Pranto

Foto de Carmen Lúcia

De vez em quando há primavera

Envelheci feito folha de outono
e com ela me deixei levar
pelo vento, de qualquer tempo...
Às vezes, parada obrigatória,
mudava o enredo de minha história,
enroscando-me em empecilhos
a travar meus passos, marcando
as fases desbotadas de ilusão transitória,
persistindo, sem modéstia, em minha trajetória.

Alguns foram vencidos e outros por vencer,
bloqueios impenetráveis vergando estruturas,
fazendo um inverno intensamente gelado,
enrijecendo as mãos que acariciam esculturas,
artesãos a espera de um sol a brilhar
enquanto o branco da estação acentuava
os meus cabelos grisalhos.

Entre tropeços e avessos compulsórios,
duras quedas que me levaram ao chão
e emolduraram o meu íntimo de emoção,
percebi detalhes que jamais teria visto,
não houvesse eu caído
e ter cavado a inspiração,
se não houvesse molhado de pranto
a estrada por onde andei
trazendo-me, vez ou outra, a primavera,
fazendo a vida ficar mais bela.

_Carmen Lúcia_

Foto de vânia frança flores

DEUS vem me socorrer...

O sol já se pôs, a dor não se foi
O que é que eu vou fazer
Cansei de chorar, cansei de sofrer
Eu quero ver o sol brilhar trazendo esperança
Para o meu viver
Deus vem me socorrer, estende a Tua mão
Derrama azeite em mim, sara meu coração
Deus faz me reviver, em meio à provação
Revela o teu poder a mim,
O milagre que eu preciso está em ti só em ti senhor.
DEUS me socorre meu adversário tenta me destruir.
salva-me senhor não me deixe cair ou não me deixe nesse chão.
Pai presciso de ti..como nuncca prescisei entes.
Já se consumiram os meus olhos com lágrimas,
Lembra-te da minha aflição e do meu pranto, senhor olhe pra mim e tenha missericórdia da minha vida.
porque as sua misericórdias SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim;ME Converte a ti, SENHOR, e serei grata; renova os meus dias como dantes.muda a minha história escreve DEUS meu nome no livro da vida..obrigada DEUS

Foto de luzimar xavier

UM SÓ CAMINHO.

Realmente só o tempo, apenas o tempo, nada mais que
O tempo, pôde dar-me condições de afirmar que, ao
Seu lado, “nossos caminhos são, agora, um só caminho e
As nossas almas uma só alma. Cantarão, para
Nós, os mesmos pássaros... os mesmos
Anjos desdobrarão sobre nós suas invisíveis asas”. Não são

Grandiloquentes tais palavras acima sobre o amor,
Lindas, maravilhosas e bastante profundas, que fiz questão de
Escolher para você, meu amor? Não demonstrei, citando
Isso, amor tão grande por você e que, quando assim procedo,
Cada vez mais chego à conclusão de que
És, para mim, tão necessário ser? Não é

Bom continuar citando
O que Dom Marcos falou a respeito do amor que, em comparação,
Nada há de diferente a respeito do que sinto por você? Sim,
Importa citar porque não há porque
Não dizê-lo: “Temos agora por
Espelho nossos olhos. O teu sorriso

Dirá a minha alegria
E o teu pranto a

Minha tristeza. Se eu fechar os olhos, estarás presente e se
Adormecer, serás meu sonho e, com
Toda certeza, ao despertar,
Terei que chegar à conclusão de que serás
O sol que despontará para mim”. Depois de palavras belas, ditas com tanta
Sensibilidade, meu amor, será que ainda és capaz de duvidar de que...

...FINALMENTE NOSSOS CAMINHOS NÃO SÃO, AGORA, UM SÓ CAMINHO?

Elixis – 21/07/07

Foto de Allan Sobral

Soneto ao amor da Fênix

Eis que a paixão de outrora,
Renasce do amor e glória.
Eis que a noite já chora,
Contrapondo a aurora.

Ressurge o amor que morrera,
Dentre cinzas e poeira,
Como a Fênix guerreira,
A estrela derradeira.

Troca-se o pranto por perdão,
O agora pelo sempre.
Une-se alma e coração.

Habitarás em meu peito,
Meu amor será teu leito.
Justo, divino, Perfeito.

Allan Sobral

Foto de HELDER-DUARTE

Canto

Sim! Ainda escrevo!... Ainda estou, vivo!
Mesmo, estando morto e tão torto. Sim, isso.
Mas neste alma, estado, em mau fado... Canto...
O amor, que não me deste. No meu tanto, pranto!

Tu! Sim. Porto, do norte... Lugar da minha dor.
A ti, que dei tanto, tanto, o meu amor...
Nesse tempo, já passado, mas tão presente...
Agora e para todo o meu, vosso sempre...

Canto, com tanto encanto. a canção...
Eterna, do «logos» e da minha razão...
Pois o «logos», é a nossa acção...

Foto de Marilene Anacleto

Fome

Há algum tempo
Ouvi uma história de fome
Uma história de guerra, onde
Soldados viviam ao relento.

A mãe, sem notícias do filho,
Boca engrinaldada de preces,
Coração a pedir que o filho viesse,
Alimentava a ela e ao filho.

Perguntaram alguns: - Mas como?
- A cada refeição, fria ou quente
Dedicava ao filho, em minha frente
Vendo-o ali, tranquilo e calmo.

Quando, enfim, o filho volta,
A vida, transformada em gratidão,
Soluços de alegria no coração,
Abraçaram-se sem tristeza e sem revolta.

A mãe, com emoção e espanto
Vê o filho saudável e corado,
Quando os outros estavam muito magros.
Pergunta-lhe, então, em meio ao pranto:

- Filho, mas como estás corado e saudável
Em meio a tanta tristeza e agonia?
- Minha fome diminuía a cada dia,
A comida doei aos que estavam ao meu lado ...

Hoje a fome assola a humanidade
Ainda temos muita tristeza e guerra
Uns se alimentam de bolacha de terra,
Outros se sustentam de solidariedade.

Que tal se, neste ano de entraves,
Fizermos feito a mãe do soldado,
E a comida, à nossa mesa, enviarmos
A essa pobre e infeliz sociedade.

Feito o nosso Amado Jesus Cristo
A abençoar aqueles peixes e pãezinhos,
Em estado de graça, alimentar aqueles,
Que jamais os deixou pelo caminho.

Foto de Allan Sobral

Em Busca da Liberdade!

Hoje agonizantemente vibram minhas cordas vocais em forma de grito, chove na sequidão de meu rosto castigado, minhas dores em forma da pranto, pranto de uma vida, pranto de um homem, pranto de um povo.
Todos os dias acordamos em busca do nunca a procura da tão sonhada paz, que um dia nos foi roubada, pois invadiram nossas tribos, estupraram nossas mulheres, escravizaram nossos pais, acorrentaram nossos deuses e nos impuseram padrões, e deixamos de ser gente, passamos então a ser, branco preto, índio, baixo, gordo, alto, magro, judeu, homem, mulher, cristão, gênio, burro, fraco, forte, pagão, crente ou até mesmo nada.
A brutalidade e o medo nos atingiram com tamanha intensidade, ao ponto de acreditarmos que esta porra de escravidão controlada por essa merda de sistema, vai acabar, e que do nada seremos felizes, que por algum motivo divino ou capitalista alcançaremos repentinamente o paraíso, sem precisar de amor, de outros seres frágeis ou corruptíveis como nós.
Nos cegamos, e por medo, selecionamos algumas mentiras e talentosamente transformamos em verdade absoluta. Criamos paradoxos, personagens e até mesmo deuses, e com tamanha força acreditamos em nossas próprias mentiras, que nos dispusemos a matar ou determinar que nossos deuses matem ou condene todos aqueles que crerem em outras mentiras... ou serão outras verdades?
Então por fim chegamos onde queria que chegássemos, será que somos o que somos, que nos vestimos, cantamos, trabalhamos, estudamos, ou se quer sobrevivemos porque que cremos de verdade, ou queremos mesmo que tudo seja assim? Ou fomos impostos a crer, fazer e pensar assim?
No principio da humanidade, éramos um bando de animais, que vivíamos em prol de alimento, sexo, e simples sobrevivência. Será que mudamos? Em torno de que vivemos agora?
Pensando assim hoje faremos diferente, proclamaremos liberdade, com as mesmas palavras que levantaremos questionamentos, traremos as soluções, e com as mesmas palavras, escreveremos uma nova estória, cujo o título é "Liberdade", os personagens não tem nomes, cor, ou diferenças. E por fim termos um novo começo, onde se começa o fim de nossas dores, onde se principia a paz, faremos por enredo o perdão, e por fim... seremos felizes, seremos com apenas um.
Então que sejamos livres! Que seja agora! Já! Liberdade.

Allan Sobral

Foto de josimar-almeida

Trágico janeiro

Trágico janeiro

Chegava-se o ano novo
Com uma passagem feliz e estonteante
Ao lado da pessoa que mais amava
Foi prazeroso, delirante.

Abraços e sorrisos iam e vinham
E facilmente consigo trazia a bondade
Oriundo da justiça e apaziguador de conflitos,
Eram marcas de sua personalidade.

O janeiro de 2011 abria-se
Trazendo rumores de prosperidades,
Planos eram desencavados de sua mente
Buscando harmonia e felicidade.

No meio deste trágico mês
Comemorou mais um aniversário,
Mal sabia do que estava por vir
Soaram-se as trombetas do imaginário.

Depois de um "um feliz ano novo"
E um belo "parabéns pra você",
O janeiro anunciou sua desgraça
Lhe brindando com um maldito AVC.

A notícia formigou rapidamente
Ecoando tristeza em nossos corações,
Mas suas esperanças eram tantas
Que nos transbordavam emoções.

Duas semanas se passaram
E o infeliz janeiro não se deixou findar
Era dia 27, quase fevereiro
Quando o meu chão veio a desabar.

Ao meio-dia o recado chegou,
Junto com ele o desespero e pranto rolou em mim
Era meu irmão anunciando
Que a vida do nosso amado pai teve fim.

E anos que eram de 12 meses
Para mim não existirão mais,
Eles começarão em fevereiro, porque...
O trágico janeiro não voltará jamais.

Foto de Allan Sobral

Se...

Se o ser que sou,
Fosse alguém de fato,
Fatalmente cantaria,
Pois minha alma palavras não conhece,

Se a vida que vivo,
Fosse realmente vivida ,
Viveria devagar,
Pois minha pressa não teria mais sentido,
E minhas esperanças não precisariam mais esperar,

Minhas Saudades seriam orações,
Exaltada ao Amor,
Que sem me fazer penar, responderia
E o frio de qualquer ausência não mais existiria,
Pois só reinaria a presença de um vivo abraço e seu calor

O Silêncio seria entoado como hino,
O Perdão como vitória,
E as lagrimas, que são da alma a voz,
Só chorariam com sorrisos.

Mas já dizia o poeta,
"Não perde o sentido o lamento,
Nem o meu pranto de dor
Não existindo saudade não existe amor."

Allan Sobral

Foto de odias pereira

" ACABEI DE PERDER MEU AMOR " .

Quando se perde um amor,
Começamos a sofrer.
Não suportamos a dor,
Desse amor que acabamos de perder.
O sofrimento é tanto,
Que não conseguimos suportar.
É grande o nosso choro, o nosso pranto,
Que nada consegue amenizar...
Acabei de perder o meu amor,
E vou começar a sofrer.
Não vou suportar essa dor,
Do meu amor que acabei de perder...

São José dos Campos SP
Autor odias Pereira
28/07/2011

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