, que formam uma autêntica bacia de água quente, formando um destino turístico de grande fluxo.

Nea Kameni is a small uninhabited Greek island of volcanic origin located in the Aegean Sea within the flooded Santorini caldera. Nea Kameni and the neighbouring small island Palea Kameni (the new and old burnt islands) have formed over the past two millennia by repeated eruptions of dacite lava and ash. Major eruptions over the past 300 years took place in 1707-1712, 1866--1870, 1925--1928, and 1939-1941. The last small eruption happened in 1950 and involved lava dome extrusion.
Nea Kameni is nearly round and has a diameter of approximately 2 kilometers and an area of 3.4 km2. Nea Kameni is monitored closely by scientists from the Institute for the Study and Monitoring of the Santorini Volcano (ISMOSAV) and is a protected scientific site. The island has many active sulfur vents, as well as a carpet of red grassy succulents on the thin soil in the summertime.
The nearly barren island is visited daily by dozens of tourist boats throughout the summer. Visitors climb a gravel path to reach the top of the 130-meter-high volcanic crater, where it is possible to complete a full circuit of the rim.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

A Flor do Desespero

“Para dizer a verdade, não nasci nem do Caos, nem do Orco, nem de Saturno, nem de Japeto, nem de nenhum desses deuses rançosos e caducos. É Plutão, deus das riquezas, o meu pai. Sim, Plutão (sem que o leve a mal Hesíodo, Homero e o próprio Júpiter), pai dos deuses e dos homens; Plutão, que, no presente como no passado, a um simples gesto, cria, destrói, governa todas as coisas sagradas e profanas; Plutão, por cujo talento a guerra, a paz, os impérios, os conselhos, os juízes, os comícios, os matrimônios, os tratados, as confederações, as leis, as artes, o ridículo, o sério (ai! não posso mais! falta-me a respiração), concluamos, por cujo talento se regulam todos os negócios públicos e privados dos mortais; Plutão, sem cujo braço toda a turba das divindades poéticas, falemos com mais franqueza, os próprios deuses de primeira ordem não existiriam, ou pelo menos passariam muito mal; Plutão, finalmente, cujo desprezo é tão terrível que a própria Palas não seria capaz de proteger bastante os que o provocassem, mas cujo favor, ao contrário, é tão poderoso que quem o obtém pode rir-se de Júpiter e de suas setas. Pois bem, é justamente esse o meu pai, de quem tanto me orgulho, pois me gerou, não do cérebro, como fez Júpiter com a torva e feroz Minerva, mas de Neotetes, a mais bonita e alegre ninfa do mundo. Além disso, os meus progenitores não eram ligados pelo matrimônio, nem nasci como o defeituoso Vulcano, filho da fastidiosíssima ligação de Júpiter com Juno. Sou filha do prazer e o amor livre presidiu ao meu nascimento; para falar com nosso Homero, foi Plutão dominado por um transporte de ternura amorosa. Assim, para não incorrerdes em erro, declaro-vos que já não falo daquele decrépito Plutão que nos descreveu Aristófanes, agora caduco e cego, mas de Plutão ainda robusto, cheio de calor na flor da juventude, e não só moço, mas também exaltado como nunca pelo néctar, a ponto de, num jantar com os deuses, por extravagância, o ter bebido puro e aos grandes goles.”

- O Elogio da Loucura (Erasmo de Roterdã)

Louçã
A filha da morte
Mãe dos desencontrados
A Loucura, quente frieza
Tem a razão;
A Loucura assim em clareza
É pura escuridão

Esqueçam de cobra ou maçã
Pecados
De um raciocínio consorte
Falso cristão:
A simbiose, que é doce ilusão
O educar do prazer
A realidade do reproduzir
Não tem efeitos comprovados;
Se alguém tentar introduzir
O dever
Ou outra asneira em semelhança,
Se lembre de quando em criança
O mundo que nos parece acolher
Trai-nos em manso
Em lento avanço
De sermos adultos e suficientes
Sábios e clarividentes

Em ser injusto e imperfeito
O mundo que soa ideal
Passa longe de satisfeito;
Ou seja:
No final da vida é o final
Ao invés do que se almeja
Que se encontra ao natural;
Sem moral ou solução
Sem nexo de orientação;
Sendo a falha em seu ardor
A máquina em seu labor;
Eis o humano enfim descrito
Pequeno e frágil ao infinito;
Entregue
Ao destinar que lhe carregue;
Sendo insano por lutar
Por nadar em naufragar;
Pois isso explica a loucura
E o amor:
Nada mais que a abertura
O botão da semeadura
De um desespero em flor

Foto de Eveline Andrade

Confissões

Enxergo nos teus olhos a minha incerteza e inexplicavelmente te amo mais. Não por isso, mas por entender a linguagem que teu coração fala com o meu e me diz que é por pouco tempo. Não tenho certezas e nem previsões, mas tenho o presente, onde também posso sonhar com o futuro. O teu amor me faz a estrela mais brilhante do teu céu particular, onde não preciso competir com nada, pois sei que sou muito amada. Te observo, te observo e nos teus detalhes te percebo lindo, no teu despertar pela manhã encontro o teu jeitinho raro de ser dengoso. Só com um olhar teu, me derreto de amores e descubro que o teu desejo é o meu maior prazer. Viver esse amor não é fácil, sei que posso ir cada vez mais longe só de perceber até onde cheguei. Pensar em desistir é uma ofensa pra mim, se algum dia você deixar de existir pra mim, eu deixarei de existir pra mim mesma, por que descobri que você está não somente em meu coração, descobri que você faz parte de mim e de minha essência na sua mais pura forma moldada pelas mãos do criador. Não consigo disfarçar é mais forte que eu, te confesso todo meu amor, sempre...

Evelyne Andrade

Foto de thatazinha25

O verdadeiro significado de uma amizade

Amigo estar com você independente das circunstancias
Amigo não te abandona nos momentos mais difíceis
Amigo é aquele sabe falar no momento certo
E também sabe a hora de ouvir
Amigo não estar presente só nos momentos de ganhar presentes
O amigo te presenteia com a sua presença
O amigo não olha para o que receberá
O amigo ele planta para se ter uma amizade
O amigo é alguém muito especial
O amigo tem um extremo valor
Que não tem preço
O amigo ele te leva a sorrir
Mesmo quando tudo parece estar ruim
O amigo não te abandona
Mais sempre estende o seu ombro amigo
Para consolar
Amar
Acolher
Uma eterna amizade
É uma jóia rara
É mais precioso do que qualquer dinheiro
Quando se tem uma verdadeira amizade
O resto vai sendo conquistado
Amizade estar acima de qualquer valor
Quem tem amigos
Acha o ouro
Acha a prata
O amigo sempre fala a verdade
Ele é para você
Um presente de Deus
Que deve ser amado
Valorizado
E esse amigo é guardado dentro do coração
Por que a alegria é feita de amizades
De laços puros
E verdadeiro
Por que esse é o verdadeiro amigo e é eterno.

Foto de Carmen Vervloet

Vencendo os Percalços (Imagem - Inspiração)

Em minhas mãos o meu destino...
Fico atenta ao próximo passo,
não posso cometer desatinos,
nem me prender no próximo laço.

A vida é uma caixa de surpresas,
o porto que sonho é longínquo e pálido...
Mas de esperança é farta minha represa
e sai de minh’alma um sopro cálido.

Caminho por sobre espinhos,
meus pés sangram, mas insisto.
Vou arrastando o meu ancinho,
jogando às margens qualquer imprevisto.

Em minhas mãos o jogo do barbante,
o próximo passo é sempre fundamental...
Mas minha fé é abundante,
não deixo apagar o meu castiçal.

O mistério do amanhã eu não desvendo,
mas o instante é todo e só meu...
Diante da dor eu não me rendo,
guardo em mim a força de Deus.

A vida não vem embrulhada só em alegrias,
mas mesmo assim é um presente...
O que não mata, alforria,
fortalece a alma, clareia a mente.

Foto de Carmen Vervloet

Vencendo os Percalços (Imagem - Inspiração)

Em minhas mãos o meu destino...
Fico atenta ao próximo passo,
não posso cometer desatinos,
nem me prender no próximo laço.

A vida é uma caixa de surpresas,
o porto que sonho é longínquo e pálido...
Mas de esperança é farta minha represa
e sai de minh’alma um sopro cálido.

Caminho por sobre espinhos,
meus pés sangram, mas insisto.
Vou arrastando o meu ancinho,
jogando às margens qualquer imprevisto.

Em minhas mãos o jogo do barbante,
o próximo passo é sempre fundamental...
Mas minha fé é abundante,
não deixo apagar o meu castiçal.

O mistério do amanhã eu não desvendo,
mas o instante é todo e só meu...
Diante da dor eu não me rendo,
guardo em mim a força de Deus.

A vida não vem embrulhada só em alegrias,
mas mesmo assim é um presente...
O que não mata, alforria,
fortalece a alma, clareia a mente.

Foto de Saulo Lalli

Errar é humano, mas acertar é Ser Humano

Errar é humano, mas acertar é Ser Humano.

Os relacionamentos de longa data proporcionam uma repetição de experiências semelhantes, onde cada um mostra ao outro suas reações, decisões, atitudes, capacidades e incapacidades. Desta forma ambos, pouco a pouco desenvolvem outras reações como respostas a cada uma das manifestações do outro, também de forma repetida e com poucas variações, tornando-se bem conhecida e previsível.

Cria-se um mundo particular entre estas duas pessoas e bem conhecida no âmbito inconsciente e pouco no âmbito consciente. Por ser baixo o nível de conhecimento consciente pouco se faz para alterar este quadro. Todas as reações acostumadas que provocam sensações agradáveis ao outro não faz falta aprofundar, porém as que provocam no outro sensações desagradáveis merecem um estudo e compreensão mais profundos.

Como em experiências de ratinhos de laboratório, que podem ser treinados para terem respostas certas a estímulos repetitivos, nós humanos temos certa semelhança em relação a eles. Nada mais, nada menos o que ocorre nas relações de longa data é esse treinamento onde ambos se revezam no papel de cientista e rato. Pressupõe-se que o papel mais favorecido é a do cientista que tem a ciência a seu favor.

Numa relação dentro do estágio de desgaste, por repetitivas sensações desagradáveis, podemos deduzir facilmente que se houver uma vocação ou inspiração ou desejo do rato virar um cientista, pode ser um início de melhora na relação. Se apenas uma das partes virar cientista eliminar-se-á cinquenta por cento dos problemas.

Mas como um rato pode virar cientista?

Basta admitir inicialmente que é um rato que age instintivamente sem ciência e que deve agir com ciência. Em seguida deve procurar a ciência. Mas onde encontrar essa ciência? Uma forma mais direta sem ter que frequentar uma universidade é a busca em seu próprio interior. Descobrirá este rato um mundo novo. Perceberá que pode deixar de ser rato e ser humano no melhor sentido da palavra.

Contradizendo o ditado popular de que errar é humano descobre-se que acertar também é humano e ainda mais que escolher também é humano. Basta então escolher ser humano e não ser um rato que reage sempre de forma mecânica à sua própria história, às adversidades da vida, bem como às reações daquele que convive diariamente.

Depois de descobrir que não é um rato e sim um humano inicia-se outra etapa que consiste em silenciar a máquina mental que provoca todo processo de reações mecânicas. Escolha um momento onde possa ficar só, sem interferências do mundo externo e mergulhe no silêncio interior. Aquiete-se seu corpo, deixando-o paralisado e não abasteça a máquina mental afim de que fique em ponto morto, em baixa velocidade. Desta forma perceberá que existe alguém no comando desta máquina, alguém humano, que não é máquina, que não é rato. Este humano pode intuitivamente agir dentro de escolhas estimuladas por um silêncio presente onde não se impera a história, o registro do passado, ou expectativas do futuro, nem em função das reações do outro.

Esse alguém recém descoberto pode escolher as suas reações mediante estímulos internos e profundos, de alguém aparentemente desconhecido, mas por outro lado muito familiar. Este encontro com esse alguém ou consigo mesmo é muito agradável. Esse alguém, que é a própria pessoa, é a essencialidade humana onde existe a matéria original, nativa, responsável, inteligente, sábia, conhecedora da ciência universal. Como uma fonte inesgotável dentro de si mesmo produz os estímulos com ciência de como agir. Ela é a energia que decide na vida de seu mundo externo, ou seja, em relação ao mundo social e consigo mesmo. Esta força interior, este poder é que deve comandar a máquina mecânica mental. Uma vez alcançada a experimentação de si mesmo, percebendo a independência que existe e deva existir em relação a mente mecânica e repetitiva é que o rato se torna um cientista.

Uma vez diante da pessoa a quem tem relacionamento de longa data, de posse de quem comanda o rato, poderá se relacionar em outro nível não programado e ainda surpreender a outra parte. Aquela que estaria esperando uma reação conhecida assiste perplexa a uma nova reação. Esta diante de uma reação nova poderá reagir de forma diferente da usual. Desta maneira abre um portal para um mundo maior, livre e cheio de possibilidades.

Antes disso o mundo desta relação era pequeno, como uma prisão de ações e reações predefinidas e com pouquíssimas chances de novas possibilidades. Este novo cientista, que não irá revezar o papel como rato irá sabiamente conduzir a nova relação com parâmetros dentro de valores universais coerentes à sua condição original e primordial própria de um ser humano que acerta, pois quem acerta também é humano. O outro uma vez rato, recebendo um tratamento diferente, humano e sábio deixará de ser rato ou terá maior chance de não se-lo.

Quer resolver uma relação desgastada, de uma vez por todas? Deixe de ser um rato e torna-se um cientista ou um verdadeiro humano que acerta.
Prepara-se meditando e sossegando o corpo e a mente (ingressando ao seu mundo interior e assumindo as rédeas de si mesmo). Visualize o outro já como outro humano igual a você e não a um rato, como era. Comece a conversar, mostrando mais através de expressão corporal que na fala, que não é um rato. Mude o tom de voz costumeiro, olhe nos olhos, sorria, respire pausada e profundamente, oxigene mais seus pulmões proporcionando alento à sua essência primordial. Lembre-se de si mesmo a todo instante e repita se necessário for: Eu não sou um rato. Sabiamente ouça o que o outro tem para lhe dizer. Após uma introdução do que queira transmitir ao outro deixe-o manifestar. Algo dentro de você conhecerá as reações costumeiras antigas, mas você, não sendo rato, terá a certeza e abertura para receber novas impressões. E caso receba aquelas reações velhas não haverá problema algum, pois são reações conhecidas, não haverá surpresas. Você é que deve surpreendê-lo com as reações novas diante das velhas dele. Reações próprias de um humano e não de um rato evocarão ao outro, dentro de uma grande chance, reações de humano e não de rato.

Rato! Você não quer virar humano?

Melhorando: Humano! Você não é rato.

Aperfeiçoando: Errar é humano, mas acertar é Ser Humano.

Descondicionando para renovar.

Foto de raziasantos

Idade Para ser feliz.

Idade de Ser Feliz

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.

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